sábado, 22 de junho de 2019

O EDVAN E O TERRÍVEL PEIDO


                                                                                   Eustáquio


                              Caro leitor,

                           Na foto abaixo,  uma linda bunda de uma mulher anônima. Escondido entre as duas bandas da bunda, o ânus, órgão humano responsável pelos peidos.
Caro leitor, o peido é universal. O brasileiro peida, o norte-americano peida, o italiano peida, o russo peida, enfim, todos os seres humanos peidam.  Leitor, gostaria de lhe pedir um grande favor: após a leitura deste artigo, por favor, acesse o GOOGLE e digite a seguinte frase: “Jô Soares entrevista o dr. Guenther Von Eye”. Você verá uma entrevista maravilhosa com o cardiologista Guenther Von Eye, também um especialista em peidos. Nessa entrevista, o médico Guenther mostra seu livro “O ‘pum’ é coisa séria!”. Isto é, o peido é coisa séria! Comprei imediatamente o livro, e estou com ele aqui, ao meu lado.
Por falar em peido, lembrei-me de um fato real ocorrido na casa alugada por meu inesquecível cunhado Edvan Santos Dumont, situada na Rua Mário Studart, no bairro Monte Castelo, em Fortaleza. Esse fato ocorreu no final de 1983 ou no início de 1984, antes de eu ir embora para Brasília. Pois bem! Numa certa manhã de um sábado, eu estava na casa do Edvan, numa grande sala. Além de mim, o próprio Edvan (com um copo com cachaça na mão direita), a Célia (sua esposa e minha irmã), e os filhos Mônica Magali, Márcia Altair e Francisco Roger (o Roger detesta o “Francisco”). Se a mãe da Soraia (sua esposa) souber disso, não vai gostar. Naquele momento, por volta das 10h30, chegou um caminhão trazendo um televisor que o Edvan havia comprado. O nome certo, caro leitor, é televisor, e não televisão. Quem tem televisão é o Sílvio Santos, a família Roberto Marinho e outros. Já o povo comum tem televisor. Dois homens desceram do caminhão carregando o televisor numa enorme caixa. Eu vi a alegria do Edvan estampada em seus olhos. Muito feliz, Edvan foi à cozinha, trazendo uma faca. Fez uns cortes no papelão, puxou um pedaço do isopor, e retirou o lindo televisor. Lembro-me até da marca, um Sanyo. Esse televisor trazia uma coisa que não havia em outros televisores: um relógio-despertador. O botão do relógio ficava na parte superior direita. O relógio era acionado, girando-se o botão no sentido anti-horário, isto é, da direita para a esquerda. Edvan estava muito feliz. Célia e os filhos, também. Num dado momento, Edvan me pede:



--- Eustáquio, instale a antena porque eu não sei.



Olhei para a traseira do televisor, buscando a entrada da antena. Naquele tempo, não havia entrada para o cabo axial. Vigorava o cabo com duas pontas, cada ponta em um parafuso. Antes de eu apertar o primeiro parafuso, veio a vontade de soltar um peido. Naquele dia, eu estava podre, com um peido muito fedorento, parecendo até que eu havia jantado no dia anterior um urubu em estado de putrefação, com bastante cebola. Dizem, no meu Ceará, que só aguenta peido quem o solta. Pois naquele dia nem eu estava aguentando meu próprio peido. Quando me veio a vontade de peidar, o Edvan, Célia, Mônica, Márcia e Roger estavam distantes de mim. Resolvi então pegar o Edvan porque ele era muito gaiato. Só para você, leitor, tem uma vaga ideia, o Edvan, quando estava soltando peidos, gostava de segurar as pessoas para que obrigatoriamente sentissem o fedor. Ele era muito brincalhão. Pois bem! Chegou a minha hora de vingança. Soltei um peido silenciosamente, que saiu queimando pela minha bunda. No mesmo segundo, senti a catinga miserável, e chamei o Edvan, enganando-o:



--- Edvan, por favor, venha aqui que eu quero lhe mostrar uma coisa linda deste televisor!



Edvan, coitado, acreditou em mim. Deixou o copo com cachaça e gelo sobre uma mesa pequena de vidro, aproximando-se de mim. Quando ele abaixou a cabeça, sentiu o fedor podre do meu peido. Arregalou os olhos, saiu imediatamente de perto de mim, olhou para sua esposa Célia, e gritou bem alto:



--- Célia, pelo amor de Deus, teu irmão tá podre, parece que comeu carniça, já morreu e não tá sabendo!!!!!!!!


Que saudade do Edvan!


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