quinta-feira, 5 de abril de 2012

ERREI, PORRA!!!‏


Numa tarde chuvosa, coisa rara em Sobral, no Ceará, os garotinhos corriam para a Igreja da Sé, a mais famosa da cidade. Iam lá não para rezar, é óbvio, mas apenas para aproveitar a queda d’água proporcionada por uma grande bica. Que coisa gostosa! Que saudade!
Márcio Ribeiro, um dos garotinhos, com apenas 9 anos de idade, passada a chuva, encostou-se na porta principal da igreja, que já estava aberta. Olhando para o chão, avistou uma formiga que corria de um lado para o outro, mais perdida do que cego em tiroteio. Decidiu matar a bichinha com um palito de fósforo. Quando jogava o palito contra a formiga, sem soltá-lo, ela se desviava do ataque. A cada investida sem sucesso, Márcio gritava:

--- Errei, porra!

Mais uma tentativa fracassada:

--- Errei, porra!

Padre Lira Fialho, o mais conhecido da cidade, ouvia o palavrão do garoto. Caminhou até ele, dizendo:

--- Meu filho Márcio, não faça isso com a pobre formiguinha!

E o Márcio, sem educação, berrava:

--- Ah, seu padre, vá encher o saco do sacristão!

Padre Lira ficava irritado diante daquele moleque. E o moleque continuava:

---Errei, porra!

Impaciente, padre Lira lhe disse:

--- Olha, moleque, queira Deus que um raio caia do céu na sua cabeça!

Mal acabou de falar, um raio cai do céu na cabeça do padre Lira, matando-o instantaneamente. E, do céu, veio uma voz forte e estrondosa:

--- ERREI, PORRA!

A BIÓPSIA‏


Paulo da Silva, bastante doente, foi ao LCS (Laboratório Clínico de Sobral). Pegou o laudo da biópsia, levando-o ao doutor Narcélio Cavalcante. Ao ler o resultado do exame, o médico disse a ele:

--- Paulo, vou ser sincero com você!

--- Sim, doutor! Por favor! Diga-me a verdade!

--- Paulo, você tem câncer!

--- Câncer?

--- Sim! Câncer!

--- E não há cura, doutor?

--- Infelizmente, não! No atual estágio, não! Já se cristalizou a metástase!

--- Então, doutor, quer dizer que eu tenho poucos anos de vida?

--- Poucos anos de vida, não, Paulo! Na verdade, você tem apenas poucos dias de vida!

--- Ah, meu Deus! Diga-me, doutor! Eu tenho ainda 30 dias de vida?

--- Menos, Paulo! Menos!

--- 20 dias?

--- Menos, Paulo! Menos!

--- 15 dias?

--- Menos, Paulo! Menos!

--- 10 dias, doutor?

--- Menos, Paulo! Menos!

O pobre Paulo, desesperado, não quis mais fazer pergunta alguma. Saiu do consultório transtornado. Desceu correndo pelas escadas. Lá fora, ele avistou um carro da Funerária Bom Pastor que desenvolvia pequena velocidade. Acenando para o veículo, Paulo gritou:

--- TÁXI! TÁXI! TÁXI!

O EXAGERO É SEMPRE PREJUDICIAL‏



Sérgio Calango, católico fervoroso, permaneceu virgem até os 27 anos de idade quando se casou com a jovem e linda Camila Soares, filha de Manés Soares, o homem mais rico de Sobral. Camila, ao contrário, havia perdido a virgindade aos 17 anos de idade. Terminara o namoro com Florisvaldo Ramos.
Já que Calango permanecera virgem durante 27 longos anos, ao contrair matrimônio com Camila, exagerou nas relações sexuais. No café da manhã, no almoço, no jantar e ao deitar-se, Calango não dava folga à pobre Camila, que já era experiente nessa área. Não deu outra! Calango ficou fraco, muito fraco. Em comum acordo com Camila, procurou o melhor médico de Sobral, o doutor Anastácio Rola, primo do Cícero Rola, professor do Distrito Federal que foi assessor do Cristovam Buarque quando era governador. Hoje, Cristovam é senador, e é o homem que quer colocar na Constituição o “direito à felicidade”. Quando isso acontecer, todos os brasileiros serão mais felizes! Neste momento, caro leitor, estou rindo, rindo muito!
Pois bem! Calango disse ao doutor Rola a verdade, a pura verdade! Contou que havia realmente exagerado nas relações sexuais com sua esposa porque permanecera virgem até os 27 anos. Após uma bateria de exames, o doutor disse ao jovem casal:

--- Calango e Camila! Vocês exageraram nas relações sexuais. Sexo é bom e sadio, porém não se pode exagerar. Você, Calango, extrapolou os limites. Daí a razão de sua imensa e visível fraqueza física. A partir de hoje, vou pôr um limite a vocês, correto?

--- Correto, doutor Rola! O que o Senhor disser, eu e Camila seguiremos à risca!

--- Pois bem! A partir de hoje, vocês só poderão fazer sexo nos dias da semana em que há a letra “R”. Ou seja, sexo só nas terças e quartas-feiras! Entendido?

Calango e Camila olharam um para o outro com uma tristeza estampada na face. Porém, resolveram seguir os conselhos do médico. Foram pra casa. E lá só faziam sexo nas terças e quartas.
20 dias depois, num sábado chuvoso, à noite, os dois estão na confortável e linda cama. Calango olha para Camila, e Camila olha para Calango. O desejo sexual é intenso, mortificante, atroz. Calango faz de tudo para se conter. E Camila também. Num dado momento, levado pela fraqueza, Calango, com cara de bobo, pergunta à Camila:

--- Meu amor, que dia é hoje?

E a Camila, com a cara mais safada do mundo, diz:

---É sáRbado! É sáRbado!
 

UM SINAL NO CÉU DE BRASÍLIA



O jornal Correio Braziliense, sábado, dia 1º, na página 38, aborda o fenômeno óptico conhecido como halo, que ocorreu sexta-feira passada, dia 31 de setembro, no céu de Brasília. Nessa matéria jornalística, há algumas imperfeições dignas de comentário, principalmente as fantasias religiosas.
Sexta-feira, dia 31, por volta das 10h, ao olharem para o céu, brasilienses avistaram um grande círculo luminoso, com bordas coloridas nos tons do arco-íris. Eu, amigo leitor, perdi esse lindo espetáculo da natureza, porém o vi pela televisão. Não é, claro, a mesma coisa.
O fenômeno óptico observado pelo brasiliense naquela manhã chama-se halo. Como ele ocorre? Ocorre da seguinte forma: a luz emitida pelo Sol atravessa algumas nuvens carregadas com cristais de gelo, produzindo o fenômeno óptico, ou seja, um fenômeno percebido pelo olho humano. O halo é apenas isso, e nada mais.
O jornal supracitado dá à reportagem o seguinte título:


                               GELO DÁ UM COLORIDO AO SOL



No fundo, amigo leitor, essa afirmação não é propriamente exata. Ora, o gelo presente naquele momento nas nuvens do céu de Brasília, obviamente, não deram um colorido ao Sol porque essa estrela fantástica está a 150 milhões de quilômetros da Terra. Ou seja, o gelo estava nas nuvens que, por sua vez, estavam no céu de Brasília. Já o Sol não se encontra no céu de Brasília, mas no espaço, onde não há gelo e nuvens, a uma distância astronômica. Não é o Sol que se encontra com o gelo e as nuvens, mas somente os seus raios solares. A luz emitida pelo Sol percorre uma longa distância, gastando 8 minutos para chegar ao planeta Terra. É, pois, essa luz que se encontra com os cristais de gelo presentes nas nuvens. Assim, no fundo, é errado dizer que o Sol está no céu. Ele, obviamente, não está no céu, mas no espaço, onde não há gelo e nuvens. Por conseguinte, o gelo não dá um colorido ao Sol, mas apenas um colorido aos raios solares. Se o halo ocorresse no Sol, os habitantes da Terra teriam visto ao mesmo tempo o fenômeno. Porém, só os de Brasília é que o presenciaram porque ele ocorreu apenas no céu da capital brasileira.
O mais engraçado de tudo, caro leitor, são sem dúvida alguma as fantasias das pessoas religiosas diante desse fenômeno óptico. Em certo trecho da matéria, o jornal diz:

                              
                               “Nas ruas, todos olhavam para cima. Muita gente saiu do trabalho para ver. Fotografavam e filmavam o céu. Queriam entender. Sem informação, surgiram rumores. Houve quem suspeitasse que se tratava do fim do mundo.”



A ignorância do povo brasileiro é marca característica de sua formação. Diante de qualquer fenômeno físico, já diz que o fim do mundo está próximo. E não é só o povo brasileiro não! Esse negócio de fim do mundo é colocado na cabeça das pessoas pelas várias religiões. Não passa de mera superstição, de mera fantasia.
 Mais à frente, o jornal registra:


                              
                              “O auxiliar de escritório Luiz Andrade, 35 anos, e a mulher dele Telma Moreira, 33, moradores de Luziânia, gravaram tudo, debaixo de uma árvore, perto do Conic. “São sinais do fim dos tempos, em forma de aliança”, disse Luiz. Telma também ficou impressionada. “Todo mundo está impressionado. Com certeza vão relacionar isso à meteorologia. Mas a Bíblia fala de avisos como esse. Espero que Jesus volte logo”, afirmou Telma. Os dois são evangélicos.”




Veja, amigo leitor, o estrago que a religião causa a um cérebro humano. Luiz Andrade, morador de Luziânia, tem 35 anos de idade. Não é, pois, uma criança. Trata-se de uma pessoa adulta. E sua esposa Telma Moreira, também. Ela está com 33 anos de idade. Porém, os dois pensam como uma criança. Quando eu ouço ou leio coisas desse tipo, fico triste, com dó dessas pessoas. No fundo, elas estão sendo manipuladas por estelionatários religiosos.
Segundo a reportagem, Luiz Andrade, evangélico, ao ver o halo, associou-o a um sinal do fim do mundo. Para ele, Deus está mandando avisos ao planeta Terra com a finalidade de que a humanidade se prepare para o fim do mundo que está bem próximo. Pobre Luiz Andrade! Ele não tem a menor noção de que o halo existe desde que o planeta Terra surgiu no Universo. Ele nem imagina que o halo existe há 4 bilhões de anos.
Telma Moreira, esposa de Luiz Andrade, também evangélica, aproveitou a oportunidade para desconfiar dos cientistas. Ela disse ao repórter do jornal que os cientistas iriam dizer que aquilo (o halo) era uma coisa associada à meteorologia. Segundo ela, pura mentira. Na verdade, era um sinal enviado por Deus, avisando a todos que o fim do mundo se aproxima. Pobre Telma Moreira! Ela diz também que a Bíblia fala de vários sinais, inclusive do halo. E deseja ardentemente que Jesus Cristo volte logo ao planeta Terra. Pobre Telma Moreira! Que estrago os estelionatários religiosos fazem com o cérebro dela! Com o olho nos dízimos, nas ofertas e nas doações, os mercadores da fé dizem que o fim do mundo está próximo e que Jesus retornará para alegria e felicidade dos cristãos. Enquanto o Homem de Nazaré, e não de Belém, não vem, os mercadores religiosos vivem no luxo. Já os pobres e miseráveis religiosos devem aguardar o fim do mundo para se livrarem da fome, da pobreza e do sofrimento.
Luiz Andrade e Telma Moreira não conhecem a Bíblia. Se a conhecessem profundamente, com certeza não seriam vítimas dos espertalhões da fé. Qualquer estudioso bíblico sério, qualquer teólogo sério, sabe muito bem que a Bíblia não é a palavra de Deus. Quando eu afirmo isso, não estou querendo menosprezar a fé de alguém. Estou apenas afirmando uma verdade. A própria Teologia afirma isso. Quem estuda a fundo o cristianismo, a formação da Bíblia, a escolha dos livros, desde os manuscritos mais antigos, desde as línguas originais (hebraico (Velho Testamento), e grego (Novo Testamento), analisando as cópias adulteradas ao longo do tempo, encontra facilmente a verdade. A Bíblia não é, como dizem, um conjunto de livros que foi dirigido para o futuro. De Gênesis ao Apocalipse, ela está repleta de lendas, mitos, alegorias, metáforas, hipérboles, contradições, erros históricos, erros geográficos, erros científicos etc. Tudo isso pode ser facilmente comprovado em qualquer livro sério de Teologia.
Telma espera que Jesus volte logo. Ora, não há Jesus algum para retornar ao planeta Terra. Jesus morreu há 2 mil anos. Não ressuscitou, ou seja, não voltou a viver depois de morto. E, logicamente, não subiu literalmente ao céu, de forma vertical, como sobe um helicóptero. Tudo isso é fantasia. Jesus morreu em mãos de soldados romanos, e não em mãos de judeus. Ele próprio, sendo judeu, coitado, pensava que era o Messias, aquele homem esperado pelo povo judeu para pôr um fim ao domínio dos romanos. Na época, os judeus estavam sob o jugo romano. Jesus apareceu, pregando ser o Messias, o Salvador. Não deu outra. Ao começar o seu ministério aos 30 anos de idade, já adulto, sem força alguma diante do poder romano, foi crucificado no madeiro por volta dos 33 anos de idade. Ou seja, pregou apenas por 3 anos. Foi rapidamente aniquilado, eliminado, pelos romanos. A pobre Telma, em um dia qualquer, vai morrer, e não terá o prazer de ver Jesus retornando ao planeta Terra.
E o jornal continua:


                              
                                
                                      “O servidor público José Régis Marques, 50 anos, morador do Lago Sul, reuniu a família para rezar, quando percebeu a alteração do sol. “Esse vermelho em volta do sol representa a negritude dos pecados dos ladrões, corruptos. Desse halo, vão sair capetas para destruir os corruptos”, afirmou, enquanto rezava ajoelhado na grama.”




José Régis Marques, com 50 anos de idade, costuma reunir a família para rezar. Não quero ofender a ninguém, mas para que servem as rezas? Elas curam males? Curam hemorroidas? Cânceres? Tuberculoses? Diabetes? Pneumonias? Depressões? Lepras? Dores de cabeça? Eliminam cálculos renais? A resposta, amigo leitor, é uma só: rezas nada curam. Se uma pessoa, por exemplo, está com crise de cálculo renal, com dores insuportáveis, se ficar apenas rezando, vai morrer rapidamente. Se, ao contrário, for a um hospital, livrar-se-á rapidamente da dor. O que estou afirmando é uma verdade incontestável. José Marques mora no Lago Sul, o bairro mais chique de Brasília. Ele deve ter uma boa formação cultural, mas mesmo assim não deixa de lado as fantasias. E também não deixa de ser um tremendo gozador, ao afirmar que o vermelho do halo significa a negritude dos pecados dos ladrões, corruptos. O substantivo “negritude” não soa bem porque alguém pode associar a preconceito em relação à cor. Negritude vem de negro! Ele diz que os capetas vão sair do halo para destruir os corruptos brasileiros. José Marques vai quebrar a cara porque do céu nada vem contra os corruptos.
E em outro trecho o jornal diz:


                               
                              “A office girl Gracinete Martins, 40 anos, fez uma pausa no trabalho para observar o céu. “Não sei o que é isso, mas é lindo demais e vem de Deus, ele quer nos dizer alguma coisa”, disse, enquanto fotografava.”




Gracinete Martins parou na rua para observar o halo. Ela não sabia o que diabo era aquilo, mas tinha uma certeza: era uma coisa criada por Deus. Por ser uma coisa linda, com certeza foi Deus que fez. Deus, em vez de falar diretamente com os humanos, prefere ficar calado, enviando sinais lindos e maravilhosos. Pobre Gracinete! Imagine se ela visse um furacão, aquela coisa feia e destruidora. Com certeza, diria que era coisa do Satanás ou, então, de Deus para punir os pecadores.
E, terminando a reportagem, o jornal entrevistou a meteorologista Maria das Dores Azevedo. Até que enfim, uma afirmação racional, lógica e verdadeira:


                                
                              “As condições climáticas, como umidade em altos níveis, formam esse tipo de nebulosidade. Há uma frente fria vindo do Sul do país que pode trazer as chuvas.”




De fato, amigo leitor, hoje, segunda-feira, neste momento, está chovendo aqui, em Brasília.

O RAIO E 2 MORTOS EM ÁGUAS LINDAS


 
O jornal Correio Braziliense, hoje, quinta-feira, dia 3, na página 37, traz uma matéria intitulada “Tristeza para duas famílias”. Ao lê-la, lembrei-me do meu tempo de criança e adolescente em Sobral, minha cidade natal.
A reportagem jornalística aborda a morte de 2 jovens moradores da sofrida cidade de Águas Lindas, que fica bem próxima a Brasília. Terça-feira passada, no fim da tarde, 10 garotos muito pobres jogavam bola num campo improvisado daquela cidade. Chovia torrencialmente. Como é gostoso, amigo leitor, jogar bola num campinho debaixo de chuva! Num dado momento, um raio atinge uma parte do campo, pegando 3 garotos. Francisco Jonathas Prada Souza, 16 anos, e Alex Lima de Freitas Silva, 15 anos, morreram na hora. O terceiro garoto atingido, Irarles Pereira dos Santos, 14 anos, conseguiu escapar. Eis, caro leitor, a desgraça.
Eu adoro tomar banho de chuva. Sempre gostei. Lá, em Sobral, quando chovia, colocava um calção e saía correndo descalço e sem camisa pelas ruas, juntamente com um grupo de amigos. Que prazer maravilhoso! Os trovões e os raios fortíssimos não eram obstáculos. Na verdade, ninguém percebia o risco, e ele era muito grande. Ainda bem que nunca um raio atingiu alguém do nosso grupo. Eu ficava sabendo, por meio do rádio, que outras pessoas haviam morrido. Após o impacto dessas notícias, minha mãe me proibia de sair durante a chuva, mas eu não lhe obedecia. Saía alegre, dizendo-lhe que nada aconteceria. E, de fato, nada de ruim aconteceu comigo e com meus coleguinhas.
Eu gosto tanto de chuva que até hoje eu saio de casa para tomar meu banho pluvial. Com certeza, eu sou o único morador de Brasília que toma banho de chuva. Quando a chuva chega, boto um calção, e pernas pra que te quero. É muito gostoso. Os moradores de Brasília ficam olhando para mim como se eu estivesse doido. Na verdade, a loucura está com eles. Sou cônscio dos riscos que corro por causa dos raios, mas riscos todo mundo corre. E, segundo as estatísticas, pouca gente morre atingida por raios durante um banho de chuva. Muitos morrem trabalhando.
Em relação aos 2 jovens moradores de Águas Lindas, que morreram por causa de um raio, veja, amigo leitor, as imbecilidades religiosas. A doméstica Célia Prada, mãe de Francisco Jonathas, disse:


 
“DEUS QUIS ASSIM. É ELE QUEM SABE DA VIDA DA GENTE. PELO MENOS NINGUÉM ATIROU NEM ESFAQUEOU O MEU FILHO.”



Essa pobre mãe afirmou que o filho dela foi atingido por um raio porque isso foi um desejo de Deus. Que idiotice! Quem colocou essa burrice na cabeça dessa infeliz mulher? Ora, os estelionatários religiosos! Esses pilantras dizem que Deus está por trás de tudo o que ocorre no Universo. Se uma folhinha seca cai de uma árvore, isso ocorre porque Deus quis. Se uma vaca solta um peido, isso acontece porque Deus quer. Se Deus não quiser, a vaca não peida. Se um raio cai do céu, é porque Deus quer e dirige o seu trajeto. E bilhões e bilhões de fiéis acreditam num troço desse. Pobre humanidade! E a miserável mãe ainda afirma que teria sido pior se o seu filho tivesse sido assassinado por tiros ou facadas, o que é muito comum em Águas Lindas. Pobre mãe!
Ora, o que não existe não faz mal a ninguém. Os deuses não existem. São frutos da imaginação humana. Logo, não fazem mal a ninguém. Durante a chuva, raios caem em solo terrestre. Já que os seres humanos estão no solo, é óbvio que alguém pode ser atingido. É natural, pois, que muitas pessoas morram por causa disso. Não há Deus algum que cria o raio e o joga contra determinadas pessoas. Os raios são simplesmente descargas elétricas formadas pelo atrito das partículas de gelo que estão nas nuvens. Não há ser inteligente algum, ou muito burro, que cria uma porra dessa, jogando-a contra crianças inocentes cujo divertimento é apenas um gostoso banho de chuva. Não existe Deus louco algum capaz de fazer uma merda dessa qualidade.
Na desgraça de Águas Lindas, 10 rapazes estavam jogando bola num campo. O raio atingiu apenas 3 deles. 2 morreram, e 1 sobreviveu. Os dois morreram porque receberam uma descarga maior. E o sobrevivente recebeu uma descarga menor. Quanto aos 7, todos ficaram livres do perigo. Tudo isso é um questão de probabilidade. Nos campos, os raios caem com mais frequência, não porque um Deus louco quer, mas porque as matas os atraem. Se os 10 garotos estivessem jogando bola numa quadra coberta, protegida por um para-raios, todos estariam vivos hoje. Todos!
O garoto Irarles escapou com leves ferimentos. Sua mãe, Jucilene Pereira da Silva, 40 anos, disse:


 
“DEUS ME DEU O MELHOR PRESENTE: SALVOU O MEU FILHO.”




Eis outra tolice! Jucilene pensa que Deus resolveu jogar um raio sobre os 3 garotos com o objetivo de matar dois deles e salvar apenas 1. Que burrice! No fundo, essa pobre mãe é uma vítima. Vítima da conversa fiada dos estelionatários religiosos que atribuem a ocorrência dos fatos a Deus.
Antônio Francisco dos Santos, 39 anos, pai do garoto Jonathas, que morreu, disse a verdade:


 
“FOI UMA FATALIDADE.”




Que afirmação linda! Parabéns, “Seu” Antônio!
Responda-me uma coisa, caro leitor: por que em todas as igrejas há um para-raios?

JESUS CRISTO, MANÉ GARRINCHA E O ADJETIVO PÁTRIO‏


O adjetivo pátrio é aquele que se refere ao local de nascimento de uma pessoa.
Os meus amigos leitores sabem que eu nasci em Sobral, no estado do Ceará. Quem nasce em Sobral, é sobralense. Logo, eu sou sobralense. O adjetivo pátrio fica preso à pessoa para o resto da vida. Jamais se separa dela. Por exemplo, eu nasci no estado do Ceará. Logo, eu sou cearense. Moro em Brasília há mais de 27 anos. Apesar disso, todo mundo me chama de “sobralense”, “ceará” ou “cearense”. Jamais, jamais, alguém algum dia me chamará de “brasiliense”. Como afirmei acima, o adjetivo pátrio jamais deixa a pessoa. Vim morar em Brasília, mas nasci no Ceará. Portanto!
Jesus, o “Cristo”, nasceu em Nazaré, na Galiléia. No Novo Testamento bíblico, está escrito que ele nasceu em Belém, na Judéia. Mateus e Lucas afirmam isso. Marcos e João se silenciam. Ora, Mateus e Lucas mentem claramente. Qualquer teólogo sério tem conhecimento dessa mentira e ainda explica por que está escrito assim.
Ora, Jesus nunca é chamado de belemita, que é o adjetivo pátrio relativo à pessoa que nasceu em Belém, na Judéia. Em todo o Novo Testamento, Jesus é o “NAZARENO”, ou o “homem de NAZARÉ”. Até na imaginária cruz em que ele foi crucificado consta: “INRI” que quer dizer o seguinte: “Jesus NAZARENO rei dos judeus”.
O cantor brasileiro Antônio Marcos (1945 – 1992), que foi casado com a cantora Vanusa, aquela que deu um show ao cantar o Hino Nacional, cantava assim:

“(...) Hei irmão, vamos seguir com fé!
Tudo que ensinou, o homem de nazaré”.

Assim, Jesus era chamado “o homem de Nazaré” porque nasceu em Nazaré. Da mesma forma, o inesquecível jogador de futebol Mané Garrincha (1933 - 1983 ) era conhecido por “o homem de Pau Grande” porque havia nascido na cidade de Pau Grande, no estado do Rio de Janeiro.

A HOMOSSEXUALIDADE REVELADA‏



                               Eu sempre respeitei a homossexualidade dos outros. A preferência sexual é algo individual, exclusivo de uma pessoa, que só diz respeito a ela, e a ninguém mais. E todo mundo tem o direito de ser feliz.
Uma coisa, porém, me irrita. Fico com raiva quando um homossexual qualquer não assume publicamente a sua homossexualidade. Sei que assim age, às vezes, por vergonha da sociedade. Mas que se dane a sociedade! Ora, essa sociedade louca é a mesma que nega a milhões de cidadãos o pão que alimenta, o teto que agasalha. E ainda protege os corruptos privilegiados. Vê-se, pois, que essa sociedade não tem moral para criticar a homossexualidade de qualquer pessoa.
O homossexual, pois, deve sair do armário, assumindo a sua homossexualidade. Só assim conseguirá ser feliz. O exemplo mais recente foi o cantor porto-riquenho Ricky Martin. Belo e rico, envolveu-se com lindas mulheres, mas não era feliz porque a homossexualidade estava dentro dele. Ao assumi-la publicamente, entregou-se à felicidade. Hoje, realmente ele é um homem feliz.
Contar-lhe-ei agora, caro leitor, uma anedota bem gostosa acerca de um homem que relutava para não assumir publicamente a sua homossexualidade.
Paulo Ribeiro, com um enorme machucado no ânus, resolve ir ao médico. Antes, tentou, por si só, resolver o problema. Foi a farmácias, comprou alguns remédios, mas...nada! Quando o médico viu aquela ferida horrível, perguntou com ênfase:

--- Meu jovem, seja sincero comigo! Isso aí foi PINTO, não foi?

E o Paulo, rapidamente:

--- Que é isso, doutor! Eu não sou homossexual. Eu sou muito macho! Essa ferida no meu ânus foi causada por um pedaço de madeira. Quando eu fui me sentar no chão, não vi que havia um pedaço de madeira. Aí, não deu outra!

O médico, logicamente, não acreditou muito na conversa do Paulo. Resolveu então explicar-lhe algo.

--- Veja, meu rapaz! Eu tenho aqui 2 pomadas. Uma é para inflamação causada por PINTO, e a outra para inflamação causada por madeira. A escolha eu deixo com você. Porém, já vou logo avisando uma coisa: se essa inflamação foi causada por PINTO, e você usar a pomada própria para madeira, a sua morte será certa. E, aí, o que você me diz?

Paulo pensou em fração de segundos, dizendo:

--- Tá bom, doutor! EU VOU USAR A DE PINTO, MAS QUE FOI MADEIRA, FOI!