quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A BÍBLIA E O PODER DA ORAÇÃO

A BÍBLIA E O PODER DA ORAÇÃO

Eustáquio 30/09/2015 Caro leitor, O que você acha acerca da oração? Oração aqui, no sentido religioso, ou seja, súplica, reza, prece. O homem religioso sempre orou às divindades, aos deuses, às deusas, pedindo proteção à vida, à saúde, à agricultura etc. Você, leitor, acha que orar aos deuses tem algum resultado? Será que os deuses escutam as orações dos fiéis e prontamente satisfazem seus pedidos? O que você acha? A Bíblia cristã, de Gênesis ao Apocalipse, afirma que fazer orações ao Deus hebreu ou a Jesus é certeza de que os pedidos serão atendidos. Será isso verdade, caro leitor? Só para citar um exemplo, veja o que está escrito no Novo Testamento, em 1 João 4: 13 a 15: “13 Estas cousas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus. 14 E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve. 15 E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.” Você, leitor amigo, obviamente, entendeu a mensagem cristã acima, não é mesmo? O que essa mensagem nos diz? Ora, diz-nos que, se os cristãos têm certeza de que Jesus ouve suas orações, então os pedidos serão atendidos, ou seja, Jesus vai atender com alegria as súplicas daqueles que nele acreditam. E agora, leitor, pergunto-lhe: é verdade mesmo que o Deus hebreu ou Jesus atendem as orações dos cristãos? A resposta, leitor amigo, é apenas uma: as orações dos fiéis às divindades não servem para nada! Não surtem resultado algum! Tudo isso é uma ilusão religiosa! E é fácil provar essa verdade! Para começar, veja, leitor, o vídeo que está no “You Tube” com o título: “Rubem Alves – Perguntaram-me se acredito em Deus.” Rubem Alves foi pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, com mestrado e doutorado em Filosofia e Teologia nos Estados Unidos da América do Norte. Depois abandonou a religião, a igreja. Foi também professor universitário, psicanalista e escritor. Faleceu ano passado (2014). Pois bem! Veja, leitor, o que o teólogo Rubem Alves diz sobre a eficácia das orações dos cristãos a Deus ou a Jesus, dos 9 minutos e 17 segundos aos 9 minutos e 59 segundos do vídeo supracitado: “O papa ora pela paz! O mundo continua em guerra! E aí eu fico pensando: supõe-se que o papa é o representante de Deus. Se o papa ora pela paz, isso quer dizer que Deus ora pela paz, ou não? Se ele ora pela paz, é talvez porque Deus não está muito convencido porque, se ele tivesse convencido, não seria preciso orar. Mas ele ora, e Deus não atende. Quer dizer que Deus não é pela paz.” Rubem Alves foi um teólogo sério! O que ele diz acima? Ora, ele diz o óbvio: diz que a oração não serve para nada. Que Deus algum ouve as orações dos fiéis e, muito menos, atende esses pedidos. Logo de início, Rubem diz: “O papa ora pela paz! O mundo continua em guerra!” Ou seja, o papa Francisco ora, ora, ora pela paz. Pede a Deus ou a Jesus que tragam a paz ao mundo. Mas o mundo continua em guerra. Percebeu, leitor, como orar a Deus ou a Jesus não produz efeito algum? Nesse vídeo, simplesmente sensacional, o teólogo Rubem Alves tenta abrir a cabeça das pessoas religiosas que vivem mergulhadas no mundo da ilusão, da ignorância. Ele sabia que, no fundo, deuses não existem. Logo, não atendem as orações dos fiéis. Rubem Alves fez uso até do humor em sua fala acima. Na ilusão religiosa, o papa Francisco ora a Deus solicitando paz ao mundo. O Deus hebreu escuta o papa, mas nada faz. Não traz paz ao mundo. O mundo continua em guerra. Ora, o pedido do papa é simplesmente uma coisa maravilhosa. Já pensou, caro leitor, o mundo todo em paz, sem guerra alguma? Obviamente, o Deus hebreu deveria ter atendido a esse pedido, não é mesmo? E Rubem Alves, com muita inteligência e sabedoria, diz que nem havia necessidade de o papa pedir a Deus paz ao mundo. Como o Deus hebreu é onisciente, já é do seu conhecimento que o mundo está precisando de paz. Se não manda paz ao mundo, é porque não está convencido disso. Prefere ver o mundo mergulhado em guerras e conflitos em que crianças, mulheres, jovens e velhos são assassinados brutalmente e, pior, até por motivos religiosos. Percebeu, leitor, como as orações não têm efeito algum? É muito comum os cristãos orarem, à procura das mais variadas soluções para seus problemas: desemprego, doenças, impotência sexual, fome, desilusão amorosa, salário miserável etc. Hoje, no planeta Terra, existem quase 2 bilhões de cristãos. Imagine, leitor, como fica o “ouvido” do Deus hebreu. Imagine, leitor, 2 pessoas falando com você ao mesmo tempo. Bote agora não 2 pessoas, mas 100 pessoas falando ao seu ouvido, com vários pedidos. Obviamente, você não vai entender nada, não é mesmo? Imagine o “ouvido” de Deus ou de Jesus! 2 bilhões de pessoas tirando a paz do Deus hebreu. Haja ouvido, não é mesmo? Esse é o mundo fantasioso da religião! E veja, caro leitor, que, até mesmo dentro do cristianismo, os alvos das orações não são apenas o Deus hebreu e Jesus. Ou seja, há cristãos que fazem orações a outras entidades. Por exemplo, os cristãos católicos apostólicos romanos. Esses aí fazem orações ao Deus hebreu, a Jesus e a uma relação extensa de “santos”. Como se sabe, a Igreja Católica Apostólica Romana é uma fábrica de “santos”. No mundo imaginário da religião cristã católica, há, portanto, uma infinidade de “santos”. Cristãos católicos fazem, por exemplo, orações a São Francisco de Assis, a Nossa Senhora de Fátima, ao Padre Cícero Romão Batista, ao São Benedito e tantos outros. Você, leitor, quer uma prova bem pessoal de que as orações não servem para nada? Você mesmo é a prova! Não sei se você já passou por um momento difícil de saúde. Mas faça um teste. Se algum dia, leitor, você tiver um problema de saúde (não lhe desejo isso), não procure a Ciência, não vá a um hospital, não procure um médico. Fique em sua casa, orando 24 horas por dia ao Deus hebreu ou a Jesus ou a algum “santo” católico. Garanto a você, leitor, uma coisa: apesar de suas orações sinceras, seu problema de saúde não desaparecerá, ou seja, suas orações não serão atendidas. Imagine você, caro leitor, com uma crise renal, com pedras nos rins. Que dor terrível! Uma cunhada minha sabe o que é isso. Certo dia, teve uma crise. Eu, ateu, vi o quadro. Ela gritava de dor, arrastava-se pelo chão, chegando até a urinar. Foi levada imediatamente ao hospital. Ali, após uma injeção, a dor passou dentro de 3 minutos. Graças à injeção! Graças à Ciência! Imagine, leitor, se ela tivesse ficado em casa, orando ao Deus hebreu ou a Jesus! A dor não teria desaparecido, e ela poderia, até mesmo, ter ido a óbito. Percebeu, leitor amigo, como as orações não servem para nada? Veja, leitor amigo, outro exemplo de que as orações não servem para nada. Os hospitais, principalmente, públicos, e os cemitérios estão lotados de pessoas cristãs que fizeram inúmeras orações ao Deus hebreu, a Jesus e aos “santos”, mas, como é óbvio, não foram ouvidas, ou seja, seus pedidos não foram atendidos por essas entidades imaginárias, apesar de a Bíblia dizer o contrário. Você, leitor, vai com frequência a hospitais públicos? Eu moro perto de um, aqui, em Brasília. Imagine, leitor, um lugar de sofrimento humano! Pessoas pobres, muito pobres, recorrem a esses hospitais. Que sofrimento! Crianças inocentes, com os mais variados problemas de saúde, ficam no chão frio dos hospitais porque não há macas. E assim também os adultos e os velhos. E, em sua quase totalidade, essas pessoas são cristãs. Frequentam igrejas, contribuem com dízimos, ofertas e doações. São pessoas que diariamente oram ao Deus hebreu, a Jesus e aos “santos” pedindo saúde. Mas não têm seus pedidos atendidos. Adoecem e vão sofrer nos hospitais públicos. E veja que elas não estão pedindo riqueza, dinheiro, luxo! E nos cemitérios, a coisa não é diferente. Os que estão ali foram pessoas que oravam diariamente ao Deus hebreu, a Jesus e aos “santos”, pedindo saúde, emprego e proteção. Porém, suas orações não surtiram o efeito desejado. Eu poderia, caro leitor, citar milhões de exemplos, mas, por enquanto, esses bastam. Na verdade, deuses não existem. Não protegem, não guiam, não punem, não perdoam. Não interferem em nada. É o homem que cria deuses à sua imagem e semelhança. É o homem que inventa essas ilusões. Orações não servem para nada! Não têm efeito algum. Não produzem resultado algum! Quando uma pessoa ora, não está dialogando com deus algum, com entidade alguma. Está apenas mergulhada num monólogo, ou seja, está apenas falando para si mesma!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

DEUS AJUDA A QUEM CEDO MADRUGA

DEUS AJUDA A QUEM CEDO MADRUGA


                  Eustáquio
 29/09/2015



Caro leitor,

Com certeza, você já ouviu ou viu esse adágio popular que constitui o título deste artigo, não é mesmo? É muito comum as pessoas dizerem que Deus ajuda a quem cedo madruga! E aí, leitor, você concorda com essa “sabedoria” popular? É realmente uma verdade que Deus ajuda a quem cedo madruga?
Decidi fazer este artigo sobre o tema quando estava lendo o livro do jornalista Gonçalo Junior, intitulado “É uma pena não viver – uma biografia de Rubem Alves.” O livro é novo. Foi lançado agora, em junho, e trata da história de Rubem Alves. Você, leitor amigo, conhece Rubem Alves? Já ouviu alguém falar sobre ele? Já leu algum livro dele?
Caso você, leitor, não conheça nada acerca dele, permita-me, resumidamente, apresentá-lo. Rubem Alves nasceu, em 1933, na cidade Boa Esperança, situada no sul de Minas Gerais. Formou-se em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas, no estado de São Paulo. Depois fez mestrado e doutorado pelo Seminário Teológico de Princeton, nos Estados Unidos da América do Norte. Foi pastor protestante da Igreja Presbiteriana do Brasil. Além de teólogo, foi filósofo, psicanalista e escritor. Tempos depois, abandonou a religião. Faleceu em 2014, com 80 anos de idade.
Pois bem! Na página 125 do livro supracitado, está escrito:

“O ditado afirma que ‘Deus ajuda a quem cedo madruga’. Rubem madrugava, inutilmente, para ser pianista, porque certamente Deus não conhecia o tal ditado e não o ajudava. “Mas Deus amava Nelson de um jeito que não me amara. Aprendi que o ditado verdadeiro é: ‘Aqueles que Deus ama não precisam madrugar’.”

O teólogo Rubem Alves, como você, leitor, vê acima, era uma pessoa bastante crítica diante da ignorância humana. Para ele, o ditado “Deus ajuda a quem cedo madruga” era mais uma ignorância do homem. E o Rubem estava com toda razão, como vou mostrar facilmente neste artigo. No trecho acima, está dito que Rubem Alves adorava música. Seu maior sonho era ser um pianista. Todos os dias acordava cedo para tocar piano em sua própria casa. Acreditava no ditado popular “Deus ajuda a quem cedo madruga”. Todo seu esforço foi em vão. Num tom de humor, dizia que Deus não o ajudou a ser um pianista, apesar de madrugar todos os dias, porque a divindade não conhecia o tal ditado. Se Deus tivesse ciência do ditado, tê-lo-ia ajudado. E Rubem dizia que Deus amava o Nelson de um jeito que não me amara. O Nelson citado aí era um grande pianista que, obviamente, não madrugava. Mesmo assim, era um grande pianista.
E, repito, Rubem Alves tinha toda razão! O povo constrói adágios que nada têm a ver com a realidade. E aqui está um bom exemplo da infantilidade humana. O ditado “Deus ajuda a quem cedo madruga” não tem validade alguma, ou seja, não serve para nada. É mais uma fantasia, uma ilusão humana. Por quê? Ora, porque os deuses não existem. Logo, os deuses não ajudam a ninguém. Principalmente, não ajudam aqueles que madrugam, que acordam mais cedo. Essa ajuda divina é mais uma ilusão humana! E vou provar aqui, de forma clara e cristalina!
O primeiro exemplo é o do próprio Rubem Alves. Ele era um cristão que lia a Bíblia 24 horas por dia. Respirava a Bíblia. Frequentava a Igreja Presbiteriana do Brasil. Formou-se em Teologia. Depois fez mestrado e doutorado em Filosofia e Teologia nos EUA. Foi pastor. Um de seus sonhos era ser um grande pianista. Acordava todos os dias bem cedo para treinar piano. Madrugava, confiante no ditado popular de que “Deus ajuda a quem cedo madruga”. E dizia ele que, apesar de todo esse amor e dedicação a Deus, a divindade não o ajudou. Ele nunca foi um bom pianista. Entendeu, leitor, como realmente o ditado popular em exame é uma fantasia humana?
Veja, leitor, outro exemplo: milhões de brasileiros trabalham incansavelmente todos os dias, até mesmo sem folga alguma, de segunda a segunda. Essas pessoas acordam todos os dias de madrugada. Saem de casa, geralmente situada em bairros distantes do trabalho, pegam metrô, ônibus, trens etc. Chegam ao trabalho já cansadas. Retornam para casa, à noite, completamente liquidadas pelo cansaço. Não têm nem tempo de ver os filhos. Ganham um salário miserável. E, infelizmente, apesar de madrugarem todos os dias, sua vida sofrida e difícil nunca mudará. Ou seja, a ajuda de Deus não chega, não vem. Percebeu, leitor, como o adágio popular é infantil e falso? Todos os dias a gente vê filas e mais filas de pessoas sofridas e pobres à espera dos transportes coletivos, não é mesmo? Que sofrimento, não é mesmo? E essas pessoas pobres saíram de sua casa, de madrugada. E, lamentavelmente, a situação delas não melhora. Vão continuar morando distante do trabalho, ganhando um salário miserável, passando necessidade, sem ver os filhos, mesmo acordando de madrugada, mesmo levantando-se muito cedo.
A coisa é bem diferente, caro leitor, com os políticos. Por exemplo, deputados federais e senadores, aqui, em Brasília, não madrugam. Nenhum deputado federal ou senador acordam de madrugada para trabalhar. Nada disso. Eles acordam lá pelas 10 horas da manhã. E não ficam em filas de ônibus e metrô para se deslocarem ao trabalho, ao Congresso Nacional. Eles têm motorista e carro oficial. Ou seja, não gastam um tostão com o deslocamento até o seu trabalho. E trabalham apenas 3 dias na semana. Ou seja, deputados federais e senadores não madrugam, mas têm uma vida maravilhosa, com salários excelentes, carros oficiais e motorista pago com o dinheiro público, e patrimônio invejável. Será, leitor, que Deus inverteu o ditado popular, ou seja, está ajudando a quem não madruga?  Deus ajuda os deputados federais e senadores que não acordam de madrugada, e deixa de ajudar milhões de trabalhadores miseráveis que acordam de madrugada?
Percebeu, leitor, a infantilidade do ditado popular?


domingo, 27 de setembro de 2015

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS ( XI )

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS (XI)




A religião só serve para espalhar a ignorância na face da Terra.
Sob o título acima, estamos analisando as “provas” da existência de Deus apresentadas pelo pastor evangélico Jefferson Magno Costa, em seu livro intitulado “Provas da Existência de Deus”, lançado pela Editora Vida.
Já fizemos a análise de 10 dessas “provas”, nos trabalhos anteriores. Neste trabalho, veremos a 11ª “prova” da existência de Deus. Ei-la:

“ (...) Para provar a existência de Deus, Aristóteles criou o argumento do motor. Diz ele que tudo o que está em movimento é movido por outra coisa. Tomemos o Sol como exemplo. Ele está em movimento: portanto, outra coisa o movimenta. Essa coisa que move o Sol, ou está também em movimento ou está imóvel. Se está imóvel, o argumento de Aristóteles fica demonstrado, ou seja: que é necessário afirmar a existência de algo que tudo move e que não é movido por nada: Deus! Porém, se o que move o Sol está também em movimento, isto significa que ele está sendo movido também por outra força. Aristóteles mostra que é impossível continuarmos recuando até o infinito. Faz-se, portanto, necessário afirmar a existência do causador de todos esses movimentos, que não é outra pessoa senão Deus. Ele é o motor que movimenta tudo.” (Página 84)

Mais uma vez, o pastor evangélico Jefferson Magno Costa escorrega em casca de banana. Esse argumento do filósofo grego Aristóteles (384 – 322 a.C) também foi usado pela Igreja Católica Apostólica Romana, principalmente por Tomás de Aquino.
Tomás de Aquino (1225 – 1274), cuja biografia já foi objeto de um trabalho nosso, apoiando-se nesse argumento de Aristóteles, afirmou o seguinte:

“ (...) Efetivamente, observamos que tudo quanto se move é movido por outros. Assim, os seres inferiores são movidos pelos superiores, da mesma forma como os elementos são movidos pelos corpos celestes. Ora, é impossível que este processo se prolongue até ao infinito. (...) Em consequência, é indispensável que haja uma primeira causa motora, superior a todas as outras. A esta causa motora denominamos Deus.” (Os Pensadores – Tomás de Aquino, Editora Nova Cultural ltda, 1ª edição, 2000, página 154.

Bem. O pastor evangélico Jefferson Magno Costa e o teólogo católico Tomás de Aquino tem uma coisa em comum: a deturpação! Ambos adulteram o pensamento filosófico de Aristóteles. Ora, Aristóteles era filósofo, e não teólogo. O motor imóvel imaginado por Aristóteles não era um ser espiritual, no sentido teológico, criador de todas as coisas, inteligentíssimo, único, infinitamente bom, inimigo de Satanás, habitante do Céu etc. Não era nada disso! Os dois cristãos citados acima pegaram falsamente carona nessa ideia de Aristóteles. Só para ilustrar, vejamos o que diz a doutora em teologia Karen Armstrong, uma das mais respeitadas atualmente, com vários livros publicados em todo o mundo, em seu livro “Uma história de Deus”, Editora Companhia das Letras, 1994, 1ª edição, páginas 48 e 49:

“ (...) A idéia de Deus de Aristóteles teve imensa influência sobre monoteístas posteriores, sobretudo cristãos do mundo ocidental. Em sua Física, ele examinou a natureza da realidade e a estrutura e substância do universo. Desenvolveu o que equivalia a uma versão filosófica das antigas versões emanacionistas da criação: havia uma hierarquia de existências, cada uma das quais transmitia forma e mudança para a outra abaixo dela; mas, ao contrário dos velhos mitos, na teoria de Aristóteles as emanações iam se tornando mais fracas quanto mais longe estivessem de sua fonte. No topo dessa hierarquia estava o Motor Imóvel, que Aristóteles identificava com Deus (...) Apesar da importante posição do Motor Imóvel em seu sistema, o Deus de Aristóteles tinha pouca relevância religiosa. Ele não criou o mundo, pois isso teria envolvido mudança imprópria e atividade temporal. Embora tudo anseie por ele, esse Deus permanece bastante indiferente à existência do universo, pois não pode contemplar nada inferior a ele. Certamente não dirige nem orienta o mundo, e não pode fazer diferença em nossas vidas, de uma maneira ou de outra. É uma questão em aberto se Deus ao menos sabe da existência do cosmo, que emanou dele como um efeito necessário de sua existência”

Parabéns à doutora Karen Armstrong! Essa é a verdade. O Deus de Aristóteles nada tem a ver com o Deus dos cristãos. De forma irresponsável, o pastor evangélico afirma que “para provar a existência de Deus, Aristóteles criou o argumento do motor”. Ora, Aristóteles jamais imaginou um Deus criador do mundo, infinitamente bom, inimigo de Satanás, presente nas relações humanas, que mora no Céu etc.
Aristóteles era um filósofo. Um pensador. Formulou essa ideia do motor imóvel numa época marcada por profundo obscurantismo. Se ele fosse vivo hoje, ano 2009, com todas as descobertas científicas, com certeza iria passar uma borracha em sua teoria do motor imóvel. Para chegar ao motor imóvel, Aristóteles via o movimento de todas as coisas. Se as coisas estão em movimento, ou seja, são móveis, então deve haver algo que as põe em movimento. E esse algo que as põe em movimento não deve ser da mesma natureza, ou seja, não deve ser móvel, mas imóvel. E esse algo imóvel, para Aristóteles, é Deus. Isso foi apenas uma ideia, uma especulação imaginativa criada pela mente de Aristóteles. Outros filósofos contemporâneos de Aristóteles criaram também suas teorias. Todas elas diferentes e contraditórias.
Aristóteles, apesar de sua grande fama na época, defendia coisas que hoje estão totalmente ultrapassadas. Cometeu grandes erros. Roger Bacon (1214 – 1294) encontrou tantos erros em Aristóteles que afirmou:

“Se eu pudesse, queimaria todos os livros de Aristóteles, pois o estudo deles pode constituir perda de tempo, causar erro e aumentar a ignorância” (Gigantes da Ciência, Editora Tecnoprint S/A, 1ª edição, 1959, página 27)

Aristóteles, por exemplo, acreditava que o homem escravo era uma “ferramenta animada”, ou seja, um mero instrumento de trabalho que se locomovia por si só. O escravo não tinha a “alma noética”. Para Aristóteles, a alma noética era a parte da alma capaz de fazer ciência e filosofia. Dessa forma, segundo o pensamento de Aristóteles, o homem escravo jamais teria inteligência para ser um cientista ou filósofo.
Aristóteles cometeu, também, muitos erros na Física. Um dos mais clássicos foi sua defesa da lei da queda dos corpos livres. Para ele, em queda livre, os corpos mais pesados chegavam mais rapidamente ao solo do que os corpos leves. Puro engano! Os corpos pesados e leves chegam ao solo ao mesmo tempo.
Aristóteles defendia também o sistema geocêntrico. Para ele, a Terra era imóvel. Foi por isso que a Igreja Católica Apostólica Romana gostava tanto dele. Puro engano! O sistema heliocêntrico, com a Terra em movimento, derrubou o sistema geocêntrico.
Engraçado! Aristóteles via a Terra imóvel. Assim também, um Motor Imóvel (Deus). Na verdade, a Terra não é imóvel. Assim também, o Motor não é Imóvel.
Tudo se move.

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS ( X )

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS (X)




A religião só serve para espalhar a ignorância na face da Terra.
Sob o título acima, estamos analisando as “provas” da existência de Deus apresentadas pelo pastor evangélico Jefferson Magno Costa, em seu livro intitulado “Provas da Existência de Deus”, lançado pela Editora Vida.
Já fizemos a análise de 9 dessas “provas”, nos trabalhos anteriores. Neste trabalho, veremos a 10ª “prova” da existência de Deus. Ei-la:

“ (...) Ao contrário do que muitos ateus pensam, as maiores inteligências que o mundo já viu, os gênios que deixaram as marcas mais profundas de sua passagem sobre a face da Terra, reconheceram a existência de Deus.” (Página 81)

Mais uma vez, o pastor evangélico afirma uma tremenda idiotice. Ele pensa que todo mundo é bobo. Ele pensa que todas as pessoas não leem, não raciocinam e não pesquisam. Ora, segundo esse fraco raciocínio do missionário evangélico, Deus existe porque os homens mais inteligentes do mundo acreditaram na existência dEle. Esse raciocínio é aleijado por dois fatores: primeiro, o fato de alguém acreditar em alguma coisa não significa necessariamente que essa coisa exista; segundo, as maiores inteligências que o mundo já viu, ao contrário do que afirma o pastor evangélico, não acreditaram na existência de qualquer ser espiritual.
O pastor evangélico cita alguns nomes de pessoas ilustres que acreditaram em Deus: o naturalista inglês Charles Darwin, o físico inglês Isaac Newton, o físico francês André-Maria Ampere, o físico alemão Max Plank, o filósofo grego Aristóteles e outros. Ora, um leitor inteligente logo percebe que o pastor está mentindo. Essas pessoas ilustres citadas acima não acreditaram em Deus. O Deus do pastor é o mesmo Deus da Bíblia, inventado pelo povo hebreu há 4 mil anos. É um Deus único, espiritual, criador de todos os seres e coisas, que interfere diariamente na vida das pessoas e que está brigando com o Satanás. Ora, as pessoas citadas acima não tinham essa noção de Deus. Jamais. O “deus” delas era completamente diferente do Deus bíblico. Não era um deus espiritual, não era um deus criador do mundo, não era um deus que interferia nas relações humanas, não era um deus que brigava continuamente com o Satanás.
O pastor citou o naturalista inglês Charles Darwin. Isso é uma piada! Ora, Charles Darwin lançou ao mundo a teoria da evolução das espécies. Por trás dessa teoria, que hoje é um fato, não existe um ser espiritual criador de todas as coisas. Não existe Deus. A teoria da evolução das espécies contraria a Bíblia. Segundo a lenda bíblica, Deus criou todas as coisas instantaneamente. Em cada ato, Deus criava uma coisa já completa, já formada. Foi assim com Adão, foi assim com Eva, foi assim com os animais irracionais, foi assim com as plantinhas etc. A teoria da evolução das espécies, ao contrário, nos mostra claramente que as coisas não surgiram de imediato. Elas passaram por um longo período de evolução, de transformação. Na verdade, tudo evolui. A própria Igreja Católica Apostólica Romana perseguiu Charles Darwin. Em setembro de 1996, a Igreja Católica entregou os pontos. Acenou sua mão para a teoria da evolução das espécies.
O pastor citou também o filósofo grego Aristóteles. E a Igreja Católica Apostólica Romana se inspirou também na teoria do motor imóvel de Aristóteles. Ora, o “deus” de Aristóteles nada tinha a ver com o Deus da Igreja Católica. O “deus” de Aristóteles não toma conhecimento das questões mundanas, não se revela na história, não criou o mundo, não luta contra Satanás, não mora no Céu etc. É uma piada de mau gosto afirmar que Aristóteles acreditava no Deus bíblico.
Assim, no mundo de Aristóteles, Isaac Newton, Charles Darwin, Max Plank e André-Maria Ampere não havia lugar para um Deus espiritual, criador de todas as coisas, combatente diário de Satanás. Esse é o Deus dos cristãos.

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS (IX)

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS  (IX)




A religião só serve para espalhar a ignorância na face da Terra.
Sob o título acima, estamos analisando as “provas” da existência de Deus apresentadas pelo pastor evangélico Jefferson Magno Costa, em seu livro intitulado “Provas da Existência de Deus”, lançado pela Editora Vida.
Já fizemos a análise de 8 dessas “provas”, nos trabalhos anteriores. Neste trabalho, veremos a 9ª “prova” da existência de Deus. Ei-la:

“ (...) sabe-se que Nietzsche passou os últimos dez anos de sua vida sob o peso de imensos remorsos, sofrendo constantes crises de desespero. A inteligência que tanto blasfemara contra Deus mergulhou nas trevas da loucura. Nietzsche morreu louco. Sim, pois Deus “olha para todo soberbo e humilha-o, e esmaga os ímpios no seu lugar(Jô 40:12)” ” (Página 73)

Sigmund Freud (1856 – 1939), o Pai da Psicanálise, foi um ferrenho crítico da religião. Ele afirmou que “a religião é uma neurose obsessiva universal da humanidade”.  A neurose é uma espécie de distúrbio mental que leva o indivíduo a ter uma vaga noção de seu problema. A pessoa neurótica não é louca, porém cria inconscientemente um mundo de regras que passa a controlar o seu comportamento. Ou seja, não vive de forma completa a realidade. Freud afirmou, com acerto, que a religião surgiu de uma necessidade de defesa do homem contra as forças da natureza. Para ele, as ideias religiosas são ilusões, realizações dos mais antigos e fortes desejos da humanidade.

Freud tem realmente razão. O que ele diz sobre a religião pode ser facilmente comprovado pela Antropologia, a ciência que estuda o homem. A Sociologia, um dos ramos da Antropologia, estuda o homem dentro de uma sociedade, de um determinado grupo. E esse estudo nos diz que o homem primitivo, diante das forças desconhecidas da natureza, sentiu a necessidade de proteção. Já que ele sentia temor, por exemplo, de relâmpago, trovões, terremotos etc., buscou inconscientemente proteção nos diversos deuses. Por isso, o homem foi um grande criador de deuses. A civilização egípcia criou vários deuses antropozoomórficos. A Hebraica, um Deus único e espiritual. A grega, também vários deuses. A indígena, inúmeros deuses e assim por diante.
O homem religioso é realmente um neurótico no sentido de que tem uma vaga noção da realidade. Ele coloca na cabeça os dogmas religiosos e passa a viver de acordo com eles. Os dogmas religiosos, que são apenas criações humanas, passam a controlar todo o procedimento do homem religioso, levando-o a uma fuga da realidade que o cerca. Podemos trazer aqui vários exemplos.
A Igreja Católica Apostólica Romana, em toda a sua existência, criou vários dogmas. Em defesa desses dogmas criados por sacerdotes, a Igreja Católica, voltada para um mundo irreal, torturou e matou milhares e milhares de pessoas inocentes. Isso foi uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio torturar e matar pessoas por discordarem de dogmas impostos por outras?
O homem religioso provoca atentados terroristas, ceifando a vida de milhares de pessoas inocentes, almejando a conquista de um céu repleto de mulheres virgens. Isso é uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio acreditar que uma entidade espiritual vai ao orgasmo com a morte cruel de pessoas inocentes?
O homem religioso da seita Testemunhas de Jeová não admite a transfusão de sangue, apoiada num costume do povo hebreu,  deixando morrer à míngua o próprio filho. Isso é uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio acreditar que uma entidade espiritual vai ficar felicíssima com a morte evitável e abreviada de um jovem?
O homem religioso cristão protestante fundou, em 1865, nos Estados Unidos da América do Norte, a organização Ku Klux klan que queimou e matou centenas de negros, católicos, ateus e judeus. Isso foi uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio acreditar que uma entidade espiritual vai ao ápice da felicidade, ao sentir o cheiro de carne humana queimada?
O homem religioso (Jim Jones, Jong-Min, Jeffrey Lundgren, Joseph di Mambro e outros) conduz milhares de pessoas a cometerem suicídios coletivos com o objetivo de se encontrarem com Deus. Isso é uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio crer que uma entidade espiritual deseja que todos se suicidem?
O homem religioso pratica sacrifícios (holocaustos, extração do pênis, açoitamentos, eliminação do clitóris, jejuns etc.), em homenagem à divindade. Isso é uma neurose religiosa, um distúrbio mental. Ou será que é normal e sadio acreditar que uma entidade espiritual adora sentir o cheiro de carne humana queimada, detesta ver o homem com o pênis dependurado, odeia o orgasmo feminino, aprecia um corpo humano mutilado?
Bem. Apresentamos acima alguns exemplos de que o homem religioso está preso à neurose. O pastor evangélico Jefferson Magno Costa é, também, um exemplo disso. Ora, ele afirma que o filósofo ateu alemão Friedrich Nietzsche (1844 -1900) ficou louco porque foi punido por Deus. Isso é uma neurose, um distúrbio mental. Essa afirmação é tão absurda que dispensa comentários. Mesmo assim, façamos uma rápida análise.
Ora, no Brasil, existem centenas de asilos para doentes mentais. Sem um dado estatístico no momento, podemos cogitar, sem margem de erro, que a totalidade desses doentes mentais é constituída por pessoas religiosas. Será que foram punidas por Deus pelo fato de acreditarem nEle?
 No dia 18 de janeiro de 2009, o teto da Igreja Cristã Apostólica Renascer em Cristo, localizada no Cambuci, São Paulo, desabou sobre os fiéis. Morreram 9 cristãos. 100 ficaram feridos. Será que Deus os puniu por ficarem prestando culto a Ele?
O papa João Paulo II, Karol Wojtyla, foi atingido por 3 balas, submeteu-se a várias cirurgias e sofria de mal de Parkinson. O mal de Parkinson, principalmente, acabou com a saúde dele. Já não andava, não falava, não mastigava porque os seus músculos internos estavam enrijecidos pela terrível doença. Foi submetido a uma traqueostomia, terrível procedimento cirúrgico. E assim morreu. Será que Deus o puniu pelo fato de  prestar culto a Ele?
No Brasil, inúmeras igrejas evangélicas e católicas foram destruídas por incêndios (Igreja Católica Vista Gaúcha, no Rio Grande do Sul; Igreja Católica Senhor Bom Jesus, em Curitiba; Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Pirenópolis; Igreja Mundial do Poder de Deus, em Santo Amaro, São Paulo etc.) Será que Deus tocou fogo nelas por serem templos de adoração a Ele?
Portanto, os acima citados são exemplos de que as desgraças ocorrem na vida de qualquer pessoa ou sobre qualquer objeto, independentemente de cor, credo ou raça. Os infortúnios da vida atingem ateus, cristãos, espíritas etc. Atingem também crianças inocentes e doentes mentais. E, por último, atingem também até os animais irracionais que, obviamente, não tem o que pagar por suas ações. Não há um ser espiritual que comanda essas catástrofes.
 O pastor evangélico é, como afirmou Sigmund Freud, um grande neurótico.

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS ( VIII )

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS(VIII)




A religião só serve para espalhar a ignorância na face da Terra.
Sob o título acima, estamos analisando as “provas” da existência de Deus apresentadas pelo pastor evangélico Jefferson Magno Costa, em seu livro intitulado “Provas da Existência de Deus”, lançado pela Editora Vida.
Já fizemos a análise de 7 dessas “provas”, nos trabalhos anteriores. Neste trabalho, veremos a 8ª “prova” da existência de Deus. Ei-la:

“A consciência nos diz, portanto, que temos obrigação de praticar o bem e de evitar o mal. Ora, se não existe, conforme afirmam os ateus, um ser supremo, infinitamente bom e santo, que aprova o bem e reprova o mal, de onde vem essa voz, ou quem a colocou dentro dos seres humanos?. ” (Página 38)

Mais uma “prova” da existência de Deus completamente idiota. Isso não é prova. Isso não é argumento. O pastor evangélico Jefferson Magno Costa, mais uma vez, faz uma afirmação absurda, ilógica e divorciada do contexto histórico. Segundo o raciocínio do missionário evangélico, Deus existe porque há uma força no homem que o leva a praticar o bem e a evitar o mal. Essa força maravilhosa é Deus, que é infinitamente bom e santo. Somente Deus aprova o bem e reprova o mal. Se Deus não existisse, segundo o pastor, o homem na Terra só praticaria o mal.
Que afirmações idiotas! A história dos deuses nos revela o contrário. Os deuses criados pelo homem não foram bons, não foram santos. O Deus do pastor evangélico é o Deus da Bíblia. Esse Deus único e espiritual foi criado pelo povo hebreu. Ora, o povo hebreu era um povo sanguinário. Logicamente, o Deus criado por ele deveria ser também sanguinário. A história das religiões nos mostra que, quando um povo cria deuses, transfere para eles suas qualidades.
Padres e pastores evangélicos pregam que o povo hebreu adorava um Deus único, espiritual, infinitamente bom e santo. Segundo os cristãos, o povo hebreu e Deus praticavam o bem e reprovavam o mal. Ora, esse discurso dos cristãos é completamente falso. O próprio livro sagrado dos cristãos, a Bíblia, é a prova viva de que o povo hebreu e Deus nada tinham de bom e de santo, ao contrário, praticavam o mal continuamente na face da Terra. Dessa forma, Moisés, Josué, Davi, Salomão, Elias, Sansão e muitos outros foram homens sanguinários, perversos, ladrões, estupradores, invasores de terras etc. Milhares de crimes praticados por esse povo, com a aprovação de Deus, estão devidamente registrados na Bíblia e nos livros do historiador judeu Flávio Josefo. Só para confirmar essas afirmações, vejamos alguns exemplos bíblicos:

 “ E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta.
                                              Mas para Caim e para a sua oferta näo atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.” (Gênesis 4: 4 e 5)

O pastor evangélico Jefferson Magno Costa diz que Deus é infinitamente bom e santo. Diz também que Deus eternamente aprova o bem e reprova o mal. E diz que o povo da Bíblia era bom e santo. Todas essas afirmações do pastor são falsas. É a própria Bíblia, livro sagrado dos cristãos, que atesta essas falsidades. Ora, nos versículos acima, o Deus dos cristãos abre sua caixa de maldades.  Na lenda bíblica, Abel e Caim eram irmãos. Abel era pastor de ovelhas. Caim era agricultor. Esses dois irmãos resolveram levar presentes a Deus. Abel, como era pastor de ovelhas, levou a Deus um animal. Caim, como era agricultor, levou frutas e hortaliças. Se Deus fosse realmente bom e santo, teria recebido os presentes com muito amor. Mas não foi isso o que aconteceu. Deus se agradou somente do presente levado por Abel, desprezando a oferta de Caim. Caim, coitado, sentindo-se desprezado por Deus, resolveu matar o seu irmão Abel. Ou seja, Deus foi o causador do primeiro homicídio. Por que Deus desprezou o presente de Caim? Ora, Deus desprezou o presente de Caim porque era carnívoro. Deus adorava sentir o cheiro de carne queimada. Por não gostar de frutas e de hortaliças, Deus rejeitou o presente oferecido pelo pobre Caim. Que Deus terrível! Nessas passagens bíblicas, temos a presença do primeiro holocausto. Abel matou o animal. Tocou fogo nele. E Deus, feliz, aspirou toda aquela fumaça.


“ Entäo arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coraçäo.
                                             E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito”. (Gênesis 6: 6 e 7)


Que Deus terrível! Que Deus perverso! Ora, na lenda bíblica, Deus fez todas as coisas e todos os seres. Depois de algum tempo, o homem ficou muito violento na face da Terra. Então, Deus ficou muito magoado por causa do homem. Deus ficou arrependido de ter feito o homem. Já que Deus se arrependeu disso, então é óbvio que Ele não sabia que o homem iria cometer tais ações. Ou seja, Deus não é onisciente. Pois bem! Deus afirma acima que, por causa da maldade do homem, irá destruir não só o homem, mas também todos os animais existentes na face da Terra. Que Deus louco! E os cristãos dizem que Deus é infinitamente bom e santo. Ora, se apenas o homem foi o causador de toda a maldade, por que matar todos os animais irracionais da face da Terra? Os animais irracionais, coitados, não tinham culpa alguma no cartório. Cães, gatos, elefantes, leões, coelhos, pássaros etc, todos foram exterminados pela ação hedionda de Deus. Deus cometeu a maior carnificina havida na face da Terra. Hitler, Mussolini, Stalin, Saddam Hussein eram seres inofensivos diante das desastrosas ações praticadas por Deus.  Adolf Hitler, por exemplo, nunca mandou matar os animais irracionais do povo judeu. E o pior é que essa maléfica decisão de Deus não se cumpriu como Ele queria. Ele disse que iria destruir todo o homem da face da Terra. De repente, muda de decisão, resolvendo salvar Noé, o único homem bom existente na face da Terra. Tinha que ser um hebreu. Só que não salvou apenas esse Noé, mas também sua esposa, filhos e noras. A Bíblia é um verdadeiro samba-do-crioulo-doido. Deus, em sua maldade, resolveu matar a todos de uma forma bem dolorida. Escolheu o afogamento. Mandou bastante água. Toda a população da Terra morreu afogada, com exceção de Noé e família. Em todos os lugares do mundo, homens, mulheres e crianças morreram afogadas, depois de se debaterem desesperadamente nas águas. Deus fechou a porta da Arca de Noé por fora a fim de que ninguém a abrisse para socorrer as criancinhas inocentes. Que Deus mau! Que Deus perverso! E os cristãos dizem que Deus é infinitamente bom e santo. Mais uma loucura nessa lenda: Deus disse que todos os animais iriam perecer. Engano. Como Ele mandou água, os animais aquáticos sobreviveram. A Bíblia é um verdadeiro samba-do-crioulo-doido.

“ E edificou Noé um altar ao SENHOR; e tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu holocausto sobre o altar.
                                              E o SENHOR sentiu o suave cheiro...” (Gênesis 8:20 e 21)

A Bíblia, mais uma vez, nos mostra a maldade do Deus dos cristãos. Ora, Deus adorava a prática dos sacrifícios e holocaustos. Nos sacrifícios, os animais eram mortos num verdadeiro ritual semelhante ao que vemos hoje nas macumbas. O homem hebreu matava, por exemplo, um carneiro. Retirava desse animal todo o sangue. Jogava esse sangue sobre o altar e as pessoas presentes. As pessoas e as coisas ficavam vermelhas de sangue. Um quadro aterrador. A gordura do animal era oferecida a Deus. E Deus, diante desse espetáculo macabro, ficava muito feliz. Deus adorava ver o pobre carneiro sendo golpeado com uma lâmina, contorcendo-se de dores, até a chegada da morte. E os cristãos dizem que esse Deus é infinitamente bom e santo. E os holocaustos? Nos holocaustos, os animais eram mortos e queimados. Animais irracionais e seres humanos viravam cinzas, e Deus adorava sentir o cheiro de carne queimada. O núcleo do Cristianismo é um sacrifício humano. Jesus Cristo veio ao mundo para se lascar, para ser sacrificado na cruz em prol da salvação da humanidade. Isso é uma verdadeira loucura!


“ E o homem incircunciso, cuja carne do prepúcio näo estiver circuncidada, aquela alma será extirpada do seu povo; quebrou a minha aliança”. (Gênesis 17: 14)

Que Deus terrível! O Deus dos cristãos exigia que o homem hebreu fosse marcado fisicamente. Que loucura!  Todos os homens deveriam cortar o prepúcio, que é aquela pele que cobre a cabeça da piroca, do pênis. 8 dias depois do nascimento de um menino, o pai deveria providenciar essa mutilação.  E o que Deus fazia, caso um pai não praticasse essa lesão corporal no filho? Ora, Deus matava os dois, o pai e a criança inocente. E os cristãos dizem que Deus é infinitamente bom e santo.


“ E aconteceu no caminho, numa estalagem, que o SENHOR o encontrou, e o quis matar.
                                           Entäo Zípora tomou uma pedra aguda, e circuncidou o prepúcio de seu filho, e lançou-o a seus pés, e disse: Certamente me és um esposo sanguinário.
                                           E desviou-se dele. Entäo ela disse: Esposo sanguinário, por causa da circuncisão” (Êxodo 4: 24 a 26).

Os versículos acima dizem que Deus queria matar Moisés porque ele ainda não havia cortado o prepúcio da piroca de um de seus filhos. Deus adorava matar, principalmente pessoas inocentes. O que não era o caso de Moisés. Moisés foi um grande assassino. Pois bem! Moisés só não foi morto por Deus porque sua esposa Zípora resolveu fazer o serviço. Ela pegou uma pedra aguda, segurou a piroca do filho, puxou a pele e deu-lhe uma pancada forte. Tudo isso era feito, logicamente, sem anestesia. Imagine a dor e o sangramento sofridos por uma criança de apenas 8 dias de vida. Que maldade! Que Deus terrível e sanguinário é esse que impõe tamanho sofrimento a uma pobre criança indefesa e inocente? E os cristãos dizem que esse Deus é infinitamente bom e santo.


“ E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmäos, e atentou para as suas cargas; e viu que um egípcio feria a um hebreu, homem de seus irmäos.
                                             E olhou a um e a outro lado e, vendo que näo havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia”. (Êxodo 2: 11 e 12)


Deus adorava assassinos. Não é à toa que, na lenda bíblica, Ele escolheu o povo hebreu, o povo eleito. Diz a Bíblia que o povo hebreu estava morando no Egito, submetido à escravidão. Deus estava procurando um líder para tirar aquele povo da escravidão. E Ele encontrou essa pessoa: Moisés. Moisés, como dizem os versículos acima, era um homem bastante forte e “bom”, tão “bom” que já havia cometido um homicídio. Moisés, ao ver um homem egípcio espancando um hebreu, resolveu matá-lo, escondendo o corpo da vítima na areia. Após praticar esse homicídio, Moisés caiu nas graças de Deus. Finalmente, Deus havia encontrado um homem hebreu porreta, que não negava fogo, que matava sem sentir remorso. E os cristãos dizem que Moisés era um homem justo, honesto e bom.

“ E aconteceu, à meia noite, que o SENHOR feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais”. (Êxodo 12: 29)

O versículo acima traz a última praga jogada por Deus contra todos os habitantes do Egito. Que Deus perverso! Ora, essa lenda bíblica diz que o povo hebreu estava morando no Egito, sob escravidão feroz. Já mostramos, em outro trabalho, que essa escravidão é mais uma fantasia bíblica. Pois bem! O Faraó, que era a autoridade máxima, não deixava o povo hebreu sair do Egito. Deus ficou de braços cruzados por um período superior a 400 anos, ou seja, ficou, durante mais de 4 séculos, apenas observando do céu o sofrimento angustiante do seu povo. Nesse longo período de tempo, nada fez. Apesar de ser onipotente, Deus não resolveu sozinho o problema da escravidão de seu povo. Procurou um homem, um macho: Moisés. Já que o Faraó não deixava o povo hebreu partir, Deus, repleto de maldades, jogou 10 terríveis pragas sobre todo o Egito, punindo injustamente os habitantes. Em vez de destruir somente o Faraó, o único causador da prisão dos hebreus, Deus resolveu punir também as pessoas inocentes. A última praga lançada por Deus foi a morte dos primogênitos egípcios. Com o objetivo de matar o filho primogênito do Faraó, Deus resolveu também matar todos os primogênitos do Egito. Foi uma verdadeira carnificina. As criancinhas recém-nascidas dos habitantes do Egito foram mortas por Deus simplesmente por causa da intransigência do Faraó. Não escaparam nem as crianças inocentes dos escravos egípcios. Não escaparam nem os filhotes dos animais irracionais egípcios. E os cristãos dizem que Deus é infinitamente bom e santo. Dizem também que Deus aprova o bem e reprova o mal.

“ E os filhos de Levi fizeram conforme à palavra de Moisés; e caíram do povo aquele dia uns três mil homens”. (Êxodo 32: 28)


Eis mais uma carnificina patrocinada por Deus. Segundo a lenda bíblica, Moisés estava conversando com Deus, no monte Sinai. Quando Moisés desceu com as duas tábuas de pedra, o povo hebreu estava lá embaixo, adorando outro deus. Durante toda a história hebraica, o povo adorava outros deuses. E era severamente punido por isto. Naquele tempo miserável, não havia liberdade religiosa. O povo, obrigatoriamente, deveria adorar o mesmo Deus em que o líder acreditava. Já que Moisés, líder, acreditava em um Deus único e espiritual, então todo o povo deveria fazer a mesma coisa. Se não o fizesse, era morto ao fio da espada. No versículo acima, vemos o povo hebreu a adorar outro deus. Não deu outra. O assassino sanguinário Moisés mandou matar a todos. Homens, mulheres grávidas, crianças e velhos foram mortos imediatamente ao fio da espada. Só nesse ato morreram quase três mil pessoas. Uma catástrofe maligna. E os cristãos dizem que Moisés era um homem muito bom e justo. Na verdade, temos aqui a intolerância religiosa. Ao longo da história da religião, a intolerância se fez presente. Ainda hoje, ano 2009, em alguns lugares mais marcados pela religião, a intolerância ainda é presente. O povo é obrigado a adorar o deus  escolhido pelos líderes. E foi assim também com o Cristianismo. A Igreja Católica Apostólica Romana, por exemplo, impôs sua crença a ferro e fogo. Todos deveriam adorar o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Adorar a outros deuses significava condenação à morte. Milhares e milhares de pessoas foram perseguidas e mortas pelo Cristianismo. Aqui mesmo, no Brasil, a Igreja Católica Apostólica Romana, aliada ao império, perseguiu e matou muita gente. Naquela época, a religião cristã católica era a religião oficial. Ninguém poderia professar outro credo. Com a Proclamação da República, chegou ao fim o barbarismo religioso católico, em face da separação da Igreja do Estado.

“  E Josué tomou todas as cidades destes reis, e todos os seus reis, e os feriu ao fio da espada, destruindo-os totalmente, como ordenara Moisés servo do SENHOR.
                                             Täo-somente näo queimaram os israelitas as cidades que estavam sobre os seus outeiros; a näo ser Hazor, a qual Josué queimou.
                                              E todos os despojos destas cidades, e o gado, os filhos de Israel tomaram para si; täo-somente a todos os homens feriram ao fio da espada, até que os destruíram; nada do que tinha fólego deixaram com vida.
                                            Como ordenara o SENHOR a Moisés, seu servo, assim Moisés ordenou a Josué; e assim Josué o fez; nem uma só palavra tirou de tudo o que o SENHOR ordenara a Moisés.
                                             Assim Josué tomou toda aquela terra, as montanhas, e todo o sul, e toda a terra de Gósen, e as planícies, e as campinas, e as montanhas de Israel, e as suas planícies.”  (Josué 11: 12 a 15)

Josué, na história hebraica, foi o sucessor do sanguinário Moisés. Josué era amado por Deus. Josué foi um dos maiores criminosos da história hebraica: matava, roubava, estuprava etc. E os cristãos dizem que Josué era um homem bom e justo. Como já vimos em outro trabalho, a saga do povo hebreu começa realmente quando Deus aparece a Abrão, prometendo-lhe uma terra que jorra leite e mel, a terra Canaã. A maldade do Deus bíblico era tão grande que Ele prometeu a Abrão terras alheias, ou seja, terras que já pertenciam a outros povos. E na verdade Deus não deu essas terras ao povo hebreu. Na verdade, o povo hebreu invadiu terras alheias, matando, roubando e estuprando as mulheres. E assim esse povo foi acumulando riquezas. Os versículos acima são um exemplo das carnificinas praticadas pelo povo hebreu, com a aprovação de Deus. Aqui, Josué, com o seu exército, invade aldeias que pertenciam a outros povos. Josué entrou nessas aldeias, matando a todos com golpes de espada. Homens, mulheres, crianças e idosos foram chacinados pelo povo hebreu. Ele se apoderava de todas as terras conquistadas, com todos os seus acessórios: gados, ouro, utensílios de guerra etc.
Bem. Os exemplos bíblicos arrolados aqui são provas de que o pastor evangélico Jefferson Magno Costa diz uma grande besteira quando afirma que a crença em Deus leva o homem a praticar o bem e a evitar o mal. Tudo isso é conversa fiada. Tudo isso é conversa para boi dormir. Os fatos históricos incontestáveis estão aí para desmentirem esse mamífero religioso.
Na verdade, o homem religioso é que está por trás das maiores carnificinas havidas em toda a existência humana. 

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS ( VII )

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS (VII)




A religião só serve para espalhar a ignorância na face da Terra.
Sob o título acima, estamos analisando as “provas” da existência de Deus apresentadas pelo pastor evangélico Jefferson Magno Costa, em seu livro intitulado “Provas da Existência de Deus”, lançado pela Editora Vida.
Já fizemos a análise de 6 dessas “provas”, nos trabalhos anteriores. Neste trabalho, veremos a 7ª “prova” da existência de Deus. Ei-la:

“O próprio escritor francês Voltaire (1694 – 1786), apesar de ter passado para a história como ateu e perseguidor do evangelho, escreveu certa vez em uma de suas cartas ao imperador da Prússia, Frederico II (1712 – 1786): “A razão me diz que Deus existe, mas também me diz que nunca poderemos saber quem é. ” ” (Página 30)

Mais uma vez, estamos diante de uma “prova” completamente idiota. A frase acima não é uma prova. Não é um argumento. Segundo o raciocínio do pastor evangélico Jefferson Magno Costa, Deus existe simplesmente porque o filósofo Voltaire afirmou isso. Que conclusão idiota! Ora, o que diria o missionário evangélico diante das afirmações dos filósofos ateus (Friedrick Nietzsche, Karl Marx, Friedrick Engels e muitos outros)? Se o pastor evangélico afirma que Deus existe porque o filósofo Voltaire afirmou isso, então ele forçosamente deve afirmar que Deus não existe porque o filósofo Friedrick Nietzsche afirmou isso.
A “prova” da existência de Deus apresentada acima contém 4 erros. Isso é natural. Livros católicos e evangélicos sempre vem recheados de erros. Isso acontece porque os autores forçosamente desviam os fatos históricos a fim de adaptá-los aos dogmas religiosos. Para pegá-los na mentira, basta fazermos uma pesquisa sobre o assunto em tela. No caso em exame, basta estudarmos a biografia do filósofo francês Voltaire. Ora, Voltaire nunca foi ateu e muito menos perseguidor do evangelho, como afirma o pastor evangélico. Antes de abordarmos os 4 erros contidos na “prova” acima, vejamos o que diz uma das mais respeitadas teólogas da atualidade, a drª Karen Armstrong, em seu livro “Uma História de Deus”, editora Companhia das Letras, 1ª edição, 1994, pág. 312:

“ (...) Mas os filósofos do Iluminismo não rejeitavam a idéia de Deus. Rejeitavam o Deus cruel dos ortodoxos, que ameaçava a humanidade com fogo eterno (...) Voltaire equiparava ateísmo à superstição e fanatismo que os filósofos tanto ansiavam por erradicar...”

Muito bem! O pastor evangélico Jefferson Magno Costa diz que Voltaire era ateu. Já a teóloga inglesa Karen Armstrong diz que Voltaire não era ateu. Um dos dois está mentindo? Quem mente? Ora, a resposta a essa indagação só pode ser encontrada na biografia do filósofo francês Voltaire. De fato, mais uma vez, quem mente é o pastor evangélico. O filósofo francês François-Marie Arouet (1694 – 1778), conhecido pelo pseudônimo Voltaire, não era ateu. Eis o 1º erro contido na frase do pastor evangélico. Voltaire era um deísta. Ele acreditava na existência de Deus. Só que esse Deus não era o dos ortodoxos, o Deus da Bíblia. O Deus de Voltaire era o Deus criador que não ameaçava a humanidade com o fogo eterno e que não interferia nas relações humanas. Voltaire, ao contrário do que afirma o pastor evangélico, combatia o ateísmo.
O 2º erro presente na frase apresentada pelo pastor evangélico se refere à afirmação de que Voltaire era um perseguidor do evangelho. Esse termo “perseguidor” é muito forte e possui muitas conotações. Voltaire nunca foi um perseguidor do evangelho. A perseguição vem acompanhada de atos de intolerância. Na verdade, foram as religiões as grandes perseguidoras. Voltaire foi um crítico ácido dos dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana. Voltaire foi um crítico ácido da Bíblia. Mas não perseguidor. Ele é que foi vítima de perseguição por pensar de forma diferente. Voltaire, por causa de suas idéias, foi exilado do seu país de origem. Ele não era um fanático religioso. Via com clareza que o Deus da Bíblia era um Deus terrível, profundamente irracional. O Deus de Voltaire era o Deus criador que não interferia nas relações humanas, que não ameaçava a humanidade com o fogo eterno, que  não tinha o Satanás como inimigo, que não possuía um exército de anjinhos bons etc. Ao contrário do que afirma o pastor evangélico, Voltaire era um perseguidor da intolerância religiosa. Ele defendia que todas as pessoas eram livres para escolher suas crenças. No tempo de Voltaire, era gritante e desumana a imposição da fé cristã, representada pela Igreja Católica Apostólica Romana.
O 3º erro está no fato de o pastor evangélico ter buscado na afirmação de Voltaire apoio para defender a existência de Deus. Ora, como já afirmamos, o Deus de Voltaire não era o mesmo Deus adorado pelos cristãos. O Deus dos cristãos é o Deus da Bíblia, o Deus criado pelo povo hebreu. O Deus da Bíblia é espiritual, parcial, assassino, guerreiro e injusto. O Deus de Voltaire criou o mundo, mas não interfere nas relações humanas, não é guerreiro, não é espiritual, não é parcial, não é assassino e não é injusto.
O 4º erro é irrelevante. Voltaire faleceu em 1778, e não em 1786, como frisou o pastor evangélico.

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS (VI)

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS (VI)




A religião só serve para espalhar a ignorância na face da Terra.
Sob o título acima, estamos analisando as “provas” da existência de Deus apresentadas pelo pastor evangélico Jefferson Magno Costa, em seu livro intitulado “Provas da Existência de Deus”, lançado pela Editora Vida.
Já fizemos a análise de 5 dessas “provas”, nos trabalhos anteriores. Neste trabalho, veremos a 6ª “prova” da existência de Deus. Ei-la:

“Milhões e milhões de globos celestes a rolar pelos espaços do universo, descrevendo com incrível rapidez suas gigantescas trajetórias, sem nunca se desviarem dos eternos e invisíveis eixos onde foram colocados, proclamam a glória de Deus.” (Página 22).

Infelizmente, mais uma vez, esse mamífero humano chamado pastor Jefferson Magno Costa escreve uma grande bobagem. E ainda afirma que essa bobagem é mais uma das “provas” da existência de Deus. Que loucura! Que imbecilidade! Ele diz que existem milhões e milhões de globos celestes no universo, movimentando-se sem nunca se desviarem dos eixos fixados por Deus. Segundo ele, toda essa ordem verificada no universo proclama a glória de Deus. Que loucura! Que imbecilidade!
Um leitor inteligente, mesmo sem ter profundo conhecimento em astronomia, ao ler a frase acima, logo percebe que está diante de uma gigantesca idiotice. Imagine o que sentiria um astrônomo! Pois bem! O nosso universo, na verdade, está repleto de imperfeições. Não foi uma obra perfeita criada por um Ser inteligente e poderoso. O caos se faz presente em toda a dimensão desse universo.
O nosso planeta Terra é maravilhoso. Por estar a uma certa distância do Sol, reuniu condições favoráveis à existência de uma pluralidade de vidas. A mesma coisa não aconteceu com outros planetas. Por se localizarem bem mais perto do Sol, são uma verdadeira bola de fogo. Por se localizarem bem mais longe do Sol, são uma bola de gelo. O pastor evangélico afirma que a Terra é um desses milhões de globos celestes a rolar pelos espaços do universo, num ritmo de perfeição a proclamar a glória de Deus. Ora, isso é uma piada! O nosso planeta Terra é marcado por inúmeras imperfeições. Não é, evidentemente, uma obra totalmente perfeita construída por um Ser poderosíssimo. Vejamos abaixo algumas imperfeições do nosso planeta.
Em todo o planeta Terra, temos a presença, em grau menor ou maior, dos abalos sísmicos, conhecidos popularmente por terremotos. Eles ocorrem devido a falhas geológicas. O vocábulo “falhas”, obviamente, significa imperfeição. Representa um caos, e não uma ordem natural. O nosso planeta Terra está repleto de falhas geológicas. Está repleto de defeitos geológicos. Essas falhas ou defeitos geológicos se estendem por milhares e milhares de quilômetros em grande parte da estrutura da Terra. E, como é do conhecimento de todos, os efeitos dos terremotos são catastróficos: abertura de crateras no solo, deslizamentos de terra, tsunamis, mudanças na rotação da Terra, destruição de edifícios, perda de vidas humanas, prejuízos financeiros, desabrigo de milhares de pessoas etc.
E os vulcões? Eis outra imperfeição presente em nosso planeta Terra. Essa imperfeição se localiza também na estrutura geológica da Terra. Camadas internas da Terra chegam a temperaturas altíssimas. Os gases escapam pela superfície terrestre, provocando explosões horríveis. É um verdadeiro espetáculo de terror. É um verdadeiro caos, e não uma ordem natural. Os efeitos dos vulcões são também catastróficos: perda de vidas humanas, destruição de plantações, prejuízos financeiros, desabrigo de milhares de pessoas etc.
E os furacões? Eis outra imperfeição, outro desastre natural presente em nosso planeta Terra. Eis outro caos, e não uma ordem natural. Os furacões são fenômenos climáticos naturais. A força dos ventos é assombradora. Os efeitos dos furacões constituem um verdadeiro caos: destruição total de habitações, perda de vidas humanas, prejuízo financeiro etc.
Bem! Mostramos aqui que o nosso planeta Terra não é tão perfeito assim como afirma o pastor evangélico Jefferson Magno Costa. Acabamos de mostrar 3 exemplos ( terremotos, vulcões e furacões) que comprovam o caos presente em nosso planeta. Vejamos agora alguns exemplos de caos fora do planeta Terra. 
O nosso universo é imenso. Há bilhões e bilhões de corpos celestes. E há também, ao contrário do que afirma o pastor evangélico, bilhões e bilhões de caos, e não de ordem natural fixada por um Ser inteligente e poderoso. Vagando pelo universo, em nossa própria Via Láctea, existem os meteoritos, os meteoros, os cometas e os asteróides. Ora, os meteoritos são blocos de vários tamanhos constituídos por pedra ou ferro. Eles vagam pelo universo a uma velocidade fantástica. O pastor evangélico afirma que Deus criou todos os corpos celestes, que são úteis e não se desviam de seus eixos. Ora, os meteoritos são corpos celestes que não servem para nada, a não ser para causarem tragédias e caos. E eles não gravitam em eixos predeterminados e fixos. Ao contrário, vagam errantes pelo universo e, inclusive, muitos deles já caíram no nosso planeta Terra.  Na Namíbia, África, caiu o meteorito chamado Hoba West. É, hoje, o maior meteorito que já caiu sobre a Terra. Trata-se de um bloco imenso de ferro, pesando mais de 60 toneladas. Está exposto à visitação pública. No Brasil, já caíram muitos meteoritos. Na Bahia, caiu um meteorito perto do riacho Bendegó, a 48 quilômetros da cidade de Monte Santo. Foi encontrado em 1784. É o maior meteorito brasileiro, pesando 5.360 kg, constituído por ferro e níquel. Em Marília, no estado de São Paulo, em 5 de outubro de 1971, caiu um meteorito. O choque de um meteorito com a terra produz tragédias, um verdadeiro caos. E o nosso planeta Terra não está  livre de uma destruição total, de um choque catastrófico com um desses corpos celestes que andam desgovernados pelo universo. Os asteróides, que são corpos celestes maiores, estão aí, dançando perto da Terra.
E as estrelas? Ora, as estrelas estão permanentemente em caos. Elas não duram para sempre. Elas nascem, vivem e morrem. Elas se explodem com frequência. E novas estrelas se formam. Não há essa ordem eterna nos corpos celestes, como afirma imbecilmente o pastor evangélico Jefferson Magno Costa.
Com certeza, os exemplos acima comprovam que não existe essa ordem eterna no universo. Simplesmente por admirar equivocadamente os corpos celestes, o pastor evangélico afirma que Deus existe. Isso não é uma prova. Isso não é um argumento.
O universo está aí, mostrando claramente que nem tudo são flores, que nada é eterno. O caos está presente também nas coisas naturais.