Eustáquio
Caro leitor,
Na
foto abaixo, uma linda bunda de uma
mulher anônima. Escondido entre as duas bandas da bunda, o ânus, órgão humano
responsável pelos peidos.
Caro leitor, o peido é universal. O brasileiro peida, o norte-americano
peida, o italiano peida, o russo peida, enfim, todos os seres humanos peidam.
Leitor, gostaria de lhe pedir um grande favor: após a leitura deste
artigo, por favor, acesse o GOOGLE e digite a seguinte frase: “Jô Soares
entrevista o dr. Guenther Von Eye”. Você verá uma entrevista maravilhosa com o
cardiologista Guenther Von Eye, também um especialista em peidos. Nessa
entrevista, o médico Guenther mostra seu livro “O ‘pum’ é coisa séria!”. Isto
é, o peido é coisa séria! Comprei imediatamente o livro, e estou com ele aqui,
ao meu lado.
Por falar em peido, lembrei-me de um fato real ocorrido na casa alugada
por meu inesquecível cunhado Edvan Santos Dumont, situada na Rua Mário Studart,
no bairro Monte Castelo, em Fortaleza. Esse fato ocorreu no final de 1983 ou no
início de 1984, antes de eu ir embora para Brasília. Pois bem! Numa certa manhã
de um sábado, eu estava na casa do Edvan, numa grande sala. Além de mim, o
próprio Edvan (com um copo com cachaça na mão direita), a Célia (sua esposa e
minha irmã), e os filhos Mônica Magali, Márcia Altair e Francisco Roger (o
Roger detesta o “Francisco”). Se a mãe da Soraia (sua esposa) souber disso, não
vai gostar. Naquele momento, por volta das 10h30, chegou um caminhão trazendo
um televisor que o Edvan havia comprado. O nome certo, caro leitor, é
televisor, e não televisão. Quem tem televisão é o Sílvio Santos, a família
Roberto Marinho e outros. Já o povo comum tem televisor. Dois homens desceram
do caminhão carregando o televisor numa enorme caixa. Eu vi a alegria do Edvan
estampada em seus olhos. Muito feliz, Edvan foi à cozinha, trazendo uma faca.
Fez uns cortes no papelão, puxou um pedaço do isopor, e retirou o lindo
televisor. Lembro-me até da marca, um Sanyo. Esse televisor trazia uma coisa
que não havia em outros televisores: um relógio-despertador. O botão do relógio
ficava na parte superior direita. O relógio era acionado, girando-se o botão no
sentido anti-horário, isto é, da direita para a esquerda. Edvan estava muito
feliz. Célia e os filhos, também. Num dado momento, Edvan me pede:
--- Eustáquio, instale a antena porque eu não sei.
Olhei para a traseira do televisor, buscando a entrada da antena.
Naquele tempo, não havia entrada para o cabo axial. Vigorava o cabo com duas
pontas, cada ponta em um parafuso. Antes de eu apertar o primeiro parafuso,
veio a vontade de soltar um peido. Naquele dia, eu estava podre, com um peido
muito fedorento, parecendo até que eu havia jantado no dia anterior um urubu em
estado de putrefação, com bastante cebola. Dizem, no meu Ceará, que só aguenta
peido quem o solta. Pois naquele dia nem eu estava aguentando meu próprio
peido. Quando me veio a vontade de peidar, o Edvan, Célia, Mônica, Márcia e
Roger estavam distantes de mim. Resolvi então pegar o Edvan porque ele era
muito gaiato. Só para você, leitor, tem uma vaga ideia, o Edvan, quando estava
soltando peidos, gostava de segurar as pessoas para que obrigatoriamente
sentissem o fedor. Ele era muito brincalhão. Pois bem! Chegou a minha hora de
vingança. Soltei um peido silenciosamente, que saiu queimando pela minha bunda.
No mesmo segundo, senti a catinga miserável, e chamei o Edvan, enganando-o:
--- Edvan, por favor, venha aqui que eu quero lhe mostrar uma coisa
linda deste televisor!
Edvan, coitado, acreditou em mim. Deixou o copo com cachaça e gelo sobre
uma mesa pequena de vidro, aproximando-se de mim. Quando ele abaixou a cabeça,
sentiu o fedor podre do meu peido. Arregalou os olhos, saiu imediatamente de
perto de mim, olhou para sua esposa Célia, e gritou bem alto:
--- Célia, pelo amor de Deus, teu irmão tá podre, parece que comeu
carniça, já morreu e não tá sabendo!!!!!!!!
Que saudade do Edvan!
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