domingo, 30 de junho de 2019

ATROPELADO POR UM CARRINHO DE COMPRAS


                                                                Eustáquio


Prezado leitor,

Na foto abaixo, um carrinho de supermercado lotado de mercadorias. Se você, leitor, mora em Sobral ou em Fortaleza, com certeza já viu um carrinho igual no Super Lagoa, no Carrefour ou no Hiper Bompreço. 
Quem me conhece sabe muito bem que sou uma pessoa extremamente calma, tranquila, paciente. Não brigo, não discuto com ninguém. Narrarei agora um fato real ocorrido comigo que, se tivesse acontecido com outra pessoa, certamente teria havido agressão verbal ou física. 
Há, mais ou menos, 2 anos, aqui, em Brasília, fui a um bom supermercado perto de meu apartamento, cujo nome é “Dona de Casa”. Estive ali apenas para comprar 3 pacotes de polvilho doce já pronto, marca “Ouro Branco”, a melhor, para fazer tapioca. Entrei no limpo, belo e atraente supermercado. Quando eu estava no corredor respectivo, parado, já pegando os pacotes de polvilho, a roda direita da frente de um carrinho lotado de compras bate com força em 3 dedos do meu pé direito. Senti uma dor profunda, tão profunda que passei 3 dias com os dedos praticamente anestesiados. Naquele momento do choque, olhei para a pessoa que estava conduzindo o carrinho, aguardando um pedido de desculpas. Afinal, eu estava no meu cantinho, tranquilo, parado, pegando o polvilho. Ao olhar para a pessoa, vi uma idosa com, mais ou menos, 63 anos de idade, muito feia e com os olhos esbugalhados. Ela olhou para mim, puxou o carrinho para trás, e continuou empurrando o carrinho sem pedir desculpas, sem dar a mínima para mim. Naquele instante, senti uma intensa raiva, mas me controlei. Contei esse fato para meu vizinho, e ele me disse que, se fosse com ele, teria dado um forte murro na cara da velhinha feia a ponto de ser conduzida a um hospital ou a um cemitério. Mas eu me controlei, caro leitor! Já que eu estava com bastante raiva daquela velha feia e mal-educada, resolvi me vingar sem fazer uso da violência. Peguei os 3 pacotes de polvilho, passando a acompanhar a velha horrorosa entre os corredores do supermercado. 
Num dado momento, a velha deixou o carrinho lotado de compras num corredor, enquanto se dirigiu a outro corredor em busca de algum produto. Quando ela estava um pouco distante, eu, rapidamente, peguei o carrinho dela, e saí em direção ao frigorífico do supermercado. Ao lado do frigorífico, vi uma porta com os seguintes dizeres: “Entrada permitida somente para os funcionários”. Olhei, por cima da porta, para ver se havia alguém no corredor. Não havia. Empurrei a porta, entrando com o carrinho da velha nojenta. À minha direita, vi uma porta que estava meio aberta. Olhei para dentro, e vi que estava escuro e que não havia alguém lá. Abri a porta totalmente, entrando com o carrinho e o deixei ali. Fechei a porta. Pronto! A minha vingança se concretizou. 
Feito isso, voltei ao corredor de onde havia pego o carrinho só para ver a reação daquela velha mal-educada. E fiquei muito feliz com o que vi. A velha estava desesperada porque seu carrinho lotado de compras havia desaparecido. Normalmente, os olhos dela já eram esbugalhados, imagine com a raiva que ela estava sentindo. A velha gritava desesperadamente:


--- Cadê meu carrinho! Cadê meu carrinho!


E eu rindo por dentro, apesar da dor física que estava ainda sentindo por causa da forte pancada em meus 3 dedos do pé direito. Chamaram o gerente do supermercado. E eu ali, bem pertinho, parado, apenas presenciando o sofrimento daquela megera. O gerente disse a ela:


--- Tenha calma, minha Senhora, porque vamos encontrar seu carrinho!


E a velha disse a ele:


--- Isso é um absurdo! Como é que um carrinho pode desaparecer assim? Moço, já estou aqui há quase 2 horas, fazendo compras! Vocês têm que encontrar o carrinho!


Os funcionários procuraram o carrinho em todos os corredores. Nada! A única pessoa que sabia onde o carrinho estava era eu, e ninguém mais! Mas é óbvio que eu não iria dizer. Depois de uns 15 minutos de procura sem sucesso, o gerente disse a ela:


--- Minha Senhora, infelizmente, não encontramos seu carrinho de compras. A única solução é a Senhora pegar um carrinho vazio e voltar a fazer suas compras.


--- Isso é um absurdo! De forma alguma! Vou embora agora mesmo e nunca mais aparecerei aqui!  --- gritou a velha horrível.


E ela foi mesmo embora! Percebeu, caro leitor, como eu me vinguei sem fazer uso da violência! No supermercado, havia câmeras de filmagem. Com certeza, elas me filmaram conduzindo o carrinho da velha para aquela sala exclusiva dos funcionários. Não sei dizer se alguém olhou depois as câmeras, mas com certeza descobriram o carrinho no final do expediente. Afirmo isso porque, 7 dias depois, voltei lá, bastante curioso, e uma empregada me disse. 

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