sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A BÍBLIA E SEUS ERROS INGÊNUOS ( XIII )

A BÍBLIA E SEUS ERROS INGÊNUOS  ( XIII )

                                                                                                                                                 
                                                                                                                                             Eustáquio
                                                                                                                                                                                     14/03/2015


                        Este, amigo leitor, é o 13º artigo de uma longa série acerca de inúmeros erros contidos na Bíblia. Em cada artigo, um erro bíblico diferente.
                        Líderes religiosos, principalmente evangélicos, dizem aos fiéis que a Bíblia não contém erro algum porque foi inspirada pelo Espírito Santo. E o Espírito Santo, obviamente, não iria permitir um erro sequer na Bíblia. Dizem também esses líderes religiosos que a Bíblia é um conjunto de livros atualizadíssimo, de caráter científico, contendo aí astronomia, astrofísica, biologia etc. E dizem até, por exemplo, que os relatos da criação do mundo que estão em Gênesis são realmente uma narração e descrição real, ou seja, tudo aconteceu realmente da forma exposta ali. E os fiéis, aqueles que vão a igrejas, passam a acreditar nesse discurso infantil de líderes religiosos.
                          Ao contrário! A Bíblia está lotada de lendas, mitos, alegorias, fábulas, contradições e erros de toda espécie. A Bíblia não é um conjunto de livros atualizadíssimo! Não é um manual de Ciências! Não é um compêndio de astronomia, astrofísica, biologia, geografia etc. A Bíblia é, fundamentalmente, um conjunto de livros de caráter religioso. Daí a existência de lendas, mitos, alegorias, fábulas, erros, contradições etc. E as narrativas acerca da criação do mundo e de todas as coisas que estão em Gênesis são apenas a visão ingênua do povo hebreu, sobrecarregada de sentimento religioso. O objetivo dos escribas ali não era fazer uma narrativa científica sobre a existência do mundo, de todas as coisas. Daí os erros ingênuos, claros e cristalinos.
                         Alfred Läpple nasceu na Alemanha, em 1915, e faleceu em 2013. Foi pedagogo, filósofo e doutor em Teologia. Escreveu inúmeros livros sobre religião. Era católico e muito amigo do papa Joseph Ratzinger. Em seu livro “A Bíblia hoje -- Documentação de História, Geografia, Arqueologia.”, editora Edições Paulinas, 1979, página 37, escreve:

                    “Para designar os onze primeiros capítulos do Gênesis, é frequente o uso da expressão “pré-história bíblica”. Ela não é muito feliz, pois pode fazer pensar que se encontre nesta parte da Bíblia material interessante sobre a história da Terra e sobre a origem do homem. É preciso esclarecer, porém, desde o início, que a Bíblia não é um manual de física, de geologia ou de biologia. É preciso libertar-se uma vez por todas da idéia, largamente difundida, que a “pré-história” bíblica seja uma espécie de reportagem sobre a origem do universo e do homem.”

                     Você entendeu, amigo leitor, o que diz acima o doutor em Teologia Alfred Läpple? Ele não era ateu, mas um cristão. Católico fervoroso, muito amigo de Joseph Ratzinger. Alfred Läpple era um doutor em Bíblia, pois! E o que ele afirma acima é uma verdade inatacável. Ele, caro leitor, está dizendo que os 11 primeiros capítulos do livro de Gênesis nada têm a ver com História, Física, Geologia ou Biologia. Ele diz, claramente, que a Bíblia não é um livro de Ciências. Ele está dizendo, por exemplo, que os relatos sobre a origem do Universo e do homem que estão nos capítulos 1 e 2 de Gênesis não são uma narrativa real, não são uma espécie de reportagem sobre o surgimento de todas as coisas. Ou seja, ele está dizendo que, nos 11 primeiros capítulos de Gênesis, ninguém vai encontrar História ali, Física ali, Astronomia ali, Biologia ali. Ele está dizendo que ali existe muita imaginação dos escribas hebreus, cujo objetivo não era fazer uma narração literal dos fatos.
                          E o doutor Alfred Läpple está certíssimo! Os relatos acerca da criação do Universo e do homem que estão nos 2 primeiros capítulos de Gênesis são, pois, relatos lendários, inventados pelos escribas. Ali, está a visão religiosa deles acerca de tudo. Ali está a visão ingênua e limitada dos escribas hebreus. É por isso que os relatos estão repletos de erros bobos e ingênuos. E isso é do conhecimento de historiadores bíblicos, arqueólogos bíblicos, teólogos sérios etc. Infelizmente, essa verdade não chega aos fiéis cristãos que vão a igrejas. Esses fiéis, em sua quase totalidade, não leem a Bíblia, não a analisam, não a estudam. Já que não conhecem a Bíblia, passam a acreditar na conversa fiada de líderes religiosos. Ora, os erros da Bíblia são tão bobos e ingênuos que basta alguém olhar rapidamente para enxergá-los. Nem é preciso que a pessoa tenha um profundo conhecimento de Cosmologia, Astronomia, Biologia, Física etc. As lendas bíblicas saltam aos olhos. Os erros bíblicos saltam aos olhos. A ingenuidade bíblica salta aos olhos.
                        Pois bem! No 1º artigo, mostrei um dos erros bíblicos sobre a LUA. No 2º, mais um erro bíblico sobre as ESTRELAS. No 3º, mais um, em relação ao PLANETA TERRA. No 4º, mais um erro bíblico, em relação ao HOMEM. No 5º, mais um, acerca da NOITE e DIA. No 6º, outro erro bíblico, acerca da SEPARAÇÃO DA LUZ DAS TREVAS. No 7º, mais um, sobre o ABISMO DA TERRA. No 8º, mais um erro, acerca da IMOBILIDADE da Terra. No 9º, mais um, em relação à IDADE DO UNIVERSO, DA TERRA, DO SOL E DA LUA. No 10º, mais um erro, acerca da FORMA DA TERRA. No 11º, mais um, sobre AS ÁGUAS DEBAIXO E ACIMA DOS CÉUS. No 12º, mais um erro, acerca do FIRMAMENTO. E, neste, mais um, sobre os 6 DIAS DA CRIAÇÃO.
                            Em Gênesis 2: 2, está escrito:


                     “2 E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito.”


                     O escriba hebreu (não foi Moisés) escreveu acima que tudo o que existe no Universo foi criado por Deus em apenas 6 dias, ou seja, tudo foi criado em 1 semana. E registra o escriba que Deus “descansou” no 7º dia, isto é, no sábado.
                        Esse relato lendário, infantil, ingênuo, foi escrito no século V a.C., quando uma parcela do povo hebreu estava sob cativeiro na Babilônia. Estudiosos afirmam que esse relato deve ter sido escrito por Esdras, ao sair do cativeiro. E o lendário Moisés, nessa época, já havia falecido há mil anos.
                      Você sabia, caro leitor, que existem 2 relatos diferentes sobre a criação, no livro de Gênesis?  Isso mesmo! Dois relatos diferentes e contraditórios. O 1º relato começa em Gênesis 1:1; o 2º, no mesmo livro, capítulo 2, versículo 4. Isso ocorre porque a Bíblia é um conjunto de livros de caráter eminentemente religioso. Ela não é um manual de Astronomia, Astrofísica, Biologia etc. Daí a existência abundante de lendas, mitos, alegorias, fábulas e erros de toda espécie.
                     Pois bem! No primeiro relato lendário da criação de todas as coisas por Deus, está escrito que Elohim (deuses, e não Deus) terminou sua obra no dia de sábado. Veja, leitor, a ingenuidade do relato. Deus fez bilhões de estrelas, bilhões de luas, bilhões de planetas, bilhões de galáxias, bilhões de asteroides, bilhões de cometas, enfim, bilhões de tudo. E fez tudo isso em apenas 6 dias, cada dia com 24 horas. Ou seja, o mesmo dia que conhecemos hoje. E Deus, obviamente, ficou cansado, muito cansado. Ficou tão cansado que resolveu ‘DESCANSAR” no sétimo dia. Na verdade, deuses não existem. São criações do homem. É o homem que cria deuses à sua imagem e semelhança. E aqui está um exemplo bem claro. O escriba hebreu, com certeza, era um homem. E homem se cansa, ou seja, o homem fica cansado depois de uma tarefa feita. E o homem hebreu projetou na divindade, no deus criado, essa qualidade que é inerente ao próprio homem. Você entendeu, caro leitor?
                   Veja, leitor amigo, a infantilidade do relato. O Universo criado em 6 dias! Na verdade, o Universo não foi criado, e não surgiu em apenas 6 dias. Ao contrário! Bilhões e bilhões de anos foram necessários para o surgimento do Universo. Essa bobagem está escrita na Bíblia porque, como já afirmei, a Bíblia não é um manual de Astronomia, de Astrofísica. E ela nunca teve essa pretensão. Líderes religiosos, principalmente evangélicos, é que inventaram essa fantasia.
                     Alguns livros evangélicos tentam amenizar a infantilidade da Bíblia, afirmando que os 6 dias da criação não são realmente os 6 dias da semana. Dizem eles que, às vezes, para Deus, 1 dia pode significar mil anos, e mil anos, 1 dia. Ou seja, eles querem dizer com isso que Deus pode ter feito todas as coisas em bilhões de anos, como a Ciência o diz.  O objetivo desses livros evangélicos é dar à Bíblia um caráter de livro científico, coisa que ela não tem. Já outros livros evangélicos propagam que Deus realmente fez todas as coisas em apenas 6 dias, em 1 semana.
                  Vou mostrar a você, leitor, que a criação lendária bíblica ocorreu em apenas 6 dias. Nada de bilhões de anos, como diz a Ciência. E vou facilmente apresentar 3 provas que estão na própria Bíblia.


                                                       O SÁBADO EM DESTAQUE


                         O 1º relato da criação de todas as coisas que se localiza no capítulo 1 de Gênesis põe em destaque o dia de sábado. Os hebreus, por tradição, não trabalhavam no dia de sábado. O sábado era um dia sagrado para eles. Ao narrar a lenda da criação de todas as coisas, é óbvio que o homem hebreu iria colocar a divindade trabalhando durante os 6 dias da semana, e descansando no sétimo, no sábado. E assim o fez!
                         O sábado, aqui, amigo leitor, é o destaque. E o sábado representa 1 dia de 24 horas. Ou seja, 1 dia da semana! Em todo o relato do capítulo 1 de Gênesis, o escriba hebreu vai preparando o desfecho, aquilo que ele acha principal, ou seja, o descanso no dia de sábado. Toda a ação ocorrida nos outros dias se direciona para o SÉTIMO dia. A coisa mais importante nesse relato não é propriamente a criação de todas as coisas, mas o DESCANSO, o REPOUSO, no dia de sábado porque esse dia era sagrado para o povo hebreu.


                                                                  HOUVE TARDE E MANHÃ


                     Veja, leitor amigo, como a criação lendária bíblica ocorre em apenas 6 dias da semana. Em Gênesis 1: 5, 8, 13, 19, 23 e 31, está escrito:

                        “5 (...) Houve tarde e manhã, o primeiro dia.”

                         8 (...) Houve tarde e manhã, o segundo dia.”

                       13 (...) Houve tarde e manhã, o terceiro dia.”

                       19 (...) Houve tarde e manhã, o quarto dia.”

                       23 (...) Houve tarde e manhã, o quinto dia.”

                      31 (...) Houve tarde e manhã, o sexto dia.”


                  Em todo o capítulo 1 de Gênesis, você, leitor, vê a repetição da expressão “HOUVE TARDE E MANHÔ, não é mesmo? Pois bem! Aqui está a maior prova de que o DIA representa apenas 24 horas, o mesmo dia que conhecemos hoje. Para designar o DIA de 24 horas, os hebreus faziam uso da expressão citada acima. Entendeu, caro leitor?  Hoje, leitor, aqui, no Brasil, a gente usa a expressão “manhã, tarde e noite” para designar 1 dia de 24 horas. Os hebreus usavam a expressão “tarde e manhã” para designar o mesmo dia de 24 horas. Eis a prova maior. Mas não acabou ainda!


                                                                        O DIA E A NOITE


                   Veja, caro leitor, mais uma prova de que a criação lendária bíblica ocorreu em apenas 6 dias da semana. Em Gênesis 1: 5, está escrito:


                      “5 Chamou Deus à luz DIA, e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.”



                    Veja, leitor, que, logo no 1º dia, já havia o DIA e a NOITE. As expressões “Dia” e “NOITE” estão relacionadas com o que chamamos de 1 dia de 24 horas. É assim para a gente, era assim também para o escriba hebreu quando ele resolveu escrever esses relatos imaginários da criação de todas as coisas. O “DIA” é marcado pela claridade, a “NOITE”, pela escuridão (trevas). Você entendeu, leitor? A luz, nesse relato bíblico, já era a luz emitida pelo Sol, porém, por um erro, o escriba colocou o Sol surgindo apenas no 4º dia. O importante é que DIA e NOITE estão relacionados com o tempo de 1 dia (24 horas), compreendendo “tarde e manhã”.


                                                             O SOL E A LUA


                    Veja, leitor, mais uma prova de que a criação lendária de todas as coisas ocorreu em apenas 6 dias da semana. Em Gênesis 1: 18, está escrito:


                  “18 Para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.”


                 Percebeu, leitor? O escriba hebreu, em sua inocência, escreveu que o Sol e a Lua foram criados por Deus para governarem o DIA e a NOITE. O Sol de hoje é o mesmo Sol visto pelo escriba hebreu naquele tempo. A Lua de hoje é a mesma Lua vista pelo escriba hebreu naquele tempo. O dia de hoje é o mesmo dia de 24 horas em que vivia o escriba hebreu. A noite de hoje é a mesma noite admirada pelo escriba hebreu. Em resumo, é o Sol a marca do DIA. Você entendeu, leitor?
              Preste atenção, leitor! Quando algum religioso tentar passar para você que Deus pode ter criado todas as coisas em bilhões de anos, abra o olho porque esse missionário está deturpando o enunciado bíblico. O objetivo dele é tentar amenizar a infantilidade da Bíblia. 

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