JESUS TINHA UMA VOZ POTENTE?
Eustáquio
19/08/2015
Caro leitor,
Neste artigo, vou mostrar-lhe mais um relato ingênuo,
muito infantil, que se encontra na Bíblia. Por que isso é comum na Bíblia? Ora,
isso é comum na Bíblia porque ela é um conjunto de livros, de caráter
religioso, e não histórico. Por ser um conjunto de livros em que se sobressai o
fator religioso, está repleta de lendas, mitos, alegorias, fábulas, contradições
e erros de toda espécie.
Veja, portanto, caro leitor, mais uma ingenuidade
bíblica que se encontra no livro de Mateus, capítulo 13, versículos 1 a 3:
“1 Naquele
mesmo dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à beira-mar;
2 e grandes multidões se reuniram perto dele,
de modo que entrou num barco e se assentou; e toda a multidão estava em pé na
praia.
3 E de muitas cousas lhes falou por parábolas
e dizia: Eis que o semeador saiu a semear.”
Você leu, leitor, os versículos acima? Com certeza,
você não percebeu a ingenuidade desses relatos, não é mesmo? Pois bem. Veja
que, nesse relato, Jesus estava numa praia, cercado por grandes multidões, ou
seja, um número muito grande de pessoas. Resolveu, então, se sentar num barco
que estava parado ali. Do barco, sentado, Jesus começou a falar para as grandes
multidões. Percebeu, agora, leitor, a infantilidade do relato?
A ingenuidade do relato bíblico reside no seguinte:
Jesus e nenhum ser humano conseguiria ser ouvido por grandes multidões, apenas
falando simplesmente, ou seja, com a boca nua e crua. Ora, um professor
qualquer, por exemplo, numa sala de aula com 100 alunos, com janelas e portas
fechadas, sem qualquer barulho de vento, não consegue ser ouvido pelos alunos
que se sentam atrás. Por isso mesmo, hoje, é muito comum, em salas de aula, a
presença de microfones e amplificadores. Só assim um professor conseguirá ser
ouvido por todos. Imagine, um ser humano, numa praia, em que o barulho causado
pelo vento é muito forte, falando para grandes multidões. Com certeza, ninguém
conseguirá ouvir o que ele diz. Na época de Jesus, não havia microfones, não
havia amplificadores. Logo, quando falava, só era ouvido por aquelas pessoas
que estavam ali, bem perto dele.
Essa ingenuidade é constante na Bíblia. Quase em todas
as páginas do Novo Testamento, Jesus aparece falando para grandes multidões. Veja
que essa expressão “grandes multidões” não é gratuita. O que os escribas cristãos
queriam com isso? Ora, eles queriam mostrar ao povo daquela época que Jesus
encantava a todos, razão por que era acompanhado sempre por “grandes multidões”.
Tudo isso invenção dos escribas cristãos.
Veja, leitor, mais um exemplo, em Mateus, capítulo 5. Trata-se
do famoso sermão do monte. No primeiro versículo, está escrito que Jesus,
novamente, estava cercado por grandes multidões e também por seus discípulos. O
que Jesus fez? Subiu a um monte, e, lá de cima, começou a falar sobre as
bem-aventuranças. Ora, na verdade, as grandes multidões não ouviriam nada, em
razão da distância e do forte vento. E o relato é tão ingênuo que ainda
descreve nove bem-aventuranças. Imagine, Jesus falando uma a uma, e o povo
ouvindo e anotando ao mesmo tempo. Quanta infantilidade, não é mesmo? Na verdade,
as bem-aventuranças que estão gravadas ali foram escritas em outro momento, no
sossego do lar, sobre alguma mesa.
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