Eustáquio
Na
foto abaixo, o bacharel em Direito Roger Lins que mora em sua terra natal,
Fortaleza, no Ceará.
Roger
é filho de Edvan e Maria Célia Lins (minha irmã) e neto do sobralense João
Lopes Lins e de Gerarda Alves Lins, meus pais já falecidos. Conclui-se, pois,
que Roger é meu sobrinho. Ele é muito parecido com o físico brasileiro Marcelo
Gleiser, que mora há muitos anos nos EUA, porém não há parentesco algum entre
eles, como também entre os músicos Sivuca e Hermeto Pascoal, um, o focinho do
outro.
Em
2000, Roger trabalhava na Caixa Econômica Federal, lotado na agência situada na
Avenida Bezerra de Menezes, no trecho “Estação Instituto dos Cegos”. Havia
ingressado ali por meio de concurso público para o cargo de escriturário. O
escriturário é aquele empregado que fica nos caixas, atendendo os clientes para
efetuação de pagamentos, depósitos, saques etc. É um trabalho cansativo e de
extrema responsabilidade. Roger ganhava mensalmente aproximadamente R$ 1.500,00
(mil e quinhentos) reais, e já estava casado, com duas filhinhas. Naquela época
(ano 2000), eu já morava em Brasília há 16 anos. Eu já havia trabalhado na
Polícia Civil do Distrito Federal, lotado na maior penitenciária daqui,
conhecida popularmente por Papuda. E, na época, eu estava trabalhando no
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, órgão do Poder
Judiciário Federal em que me aposentei. Eu sempre dizia ao Roger:
---
Rapaz, você é formado em Direito, e fica trabalhando como caixa, numa área que
nada tem a ver com o Direito, além do mais, com um salário pequeno. Vá para
Brasília porque estão abertas inscrições para o cargo de agente de Polícia
Civil, na modalidade agente penitenciário, para trabalhar na penitenciária de
lá, onde fiquei durante 5 anos. Roger, então, me perguntou:
---
E qual é o salário lá?
---
Rapaz, o salário é um pouco mais de R$ 6.000,00 (seis) mil reais, ou seja,
quatro mil e quinhentos reais a mais do que você ganha hoje na Caixa --- disse
eu.
Roger
abriu suas pálpebras, mostrando ainda mais seus olhos verdes, exclamando:
---
É mesmo, Eustáquio!
Num
ímpeto corajoso, Roger seguiu meu conselho. Veio a Brasília, submeteu-se ao
concurso e foi aprovado. Iria trabalhar na mesma penitenciária em que eu
trabalhei. Sua nomeação ocorreu no dia 30 de janeiro de 2002. Ficou alguns dias
em minha casa, até alugar uma quitinete no centro de Brasília. Depois, alugou
um apartamento com 3 quartos, sauna, piscina, quadra de esporte, sinucas etc.
no Guará II, onde eu moro hoje, e trouxe sua família, composta pela esposa e
duas filhinhas. Morou em Brasília durante 3 anos e 6 meses. No dia 19 de julho
de 2005, pediu exoneração do cargo policial. Retornou à terra natal, Fortaleza,
para assumir o cargo de Oficial de Justiça em uma Vara Federal, também por meio
de concurso público.
Roger
é um lutador! Deixou Fortaleza, terra que ama, para morar em Brasília. Ficou
longe de seu querido time Fortaleza, ficou distante do estádio Castelão.
Morando em Brasília, o único meio de retornar ao Ceará seria por intermédio de
concurso em tribunais federais. E surgiu esse concurso. Roger, então, comprou
livros e apostilas, colocou-os sobre a mesa de vidro, e mãos à obra. Estudou,
estudou e… obteve êxito. Atualmente, ele mesmo afirma que a vinda dele para
Brasília foi o marco indispensável para seu sucesso profissional hoje porque,
do contrário, teria ficado na Caixa Econômica Federal.
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