sábado, 8 de junho de 2019

A JORNADA DE ROGER LINS EM BRASÍLIA


               

Eustáquio


              Na foto abaixo, o bacharel em Direito Roger Lins que mora em sua terra natal, Fortaleza, no Ceará.
            Roger é filho de Edvan e Maria Célia Lins (minha irmã) e neto do sobralense João Lopes Lins e de Gerarda Alves Lins, meus pais já falecidos. Conclui-se, pois, que Roger é meu sobrinho. Ele é muito parecido com o físico brasileiro Marcelo Gleiser, que mora há muitos anos nos EUA, porém não há parentesco algum entre eles, como também entre os músicos Sivuca e Hermeto Pascoal, um, o focinho do outro.
                 Em 2000, Roger trabalhava na Caixa Econômica Federal, lotado na agência situada na Avenida Bezerra de Menezes, no trecho “Estação Instituto dos Cegos”. Havia ingressado ali por meio de concurso público para o cargo de escriturário. O escriturário é aquele empregado que fica nos caixas, atendendo os clientes para efetuação de pagamentos, depósitos, saques etc. É um trabalho cansativo e de extrema responsabilidade. Roger ganhava mensalmente aproximadamente R$ 1.500,00 (mil e quinhentos) reais, e já estava casado, com duas filhinhas. Naquela época (ano 2000), eu já morava em Brasília há 16 anos. Eu já havia trabalhado na Polícia Civil do Distrito Federal, lotado na maior penitenciária daqui, conhecida popularmente por Papuda. E, na época, eu estava trabalhando no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, órgão do Poder Judiciário Federal em que me aposentei. Eu sempre dizia ao Roger:


               --- Rapaz, você é formado em Direito, e fica trabalhando como caixa, numa área que nada tem a ver com o Direito, além do mais, com um salário pequeno. Vá para Brasília porque estão abertas inscrições para o cargo de agente de Polícia Civil, na modalidade agente penitenciário, para trabalhar na penitenciária de lá, onde fiquei durante 5 anos. Roger, então, me perguntou:


                    --- E qual é o salário lá?


                  --- Rapaz, o salário é um pouco mais de R$ 6.000,00 (seis) mil reais, ou seja, quatro mil e quinhentos reais a mais do que você ganha hoje na Caixa --- disse eu.


                  Roger abriu suas pálpebras, mostrando ainda mais seus olhos verdes, exclamando:


                  --- É mesmo, Eustáquio!


                  Num ímpeto corajoso, Roger seguiu meu conselho. Veio a Brasília, submeteu-se ao concurso e foi aprovado. Iria trabalhar na mesma penitenciária em que eu trabalhei. Sua nomeação ocorreu no dia 30 de janeiro de 2002. Ficou alguns dias em minha casa, até alugar uma quitinete no centro de Brasília. Depois, alugou um apartamento com 3 quartos, sauna, piscina, quadra de esporte, sinucas etc. no Guará II, onde eu moro hoje, e trouxe sua família, composta pela esposa e duas filhinhas. Morou em Brasília durante 3 anos e 6 meses. No dia 19 de julho de 2005, pediu exoneração do cargo policial. Retornou à terra natal, Fortaleza, para assumir o cargo de Oficial de Justiça em uma Vara Federal, também por meio de concurso público.
                  Roger é um lutador! Deixou Fortaleza, terra que ama, para morar em Brasília. Ficou longe de seu querido time Fortaleza, ficou distante do estádio Castelão. Morando em Brasília, o único meio de retornar ao Ceará seria por intermédio de concurso em tribunais federais. E surgiu esse concurso. Roger, então, comprou livros e apostilas, colocou-os sobre a mesa de vidro, e mãos à obra. Estudou, estudou e… obteve êxito. Atualmente, ele mesmo afirma que a vinda dele para Brasília foi o marco indispensável para seu sucesso profissional hoje porque, do contrário, teria ficado na Caixa Econômica Federal.

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