sábado, 1 de junho de 2019

BOLSONARO E O MINISTRO EVANGÉLICO




                                                    Eustáquio


                    Caro leitor,

             Na foto abaixo, o presidente Jair Bolsonaro entre cristãos evangélicos, ontem, em Goiânia.
             Minha irmã Aleuda Lins, que mora na Rua Padre Fialho, em Sobral, minha terra natal, votou em Jair Bolsonaro. Ela detesta o PT (Partido dos Trabalhadores). Além disso, minha irmã é uma cristã católica.
             Eu, Eustáquio, não votei em Bolsonaro, não votei em Haddad e não votei em Ciro Gomes. Diferentemente de minha querida irmã, sou uma pessoa totalmente imparcial que analisa qualquer fato sem me inclinar para um lado ou para o outro. A imparcialidade, caro leitor, é a única ferramenta correta de que alguém pode fazer uso. Quando uma pessoa, por exemplo, faz opção por um candidato qualquer, sem perceber, torna-se portadora de um ponto de vista defeituoso, não conseguindo ver os pontos negativos da pessoa escolhida. Esse fenômeno se aplica em tudo: nos esportes, nas religiões, na paixão entre duas pessoas etc.
               Em meus artigos, não existe espaço para a política. Todavia, como sou um brasileiro, então, sinto-me no direito de analisar o comportamento do presidente do meu país. Se você, leitor, fez opção pelo presidente Jair Bolsonaro e não gosta de críticas dirigidas a ele, por favor, pare agora mesmo de ler este artigo. E seja muito feliz!
               Ontem, sexta-feira, dia 31 de maio do corrente ano (2019), o presidente Jair Bolsonaro esteve em Goiânia, capital de Goiás, a 220 km de Brasília. Ele participou da Convenção Nacional das Assembleias de Deus, ou seja, estava no meio de cristãos evangélicos. Como não poderia ser diferente, ao abrir a boca, Bolsonaro soltou mais idiotices. Até mesmo seus eleitores mais conscientes percebem essa realidade que é notória e pública. Bolsonaro não acerta uma. É incrível! Os jornais de televisão mostraram pequenos trechos da fala do presidente. Por enquanto, colocarei apenas um neste artigo a fim de evitar um texto longo. Bolsonaro disse assim:


               “Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com a religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. Respeitamos e tem que respeitar. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?”



                Percebeu, caro leitor, como o Bolsonaro não diz coisa com coisa? Ora, não é a imprensa brasileira que diz que o presidente mistura Justiça com religião. É ele próprio que confessa! É ele mesmo que pergunta se já não é hora de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter um ministro evangélico. Entendeu, leitor amigo? É tão simples entender isso!  Qual é o critério de que faz uso o Bolsonaro para pensar em colocar um ministro evangélico no STF? Qual é o critério? Ora, simplesmente o critério religioso! Um evangélico! E ele ainda diz que é a imprensa que insinua que ele mistura religião com Justiça.    
                A deficiência intelectual do presidente Bolsonaro é tão grande que ele não tem ideia da imparcialidade que deve existir naquele tribunal. Quando ele afirma que está na hora de o STF ter um ministro evangélico, indiretamente está afirmando que está na hora de o STF ter um ministro que esteja afinado com as ideias dele, que pense como ele pensa. Entendeu, leitor? E não é assim que o STF funciona. Não existe no STF um ministro sequer que defenda uma categoria, seja ela política, racial, religiosa, sexual etc. Os 11 ministros do STF estão ali para analisar os casos de forma imparcial, sob a ótica do texto constitucional, sem levar em consideração sua religião. Há ministros que são cristãos, mas esse fator não pode interferir nas decisões. Então pouco importa se um ministro é cristão católico, evangélico, budista ou ateu. Pouco importa!
                  Quando o presidente Bolsonaro vai falar sobre alguma coisa, eu, aqui, em casa, já começo a rir. E até agora nunca me decepcionei.          

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