O TEÓLOGO RUBEM ALVES E O MAL DAS RELIGIÕES
Eustáquio
15/09/2015
Caro leitor,
Este é o 3º artigo acerca da palestra do teólogo Rubem Alves cujo vídeo se encontra no “You Tube”, à disposição de qualquer pessoa, sob o seguinte título:
“RUBEM ALVES – “PERGUNTARAM-ME SE ACREDITO EM DEUS!”
Como eu já deixei bem claro nos artigos anteriores, esse vídeo, amigo leitor, resume-se numa palestra de Rubem Alves em que apresenta seu livro “Perguntaram-me se acredito em Deus”. Já que a palestra é bastante agradável, mas pode deixar alguém em dúvida, resolvi então fazer vários artigos, comentando trechos de forma bem clara para que ninguém fique com dúvidas sobre se Rubem Alves acreditava em Deus, ou não. Caso você, leitor amigo, queira mais detalhes sobre quem foi Rubem Alves, convido-o a ler meu primeiro artigo: “O teólogo Rubem Alves acreditava em Deus?”
Pois bem! Neste artigo, analisarei a fala do Rubem Alves que começa aos 4 minutos e 37 segundos e vai até os 5 minutos e 31 segundos. Por favor, caro leitor, assista ao vídeo e confirme o que diz o doutor em Teologia:
“Há 3 semanas, um padre jesuíta, Jon Sobrino, foi condenado pelo Vaticano à pena de silêncio pelo resto de seus dias. Ele era um galo que cantava um canto diferente. E aí eu posso imaginar Jesus olhando para um passarinho, e ele não gosta do canto do passarinho, e diz: “Porque eu não gosto de teu canto, eu te condeno a ficar eterna silenciosamente.” Isso foi apenas um parêntese para demonstrar minha indignação por aquilo que as religiões fazem com as pessoas.”
Você, leitor amigo, entendeu o que diz acima o teólogo Rubem Alves? Vou explicar-lhe melhor. Ele diz que, há 3 semanas, o padre jesuíta espanhol Jon Sobrino, um dos defensores da Teologia da Libertação, foi condenado pelo Vaticano à pena de silêncio pelo resto de seus dias. E por que o padre foi condenado? Ora, ele foi condenado porque, segundo o Vaticano, suas proposições não estavam em conformidade com a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana. Como disse o Rubem Alves, o padre Jon Sobrino era um galo que cantava um canto diferente. Por cantar um canto diferente, foi punido eternamente ao silêncio. No finalzinho de sua fala, Rubem Alves diz:
“Isso foi apenas um parêntese para demonstrar minha indignação por aquilo que as religiões fazem com as pessoas.”
Rubem mostra acima sua indignação com o mal que as religiões causam aos fiéis. É bom lembrar que Rubem Alves vivia o cristianismo protestante 24 horas por dia. Acreditava piamente na Bíblia e no Deus hebreu. Devorava com fé as páginas bíblicas. Formou-se em Teologia. Foi pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil. Nos EUA, fez mestrado e doutorado em Teologia. Até que, certo dia, acordou para a realidade. Deixou sua igreja. Deixou sua religião. Passou a escrever livros, por meio dos quais se tornou conhecido. Foi professor universitário e psicanalista.
Você, leitor amigo, concorda com o Rubem Alves? Você acha também que as religiões fazem mal aos fiéis? Se você concorda com ele, então, desde já, receba os meus mais sinceros parabéns. De fato, o teólogo tem toda razão quando afirma que as religiões fazem muito mal às pessoas. Você, leitor, quer provas? Muito bem! Provas é que não faltam!
Veja, leitor, primeiramente, o caso do padre jesuíta Jon Sobrino, citado pelo Rubem Alves. Ele foi condenado por sua religião a ficar eternamente em silêncio sobre aquilo que pensava. Imagine, leitor, você ser obrigado a ficar em silêncio sobre aquilo que pensa. No Brasil, existe a liberdade de expressão. Qualquer pessoa pode se manifestar verbalmente sobre qualquer coisa. Pode falar sobre qualquer coisa. Isso é muito bom para as pessoas, não é mesmo? Só que, no mundo das religiões, a coisa não funciona assim. Entendeu, agora, leitor amigo, por que o Rubem Alves tem razão quando diz que as religiões fazem mal às pessoas? Eis, aqui, uma prova clara e cristalina, não é mesmo?
Você, leitor, quer outra prova de que as religiões causam mal às pessoas? Poderei fornecer-lhe milhares de provas. Veja mais uma: o homem é um animal que come carne. No Brasil, por exemplo, o homem come carne de boi, de vaca, de carneiro, de bode, de porco etc. Comer carne, pois, é uma atividade sadia e saborosa. Imagine, leitor, um bom churrasco aos domingos com a família e amigos! Uma maravilha, não é mesmo? É uma maravilha que pode se tornar um inferno justamente por causa das religiões. Por exemplo, a carne de porco. Algumas religiões proíbem os fiéis de comerem carne de porco. Ou seja, por causa da religião, apenas por causa da religião, algumas pessoas deixam de saciar seu apetite, que é uma coisa natural. Não são poucos os fiéis que adorariam comer carne de porco, mas não o fazem por causa de sua religião. Percebeu, agora, leitor, o mal que as religiões causam aos fiéis? Por causa de uma convenção (religião), pessoas se privam de coisas naturais ao ser humano (comer carne de porco). E o mundo das religiões é tão infantil e irracional que outras pessoas religiosas estão livres para comer o que quiser. Por exemplo, um cristão católico come carne de porco sem restrição alguma. E assim milhões de cristãos de outras denominações. Ou seja, para um grupo de religiosos, a carne de porco é condenada, mas para outros grupos de religiosos seu consumo é permitido. Percebeu, leitor, a irracionalidade das religiões?
Você quer outra prova de que as religiões fazem mal às pessoas? Veja mais um exemplo: a doação de sangue é um ato de amor, de solidariedade. Eu, por exemplo, anualmente, vou ao Hemocentro de Brasília, deixando ali um pouco do meu sangue para salvar alguém no futuro. Inúmeras pessoas são salvas justamente por causa da transfusão de sangue. Perdem muito sangue, que é reposto por meio da transfusão. Os hemocentros, que são os bancos de sangue, fazem propagandas por meio das televisões, convocando as pessoas a doarem sangue. E isso é a coisa mais natural do mundo. Só que vem a religião e estraga tudo. Existe até religião que proíbe seus fiéis de doarem sangue. Que proíbe seus fiéis também de se submeterem à transfusão de sangue. Apenas por causa da questão religiosa!
Você, leitor, quer mais uma prova de que as religiões fazem mal às pessoas? Veja mais um exemplo: a abstinência sexual! Como todo mundo sabe, o homem é um animal sexual. O sexo é uma coisa natural, e não convencional. Quando o feto humano sai do útero materno, o sexo já está lá. Coisa natural do homem, portanto. Ao atingir a idade adulta, o homem procura fazer sexo, e isso é a coisa mais natural do mundo. Sente o desejo sexual por alguém, é correspondido, e os dois resolvem fazer sexo num lugar tranqüilo e aconchegante. E o sexo, segundo estudos científicos, é uma atividade sadia e muito benéfica ao organismo humano. Só que vem as religiões e, como sempre, estragam tudo. Na história de quase todas as religiões, o sexo sempre foi visto como coisa imunda, nojenta, repugnante, abjeta. Veja, leitor, a visão doentia das religiões sobre o sexo, uma coisa natural e sadia ao homem. A abstinência sexual é uma marca de muitas religiões. Inúmeros religiosos levantam a bandeira da abstinência sexual, ou seja, deixam de fazer uma coisa natural e sadia (sexo) apenas por causa da religião. Percebeu, leitor, como o teólogo Rubem Alves tem toda razão quando afirma que as religiões fazem mal às pessoas? O desejo sexual, que é uma coisa natural e sadia, é reprimido por algumas religiões. Daí, surgem inúmeros problemas de ordem psicológica.
Você, leitor, quer mais uma prova de que as religiões causam mal às pessoas? Veja mais um exemplo: o dia de sábado! Uma semana tem 7 dias: domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta e sábado. Esses dias são iguais. Nada os diferencia. Cada um tem 24 horas. E, no Brasil, milhões de pessoas trabalham nesses dias. Só que vem a religião e estraga tudo. Há pessoas religiosas que consideram o sábado um dia especial, diferente dos outros. Essas religiões proíbem os fiéis de trabalharem nesse dia. Um exemplo são os adventistas do sétimo dia. Os fiéis que pertencem a essa religião não trabalham no dia de sábado. Veja, leitor, o mal que a religião causa. Emprego, no Brasil, hoje, está difícil, muito difícil. Principalmente com a crise econômica que aí está. Pessoas adultas, normalmente, procuram emprego porque precisam de dinheiro para garantir a sobrevivência de toda a família. Milhões de brasileiros passam fome, sem um pão sequer para comer ao longo de um dia. Imagine, leitor, um brasileiro, adventista do sétimo dia, casado, com duas crianças, sem nada para comer em casa, com aluguel atrasado, de repente recebe uma proposta de emprego que irá garantir a salvação de sua pobre família. Só que a empresa exige que ele trabalhe também no dia de sábado. Por ser um adventista do sétimo dia, ou seja, apenas por causa da religião, ele recusa a oferta de emprego. E o que vai acontecer? Ora, ele, a esposa e seus famintos filhos continuarão vivendo num estado de calamidade pública apenas por causa da religião. Se ele não fosse um adventista do sétimo dia, um católico, por exemplo, teria aceitado o emprego, e sua família estaria comendo todos os dias. Percebeu, leitor, como o teólogo Rubem Alves tem razão quando diz que as religiões fazem mal aos fiéis?
Poderia fornecer milhares de exemplos. Por enquanto, os arrolados acima são suficientes, não é mesmo?
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