A BÍBLIA E SEUS ERROS INGÊNUOS ( III )
Eustáquio
3/03/2015
Este, amigo leitor, é o 3º artigo de uma longa série acerca de inúmeros erros contidos na Bíblia. Em cada artigo, um erro bíblico diferente.
Líderes religiosos, principalmente evangélicos, dizem aos fiéis que a Bíblia não contém erro algum porque foi inspirada pelo Espírito Santo. E o Espírito Santo, obviamente, não iria permitir um erro sequer na Bíblia. Dizem também esses líderes religiosos que a Bíblia é um conjunto de livros atualizadíssimo, de caráter científico, contendo aí astronomia, astrofísica, biologia etc. E dizem até, por exemplo, que os relatos da criação do mundo que estão em Gênesis são realmente uma narração e descrição real, ou seja, tudo aconteceu realmente da forma exposta ali. E os fiéis, aqueles que vão a igrejas, passam a acreditar nesse discurso infantil de líderes religiosos.
Ao contrário! A Bíblia está lotada de lendas, mitos, alegorias, fábulas, contradições e erros de toda espécie. A Bíblia não é um conjunto de livros atualizadíssimo! Não é um manual de Ciências! Não é um compêndio de astronomia, astrofísica, biologia, geografia etc. A Bíblia é, fundamentalmente, um conjunto de livros de caráter religioso. Daí a existência de lendas, mitos, alegorias, fábulas, erros, contradições etc. E as narrativas acerca da criação do mundo e de todas as coisas que estão em Gênesis são apenas a visão ingênua do povo hebreu, sobrecarregada de sentimento religioso. O objetivo dos escribas ali não era fazer uma narrativa científica sobre a existência do mundo, de todas as coisas. Daí os erros ingênuos, claros e cristalinos.
Alfred Läpple nasceu na Alemanha, em 1915, e faleceu em 2013. Foi pedagogo, filósofo e doutor em Teologia. Escreveu inúmeros livros sobre religião. Era católico e muito amigo do papa Joseph Ratzinger. Em seu livro “A Bíblia hoje -- Documentação de História, Geografia, Arqueologia.”, editora Edições Paulinas, 1979, página 37, escreve:
“Para designar os onze primeiros capítulos do Gênesis, é frequente o uso da expressão “pré-história bíblica”. Ela não é muito feliz, pois pode fazer pensar que se encontre nesta parte da Bíblia material interessante sobre a história da Terra e sobre a origem do homem. É preciso esclarecer, porém, desde o início, que a Bíblia não é um manual de física, de geologia ou de biologia. É preciso libertar-se uma vez por todas da idéia, largamente difundida, que a “pré-história” bíblica seja uma espécie de reportagem sobre a origem do universo e do homem.”
Você entendeu, amigo leitor, o que diz acima o doutor em Teologia Alfred Läpple? Ele não era ateu, mas um cristão. Católico fervoroso, muito amigo de Joseph Ratzinger. Alfred Läpple era um doutor em Bíblia, pois! E o que ele afirma acima é uma verdade inatacável. Ele, caro leitor, está dizendo que os 11 primeiros capítulos do livro de Gênesis nada têm a ver com História, Física, Geologia ou Biologia. Ele diz, claramente, que a Bíblia não é um livro de Ciências. Ele está dizendo, por exemplo, que os relatos sobre a origem do Universo e do homem que estão nos capítulos 1 e 2 de Gênesis não são uma narrativa real, não são uma espécie de reportagem sobre o surgimento de todas as coisas. Ou seja, ele está dizendo que, nos 11 primeiros capítulos de Gênesis, ninguém vai encontrar História ali, Física ali, Astronomia ali, Biologia ali. Ele está dizendo que ali existe muita imaginação dos escribas hebreus, cujo objetivo não era fazer uma narração literal dos fatos.
E o doutor Alfred Läpple está certíssimo! Os relatos acerca da criação do Universo e do homem que estão nos 2 primeiros capítulos de Gênesis são, pois, relatos lendários, inventados pelos escribas. Ali, está a visão religiosa deles acerca de tudo. Ali está a visão ingênua e limitada dos escribas hebreus. É por isso que os relatos estão repletos de erros bobos e ingênuos. E isso é do conhecimento de historiadores bíblicos, arqueólogos bíblicos, teólogos sérios etc. Infelizmente, essa verdade não chega aos fiéis cristãos que vão a igrejas. Esses fiéis, em sua quase totalidade, não leem a Bíblia, não a analisam, não a estudam. Já que não conhecem a Bíblia, passam a acreditar na conversa fiada de líderes religiosos. Ora, os erros da Bíblia são tão bobos e ingênuos que basta alguém olhar rapidamente para enxergá-los. Nem é preciso que a pessoa tenha um profundo conhecimento de Cosmologia, Astronomia, Biologia, Física etc. As lendas bíblicas saltam aos olhos. Os erros bíblicos saltam aos olhos. A ingenuidade bíblica salta aos olhos.
Pois bem! No 1º artigo, mostrei um dos erros bíblicos sobre a Lua. No 2º, mais um erro bíblico sobre as estrelas. E neste, mais um erro bíblico sobre o planeta Terra. Em Gênesis 1: 1, está escrito:
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.”
Veja, com atenção, caro leitor, o relato lendário bíblico acima. O escriba hebreu escreveu acima que, no início, Deus criou os céus e a Terra. Então, Deus criou o quê? Os céus e a Terra! Vou colocar em destaque, distinto leitor, as criações de Deus:
OS CÉUS E A TERRA
Agora me responda, leitor: as criações acima estão no mesmo nível de importância? Ou será que apenas uma delas se destaca? O que você acha, leitor? Será que os céus e a Terra, essas duas criações, estão no mesmo plano de superioridade, ou será que uma dessas criações se destaca em relação à outra? A resposta é fácil, muito fácil: uma criação aí se destaca em relação à outra, ou seja, é mais importante do que a outra. E que criação é essa, os céus ou a Terra? Ora, a Terra! O planeta Terra, pois, se destaca, está no centro. Aqui, a Terra é muito mais importante do que os céus. Os céus nem nomes têm. Apenas céus! Já a outra criação tem até um nome: TERRA!
Pois bem, amigo leitor! E aqui reside outro erro na Bíblia. O homem antigo tinha essa visão errônea sobre o planeta Terra. Ele via a Terra como a coisa mais importante. Já que o homem vivia na Terra, vendo animais, mares, rios, florestas, desertos, chuvas etc., ele pensou que a Terra era o máximo! Uma criação excepcional dos deuses. Os deuses colocaram o planeta Terra no CENTRO do Universo. E por que a Terra no CENTRO? Ora, porque as coisas mais importantes ficam no CENTRO! Você está entendendo, caro leitor? Imagine, leitor, uma fotografia numa sala de aula. Quem é a pessoa mais importante, que mais se destaca numa sala de aula? É o professor, não é mesmo? Por ser a pessoa que mais se destaca, então ele ocupa o CENTRO, o alvo das atenções. Se os alunos providenciarem uma foto com o professor, com certeza, ele ficará no CENTRO, entre os alunos, não é mesmo? O escriba hebreu, em sua ingenuidade, colocou a Terra no CENTRO, como criação máxima. Só que o planeta Terra não é criação dos deuses, não está no CENTRO de nada, e não é a coisa mais importante do Universo. Tudo errado! Em Gênesis 1: 16 – 17, está escrito:
“16 Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas.
17 E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra.”
Percebeu, aí, caro leitor, o planeta Terra como CENTRO, como a coisa mais importante do Universo? Nesses relatos lendários e profundamente infantis, o escriba hebreu escreveu que Deus fez o Sol, a Lua e as estrelas para iluminarem a Terra. Ou seja, Deus colocou o Sol, a Lua e as estrelas no firmamento dos céus apenas para iluminarem a Terra. Isto é, o Sol foi feito apenas por causa da Terra. A Lua foi feita apenas por causa da Terra. As estrelas foram feitas apenas por causa da Terra. Viu, aí, leitor, a Terra vista erroneamente como o Centro? Na verdade, o Sol, essa grande estrela, não ilumina só o planeta Terra. O Sol ilumina inúmeros planetas. Ilumina até mesmo a Lua. Na Bíblia, a Lua é vista como um astro que emite luz. Outro erro, como já mostrei. E as outras estrelas não iluminam a Terra. Elas estão tão distantes que a luz emitida não causa efeito algum no planeta Terra.
O planeta Terra, pois, não está no CENTRO de nada, muito menos no CENTRO do Universo. E não é a coisa mais importante do Universo. Ora, o SOL, que é uma estrela, é muito mais importante do que a própria Terra. Você sabia disso, caro leitor? E por que o Sol é mais importante do que o planeta Terra? Ora, o Sol é mais importante do que o planeta Terra porque, sem ele, a Terra simplesmente não existiria. É a Terra que depende do Sol, e não o Sol, da Terra? Se o Sol desaparecesse hoje, o planeta Terra, hoje mesmo, viraria pó. A Terra seria extinta. Ao contrário, se a Terra hoje mesmo deixasse de existir, o Sol continuaria do mesmo jeito.
Viu como o Sol é mais importante do que a Terra, leitor amigo!
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