domingo, 27 de setembro de 2015

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS (IX)

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS  (IX)




A religião só serve para espalhar a ignorância na face da Terra.
Sob o título acima, estamos analisando as “provas” da existência de Deus apresentadas pelo pastor evangélico Jefferson Magno Costa, em seu livro intitulado “Provas da Existência de Deus”, lançado pela Editora Vida.
Já fizemos a análise de 8 dessas “provas”, nos trabalhos anteriores. Neste trabalho, veremos a 9ª “prova” da existência de Deus. Ei-la:

“ (...) sabe-se que Nietzsche passou os últimos dez anos de sua vida sob o peso de imensos remorsos, sofrendo constantes crises de desespero. A inteligência que tanto blasfemara contra Deus mergulhou nas trevas da loucura. Nietzsche morreu louco. Sim, pois Deus “olha para todo soberbo e humilha-o, e esmaga os ímpios no seu lugar(Jô 40:12)” ” (Página 73)

Sigmund Freud (1856 – 1939), o Pai da Psicanálise, foi um ferrenho crítico da religião. Ele afirmou que “a religião é uma neurose obsessiva universal da humanidade”.  A neurose é uma espécie de distúrbio mental que leva o indivíduo a ter uma vaga noção de seu problema. A pessoa neurótica não é louca, porém cria inconscientemente um mundo de regras que passa a controlar o seu comportamento. Ou seja, não vive de forma completa a realidade. Freud afirmou, com acerto, que a religião surgiu de uma necessidade de defesa do homem contra as forças da natureza. Para ele, as ideias religiosas são ilusões, realizações dos mais antigos e fortes desejos da humanidade.

Freud tem realmente razão. O que ele diz sobre a religião pode ser facilmente comprovado pela Antropologia, a ciência que estuda o homem. A Sociologia, um dos ramos da Antropologia, estuda o homem dentro de uma sociedade, de um determinado grupo. E esse estudo nos diz que o homem primitivo, diante das forças desconhecidas da natureza, sentiu a necessidade de proteção. Já que ele sentia temor, por exemplo, de relâmpago, trovões, terremotos etc., buscou inconscientemente proteção nos diversos deuses. Por isso, o homem foi um grande criador de deuses. A civilização egípcia criou vários deuses antropozoomórficos. A Hebraica, um Deus único e espiritual. A grega, também vários deuses. A indígena, inúmeros deuses e assim por diante.
O homem religioso é realmente um neurótico no sentido de que tem uma vaga noção da realidade. Ele coloca na cabeça os dogmas religiosos e passa a viver de acordo com eles. Os dogmas religiosos, que são apenas criações humanas, passam a controlar todo o procedimento do homem religioso, levando-o a uma fuga da realidade que o cerca. Podemos trazer aqui vários exemplos.
A Igreja Católica Apostólica Romana, em toda a sua existência, criou vários dogmas. Em defesa desses dogmas criados por sacerdotes, a Igreja Católica, voltada para um mundo irreal, torturou e matou milhares e milhares de pessoas inocentes. Isso foi uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio torturar e matar pessoas por discordarem de dogmas impostos por outras?
O homem religioso provoca atentados terroristas, ceifando a vida de milhares de pessoas inocentes, almejando a conquista de um céu repleto de mulheres virgens. Isso é uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio acreditar que uma entidade espiritual vai ao orgasmo com a morte cruel de pessoas inocentes?
O homem religioso da seita Testemunhas de Jeová não admite a transfusão de sangue, apoiada num costume do povo hebreu,  deixando morrer à míngua o próprio filho. Isso é uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio acreditar que uma entidade espiritual vai ficar felicíssima com a morte evitável e abreviada de um jovem?
O homem religioso cristão protestante fundou, em 1865, nos Estados Unidos da América do Norte, a organização Ku Klux klan que queimou e matou centenas de negros, católicos, ateus e judeus. Isso foi uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio acreditar que uma entidade espiritual vai ao ápice da felicidade, ao sentir o cheiro de carne humana queimada?
O homem religioso (Jim Jones, Jong-Min, Jeffrey Lundgren, Joseph di Mambro e outros) conduz milhares de pessoas a cometerem suicídios coletivos com o objetivo de se encontrarem com Deus. Isso é uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio crer que uma entidade espiritual deseja que todos se suicidem?
O homem religioso pratica sacrifícios (holocaustos, extração do pênis, açoitamentos, eliminação do clitóris, jejuns etc.), em homenagem à divindade. Isso é uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio acreditar que uma entidade espiritual adora sentir o cheiro de carne humana queimada, detesta ver o homem com o pênis dependurado, odeia o orgasmo feminino, aprecia um corpo humano mutilado?
Bem. Apresentamos acima alguns exemplos de que o homem religioso está preso à neurose. O pastor evangélico Jefferson Magno Costa é, também, um exemplo disso. Ora, ele afirma que o filósofo ateu alemão Friedrich Nietzsche (1844 -1900) ficou louco porque foi punido por Deus. Isso é uma neurose, um distúrbio mental. Essa afirmação é tão absurda que dispensa comentários. Mesmo assim, façamos uma rápida análise.
Ora, no Brasil, existem centenas de asilos para doentes mentais. Sem um dado estatístico no momento, podemos cogitar, sem margem de erro, que a totalidade desses doentes mentais é constituída por pessoas religiosas. Será que foram punidas por Deus pelo fato de acreditarem nEle?
 No dia 18 de janeiro de 2009, o teto da Igreja Cristã Apostólica Renascer em Cristo, localizada no Cambuci, São Paulo, desabou sobre os fiéis. Morreram 9 cristãos. 100 ficaram feridos. Será que Deus os puniu por ficarem prestando culto a Ele?
O papa João Paulo II, Karol Wojtyla, foi atingido por 3 balas, submeteu-se a várias cirurgias e sofria de mal de Parkinson. O mal de Parkinson, principalmente, acabou com a saúde dele. Já não andava, não falava, não mastigava porque os seus músculos internos estavam enrijecidos pela terrível doença. Foi submetido a uma traqueostomia, terrível procedimento cirúrgico. E assim morreu. Será que Deus o puniu pelo fato de  prestar culto a Ele?
No Brasil, inúmeras igrejas evangélicas e católicas foram destruídas por incêndios (Igreja Católica Vista Gaúcha, no Rio Grande do Sul; Igreja Católica Senhor Bom Jesus, em Curitiba; Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis; Igreja Mundial do Poder de Deus, em Santo Amaro, São Paulo etc.) Será que Deus tocou fogo nelas por serem templos de adoração a Ele?
Portanto, os acima citados são exemplos de que as desgraças ocorrem na vida de qualquer pessoa ou sobre qualquer objeto, independentemente de cor, credo ou raça. Os infortúnios da vida atingem ateus, cristãos, espíritas etc. Atingem também crianças inocentes e doentes mentais. E, por último, atingem também até os animais irracionais que, obviamente, não tem o que pagar por suas ações. Não há um ser espiritual que comanda essas catástrofes.
 O pastor evangélico é, como afirmou Sigmund Freud, um grande neurótico.

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