quinta-feira, 6 de junho de 2019

VOCÊ USA MACONHA?




                                                    Eustáquio


                        Distinto leitor,

             Na foto abaixo, Lúcio Mauro e Sônia Mamede respectivamente nos papéis de Fernandinho e Ofélia, no inesquecível programa humorístico da TV Tupi “Balança Mas Não Cai”. Em minha adolescência em Sobral, nos idos de 1972 a 1975, não perdia um programa sequer. Um dos quadros mais engraçado era o casal Fernandinho e Ofélia. Infelizmente, o grande Lúcio Mauro faleceu recentemente, em 11 de maio deste ano (2019), e a Sônia Mamede, no dia 25 de abril de 1990. A esposa Ofélia era muito burra, causando vergonha ao marido diante dos convidados. O chavão dela era engraçado:


            --- Fernandinho, meu amor, você sabe que EU SÓ ABRO A BOCA QUANDO TENHO CERTEZA!


           Ah, que saudade dos dois! Pois bem! Você, amigo leitor, deve estar perguntando a si mesmo: o que é que tem a ver o casal Fernandinho e Ofélia com o consumo de maconha, não é mesmo? Pois eu respondo: NADA! E por que eu coloquei a foto dos dois? Por causa da Ofélia! E por quê? Porque a Ofélia só abria a boca para dizer besteiras. E a pessoa que vou citar neste artigo fez a mesma coisa. Entendeu, agora, distinto leitor?
           A revista ÉPOCA desta semana, dia 3 de junho de 2019, na página 6, publicou algumas cartas de leitores. Escolhi o recado da leitora Thaysa Gomes, que não conheço. Sobre a maconha, ela escreve assim:


           “A MACONHA É UMA PLANTA QUE A NATUREZA NOS PROPORCIONOU POR ALGUM MOTIVO. NÃO TINHA DE SER PROIBIDA


           Com todo respeito, Thaysa Gomes agiu como a inesquecível Ofélia do Fernandinho. Segundo a visão dela, a maconha é uma planta. Se é uma planta, então é um presente da Natureza. Se é um presente da Natureza, então existe por algum motivo. E já que é um presente da Natureza, então não pode ser proibido. Ah, que saudade da Ofélia!
                Ora, caro leitor, na Natureza, existe um universo de plantas que é nocivo ao consumo humano. Se o homem fizer uso dessas plantas, em muitos casos, terá morte instantânea, em outros, graves problemas de saúde. Portanto, é profundamente errôneo afirmar que, já que as plantas são um presente da Natureza, então seu uso não pode ser proibido.
               Trago como exemplo aqui a planta “Erythroxylum coca” da qual é processada a cocaína. É óbvio que a leitora Thaysa Gomes não é a favor do consumo de cocaína, droga que traz vários males a seus usuários, inclusive a morte. Outro exemplo: a planta “manihot esculenta Crantz”, conhecida popularmente por mandioca-brava. Se o homem comê-la, sentirá vômitos, diarreias, convulsões e até mesmo poderá ir a óbito. É uma planta, um presente da Natureza, mas isso não quer dizer que seja própria para consumo humano. Mais um exemplo: a planta “Conium maculatum L.” Dessa planta se extrai o veneno fortíssimo chamado “cicuta”. Tomou, morreu! Se a pessoa escapar, ficará com paralisias e confusão mental. É uma planta, um presente da Natureza, mas não significa que seja própria para consumo humano. É bom lembrar que o filósofo grego Sócrates (399 a.C) foi condenado à morte, obrigado a beber uma taça contendo cicuta. Poderia citar outras plantas, mas os exemplos acima são suficientes.

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