segunda-feira, 14 de outubro de 2019

AUGUSTO CURY E OS DISCURSOS DE JESUS




                                                                                                              Eustáquio

                    Em meu vídeo de hoje intitulado “Jesus ou Freud?”, fiz um pequeno estudo sobre a afirmação do psiquiatra Augusto Cury, no sentido de que ele crê que o Jesus dos evangelhos foi o maior educador do mundo, maior até que o médico neurologista judeu e ateu Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise.
                    Trago agora mais uma afirmação de Cury, em seu livro “O Mestre Inesquecível”, editora Sextante, 2006, página 20:



                   “A inteligência de Jesus era assombrosa. Falava com os olhos e com as palavras, e ninguém resistia ao fascínio dos seus discursos.”



                    No vídeo anterior, deixei claro que você, que está assistindo a esse vídeo nesse momento, deve ter muito cuidado com o que lê e com o que simplesmente vê. Existe um cérebro em sua cabeça, e ele está lá não para separar as orelhas, mas para que você pense, raciocine, analise. Augusto Cury afirma duas coisas: a primeira:

             A inteligência de Jesus era assombrosa!

       
             A segunda:


          Ninguém resistia ao fascínio dos seus discursos.



          E Cury se apoia nos 4 evangelhos do Novo testamento. Ele andou lendo esses evangelhos e chegou à conclusão acima. Muito bem! Então, só me resta recorrer também a esses evangelhos, não é mesmo? Pego, de início, a segunda afirmação do Cury:


          “NINGUÉM RESISTIA AO FASCÍNIO DOS SEUS DISCURSOS”


            Cury diz que ninguém resistia ao fascínio dos discursos de Jesus. Um dos grandes problemas do Cury é que ele generaliza a tudo: “ninguém”, “o maior psicólogo do mundo”, “o maior educador do mundo”, “o maior vendedor do mundo” etc. Sobre esse problema do Cury, o ateu Kennedy Litaiff, que possui um canal fantástico no “You Tube” com o título “O Mago do Realismo”, fez um comentário naquele vídeo meu com o seguinte teor:



            Augusto Cury usa de superlativos para impressionar, inferir e massificar uma ideia religiosa arcaica e analfabeta a uma plateia gigantesca de carentes de conhecimento.



            Bela e verdadeira a afirmação do mago, não é mesmo? Cury diz que ninguém resistia ao fascínio dos discurso de Jesus. Então, que venham os evangelhos. No evangelho de Mateus, capítulo 22, versículos 23 a 33, os saduceus se encontram com Jesus. Aqueles diziam que não existe ressurreição, espíritos e anjinhos. Já Jesus acreditava piamente nessas fantasias. Como se vê facilmente, os saduceus resistiam aos discursos de Jesus. Percebeu o erro da afirmação de Augusto Cury? Ele afirmou que ninguém resistia, mas olhe aqui os saduceus resistindo. E, como já mostrei, os saduceus colocaram Jesus numa sinuca de bico, sem saída.
                No mesmo evangelho de Mateus, capítulo 26, versículo 4, está escrito:



              “E deliberaram prender Jesus à traição, e matá-lo”



               Nessa passagem, os principais sacerdotes e os anciãos se reuniram no palácio do sumo sacerdote Caifás a fim de prender e matar a Jesus. É fácil ver que eles resistiam aos discursos de Jesus. Viu aí o erro do Cury? Veja que os sacerdotes e os anciãos queriam matar a Jesus, e, não, dar um beijo nele. Ainda no evangelho de Mateus, capítulo 27, versículo 25, está escrito:



            “E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos.”



            Nessa passagem lendária sobre a crucificação de Jesus, o povo em geral exigiu que ele fosse executado. Logo, uma multidão resistia aos discursos de Jesus. Percebeu o equívoco do Cury? No evangelho de João, capítulo 6, versículo 66, está registrado:



           “À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.”



           Na passagem acima, vários discípulos de Jesus o abandonaram justamente por causa de seus discursos. Nesse capítulo, Jesus pregava sobre comer sua carne e beber seu sangue. Ao ouvirem esse discurso, muitas pessoas o abandonaram e não andaram mais com ele. Viu como o Augusto Cury se equivocou? Esses aí resistiram aos discursos de Jesus. Não os aceitaram. No mesmo evangelho de João, capítulo 7, versículo 5, está escrito:



           “Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele.”



           Nessa passagem bíblica, a própria família de Jesus não acreditava em seus discursos, resistiam a eles. E nem os 12 discípulos de Jesus deram crédito aos seus discursos. Um deles, Judas Iscariotes, o traiu. E os outros 11 abandonaram a Jesus completamente. Jesus pregava a eles que iria ressuscitar num domingo. Nenhum dos 11 machos foram ao túmulo no domingo para ver a ressurreição de Jesus. Não foram por quê? Porque obviamente não acreditavam nesse discurso. Viu aí o erro do Augusto Cury?
               No próximo vídeo, analisarei um pouco a inteligência de Jesus. Cury afirma que a inteligência de Jesus era assombrosa! E bote assombrosa nisso!

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