sexta-feira, 28 de junho de 2019

A REVISTA "ISTOÉ" E OS 2 ERROS DE GRAMÁTICA


                                                                  Eustáquio

Prezado leitor,

Na foto abaixo, a capa da revista ISTOÉ desta semana, datada de 26 de junho de 2019.
Na página 16, um artigo do jornalista Luís Antônio Giron, com o título “MORO, LULA E A JORNADA DO HERÓI”.  Nele, destacam-se 2 erros de língua portuguesa: um, relativo à crase, e o outro, à regência verbal. Vamos ao primeiro:
No segundo parágrafo, o jornalista escreve assim:


“ (...) Ao vencer, retorna à casa com uma poção mágica e assim ajuda os homens.”


No período acima, existe uma crase antes da palavra “casa”, daí o erro. Apesar de ser uma palavra feminina, o vocábulo “casa” só aceita crase, se vier determinada, caso em que a crase é obrigatória. Veja, leitor, os exemplos:


a) Chico Torres foi à casa de sua prima Aleuda;
b) Nonato Lins não irá à casa em que nasceu Chico Anysio;
c) Antonio de Pádua chegou à casa do Chico Torres.


Nos exemplos acima, a palavra “casa” está determinada, ou seja, está individualizada: a casa da Aleuda, a casa do Chico Anysio e a casa do Chico Torres. Logo, a crase é obrigatória. No artigo do jornalista, a palavra “casa” não está determinada, não está individualizada, logo, não aceita a crase, mas ele a colocou. Vamos agora ao segundo erro:
No quarto parágrafo, o jornalista assim escreve:


“Lula obedece essa cartilha como quem a conhece há muito tempo.”


O erro aqui está na regência do verbo “obedecer”. Esse verbo exige a preposição “a”, já que é transitivo indireto. Quem obedece, obedece A alguém, e não “obedece alguém”. O correto seria: 

Lula obedece a essa cartilha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário