A BÍBLIA E SEUS ERROS INGÊNUOS ( V )
Eustáquio
5/03/2015
Este, amigo leitor, é o 5º artigo de uma longa série acerca de inúmeros erros contidos na Bíblia. Em cada artigo, um erro bíblico diferente.
Líderes religiosos, principalmente evangélicos, dizem aos fiéis que a Bíblia não contém erro algum porque foi inspirada pelo Espírito Santo. E o Espírito Santo, obviamente, não iria permitir um erro sequer na Bíblia. Dizem também esses líderes religiosos que a Bíblia é um conjunto de livros atualizadíssimo, de caráter científico, contendo aí astronomia, astrofísica, biologia etc. E dizem até, por exemplo, que os relatos da criação do mundo que estão em Gênesis são realmente uma narração e descrição real, ou seja, tudo aconteceu realmente da forma exposta ali. E os fiéis, aqueles que vão a igrejas, passam a acreditar nesse discurso infantil de líderes religiosos.
Ao contrário! A Bíblia está lotada de lendas, mitos, alegorias, fábulas, contradições e erros de toda espécie. A Bíblia não é um conjunto de livros atualizadíssimo! Não é um manual de Ciências! Não é um compêndio de astronomia, astrofísica, biologia, geografia etc. A Bíblia é, fundamentalmente, um conjunto de livros de caráter religioso. Daí a existência de lendas, mitos, alegorias, fábulas, erros, contradições etc. E as narrativas acerca da criação do mundo e de todas as coisas que estão em Gênesis são apenas a visão ingênua do povo hebreu, sobrecarregada de sentimento religioso. O objetivo dos escribas ali não era fazer uma narrativa científica sobre a existência do mundo, de todas as coisas. Daí os erros ingênuos, claros e cristalinos.
Alfred Läpple nasceu na Alemanha, em 1915, e faleceu em 2013. Foi pedagogo, filósofo e doutor em Teologia. Escreveu inúmeros livros sobre religião. Era católico e muito amigo do papa Joseph Ratzinger. Em seu livro “A Bíblia hoje -- Documentação de História, Geografia, Arqueologia.”, editora Edições Paulinas, 1979, página 37, escreve:
“Para designar os onze primeiros capítulos do Gênesis, é frequente o uso da expressão “pré-história bíblica”. Ela não é muito feliz, pois pode fazer pensar que se encontre nesta parte da Bíblia material interessante sobre a história da Terra e sobre a origem do homem. É preciso esclarecer, porém, desde o início, que a Bíblia não é um manual de física, de geologia ou de biologia. É preciso libertar-se uma vez por todas da idéia, largamente difundida, que a “pré-história” bíblica seja uma espécie de reportagem sobre a origem do universo e do homem.”
Você entendeu, amigo leitor, o que diz acima o doutor em Teologia Alfred Läpple? Ele não era ateu, mas um cristão. Católico fervoroso, muito amigo de Joseph Ratzinger. Alfred Läpple era um doutor em Bíblia, pois! E o que ele afirma acima é uma verdade inatacável. Ele, caro leitor, está dizendo que os 11 primeiros capítulos do livro de Gênesis nada têm a ver com História, Física, Geologia ou Biologia. Ele diz, claramente, que a Bíblia não é um livro de Ciências. Ele está dizendo, por exemplo, que os relatos sobre a origem do Universo e do homem que estão nos capítulos 1 e 2 de Gênesis não são uma narrativa real, não são uma espécie de reportagem sobre o surgimento de todas as coisas. Ou seja, ele está dizendo que, nos 11 primeiros capítulos de Gênesis, ninguém vai encontrar História ali, Física ali, Astronomia ali, Biologia ali. Ele está dizendo que ali existe muita imaginação dos escribas hebreus, cujo objetivo não era fazer uma narração literal dos fatos.
E o doutor Alfred Läpple está certíssimo! Os relatos acerca da criação do Universo e do homem que estão nos 2 primeiros capítulos de Gênesis são, pois, relatos lendários, inventados pelos escribas. Ali, está a visão religiosa deles acerca de tudo. Ali está a visão ingênua e limitada dos escribas hebreus. É por isso que os relatos estão repletos de erros bobos e ingênuos. E isso é do conhecimento de historiadores bíblicos, arqueólogos bíblicos, teólogos sérios etc. Infelizmente, essa verdade não chega aos fiéis cristãos que vão a igrejas. Esses fiéis, em sua quase totalidade, não leem a Bíblia, não a analisam, não a estudam. Já que não conhecem a Bíblia, passam a acreditar na conversa fiada de líderes religiosos. Ora, os erros da Bíblia são tão bobos e ingênuos que basta alguém olhar rapidamente para enxergá-los. Nem é preciso que a pessoa tenha um profundo conhecimento de Cosmologia, Astronomia, Biologia, Física etc. As lendas bíblicas saltam aos olhos. Os erros bíblicos saltam aos olhos. A ingenuidade bíblica salta aos olhos.
Pois bem! No 1º artigo, mostrei um dos erros bíblicos sobre a LUA. No 2º, mais um erro bíblico sobre as ESTRELAS. No 3º, mais um, em relação ao PLANETA TERRA. No 4º, mais um erro bíblico, em relação ao HOMEM. E, neste artigo, mais um erro bíblico, acerca do SOL.
Em Gênesis 1: 3 – 5, está escrito:
“3 Disse Deus: Haja luz; e houve luz.
4 E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.
5 Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.”
Nas passagens bíblicas acima, caro leitor, há alguns erros. Porém, neste artigo, vou me ater somente ao erro quanto à estrela chamada Sol. A ingenuidade do escriba hebreu é gritante. Quando ele escreveu o que está aí, acima, não queria, obviamente, dar uma aula de astronomia, de astrofísica. O escriba hebreu nada sabia de astronomia, de astrofísica. O objetivo dele era acentuar sua religiosidade, mostrar, em sua imaginação, que tudo foi criado por Deus. Daí os erros gritantes!
Nesses relatos imaginários bíblicos, o escriba hebreu diz que Deus criou a LUZ. E que Deus deu um nome a essa LUZ: DIA. Então, DIA é o nome da LUZ. E diz o escriba hebreu também que Deus fez separação entre a LUZ e as TREVAS. E que Deus deu um nome também às TREVAS: NOITE! Você está entendendo, caro leitor? Então, a coisa ficou assim: quando houver a LUZ, DIA. Quando não houver a LUZ, NOITE. E diz o escriba que a LUZ (claridade) e a NOITE (escuridão, trevas) se faziam presentes no PRIMEIRO DIA.
Percebeu, amigo leitor, a ingenuidade do relato lendário bíblico? A infantilidade da narração bíblica? Se não entendeu, vai entender agora, nem que a vaca tussa. Como já afirmei, o escriba hebreu, coitado, não entendia de astronomia. Essa LUZ que ele via, principalmente quando olhava para os céus, era a estrela chamada SOL. O Sol, somente o Sol, é que sempre enviou para o planeta Terra sua luz e seu calor. O relato bíblico é tão ingênuo, tão infantil, que o escriba hebreu colocou Deus criando o Sol apenas no quarto dia. Ou seja, quando o Sol foi criado, o planeta Terra já existia há 3 dias! Que ingenuidade! Que infantilidade!
O Sol foi o primeiro astro a surgir no Sistema Solar. O Sol é o astro mais importante do Sistema Solar. Tanto é verdade que o nome do sistema é SISTEMA SOLAR. SOLAR, pois, de SOL! Você está entendendo, leitor amigo? O Sol é tão importante que, sem ele, não haveria o planeta Terra, não haveria o planeta Mercúrio, não haveria o planeta Vênus e assim por diante. O planeta Terra, como os outros, só surgiu depois do SOL. Entendeu, agora, leitor, a ingenuidade do relato lendário da Bíblia?
A Bíblia diz que, no PRIMEIRO DIA, o planeta Terra existia, mas o SOL, não! A Bíblia diz que, no SEGUNDO DIA, o planeta Terra existia, mas o SOL, não! A Bíblia diz que, no TERCEIRO DIA, o planeta Terra existia, mas o Sol, não! Tudo isso aqui é invenção infantil do escriba hebreu porque o objetivo dele era narrar que tudo foi criado pelo deus em que ele acreditava. O escriba não estava preocupado nem um pouco se o Sol iluminava, ou não, as coisas.
Na verdade, caro leitor, quando o planeta Terra veio a surgir no Sistema Solar, o Sol já estava lá há bilhões de anos. O planeta Terra só existe até hoje porque o Sol está onde sempre esteve. O planeta Terra gira em torno do Sol por força da ação gravitacional causada pelo próprio Sol. É o Sol que faz o planeta Terra girar em torno dele. É o Sol o responsável pela temperatura na Terra. É o Sol o responsável pelo processo de evaporação que ocorre na Terra. É o Sol o responsável pelo aquecimento que ocorre na Terra. É o Sol o responsável pelos processos biológicos que ocorrem em plantas e animais existentes na face da Terra. Sem o Sol, não existiria vida na Terra, sequer existiria a própria Terra. Percebeu, leitor amigo, a ingenuidade do relato lendário da Bíblia?
O Sol, portanto, veio a existir antes do planeta Terra e dos demais planetas. O erro do escriba hebreu ocorre porque ele colocou a Terra como destaque, como CENTRO. Ele deu à Terra uma importância que ela não tem. É a Terra que depende do Sol. O Sol não depende da Terra. Se a Terra deixar de existir agora mesmo, o Sol continuará na dele, sem mudança alguma. A mesma coisa não ocorrerá com a Terra, se o Sol deixar de existir. Se o Sol desaparecer agora mesmo, em 24h, o planeta Terra já era. Não restará uma pessoa viva. Até o senador José Sarney morrerá. Até o próprio planeta deixará de existir. Virará pó! Percebeu, leitor, como o Sol é o mais importante astro do Sistema Solar?
Na época do relato lendário bíblico acima, o DIA é o mesmo dia de hoje. E a NOITE é a mesma noite de hoje. Você sabe, leitor, o que significa a expressão “DIA”? Dia significa o tempo que o planeta Terra gasta para girar em torno dele mesmo: aproximadamente 24h. Ou seja, no tempo de 24h, o planeta Terra dá um giro em torno dele mesmo. Quando o planeta Terra vai girando, lugares da Terra vão recebendo a LUZ do Sol, e aí esses lugares ficam claros (manhã e tarde). Outros lugares deixam momentaneamente de receber a LUZ do Sol, e aí esses lugares ficam escuros (Noite, trevas).
O escriba hebreu, coitado, via tudo isso, mas escreveu bobagens porque não conhecia profundamente o Sol, nem a própria Terra.
Concordo plenamente!
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