Eustáquio
Prezado leitor,
Na foto abaixo, um carrinho de
supermercado lotado de mercadorias. Se você, leitor, mora em Sobral ou em
Fortaleza, com certeza já viu um carrinho igual no Super Lagoa, no Carrefour ou
no Hiper Bompreço.
Quem me conhece sabe muito bem que sou
uma pessoa extremamente calma, tranquila, paciente. Não brigo, não discuto com
ninguém. Narrarei agora um fato real ocorrido comigo que, se tivesse acontecido
com outra pessoa, certamente teria havido agressão verbal ou física.
Há, mais ou menos, 2 anos, aqui, em
Brasília, fui a um bom supermercado perto de meu apartamento, cujo nome é “Dona
de Casa”. Estive ali apenas para comprar 3 pacotes de polvilho doce já pronto,
marca “Ouro Branco”, a melhor, para fazer tapioca. Entrei no limpo, belo e
atraente supermercado. Quando eu estava no corredor respectivo, parado, já
pegando os pacotes de polvilho, a roda direita da frente de um carrinho lotado
de compras bate com força em 3 dedos do meu pé direito. Senti uma dor profunda,
tão profunda que passei 3 dias com os dedos praticamente anestesiados. Naquele
momento do choque, olhei para a pessoa que estava conduzindo o carrinho,
aguardando um pedido de desculpas. Afinal, eu estava no meu cantinho,
tranquilo, parado, pegando o polvilho. Ao olhar para a pessoa, vi uma idosa
com, mais ou menos, 63 anos de idade, muito feia e com os olhos esbugalhados.
Ela olhou para mim, puxou o carrinho para trás, e continuou empurrando o
carrinho sem pedir desculpas, sem dar a mínima para mim. Naquele instante,
senti uma intensa raiva, mas me controlei. Contei esse fato para meu vizinho, e
ele me disse que, se fosse com ele, teria dado um forte murro na cara da
velhinha feia a ponto de ser conduzida a um hospital ou a um cemitério. Mas eu
me controlei, caro leitor! Já que eu estava com bastante raiva daquela velha
feia e mal-educada, resolvi me vingar sem fazer uso da violência. Peguei os 3
pacotes de polvilho, passando a acompanhar a velha horrorosa entre os
corredores do supermercado.
Num dado momento, a velha deixou o
carrinho lotado de compras num corredor, enquanto se dirigiu a outro corredor
em busca de algum produto. Quando ela estava um pouco distante, eu,
rapidamente, peguei o carrinho dela, e saí em direção ao frigorífico do
supermercado. Ao lado do frigorífico, vi uma porta com os seguintes dizeres:
“Entrada permitida somente para os funcionários”. Olhei, por cima da porta,
para ver se havia alguém no corredor. Não havia. Empurrei a porta, entrando com
o carrinho da velha nojenta. À minha direita, vi uma porta que estava meio
aberta. Olhei para dentro, e vi que estava escuro e que não havia alguém lá.
Abri a porta totalmente, entrando com o carrinho e o deixei ali. Fechei a
porta. Pronto! A minha vingança se concretizou.
Feito isso, voltei ao corredor de onde
havia pego o carrinho só para ver a reação daquela velha mal-educada. E fiquei
muito feliz com o que vi. A velha estava desesperada porque seu carrinho lotado
de compras havia desaparecido. Normalmente, os olhos dela já eram esbugalhados,
imagine com a raiva que ela estava sentindo. A velha gritava desesperadamente:
--- Cadê meu carrinho! Cadê meu
carrinho!
E eu rindo por dentro, apesar da dor
física que estava ainda sentindo por causa da forte pancada em meus 3 dedos do
pé direito. Chamaram o gerente do supermercado. E eu ali, bem pertinho, parado,
apenas presenciando o sofrimento daquela megera. O gerente disse a ela:
--- Tenha calma, minha Senhora, porque
vamos encontrar seu carrinho!
E a velha disse a ele:
--- Isso é um absurdo! Como é que um
carrinho pode desaparecer assim? Moço, já estou aqui há quase 2 horas, fazendo
compras! Vocês têm que encontrar o carrinho!
Os funcionários procuraram o carrinho
em todos os corredores. Nada! A única pessoa que sabia onde o carrinho estava
era eu, e ninguém mais! Mas é óbvio que eu não iria dizer. Depois de uns 15
minutos de procura sem sucesso, o gerente disse a ela:
--- Minha Senhora, infelizmente, não
encontramos seu carrinho de compras. A única solução é a Senhora pegar um
carrinho vazio e voltar a fazer suas compras.
--- Isso é um absurdo! De forma alguma!
Vou embora agora mesmo e nunca mais aparecerei aqui! --- gritou a velha
horrível.
E ela foi mesmo embora! Percebeu, caro
leitor, como eu me vinguei sem fazer uso da violência! No supermercado, havia
câmeras de filmagem. Com certeza, elas me filmaram conduzindo o carrinho da
velha para aquela sala exclusiva dos funcionários. Não sei dizer se alguém
olhou depois as câmeras, mas com certeza descobriram o carrinho no final do
expediente. Afirmo isso porque, 7 dias depois, voltei lá, bastante curioso, e
uma empregada me disse.
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