O TEÓLOGO RUBEM ALVES E A IRRACIONALIDADE RELIGIOSA

O TEÓLOGO RUBEM ALVES E A IRRACIONALIDADE RELIGIOSA Eustáquio 14/09/2015 Caro leitor, Este é o 2º artigo acerca da palestra do teólogo Rubem Alves cujo vídeo se encontra à disposição de qualquer pessoa no “You Tube” com o seguinte título: “Rubem Alves – “perguntaram-me se acredito em Deus” Como eu já deixei bem claro no 1º artigo, esse vídeo, amigo leitor, resume-se numa palestra de Rubem Alves em que apresenta seu livro “Perguntaram-me se acredito em Deus”. Já que a palestra é bastante agradável, mas pode deixar alguém em dúvida, resolvi então fazer vários artigos, comentando trechos de forma bem clara para que ninguém fique com dúvidas sobre se Rubem Alves acreditava em Deus, ou não. Caso você, leitor amigo, queira mais detalhes sobre quem foi Rubem Alves, convido-o a ler meu primeiro artigo: “O teólogo Rubem Alves acreditava em Deus?”. Muito bem! Neste artigo, analisarei mais um trecho da palestra do doutor em Teologia Rubem Alves. Esse trecho começa aos 8 minutos e 8 segundos e vai até os 9 minutos e 16 segundos do vídeo em destaque. Veja, leitor, o que diz Rubem Alves: “O meu filósofo favorito Nietzsche disse uma coisa meio feia que eu vou repetir aqui. Ele disse que basta falar o nome de Deus para as pessoas terem a inteligência paralisada. Elas têm medo! Elas têm medo de pensar! Elas têm medo de pensar e medo de serem castigadas! Uma brasileira tava lá, numa daquelas torres gêmeas. Aí, ela voltou para o Brasil e foi para a televisão muito emocionada e dizia: ‘Foi Deus que me salvou! Foi Deus que me salvou!” Aí, eu perguntei: mas, se salvou você, por que que não salvou os outros? Por que que ele não fez assim, com o dedinho, e não desviou o avião? Por quê? Por que você? Lógico, eu não perguntei isso a ela, mas ela estava com a inteligência paralisada. E por isso não era capaz de pensar coisas sérias acerca de Deus.” Com certeza, caro leitor, você entendeu o recado do teólogo Rubem Alves, não é mesmo? Mesmo assim, explicarei melhor. Religião é pura ilusão, pura fantasia, pura superstição! O teólogo Rubem Alves inicia sua fala fazendo uma referência ao filósofo alemão Friedrich Nietzche (1844-1900). Este dizia que a crença religiosa paralisa a inteligência, a capacidade de raciocínio. O que é uma grande verdade! E o teólogo Rubem Alves fornece até um exemplo bem claro dessa realidade. O Rubem, certo dia, viu, pela televisão, uma mulher brasileira que estava numa das torres gêmeas dos EUA quando ocorreram aqueles atentados terroristas, claro, praticados por pessoas religiosas. Aquela mulher conseguiu escapar sem arranhão algum. Ao retornar ao Brasil, apareceu na televisão, bastante feliz e empolgada, exclamando com todas as forças: “FOI DEUS QUE ME SALVOU! FOI DEUS QUE ME SALVOU!” Ao ver aquela mulher, repito, pela televisão, atribuindo sua salvação a Deus, Rubem Alves percebeu que o filósofo Nietzche realmente tinha razão quando disse que a crença religiosa paralisa a inteligência humana. Rubem, naquele momento, gostaria de perguntar àquela mulher: “Mas, se salvou você, por que que não salvou os outros? Por que que ele não fez assim, com o dedinho, e não desviou o avião? Por quê? Por que você? Entendeu, leitor? Percebeu, caro leitor, como a religião realmente elimina a inteligência das pessoas? Como a religião exclui a capacidade de raciocínio? O homem cria deuses e atribui a eles verdadeiras loucuras. Essa pobre mulher brasileira que escapou dos atentados terroristas transforma sua ideia de Deus em algo monstruoso, e ela mesma nem percebe. Imagine uma entidade “espiritual” salvando uma ou duas pessoas e, ao mesmo tempo, deixando perecer mais de mil pessoas, incluindo aí crianças, mulheres grávidas e idosos. Quantas famílias destruídas, não é mesmo, graças à inércia da entidade “espiritual” que preferiu salvar apenas uma ou duas pessoas? Percebeu, leitor, como a religião afasta a inteligência, elimina o raciocínio?