Eustáquio
Prezado leitor,
Na foto abaixo, a capa da revista ISTOÉ
desta semana, datada de 26 de junho de 2019.
Na página 16, um artigo do jornalista
Luís Antônio Giron, com o título “MORO, LULA E A JORNADA DO HERÓI”. Nele,
destacam-se 2 erros de língua portuguesa: um, relativo à crase, e o outro, à
regência verbal. Vamos ao primeiro:
No segundo parágrafo, o jornalista
escreve assim:
“ (...) Ao vencer, retorna à casa com
uma poção mágica e assim ajuda os homens.”
No período acima, existe uma crase
antes da palavra “casa”, daí o erro. Apesar de ser uma palavra feminina, o
vocábulo “casa” só aceita crase, se vier determinada, caso em que a crase é
obrigatória. Veja, leitor, os exemplos:
a) Chico Torres foi à casa de sua prima
Aleuda;
b) Nonato Lins não irá à casa em que
nasceu Chico Anysio;
c) Antonio de Pádua chegou à casa do
Chico Torres.
Nos exemplos acima, a palavra “casa”
está determinada, ou seja, está individualizada: a casa da Aleuda, a casa do
Chico Anysio e a casa do Chico Torres. Logo, a crase é obrigatória. No artigo
do jornalista, a palavra “casa” não está determinada, não está individualizada,
logo, não aceita a crase, mas ele a colocou. Vamos agora ao segundo erro:
No quarto parágrafo, o jornalista assim
escreve:
“Lula obedece essa cartilha como quem a
conhece há muito tempo.”
O erro aqui está na regência do verbo
“obedecer”. Esse verbo exige a preposição “a”, já que é transitivo indireto.
Quem obedece, obedece A alguém, e não “obedece alguém”. O correto seria:
Lula obedece a essa cartilha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário