Eustáquio
Caro
leitor,
Sigmund Freud (1856 – 1939), o
Pai da Psicanálise, judeu e ateu, em seu livro “O futuro de uma ilusão”, editora Pallotti, 2010, na página 110, em
relação à religião, entre outras coisas, diz:
“(...) ela contém um sistema
de ilusões de desejo com recusa da realidade como apenas encontramos isolado na
amência, uma confusão alucinatória radiante.”
Freud,
com toda razão, afirmou que o homem religioso vive uma ilusão que o impede de
ver a realidade que o cerca. Está mergulhado numa confusão alucinatória
fortíssima. E compara o homem religioso a uma pessoa em estado de amência,
demência.
O internauta Edson Martins, depois de assistir ao vídeo “Tópicos
racionais – O infantilismo do homem”, publicado no dia 26 de julho do corrente ano
(2019), no canal “O Mago do Realismo”, de
Kennedy Litaiff, escreveu o seguinte:
“Vida após a morte é a frase mais idiota já
propagada. Vida é oposto de morte; ou se está vivo ou se está morto”
Edson Martins realmente é uma pessoa dotada de
inteligência ímpar! Sua marca característica é a elaboração de frases curtas
dotadas de uma racionalidade rara. Se hoje houvesse 7 bilhões de Edson Martins
no planeta Terra, não teríamos seitas, religiões, deuses, anjinhos, demônios,
inferno, céu, purgatório, vida após a morte etc. Com acerto, ele diz que a
frase ‘vida após a morte” é a afirmação mais idiota que já foi
propagada. E esclarece que “vida é
oposto de morte; ou se está vivo ou se está morto”.
Com razão, o Edson Martins! O
binômio “vida – morte” aparece também com outra roupagem nos termos “luz –
escuridão”, “bela – feia” etc. Quem está vivo, obviamente, não está morto. Quem
está morto, não está vivo. Da mesma forma, uma mulher fisicamente bela não é
fisicamente feia. E uma mulher fisicamente feia não é fisicamente bela. Na
mesma linha, se, num determinado lugar, existe luz, obviamente, a escuridão
está ausente. E, se existe escuridão, a luz não está ali. Assim, vida e morte,
luz e escuridão, bela e feia são elementos que se anulam, que se excluem. Onde
um está, o outro se encontra ausente.
Por ser um animal parcialmente
racional, o homem é apaixonado por ilusões, alucinações, fantasias. O homem
olha para si, ama a vida, sua existência, e sonha ser eterno. Quer viver mais
ainda, de preferência, ao lado de sua família. E aí cria a vida após a morte. Cria
a vida “espiritual”. E a vida “espiritual”, como é um produto da imaginação
humana, apresenta várias nuances de acordo com a cultura de cada segmento da
sociedade. Por exemplo, a vida após a morte imaginada por um homem de uma
aldeia africana não é a mesma vida após a morte imaginada por um homem
brasileiro. Como as culturas são muito diferentes, diferentes também são as
visões acerca da vida após a morte. Trago aqui um exemplo nitidamente
brasileiro. O jornalista esportivo da Rede Bandeirantes de Televisão Mílton
Neves, quando se refere a algum jogador de futebol que já faleceu, diz assim:
“Ele deve tá jogando um bolão lá,
no céu”
Ou seja, Mílton Neves, em sua
fantasia religiosa, transfere elementos de sua cultura para o imaginário céu. Bola
e jogador de futebol são elementos da cultura brasileira. É por isso que Mílton
Neves cria um céu, colocando nele aquilo que é próprio de sua cultura. Já o céu
imaginado por um homem de uma aldeia africana será totalmente diferente. Já que
bola e jogador de futebol não existem em certas culturas africanas, obviamente
não existirão no céu imaginado por um nativo africano. Em vez de bola e jogador
de futebol, um céu lotado de arcos e flechas. Ou seja, cada céu será desenhado
em conformidade com a cultura de cada sociedade, de cada agrupamento social. Na
verdade, céu algum existe como morada, muito menos com bolas, jogadores, arcos
e flechas, deuses, anjinhos, trombetas, saxofones, telefones etc.
Com razão, Edson
Martins!!!!!!!!!
Grande Eustáquio!
ResponderExcluirÉ uma honra para mim ser citado em um artigo seu,meu amigo.
Quisera eu , Eustáquio, ter apenas 20% de foda sua sabedoria.kkkk
Abraço
PS: Se puder,me avise por email quando postar novos artigos. Adoro le-los!
Muito obrigado, UNKNOWN!
ExcluirNão sou mais sábio que você!
Desculpe pelo erro de digitação, fui traído pelo corretor. Kkkkkkkk
ResponderExcluirAbraço.