Eustáquio
Em mais uma obra fantástica
(O Mestre Inesquecível), editora Sextante, 2006, na página 55, o psiquiatra
Augusto Cury escreve:
“Antigamente, muitos
psiquiatras, inclusive eu, achavam que ter uma religião era um sinal de fragilidade
intelectual. Hoje, sabemos que pode ser sinal de grandeza intelectual,
emocional e espiritual.”
Augusto Cury diz que ter uma religião pode ser
sinal de grandeza intelectual. Essa afirmação só não é totalmente catastrófica
porque Cury diz que “pode ser”, e não “é” um sinal de grandeza intelectual. Em
oposição a Cury, trago aqui as palavras do Edson Martins, um internauta
brasileiro:
“Que me desculpem os que tem fé religiosa, mas os enxergo
como verdadeiros "débeis mentais"”
Ora, Augusto Cury
afirma que ter uma religião pode ser um sinal de grandeza intelectual. Edson
Martins diz o contrário: ter uma religião é um sinal de fragilidade
intelectual. Qual dos dois está certo? Sem dúvida alguma, o Edson Martins. E
vamos mostrar algumas provas.
A observação feita
pelo Edson não é coisa nova. Sigmund Freud (1856 – 1939), o Pai da Psicanálise,
judeu e ateu, há quase um século, já afirmava tal coisa. Em seu livro “O futuro de uma ilusão”, editora
Pallotti, 2010, na página 110, acerca da religião, ele diz:
“(...) ela contém um sistema de ilusões de desejo com recusa da
realidade como apenas encontramos isolado na amência, uma confusão alucinatória
radiante.”
Assim, o homem religioso vive uma ilusão, recusa-se a ver a realidade
e tem comportamento semelhante ao de uma pessoa com amência, demência. Veja que
essa afirmação de Freud está em consonância com a de Edson Martins. Edson
equipara o homem religioso a um débil mental, pessoa que não faz uso de sua
capacidade intelectual. Freud, também. E veja o que diz o doutor em teologia,
psicanalista e escritor Rubem Alves, em uma de suas palestras, referindo-se ao
filósofo alemão Friedrich Nietzsche:
Como você acabou de
ouvir, Nietzsche afirmava que a inteligência do homem religioso sofre uma
paralisação a partir do momento em que entra no terreno da religião, da crença
religiosa. O Augusto Cury, em seu livro, aborda a religião cristã, o
cristianismo. Estou analisando algumas passagens do último livro de Cury, e,
com este, são 62 vídeos. Ora, o cristianismo é mais uma religião irracional e
extremamente absurda. O próprio teólogo e ex-pastor protestante Rubem Alves fez
afirmação semelhante no livro “É uma pena não viver. Uma biografia de Rubem
Alves”, de Gonçalo Junior, editora Planeta, 2015, na página 163:
“Onde estava a minha
inteligência? Tenho vergonha de haver acreditado no que acreditei. (...) Joguei
minha vida inteira nas ideias doidas.”
Rubem Alves
reconhece que sua inteligência, sua capacidade intelectual, o abandonou a
partir do momento em que se tornou um cristão. Ele mesmo afirma que as ideias
cristãs são ideias doidas, completamente irracionais e notavelmente desumanas.
Ele se arrependeu amargamente de ter acreditado na religião. E assim um
universo de pessoas. O teólogo e pedagogo Fábio de Oliveira Lima, que possui um
canal muito bom no “You Tube” com o título “Fábio de Oliveira”, é outro
exemplo. Foi convidado por uma irmã de sangue a frequentar uma igreja
evangélica. Quem tem uma irmã assim, não precisa de inimigos. Permaneceu
durante 17 anos, acreditando na doutrina cristã. Isto é, Fábio perdeu sua
inteligência durante longos anos. Saiu da religião, recuperando sua capacidade
intelectual.
Na verdade, ter uma religião
é sinal de fraqueza intelectual, de ausência de raciocínio. Religião é mera
crendice, e nada mais. Quando uma pessoa busca uma religião, uma igreja
qualquer, não age conduzida pela inteligência, mas por sua fragilidade
emocional. Às vezes, está passando por um momento difícil, a perda de um ente
querido, uma doença terrível, problemas amorosos e financeiros. E aí, convidada
por outrem, passa a fazer parte do corpo de membros de uma organização
religiosa. É a fragilidade intelectual que conduz uma pessoa a uma determinada
religião, e não a inteligência.
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