Eustáquio
Caro leitor,
Na foto abaixo, o presidente Jair
Messias Bolsonaro e o garçom Adélio Bispo de Oliveira.
No dia 6 de setembro de 2018, ano
passado, em uma das ruas da cidade mineira Juiz de Fora (nada a ver com o juiz
Sergio Moro), o garçom Adélio desferiu uma facada em Bolsonaro. Sobre esse
fato, cada um deles apresenta uma explicação radicalmente contraditória. Por
essa razão, submeto-lhe, amigo leitor, as explicações de ambos a fim de que você
possa me dizer qual deles diz a verdade.
O presidente Jair Bolsonaro não
se cansa de dizer que Deus o salvou. Na revista VEJA desta semana, datada de 5
de junho de 2019, na página 40, ele diz:
“Entendo que Deus me
deu o milagre de estar vivo”
Muito bem! Jair Bolsonaro “entende” que Deus o
salvou do atentado. Já o garçom Adélio, o autor da facada, diz o seguinte:
“Ouvi a voz de Deus dizendo que somente ele poderia salvar o Brasil da
destruição.”
O garçom Adélio afirma com toda
certeza de que Deus determinou que ele matasse o candidato Jair Bolsonaro. Percebeu,
leitor, a contradição insuperável entre as afirmações? Só para efeito de
argumentação, vou levar a sério as afirmações. Bolsonaro diz que Deus o salvou.
Adélio afirma que Deus mandou que ele matasse Bolsonaro. Imagine Deus dizendo a
Adélio:
---- Adélio, salve o Brasil! Mate o Jair Bolsonaro!
E imagine Deus dizendo a Bolsonaro:
--- Bolsonaro, meu querido, você
vai levar uma facada, mas eu o salvarei!
Ou seja, segundo os dois, o Deus
que salva é o mesmo Deus que manda matar. Por favor, não ria, caro leitor!
E agora? Qual dos dois está afirmando
a verdade, já que as afirmações são irremediavelmente contraditórias?
A verdade, amigo leitor, é que
Bolsonaro e Adélio estão delirando!
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