quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O TEÓLOGO RUBEM ALVES E A CRENÇA DAS PESSOAS EM DEUS

O TEÓLOGO RUBEM ALVES E A CRENÇA DAS PESSOAS EM DEUS Eustáquio 16/09/2015 Caro leitor, Este é o 4º artigo acerca da palestra do teólogo Rubem Alves cujo vídeo se encontra no “You Tube”, à disposição de qualquer pessoa, sob o seguinte título: “RUBEM ALVES – “PERGUNTARAM-ME SE ACREDITO EM DEUS!” Como eu já deixei bem claro nos artigos anteriores, esse vídeo, amigo leitor, resume-se numa palestra de Rubem Alves em que apresenta seu livro “Perguntaram-me se acredito em Deus”. Já que a palestra é bastante agradável, mas pode deixar alguém em dúvida, resolvi então fazer vários artigos, comentando trechos de forma bem clara para que ninguém fique com dúvidas sobre se Rubem Alves acreditava em Deus, ou não. Caso você, leitor amigo, queira mais detalhes sobre quem foi Rubem Alves, convido-o a ler meu primeiro artigo: “O teólogo Rubem Alves acreditava em Deus?” Pois bem! Neste artigo, analisarei a fala do Rubem Alves que começa aos 5 minutos e 32 segundos e vai até os 6 minutos e 25 segundos. Por favor, caro leitor, assista ao vídeo e confirme o que diz o doutor em Teologia: “Hoje está muito difícil acreditar em Deus. Antigamente era tão mais fácil, não é? Havia milagre por todos os lugares. E todo mundo sabia, todo mundo sabia que Deus existia. O escritor russo Dostoievski disse, em algum lugar, que as pessoas, na realidade, não têm o menor interesse em Deus. O que elas querem é outra coisa. Elas querem é um milagre! Não sei se vocês já gastaram tempo vendo os programas religiosos na televisão em que – coisa importante é a bênção! É o milagre! --- Deus existe para nos livrar das dificuldades da vida. Mas hoje tá difícil!” Você, leitor, entendeu o recado do Rubem Alves, não é mesmo? Ele lança acima uma crítica à crença das pessoas no Deus da Bíblia. Referindo-se ao filósofo russo Fiódor Dostoievski (1821-1881), Rubem Alves diz que, no fundo, ninguém está preocupado com a possível existência do Deus hebreu. Para as pessoas, na verdade, pouco importa se Deus existe, ou não. O que as pessoas de fato querem é uma bênção, um “milagre”. Você, leitor, concorda com as palavras do teólogo, não é mesmo? Ele realmente tem toda razão! É muito fácil provar que realmente as pessoas não estão preocupadas com a possível existência do Deus bíblico. O que essas pessoas querem mesmo é uma sensação de proteção, uma bênção e, principalmente, um “milagre”! São essas coisinhas que levam pessoas à crença, a, por exemplo, procurar uma religião. Veja, leitor, o que Rubem Alves afirma quase no final da fala acima: “Não sei se vocês já gastaram tempo vendo os programas religiosos na televisão.” Não se esqueça, leitor amigo, de que Rubem Alves foi pastor protestante da Igreja Presbiteriana do Brasil. Tempos depois, abandonou sua crença. Portanto, tem consciência do que está afirmando. Tem a liberdade de dizer a verdade. Para ele, é perda de tempo assistir aos programas religiosos de televisão. Por quê? Ora, porque propagam apenas meras fantasias. E que fantasias são essas? Ora, bênçãos e “milagres”! A enorme audiência desses programas religiosos de televisão é a maior prova de que os fiéis realmente estão interessados em bênçãos e “milagres”. A existência, ou não, do Deus hebreu não é causa de preocupação. Se você, leitor amigo, não conhece esses programas religiosos, por favor, ligue seu televisor e escolha as televisões: Band, REDETV, Record e outras. O horário? Pouco importa: manhã, tarde ou noite. Nesses programas, vende-se de tudo: tijolos “sagrados”, felicidade, curas para todos os males, sucesso empresarial, aprovação em concursos, empregos, garrafas de água “santa” etc. Percebeu, agora, leitor, como o Rubem Alves tem toda razão quando afirma que as pessoas não estão preocupadas com a existência de Deus, mas com as bênçãos e “milagres”? Por meio desses programas religiosos, as igrejas disputam entre si pelo maior número de fiéis. A concorrência é muito grande. Cada uma quer conquistar o maior número de fiéis. Não há limites para as promessas. Passam para o espectador a ilusão de que seus problemas serão resolvidos, desde que você passe a ser um membro. Líderes religiosos levam ao palco pessoas que, antes de aderirem à igreja, sofriam muito: doenças incuráveis pela Medicina, desemprego, desilusão amorosa etc. Após se tornarem membros, todos os problemas foram solucionados. Estão curados, ricos e felizes. Em casa, a pessoa que assiste a esses programas, levada pela vida difícil, passa mesmo a acreditar naquele festival de fantasias. E aí busca a igreja mais próxima. Por causa de quê? Por causa das bênçãos e dos “milagres”? Entendeu, leitor, como o Rubem Alves tem razão quando diz que as pessoas não estão interessadas na possível existência do Deus bíblico, mas nas bênçãos e “milagres”?

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