Eustáquio
Caro
leitor,
Sigmund Freud (1856 – 1939), o Pai da Psicanálise, judeu e ateu, em seu
livro “O futuro de uma ilusão”,
editora Pallotti, 2010, na página 110, em relação à religião, entre outras
coisas, diz:
“(...) ela contém um sistema de ilusões de
desejo com recusa da realidade como apenas encontramos isolado na amência, uma
confusão alucinatória radiante.”
Freud,
com toda razão, afirmou que o homem religioso vive uma ilusão que o impede de
ver a realidade que o cerca. Está mergulhado numa confusão alucinatória
fortíssima. E compara o homem religioso a uma pessoa em estado de amência,
demência. Para comprovar essa verdade freudiana, trago mais um exemplo ocorrido
no Brasil, no século atual.
Semana passada, o internauta Edson Martins, após ler um artigo meu sobre
o padre Marcelo Rossi, fez o seguinte comentário:
“O padre Marcelo Rossi chega a ganhar de pastores
evangélicos em matéria de falar bobagens. Klklkkk Um cara carismático, boa
gente, mas completamente infantil. Um cachorro mordeu a cara dele, quase lhe
arranca os olhos e mesmo assim ele disse que foi Maria que lhe salvou. Kkkk Ele
tem problemas mentais, com certeza! Mas para a nossa sociedade ele é normal,
funcional! Abraço!”
Para ser sincero, eu, Eustáquio, não tinha conhecimento desse fato, ou
seja, de que um cachorro qualquer havia atacado o rosto do padre Marcelo Rossi.
Após ler o comentário do Edson, procurei no “Google” a matéria e encontrei
facilmente o vídeo em que o próprio padre, com o olho direito coberto com
gases, se manifesta sobre o caso. E o padre Marcelo ainda diz que escapou com
vida porque olhou para os céus, recebendo a ajuda de Nossa Senhora. Percebeu,
caro leitor, que o testemunho do padre Marcelo Rossi, com todo respeito, se
encaixa certinho na afirmação de Sigmund Freud?
O Edson Martins, apesar de dizer
que o padre é gente boa, afirma também que ele deve ter problemas mentais. O
Edson sabe muito bem que o padre não tem, na pura acepção da palavra, problemas
mentais, mas que age como se fosse portador de uma deficiência mental. E aqui
entra o Freud quando afirmou que o homem religioso tem um comportamento
semelhante ao de uma pessoa que vive em estado de demência. Uma confusão
alucinatória assombrosa!!!
A afirmação do padre Marcelo é
completamente ingênua e irracional. Quando o padre diz que Nossa Senhora o
salvou, sem perceber, está afirmando que ele é uma pessoa especialíssima. Ora,
aqui mesmo, no Brasil, diariamente, inúmeras pessoas sofrem ataques de cães
ferozes e vão a óbito. As principais vítimas desses cães são criancinhas e
idosos. Imagine uma criancinha sob ataque de um cão pitbull ou rottweiler,
dilacerando suas carnes e levando-a à morte. Nesse momento de desespero, a
criancinha não tem ajuda nem de Nossa Senhora, nem de São Benedito, nem de
Deus, nem de Jesus. Ou seja, não aparece uma “entidade” sequer para socorrer a
pobre criança. Essas “entidades” só aparecem para defender o padre Marcelo. Percebeu,
leitor, como o padre Marcelo, sem perceber, se considera uma pessoa
especialíssima? Ora, eu, Eustáquio, se visse um cão feroz atacando uma
criancinha, com certeza, partiria para cima dele com pau, pedra ou qualquer
outro instrumento. Jamais deixaria que o cão continuasse a morder a criancinha.
Jamais! Já a “entidade” invocada pelo padre Marcelo, diante do ataque de um cão
a uma criancinha, nada faz para evitar a morte daquele ser inocente. Que
absurdo!
Por que o padre Marcelo Rossi
invocou Nossa Senhora? Ora, apenas porque ela faz parte de sua ilusão
religiosa. Se o padre não fosse católico, mas evangélico, jamais iria invocar
Nossa Senhora. Por quê? Ora, porque Nossa Senhora não tem força alguma nas
igrejas evangélicas. E se o padre não fosse católico, mas um budista, pior
ainda. É fácil ver que cada religioso invoca os deuses ou semideuses de sua
cultura religiosa, e nada mais.
Na verdade, deus algum existe,
Nossa Senhora alguma existe! Deus algum evita ataques de cães. Nossa Senhora
alguma, também. O padre Marcelo, após o ataque do cão, ficou ferido. Um
universo de pessoas mordidas por cães também ficam feridas ou morrem. Os
resultados dependem da dinâmica dos ataques, e não da interferência de “entidades
espirituais” completamente sem juízo. Eu, Eustáquio, há muitos anos em Sobral,
no Ceará, minha terra natal, sofri um ataque de um cão chamado Mazola. Eu
estava com 19 anos de idade aproximadamente. O cão correu em minha direção,
bastante feroz, e eu corri também. Um muro me salvou. Subi rapidamente, quase
que o cão morde meu pé direito. Diferentemente do padre Marcelo, saí sem um
arranhão sequer. O que me salvou? Um muro, e nada mais! O muro existe, e salva
muita gente!
Grande Eustáquio!
ResponderExcluirMais um belo artigo!
Com razão, você diz que eu sei que o padre Marcelo Rossi não é um débil mental, mas age como se fosse devido a sua carga religiosa. Klklkkk
Abraço.
Verdade, UNKNOWN!
ResponderExcluir