A BÍBLIA E SEUS ERROS INGÊNUOS ( XII )
Eustáquio
13/03/2015
Este, amigo leitor, é o 12º artigo de uma longa série acerca de inúmeros erros contidos na Bíblia. Em cada artigo, um erro bíblico diferente.
Líderes religiosos, principalmente evangélicos, dizem aos fiéis que a Bíblia não contém erro algum porque foi inspirada pelo Espírito Santo. E o Espírito Santo, obviamente, não iria permitir um erro sequer na Bíblia. Dizem também esses líderes religiosos que a Bíblia é um conjunto de livros atualizadíssimo, de caráter científico, contendo aí astronomia, astrofísica, biologia etc. E dizem até, por exemplo, que os relatos da criação do mundo que estão em Gênesis são realmente uma narração e descrição real, ou seja, tudo aconteceu realmente da forma exposta ali. E os fiéis, aqueles que vão a igrejas, passam a acreditar nesse discurso infantil de líderes religiosos.
Ao contrário! A Bíblia está lotada de lendas, mitos, alegorias, fábulas, contradições e erros de toda espécie. A Bíblia não é um conjunto de livros atualizadíssimo! Não é um manual de Ciências! Não é um compêndio de astronomia, astrofísica, biologia, geografia etc. A Bíblia é, fundamentalmente, um conjunto de livros de caráter religioso. Daí a existência de lendas, mitos, alegorias, fábulas, erros, contradições etc. E as narrativas acerca da criação do mundo e de todas as coisas que estão em Gênesis são apenas a visão ingênua do povo hebreu, sobrecarregada de sentimento religioso. O objetivo dos escribas ali não era fazer uma narrativa científica sobre a existência do mundo, de todas as coisas. Daí os erros ingênuos, claros e cristalinos.
Alfred Läpple nasceu na Alemanha, em 1915, e faleceu em 2013. Foi pedagogo, filósofo e doutor em Teologia. Escreveu inúmeros livros sobre religião. Era católico e muito amigo do papa Joseph Ratzinger. Em seu livro “A Bíblia hoje -- Documentação de História, Geografia, Arqueologia.”, editora Edições Paulinas, 1979, página 37, escreve:
“Para designar os onze primeiros capítulos do Gênesis, é frequente o uso da expressão “pré-história bíblica”. Ela não é muito feliz, pois pode fazer pensar que se encontre nesta parte da Bíblia material interessante sobre a história da Terra e sobre a origem do homem. É preciso esclarecer, porém, desde o início, que a Bíblia não é um manual de física, de geologia ou de biologia. É preciso libertar-se uma vez por todas da idéia, largamente difundida, que a “pré-história” bíblica seja uma espécie de reportagem sobre a origem do universo e do homem.”
Você entendeu, amigo leitor, o que diz acima o doutor em Teologia Alfred Läpple? Ele não era ateu, mas um cristão. Católico fervoroso, muito amigo de Joseph Ratzinger. Alfred Läpple era um doutor em Bíblia, pois! E o que ele afirma acima é uma verdade inatacável. Ele, caro leitor, está dizendo que os 11 primeiros capítulos do livro de Gênesis nada têm a ver com História, Física, Geologia ou Biologia. Ele diz, claramente, que a Bíblia não é um livro de Ciências. Ele está dizendo, por exemplo, que os relatos sobre a origem do Universo e do homem que estão nos capítulos 1 e 2 de Gênesis não são uma narrativa real, não são uma espécie de reportagem sobre o surgimento de todas as coisas. Ou seja, ele está dizendo que, nos 11 primeiros capítulos de Gênesis, ninguém vai encontrar História ali, Física ali, Astronomia ali, Biologia ali. Ele está dizendo que ali existe muita imaginação dos escribas hebreus, cujo objetivo não era fazer uma narração literal dos fatos.
E o doutor Alfred Läpple está certíssimo! Os relatos acerca da criação do Universo e do homem que estão nos 2 primeiros capítulos de Gênesis são, pois, relatos lendários, inventados pelos escribas. Ali, está a visão religiosa deles acerca de tudo. Ali está a visão ingênua e limitada dos escribas hebreus. É por isso que os relatos estão repletos de erros bobos e ingênuos. E isso é do conhecimento de historiadores bíblicos, arqueólogos bíblicos, teólogos sérios etc. Infelizmente, essa verdade não chega aos fiéis cristãos que vão a igrejas. Esses fiéis, em sua quase totalidade, não leem a Bíblia, não a analisam, não a estudam. Já que não conhecem a Bíblia, passam a acreditar na conversa fiada de líderes religiosos. Ora, os erros da Bíblia são tão bobos e ingênuos que basta alguém olhar rapidamente para enxergá-los. Nem é preciso que a pessoa tenha um profundo conhecimento de Cosmologia, Astronomia, Biologia, Física etc. As lendas bíblicas saltam aos olhos. Os erros bíblicos saltam aos olhos. A ingenuidade bíblica salta aos olhos.
Pois bem! No 1º artigo, mostrei um dos erros bíblicos sobre a LUA. No 2º, mais um erro bíblico sobre as ESTRELAS. No 3º, mais um, em relação ao PLANETA TERRA. No 4º, mais um erro bíblico, em relação ao HOMEM. No 5º, mais um, acerca da NOITE e DIA. No 6º, outro erro bíblico, acerca da SEPARAÇÃO DA LUZ DAS TREVAS. No 7º, mais um, sobre o ABISMO DA TERRA. No 8º, mais um erro, acerca da IMOBILIDADE da Terra. No 9º, mais um, em relação à IDADE DO UNIVERSO, DA TERRA, DO SOL E DA LUA. No 10º, mais um erro, acerca da FORMA DA TERRA. No 11º, mais um, sobre AS ÁGUAS DEBAIXO E ACIMA DOS CÉUS. E, neste, mais um erro, acerca do FIRMAMENTO.
Em Gênesis 1: 8, está escrito:
“8 E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia.”
O escriba hebreu (não foi Moisés) que escreveu o que está registrado acima cometeu mais um erro ingênuo, infantil. Esse erro está na visão dele acerca do FIRMAMENTO, ou seja, acerca do que ele entendia por “CÉUS”. Em seu relato lendário, imaginário, diz o escriba hebreu que Deus fez o FIRMAMENTO. Ao fazer o FIRMAMENTO, Deus lhe deu o nome de CÉUS. Logo, caro leitor, o FIRMAMENTO, segundo a visão do escriba hebreu, é o mesmo CÉU que a gente vê quando olhamos nas ruas para cima, em busca, por exemplo, de ver as nuvens. Você, caro leitor, conhece o significado da palavra “FIRMAMENTO”? Se não conhece, explicar-lhe-ei agora.
Márcio Cotrim é advogado, jornalista e escritor. Mora em Brasília, no Distrito Federal, há muitos anos. Ele escreve, entre outros jornais, para o Correio Braziliense, o jornal de maior circulação do Distrito Federal. No suplemento do retrocitado jornal denominado “Revista do Correio” nº 485, do dia 31 de agosto de 2014, num domingo, Márcio Cotrim, em sua coluna, explicou o significado da palavra “FIRMAMENTO”. Veja, leitor amigo, o que ele escreveu:
“FIRMAMENTO --- Esse nome tem seu berço no latim firmus e nasceu num tempo em que os estudiosos do céu, não possuindo ainda a preciosa ajuda do telescópio, acreditavam que os corpos celestes estavam firmes e fixos na sua posição. O firmamento, por ser um enigma para o homem, desde sempre foi um elemento intrigante, objeto de curiosidade e veneração. Algumas religiões achavam que seria o local onde os deuses moravam, devido à distância que a criatura humana era incapaz de transpor. Essa crença se impregnou na tradição cristã, que coloca Deus e os demais seres celestiais no céu, em contraposição ao inferno que, também em diversas religiões, se encontraria no subsolo.”
Você, caro leitor, entendeu o que diz acima o jornalista e advogado Márcio Cotrim? Ora, ele diz a pura verdade. O que ele afirma é do conhecimento de quem estuda com seriedade a história do homem no planeta Terra. Ele começa seu texto, afirmando que a palavra FIRMAMENTO tem o seu berço, o seu nascedouro, na língua latina. E essa palavra quer dizer FIXO, FIRME. E diz também o intelectual Márcio Cotrim que, no mundo antigo, as pessoas que estudavam o céu acreditavam que os corpos celestes (Sol, Lua etc.) estavam firmes e fixos no céu. Esses estudiosos do céu não tinham ainda o telescópio, por isso cometeram muitos erros acerca do céu, do firmamento. E diz também Márcio Cotrim que algumas religiões achavam que o céu, o firmamento, seria o local onde os deuses moravam. E ele termina sua explicação sobre o FIRMAMENTO, afirmando que essa crença (deuses morando no céu) também foi agasalhada pelo Cristianismo. O Cristianismo, em seu nascedouro, coloca Deus morando no céu, em contraposição ao Satanás, que mora no subsolo da Terra, no chamado Inferno.
Parabéns, portanto, ao intelectual Márcio Cotrim por ter escrito a pura verdade! O escriba hebreu, coitado, não tinha, em sua época, o telescópio. Ele entendia erroneamente os astros celestes por causa de sua limitada visão. E a visão nos engana muito. Em razão disso, o escriba hebreu cometeu inúmeros erros que estão registrados na Bíblia. E eu estou mostrando alguns por meio de artigos e vídeos expostos no “You Tube”.
Pois bem, leitor amigo! O escriba hebreu olhava para o céu e pensava que esse céu era um firmamento. Ou seja, ele pensava que o céu era uma coisa firme, uma coisa fixa sobre a Terra. Ele pensava erroneamente que o firmamento era uma abóbada celeste que estava fixa no planeta Terra por meio de grandes colunas. O escriba hebreu pensava erroneamente que os astros celestes estavam no céu, no firmamento, naquela abóbada celeste fixa sobre a Terra. Ou seja, ele pensava que as estrelas (Sol) e a Lua estavam no firmamento da Terra, no mesmo lugar. Assim, o escriba hebreu foi enganado pela visão.
Na verdade, o Sol, a Lua e as demais estrelas não estão no FIRMAMENTO da Terra, nos “céus” da Terra. Não estão, portanto, no mesmo lugar. Os corpos celestes estão no ESPAÇO. O Sol, por exemplo, está muito, muito, muito distante da Terra, da Lua e das demais estrelas. Ele está a 150 milhões de quilômetros da Terra. A Lua está a 384 mil quilômetros da Terra. Bilhões de estrelas estão a milhões de quilômetros da Terra. E assim por diante. Percebeu, leitor amigo, mais um erro ingênuo e infantil da Bíblia? A visão nos engana. Quem olha para o céu, vê o Sol, a Lua e outras estrelas no mesmo lugar. Só que isso é uma ilusão de ótica. Isso é falso! Esses astros celestes não estão no mesmo lugar. A visão, o olhar, portanto, levou o escriba hebreu ao erro.
E os deuses não moram no CÉU, no FIRMAMENTO, nem no espaço. Eis outro erro das religiões. Deuses não existem. São apenas um produto da imaginação humana. É o homem que cria deuses à sua imagem e semelhança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário