sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A BÍBLIA E SEUS ERROS INGÊNUOS ( IX )

A BÍBLIA E SEUS ERROS INGÊNUOS  ( IX )

                                                                                                                                                  
                                                                                                                                            Eustáquio
                                                                                                                                              10/03/2015



                       Este, amigo leitor, é o 9º artigo de uma longa série acerca de inúmeros erros contidos na Bíblia. Em cada artigo, um erro bíblico diferente.
                         Líderes religiosos, principalmente evangélicos, dizem aos fiéis que a Bíblia não contém erro algum porque foi inspirada pelo Espírito Santo. E o Espírito Santo, obviamente, não iria permitir um erro sequer na Bíblia. Dizem também esses líderes religiosos que a Bíblia é um conjunto de livros atualizadíssimo, de caráter científico, contendo aí astronomia, astrofísica, biologia etc. E dizem até, por exemplo, que os relatos da criação do mundo que estão em Gênesis são realmente uma narração e descrição real, ou seja, tudo aconteceu realmente da forma exposta ali. E os fiéis, aqueles que vão a igrejas, passam a acreditar nesse discurso infantil de líderes religiosos.
                   Ao contrário! A Bíblia está lotada de lendas, mitos, alegorias, fábulas, contradições e erros de toda espécie. A Bíblia não é um conjunto de livros atualizadíssimo! Não é um manual de Ciências! Não é um compêndio de astronomia, astrofísica, biologia, geografia etc. A Bíblia é, fundamentalmente, um conjunto de livros de caráter religioso. Daí a existência de lendas, mitos, alegorias, fábulas, erros, contradições etc. E as narrativas acerca da criação do mundo e de todas as coisas que estão em Gênesis são apenas a visão ingênua do povo hebreu, sobrecarregada de sentimento religioso. O objetivo dos escribas ali não era fazer uma narrativa científica sobre a existência do mundo, de todas as coisas. Daí os erros ingênuos, claros e cristalinos.
                     Alfred Läpple nasceu na Alemanha, em 1915, e faleceu em 2013. Foi pedagogo, filósofo e doutor em Teologia. Escreveu inúmeros livros sobre religião. Era católico e muito amigo do papa Joseph Ratzinger. Em seu livro “A Bíblia hoje -- Documentação de História, Geografia, Arqueologia.”, editora Edições Paulinas, 1979, página 37, escreve:

                      “Para designar os onze primeiros capítulos do Gênesis, é frequente o uso da expressão “pré-história bíblica”. Ela não é muito feliz, pois pode fazer pensar que se encontre nesta parte da Bíblia material interessante sobre a história da Terra e sobre a origem do homem. É preciso esclarecer, porém, desde o início, que a Bíblia não é um manual de física, de geologia ou de biologia. É preciso libertar-se uma vez por todas da idéia, largamente difundida, que a “pré-história” bíblica seja uma espécie de reportagem sobre a origem do universo e do homem.”

                   Você entendeu, amigo leitor, o que diz acima o doutor em Teologia Alfred Läpple? Ele não era ateu, mas um cristão. Católico fervoroso, muito amigo de Joseph Ratzinger. Alfred Läpple era um doutor em Bíblia, pois! E o que ele afirma acima é uma verdade inatacável. Ele, caro leitor, está dizendo que os 11 primeiros capítulos do livro de Gênesis nada têm a ver com História, Física, Geologia ou Biologia. Ele diz, claramente, que a Bíblia não é um livro de Ciências. Ele está dizendo, por exemplo, que os relatos sobre a origem do Universo e do homem que estão nos capítulos 1 e 2 de Gênesis não são uma narrativa real, não são uma espécie de reportagem sobre o surgimento de todas as coisas. Ou seja, ele está dizendo que, nos 11 primeiros capítulos de Gênesis, ninguém vai encontrar História ali, Física ali, Astronomia ali, Biologia ali. Ele está dizendo que ali existe muita imaginação dos escribas hebreus, cujo objetivo não era fazer uma narração literal dos fatos.
                        E o doutor Alfred Läpple está certíssimo! Os relatos acerca da criação do Universo e do homem que estão nos 2 primeiros capítulos de Gênesis são, pois, relatos lendários, inventados pelos escribas. Ali, está a visão religiosa deles acerca de tudo. Ali está a visão ingênua e limitada dos escribas hebreus. É por isso que os relatos estão repletos de erros bobos e ingênuos. E isso é do conhecimento de historiadores bíblicos, arqueólogos bíblicos, teólogos sérios etc. Infelizmente, essa verdade não chega aos fiéis cristãos que vão a igrejas. Esses fiéis, em sua quase totalidade, não leem a Bíblia, não a analisam, não a estudam. Já que não conhecem a Bíblia, passam a acreditar na conversa fiada de líderes religiosos. Ora, os erros da Bíblia são tão bobos e ingênuos que basta alguém olhar rapidamente para enxergá-los. Nem é preciso que a pessoa tenha um profundo conhecimento de Cosmologia, Astronomia, Biologia, Física etc. As lendas bíblicas saltam aos olhos. Os erros bíblicos saltam aos olhos. A ingenuidade bíblica salta aos olhos.
                         Pois bem! No 1º artigo, mostrei um dos erros bíblicos sobre a LUA. No 2º, mais um erro bíblico sobre as ESTRELAS. No 3º, mais um, em relação ao PLANETA TERRA. No 4º, mais um erro bíblico, em relação ao HOMEM. No 5º, mais um, acerca da NOITE e DIA. No 6º, outro erro bíblico, acerca da SEPARAÇÃO DA LUZ DAS TREVAS. No 7º, mais um, sobre o ABISMO DA TERRA. No 8º, mais um erro, acerca da IMOBILIDADE da Terra. E neste, mais um, em relação à IDADE DO UNIVERSO, DA TERRA, DO SOL E DA LUA.
                      Você, amigo leitor, sabe me dizer qual é a idade do Universo? O Universo engloba a tudo: bilhões de planetas, bilhões de luas, bilhões de estrelas, bilhões de galáxias, bilhões de asteróides, bilhões de cometas, enfim, bilhões de tudo. O Universo é, pois, gigantesco! Pois bem! Volto à pergunta inicial: você, leitor, sabe me dizer qual é a idade do Universo? Você sabe me dizer como o Universo foi se formando ao longo de bilhões de anos? Você sabe me dizer qual é a idade do planeta Terra? Você sabe me dizer qual é a idade da estrela chamada Sol? Você sabe me dizer qual é a idade do satélite natural da Terra chamado Lua? Se você, caro leitor, sabe responder às perguntas formuladas aqui, com certeza você viu as respostas em livros de Astronomia, revistas científicas ou em documentários científicos televisivos, não é mesmo? Os astrônomos e os astrofísicos são as pessoas que conhecem um pouco sobre o Universo, não é mesmo? E esse “pouco” significa muito.
                      E se você, leitor, não sabe a idade do Universo, da Terra e do Sol, sabê-lo-á agora. O Universo é muito mais velho do que a corrupção no Brasil. E também é mais velho do que a impunidade no Brasil. Hoje, a idade dele é estimada em 14 (catorze) bilhões de anos. E, com o desenvolvimento da Astronomia e da Astrofísica, a cada avanço, o Universo fica mais velho ainda. O Sol, uma estrela entre bilhões, tem aproximadamente 7 bilhões de anos. Já aqui, amigo leitor, você percebe que o Universo é muito mais velho que o Sol. E o planeta Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Você, distinto leitor, percebe também aqui que o Sol é muito mais velho do que o planeta Terra. Você entendeu, não é mesmo, leitor? Agora, você tem dados científicos acerca da idade do Universo, do Sol e da Terra! Isso é Ciência!
                     E o que diz a Bíblia acerca da idade do Universo, do Sol e da Terra? Será que os relatos bíblicos confirmam as descobertas científicas? Será que a Bíblia é um manual de Astronomia, de Astrofísica? Você, leitor amigo, leu, no início deste artigo, que o teólogo católico alemão Alfred Läpple, com toda razão e propriedade, disse que, nos 11 capítulos iniciais do livro de Gênesis, não existe ali Astronomia, Astrofísica, Biologia etc. E os relatos lendários da criação do Universo estão justamente nos 1º e 2º capítulos de Gênesis.
                   Já que a Bíblia nunca teve a pretensão de ser um livro de Astronomia, de Astrofísica, ela está lotada de erros sobre o Universo, como estou mostrando em alguns artigos. Diz a Bíblia, por exemplo, que a idade do Universo é a mesma idade da Terra. Afirmar que o Universo tem a mesma idade da Terra é o mesmo que dizer que o apresentador de televisão Sílvio Santos tem a mesma idade de sua neta que ainda vai nascer. Portanto, uma ingenuidade gritante! E diz a Bíblia também que o Sol é mais novo que a Terra, ou seja, quando o Sol passou a existir, o planeta Terra já era uma maravilha repleta de vida. Esses erros estão na Bíblia porque a intenção do escriba hebreu não era fazer uma narrativa real acerca da criação do Universo. O escriba hebreu não era um astrônomo, não era um astrofísico. Era apenas uma pessoa religiosa que, em seu relato imaginário, colocou todas essas coisas sob a criação do deus em que ele acreditava. Só isso, e nada mais. Daí os erros ingênuos, infantis e profundamente bobos.
                     Em Gênesis 1: 1, está escrito:


                    “1 No princípio, criou Deus os céus e a Terra.”


                Percebeu, leitor, a ingenuidade do escriba hebreu? Ele escreve aqui que o Universo tem a mesma idade do planeta Terra. Em seu relato lendário, imaginário, ele diz que, no início, os céus e a Terra foram criados. A Terra fica onde? No Universo, não é mesmo? Os “céus” ficam onde? No Universo, não é mesmo? A Terra e o Universo têm, portanto, a mesma idade. Na lenda bíblica, antes de surgir a LUZ, já havia a Terra, os “céus”, as águas, enfim, já havia o Universo. Tudo isso veio a existir, no início, no princípio, no 1º dia da criação imaginária do escriba hebreu. Portanto, Terra e Universo com a mesma idade.
                         Em Gênesis 1: 16, está escrito:

                      “16 Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite, e fez também as estrelas.”

                  O escriba hebreu, em sua ingenuidade, escreve acima que o Sol e a Lua só surgiram, no Universo, no 4º dia. Ou seja, Sol e Lua têm a mesma idade porque foram “criados” no quarto dia. E o Sol, portanto, é mais novo do que a Terra. Em outras palavras, o planeta Terra já existia quando o Sol veio a existir no Universo. Que ingenuidade, que infantilidade!
                      Nesse relato lendário bíblico, o escriba colocou a Terra em primeiro lugar porque ele morava na Terra. Ele pensava que a Terra era a coisa mais importante. Ele pensava que a Terra era uma rainha, com o Sol, a Lua e as estrelas prestando uma homenagem a ela. Tudo errado! Na verdade, em nossa Via Láctea, é o Sol o verdadeiro rei, e não a Terra. Foi o Sol o astro que surgiu primeiramente em nossa Via Láctea. Surgiu bilhões de anos antes que a Terra e os outros planetas fossem formados. É o Sol o astro que garante a existência da Terra e de outros planetas. Se não existisse o Sol, não haveria a Terra. A terra viraria pó dentro de 24 horas. É a Terra, pois, que necessita do Sol. Sem o Sol, nada de Terra, nada de vida na Terra. O escriba hebreu, coitado, quis apenas colocar em destaque o planeta em que ele vivia. Ele não estava preocupado se sua visão do Universo estava correta, ou não.
                  E as 3 maiores religiões monoteístas (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo) propagam que o Universo tem 6 mil anos de existência. Veja, caro leitor, o estrago que as religiões causam. 

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