Eustáquio
Quando alguém resolve
fazer um estudo sobre o fenômeno religioso, é indispensável ficar atento à
afirmação do lunático cristão protestante Martinho Lutero (1483 – 1546):
““A razão é a cortesã do Diabo. Deveria ser destruída em
todos os cristãos. Ela é o maior inimigo da Fé.”
O próprio
Lutero pregava a separação definitiva da fé religiosa e a razão. Segundo ele,
os cristãos devem abandonar definitivamente a razão, a racionalidade porque ela
é a sua maior inimiga. Isso explica a visão completamente errônea dos cristãos
em relação à própria Bíblia. Por não fazerem uso da razão, os cristãos pregam
que a Bíblia é a palavra de Deus, um manual de bons costumes, que deve ser
seguido à risca.
Thomas Paine (1737 – 1809)
nasceu na Inglaterra, indo depois morar nos EUA, onde morreu. Foi um político
britânico, intelectual, escritor, inventor e um dos fundadores dos EUA. Homem
inteligentíssimo, que estava muito à frente de seu tempo. Já naquela época, ele
criticava ferozmente a aristocracia, a monarquia, a escravidão, o racismo, a superstição
e a religião. No livro “O mundo assombrado pelos demônios”, de Carl Sagan (1934
– 1996), editora Companhia das Letras, 1997, na página 258, há mais uma
referência a uma afirmação de Thomas Paine:
“Sempre que lemos as histórias
obscenas, as orgias voluptuosas, as execuções cruéis e torturantes, o espírito
inexorável de vingança que impregnam mais da metade da Bíblia, seria mais
coerente dizer que ela é a palavra de um demônio do que a palavra de Deus. Ela
(...) tem servido para corromper e brutalizar a humanidade.”
Que visão real e brilhante, não é mesmo? A Bíblia é, na verdade, um
conjunto de livros que nos traz um mundo muito antigo e reduzido a uma
civilização, a hebraica. Por isso mesmo, jamais deve servir como modelo de
moral, de bons costumes. De Gênesis ao Apocalipse, ela levanta a bandeira a
favor da escravidão, da inferioridade da mulher, do preconceito, da
intolerância, da vingança etc. No final de sua afirmação, Thomas Paine diz que
a Bíblia “tem servido para corromper e brutalizar a humanidade.” Por que razão
ele diz isso? Ora, em razão das ações violentas praticadas por cristãos ao
longo da existência do cristianismo. Já que era um especialista também em
História, Paine sabia que, para justificar atos horrendos, cristãos recorriam a
passagens bíblicas. Como exemplo, a caça às “bruxas” em que mulheres eram
perseguidas e queimadas em fogueiras “santas”, com os cristãos recorrendo à
Bíblia, em Êxodo, capítulo 22, versículo 18:
“A feiticeira não deixarás viver.”
Que
mundo injusto e atrasado! Acreditar em “bruxas”, em “feiticeiras”! E, pior
ainda: condená-las à morte! Uma aberração bíblica que atualmente, no Brasil,
por exemplo, não vinga.
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