Eustáquio
Fernanda Soares Diaz fez um
comentário no vídeo “o Mago x Teólogo – A
visão natural é mais bela e racional” publicado no canal “O mago do realismo” de Kennedy Litaiff, no
dia 10 de abril deste ano (2019), com o seguinte conteúdo:
“ Seus
videos sao de ultilidade publica. Sou muito grata a todos vcs que, me fizeram
despertar pra vida real e pra realidade. Minha ficha caiu gracas a voces que
abriram meus olhos, e tiraram a venda posta pela inutil religiao judaica. Alias
hoje em dia eu nao quero mais saber de "deus" nenhum me enchendo rsrs
nao preciso ser escrava de nenhum deles”
Nesse curto
comentário, o desabafo de Fernanda Soares em forma de agradecimento. Diz ela
que os vídeos do ateu Kennedy Litaiff são de utilidade pública. Que a fizeram
sair do mundo da ilusão religiosa para entrar na realidade. Que retiraram a
venda posta sobre seus olhos pela inútil religião judaica. E, no final, afirma
que hoje se sente livre, sem ameaça alguma por parte de qualquer deus.
Em meu canal no You Tube, tenho o prazer também de ler
inúmeros comentários de internautas com o mesmo teor do comentário de Fernanda.
Um universo de pessoas deixa registrada sua decepção religiosa, lamentando-se
hoje por ter algum dia acreditado naquelas tolices. A alegria estampada por
Fernanda, ao abandonar sua crença religiosa, é a mesma alegria demonstrada por
Rubem Alves (1933 – 2014). Rubem Alves foi escritor, psicanalista, professor
universitário, filósofo, teólogo e pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil. Acreditava
piamente na Bíblia, no cristianismo. Formou-se em teologia em Campinas, São
Paulo, no dia 30 de novembro de 1957, eu estava com apenas 1 ano de idade. E
começou a exercer a profissão de pastor, se é que podemos chamar isso de
profissão. Muito tempo depois, foi aos Estados Unidos da América, onde fez
doutorado em teologia. Ele, pois, vivia uma ilusão religiosa, mas ainda não
havia percebido. Até que, num belo dia, a casa caiu. No livro “É uma pena não viver – Uma biografia de
Rubem Alves”, de autoria de Gonçalo Junior, editora Planeta, 2015, na
página 163, Rubem desabafa:
“Onde estava a minha
inteligência? Tenho vergonha de haver acreditado no que acreditei. Mais que
vergonha, o que eu sinto é raiva de mim mesmo.”
O próprio Rubem Alves, doutor em teologia, se
espantou diante do fato de ter aceitado durante longos anos de sua vida a
doutrina cristã. Na página 395 do livro supracitado, ele diz:
“Minha cabeça foi deformada
pelo cristianismo que toda criança tem, dentro de si, por nascimento, uma cobra
venenosa enrolada, pronta a dar o bote.”
Rubem Alves, por ser brasileiro, recebeu desde
o berço lições da religião dominante, o cristianismo. E esse processo é muito
forte. Aquilo que entra na cabeça de uma criança, desde a tenra idade, é muito
difícil de sair. Embalado pela crença cristã, sonhava em ser pastor. Fez
teologia e se tornou pastor. Depois, foi aos EUA para aperfeiçoar seus estudos
em teologia, e chegou ao doutorado. Só que, depois, teve um encontro
maravilhoso com a razão, e abandonou sua crença cristã. E veio o lamento: onde
ele estava com sua cabeça, com sua inteligência, durante os longos anos de sua
vida no cristianismo? Não conseguia entender como aceitou as absurdas doutrinas
cristãs.
Na mesma linha, a Fernanda
Soares Diaz. Talvez ela não tenha se formado em teologia, talvez não tenha sido
pastora. Porém, tem uma coisa em comum com o inesquecível Rubem Alves: ambos se
arrependeram amargamente de terem tido uma ilusão religiosa.
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