Eustáquio
Distinto
leitor,
Na
foto abaixo, as lindas criancinhas Guilherme e Sofia, ambos filhos de Roger e
Soraia Lins.
Diz
um ditado popular que “DINHEIRO NÃO É SANTO, MAS OPERA MILAGRES”. Esse ditado é
puramente verdadeiro! De fato, dinheiro muda o comportamento de idosos, adultos
e, até mesmo, de crianças, que são seres inocentes. E a criancinha Guilherme
Lins está aí para provar essa verdade.
Vi,
pela primeira vez, o Guilherme, na casa de seus pais, localizada no bairro
Antônio Bezerra. É uma casa assobradada, com dois pisos superiores. No térreo,
simplesmente a garagem. Por uma escada, chega-se ao primeiro pavimento, onde há
uma pequena sala aberta com vista para a rua. Entrando propriamente na casa,
uma linda sala com uma bela cozinha americana. Percorrendo o longo corredor,
com os quartos à direita, chega-se ao fundo da casa, com vista para um grande
terreno, onde, à direita, existe mais uma escada que dá acesso ao segundo
pavimento. Nesse piso, há armadores de rede, banheiro, churrasqueira,
televisor, uma pequena cozinha e um frigobar. Pois bem! Fiquei conversando com
o Roger e a Soraia, respectivamente, pai e mãe do Guilherme, na sala espaçosa
onde fica a cozinha americana. Nesse momento, surge, correndo, o Guilherme. Ele
apenas olhou para mim, com total indiferença, e abraçou seu pai. O Roger lhe
disse:
---
Guilherme, vá ali e dê um abraço no seu tio!
O
garotinho acenou negativamente com sua cabecinha. Não deu a mínima para mim. E
saiu correndo novamente pelo longo corredor. Desapareceu. Fui embora sem rever
o Guilherme.
Dois
meses depois, retornei à casa do Roger para mais uma visita. Guilherme estava
na escolinha. Levei para ele e sua irmãzinha duas caixas de chocolate garoto,
aquelas de cor amarela. Conversei com o casal, e fui embora. Na terceira
visita, o Roger estava trabalhando. Estavam na casa a Soraia, sua mãe Francisca
e o filhinho Guilherme. Novamente, levei duas caixas de chocolate garoto.
Quando eu estava conversando com a Soraia e sua mãe, na sala principal da casa,
surgiu na entrada do corredor o Guilherme. Olhou para mim novamente, com a
marcante indiferença. Soraia falou:
---
Guilherme, meu filho, seja educado. Cumprimente o tio! Olhe, ele trouxe
chocolate para você e para a Sofia!
E
o Guilherme em silêncio, sem esboçar sequer um sorriso. Em sua mão direita,
trazia um porquinho feito de barro, com um furinho para colocar dinheiro, em
papel ou moeda. Eu disse ao Guilherme:
---Guilherme,
você já encheu esse porquinho aí?
Ele
olhou para mim, meio acanhado, e, com muito esforço, foi dizendo:
---
Enchi não! Mais o papai me disse que vai me dá mais dinheiro!
---
Não seja, por isso, Guilherme! Vamos encher esse porquinho agora. Tome esse
dinheiro para você colocar nele! --- disse eu, abrindo minha carteira e
retirando uma cédula de cinquenta reais.
Nisso,
a Soraia entra:
---Não
precisa, Eustáquio! Cinquenta reais é muito dinheiro!
Guilherme,
ao ouvir o que sua mãe dizia, correu em minha direção e agarrou com força a
cédula, e, claro, pela primeira vez, sorriu para mim. O que o dinheiro não faz,
não é mesmo, leitor?
Na
quarta visita à casa do Roger, levei novamente duas caixas de chocolate garoto.
Desci do carro e fiquei na calçada. Dali, gritei para cima a fim de que alguém
me escutasse:
---
Roger! Roger! Roger!
E
vi a cabecinha do Guilherme na varanda com vista para a rua. Quando ele
percebeu que eu estava na calçada, saiu gritando para seu pai, pulando de
alegria:
---
Papai, papai, o tio Eustáquio chegou! O tio Eustáquio chegou! O tio Eustáquio
chegou!
Quando
eu subi, chegando à varanda, Guilherme me deu um forte abraço temperado com um
sorriso forte. O que o dinheiro não faz, não é mesmo, leitor? Pois bem! Alguns
meses depois, precisamente em fevereiro deste ano (2019), durante a comemoração
do aniversário de minha irmã Liduína, em seu apartamento situado na Avenida
Sargento Hermínio, Guilherme estava lá, com sua irmãzinha Sofia, sua mãe Soraia
e sua avó materna Francisca. Num certo momento da festa, Guilherme estava no
quarto dos fundos do apartamento, deitado numa cama, conversando com sua tia
Márcia Altair, filha do saudoso Edvan Santos Dumont e de Célia Lins, minha
irmã, que também estava na festa. Guilherme gritou para mim:
---
Tio Eustáquio, Tio Eustáquio!
---
O que foi, Guilherme? --- perguntei eu.
E
o Guilherme, gritando!
---
Tio Eustáquio, venha aqui que eu quero lhe dizer uma coisa!
Fui
até ao quarto. Chegando lá, diante da Márcia, Guilherme disse:
---
Tio Eustáquio, eu quero dizer ao Senhor que o Senhor é o melhor tio que eu
tenho!
Fiquei
comovido com aquela revelação feita por uma criancinha inocente. E também
fiquei certo de que realmente “DINHEIRO NÃO É SANTO, MAS OPERA MILAGRES!
Guilherme
está aí para provar essa verdade!
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