Hoje, quarta-feira, dia 9, pela manhã, ouvia a Rádio Band FM, como faço diariamente durante o preparo do almoço.
Num dado momento, Erisângela Toniolo, uma das apresentadoras, abordou os ouvintes com uma nova estatística. Levantamento feito no Distrito Federal mostra que 50% das mulheres traem, e 55% dos homens também. Erisângela pediu que os ouvintes opinassem acerca da estatística, explicando por que as mulheres e os homens traem. Alguns ouvintes entraram em contato com a rádio via e-mail, e Erisângela leu as mensagens. Eis algumas:
“O homem trai a esposa porque é um safado.”
“A mulher trai o marido porque ele já não faz nada na cama.”
“O homem trai porque não presta.”
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Veja, caro leitor, as idiotices acima proferidas por alguns ouvintes do programa radiofônico. De fato, a grande massa do povo brasileiro não gosta de ler, de exercitar o cérebro. Quando alguém é chamado a opinar sobre alguma coisa, aí só sai merda pura.
Para início de conversa, essa estatística é furada. Completamente furada. Eu não fui consultado. Minha esposa também não. Você, amigo leitor, também não. E dificilmente algum homem ou alguma mulher vão dizer que estão traindo ou já traíram. A traição, regra geral, requer segredo.
A estatística, pois, é falsa, mas o chifre não. Já escrevi a meus leitores explicando cientificamente o porquê da traição. Homens e mulheres traem simplesmente porque, em sua natureza, não são animais monogâmicos. Ou seja, o homem trai sua esposa porque sente desejo sexual por outra mulher, e a mulher trai o marido porque também sente desejo sexual por outro homem.
Uma mera certidão de casamento não anula o desejo sexual que um homem casado sente por outra mulher e vice-versa. O desejo sexual, o famoso tesão, está dentro do homem e da mulher. E ele se exterioriza quando ocorre a traição. A traição é, pois, o mero desabrochar de um desejo sexual incontido. O homem só trai a esposa, e vice-versa, se ambos sentirem desejo sexual por outra pessoa. A realidade mostra facilmente que o desejo sexual é mais forte do que se pensa. Um homem pode ser casado com a mulher mais linda do mundo. Num dia qualquer, ele pode traí-la com outras mulheres menos lindas. E assim também age a mulher. Exemplos é que não faltam: Michael Douglas, Tiger Woods, Madona, Princesa Diana (já falecida), Príncipe Charles, Pato (jogador), Ronaldinho barrigudo, Ronaldinho Gaúcho, Arnold Schwarzenegger, Sílvio Berlusconi, Fernando Henrique Cardoso, Bill Clinton e milhões e milhões de homens e mulheres comuns do povo. Eu tenho também vários amigos e amigas que traem o cônjuge. Quem trai não é safado, inimigo de Deus, marginal ou pilantra. Trata-se apenas de alguém que não teve o controle de seus desejos sexuais. Esses foram bem mais fortes. Regra geral, o traidor vive feliz com o cônjuge. Dá algumas escapadas apenas para matar o desejo sexual que sente por pessoa alheia ao matrimônio. Amigos meus me dizem que, quando pulam a cerca, voltam para a esposa mais felizes e realizados. O meu pai, caro leitor, era o segundo maior raparigueiro de Sobral. E a minha mãe sabia de tudo. Ele, porém, nunca deixou a família, e nunca discutiu com minha mãe.
Como afirmei no início deste artigo, o homem (macho e fêmea) não é um animal monogâmico, que se satisfaz sexualmente apenas com um parceiro. Nada disso. Essa não é a natureza do homem, como também não é a natureza dos animais irracionais. Tanto é verdade que homem e mulher pulam a cerca para satisfazerem seus desejos sexuais, independentemente de terem um cônjuge ao lado. Por exemplo, qual é o homem que não sente desejo sexual diante de uma Ana Hickmann vestida apenas com uma lingerie? Como resistir a uma “tentação” desse quilate? Qual é a mulher que não sente desejo sexual diante de um Brad Pitt trajando apenas uma cueca? A existência do desejo sexual por alguém alheio ao matrimônio é a prova incontestável de que o homem não é um animal monogâmico. Se o fosse, ao se casar, o desejo sexual dirigir-se-ia involuntariamente somente para o cônjuge, o que não ocorre na realidade. O desejo sexual por outrem brota espontaneamente.
A monogamia é, apenas, uma imposição de uma determinada sociedade que fere a natureza humana. O homem, um ser poligâmico, é obrigado a viver numa sociedade monogâmica. O resultado não pode ser outro: muito chifre!
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