quarta-feira, 10 de abril de 2019

O ATEU KENNEDY LITAIFF E O DEUS DE GILBERTO SANTOS





Eustáquio

   

                 Hoje, terça-feira, dia 10 de abril de 2019, Kennedy Litaiff, em seu canal no You Tube intitulado “ o mago do realismo” tornou público mais um vídeo com o título “ O Mago X Teólogo --- A visão natural é mais bela e racional”. Nesse curto vídeo (com duração de 4 minutos e 44 segundos) Kennedy mostra trechos de uma discussão sadia travada há dois ou três anos com o fundamentalista cristão Gilberto Santos. No início do vídeo, Kennedy lê o questionamento feito por Gilberto. O teólogo pede ao Kennedy que, pelo menos hipoteticamente, trabalhe com a existência do Deus em que ele acredita. E, em resposta, Kennedy diz que isso é impossível, e apresenta suas razões.
                   Neste artigo, mostro as minhas razões. Em primeiro lugar, é fundamental saber qual é o deus adorado por Gilberto Santos. Existem hoje, no planeta Terra, e somente no planeta Terra, mais de dois mil deuses. Logo, é preciso saber qual é o deus de Gilberto Santos. E a resposta é muito fácil: o Deus de Gilberto Santos é o Deus da Bíblia cristã, o mesmo Deus de Abraão, Moisés, Josué, Davi e outros. O mesmo Deus que chegou ao Brasil em abril de 1500, trazido pelos portugueses. Dessa forma, Gilberto Santos pede ao Kennedy que, pelo menos hipoteticamente, trabalhe com a existência desse Deus. E o Kennedy, que faz uso da razão e do conhecimento, afirmou categoricamente que isso é impossível. E tem toda razão!
                O Gilberto Santos age assim porque é um cristão evangélico fundamentalista. Não faz, obviamente, uso da razão, do raciocínio, do conhecimento, da análise etc. Ele está totalmente mergulhado na crença religiosa que impede que seus portadores consigam ver a realidade. Na verdade, Gilberto Santos, talvez sem perceber, segue à risca o conselho do lunático cristão protestante Martinho Lutero (1483 – 1546) que deixou gravado:



               “ A razão é a cortesã do Diabo. Deveria ser destruída em todos os cristãos. Ela é o maior inimigo da fé.”



             Por isso mesmo, Gilberto Santos não trabalha com a razão, com a racionalidade. Gilberto ainda não conseguiu entender que os deuses são uma criação do homem. E o Deus em que ele acredita é a maior prova dessa verdade. Como afirmei acima, o Deus de Gilberto é o Deus da Bíblia. E o Deus da Bíblia é uma criação do povo hebreu. É um Deus que tem a cara do povo hebreu porque o homem cria deuses conforme sua cultura. Cada povo cria seus deuses conforme o formato de sua cultura, e foi assim com o homem das cavernas, da Idade da Pedra Lascada, com o homem egípcio, fenício, hitita, filisteu, grego, maia, inca, asteca, hindu etc. E, da mesma forma, com o homem hebreu. Como se estuda aqui o Deus de Gilberto Santos, então se estuda o Deus que está na Bíblia cristã, de Gênesis ao Apocalipse. E a própria Bíblia prova que o Deus hebreu é uma criação do próprio povo hebreu. O Deus hebreu, que é o mesmo Deus de Gilberto Santos, absorveu todas as características de seu povo. O povo hebreu era um povo nômade, ou seja, que vivia de lugar em lugar. Ao criar seu Deus, tornou-o também nômade. O povo hebreu vivia, como os demais povos daquela época, em conflitos e guerras. Ao criar seu Deus, transportou para ele essa característica, e o Deus passou a ser guerreiro. E assim por diante. É fácil entender que o homem cria deuses e que eles assumem as feições do povo que os cria.
                 Sempre tenho dito que a Bíblia cristã é o melhor livro de ateísmo do mundo ocidental. Por quê? Porque cada capítulo e cada versículo mostram as características do povo hebreu no próprio Deus criado. Todos os atrasos do povo hebreu estão no Deus criado. Mostrarei apenas alguns porque seriam necessários livros inúmeros para mostrar um a um. No livro de Gênesis, o primeiro da Bíblia, os exemplos logo são quase infinitos. Veja a lenda ingênua do Dilúvio. O Deus hebreu resolve destruir sua própria criação com água, e isso porque o homem pecou. Deus, então, por causa da ação do homem, decide destruir tudo: o próprio homem, plantas, milhões de animais irracionais etc. Só que Deus volta atrás, e resolve novamente manter o homem na Terra, salvando a família de Noé. O Kennedy Litaiff, que é uma pessoa que faz uso da razão, diferentemente do Gilberto Santos, vê rapidamente que essa lenda é muito ingênua e repleta de maluquices. Como é que o Gilberto Santos é capaz de ver uma entidade “espiritual” inteligente e bondosa, cometendo essas ingenuidades e barbaridades? Como é possível que o Gilberto Santos não perceba que esse Deus foi criado pelo povo hebreu que injetou nele suas ingenuidades? Imagine uma entidade “espiritual” inteligente que resolve destruir o mundo por causa do comportamento humano! Além do mais, resolve matar por afogamento milhões de seres humanos e animais irracionais. Como é que o Gilberto Santos é capaz de acreditar numa maluquice dessa? Mas ele acredita porque não faz uso da razão. Na lenda, o Deus hebreu resolve matar por afogamento milhões de seres humanos e de animais irracionais (que não pecam) porque, como foi criado pelo povo hebreu, herdou as visões defeituosas desse povo. A visão de justiça do povo hebreu era extremamente defeituosa. Se um pai hebreu, por exemplo, cometia uma infração, seus dependentes inocentes também sofriam punições. É por isso que, nas lendas, o Deus hebreu desce o cacete sobre pecadores e inocentes, e até punindo os pobres animais irracionais. Na verdade, deus algum existe! Nos relatos bíblicos, não há entidade “espiritual” alguma, muito menos bondosa e inteligente. Em toda a narrativa bíblica, é comum o Deus hebreu praticar uma série de barbaridades próprias de um povo arcaico. Na verdade, é o povo hebreu na figura desse Deus. É o povo hebreu que, por exemplo, diante de doenças que infestavam as aldeias, as atribuíam ao Deus. Eles entendiam assim: se uma aldeia está tranquila, sem doenças e inimigos, isso ocorre porque o Deus hebreu está feliz com a gente. Se uma doença ou praga invade a aldeia, matando idosos e crianças, ou a aldeia é dominada por outros povos, eles entendiam que o Deus hebreu permitia tudo isso porque o povo era pecador. Ou seja, uma ignorância de época que deixa qualquer pessoa paralisada, só que o Gilberto Santos não vê nada disso. O Gilberto Santos, coitado, pensa que o Deus dos hebreus também é o dele. Ora, os hebreus criaram um deus só para eles. Era o Deus dos hebreus, e de ninguém mais. E, nos relatos lendários, o próprio Deus só adorava seu povo. Tanto é verdade que, para diferenciar seu próprio povo, exigiu a circuncisão nos homens. Cada menino hebreu com 8 dias de vida deveria ter seu prepúcio cortado. Somente meninos hebreus! Era, repito, o Deus dos hebreus. Para os hebreus! Veja o absurdo: uma entidade “espiritual” muito evoluída determina um ato terrível, como o é a circuncisão. E o Gilberto Santos acredita nessa aberração. A prática da circuncisão é mais uma prova de que o Deus criado pelos hebreus tem a mesma mentalidade do povo hebreu da época. Um povo atrasado criando uma entidade atrasada, com sua mesma visão errônea de mundo.
               Mais um exemplo: no mundo da Bíblia, eram frequentes sacrifícios, holocaustos, escravidão, inferioridade da mulher, intolerância etc., e tudo isso sob as ordens do Deus hebreu. Na verdade, deus algum existe, e deus algum está por trás dos textos bíblicos. Esses atrasos bíblicos imputados a essa entidade são, na verdade, as visões errôneas dos homens hebreus que os escreveram. É fácil ver que tudo aquilo atribuído a uma entidade nos textos bíblicos não passa da visão míope de quem escreveu. O homem hebreu era tão ignorante que sacrificava ao seu Deus animais e seres humanos. Sim, seres humanos eram sacrificados por muitos hebreus. Tudo isso devidamente registrado na Bíblia. Sacrificar animais e seres humanos aos deuses é mais uma aberração do homem religioso. Colocaram essa maluquice na cabeça do Gilberto Santos desde quando ele estava no berço. Quando um hebreu sacrificava um animal, ele entendia que seu Deus estava muito feliz porque adorava sentir o cheiro de gordura. Imagine que entidade “espiritual” atrasada essa! Como é que o Gilberto Santos consegue acreditar numa entidade dessa qualidade? E mais: como é que o Gilberto Santos ainda tem a coragem de pedir ao Kennedy Litaiff para, pelo menos hipoteticamente, trabalhar com a existência do Deus bíblico?
                Como? Como? Como? Como? Como?



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