Eustáquio
Caro leitor,
Na foto abaixo, o presidente Jair
Bolsonaro entre cristãos evangélicos, ontem, em Goiânia.
Minha irmã Aleuda Lins, que mora
na Rua Padre Fialho, em Sobral, minha terra natal, votou em Jair Bolsonaro. Ela
detesta o PT (Partido dos Trabalhadores). Além disso, minha irmã é uma cristã
católica.
Eu, Eustáquio, não votei em
Bolsonaro, não votei em Haddad e não votei em Ciro Gomes. Diferentemente de
minha querida irmã, sou uma pessoa totalmente imparcial que analisa qualquer
fato sem me inclinar para um lado ou para o outro. A imparcialidade, caro
leitor, é a única ferramenta correta de que alguém pode fazer uso. Quando uma
pessoa, por exemplo, faz opção por um candidato qualquer, sem perceber,
torna-se portadora de um ponto de vista defeituoso, não conseguindo ver os
pontos negativos da pessoa escolhida. Esse fenômeno se aplica em tudo: nos
esportes, nas religiões, na paixão entre duas pessoas etc.
Em meus artigos, não existe
espaço para a política. Todavia, como sou um brasileiro, então, sinto-me no
direito de analisar o comportamento do presidente do meu país. Se você, leitor,
fez opção pelo presidente Jair Bolsonaro e não gosta de críticas dirigidas a
ele, por favor, pare agora mesmo de ler este artigo. E seja muito feliz!
Ontem, sexta-feira, dia 31 de
maio do corrente ano (2019), o presidente Jair Bolsonaro esteve em Goiânia,
capital de Goiás, a 220 km de Brasília. Ele participou da Convenção Nacional das Assembleias de Deus, ou seja, estava no meio de cristãos
evangélicos. Como não poderia ser diferente, ao abrir a boca, Bolsonaro soltou
mais idiotices. Até mesmo seus eleitores mais conscientes percebem essa
realidade que é notória e pública. Bolsonaro não acerta uma. É incrível! Os
jornais de televisão mostraram pequenos trechos da fala do presidente. Por
enquanto, colocarei apenas um neste artigo a fim de evitar um texto longo.
Bolsonaro disse assim:
“Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com
a religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. Respeitamos e tem que
respeitar. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal
Federal evangélico?”
Percebeu, caro leitor, como o Bolsonaro não diz
coisa com coisa? Ora, não é a imprensa brasileira que diz que o presidente
mistura Justiça com religião. É ele próprio que confessa! É ele mesmo que
pergunta se já não é hora de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter um ministro
evangélico. Entendeu, leitor amigo? É tão simples entender isso! Qual é o critério de que faz uso o Bolsonaro
para pensar em colocar um ministro evangélico no STF? Qual é o critério? Ora,
simplesmente o critério religioso! Um evangélico! E ele ainda diz que é a imprensa
que insinua que ele mistura religião com Justiça.
A deficiência intelectual do presidente
Bolsonaro é tão grande que ele não tem ideia da imparcialidade que deve existir
naquele tribunal. Quando ele afirma que está na hora de o STF ter um ministro
evangélico, indiretamente está afirmando que está na hora de o STF ter um
ministro que esteja afinado com as ideias dele, que pense como ele pensa.
Entendeu, leitor? E não é assim que o STF funciona. Não existe no STF um
ministro sequer que defenda uma categoria, seja ela política, racial,
religiosa, sexual etc. Os 11 ministros do STF estão ali para analisar os casos
de forma imparcial, sob a ótica do texto constitucional, sem levar em
consideração sua religião. Há ministros que são cristãos, mas esse fator não
pode interferir nas decisões. Então pouco importa se um ministro é cristão
católico, evangélico, budista ou ateu. Pouco importa!
Quando o presidente Bolsonaro vai
falar sobre alguma coisa, eu, aqui, em casa, já começo a rir. E até agora nunca
me decepcionei.
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