Eustáquio
Caro leitor,
Na foto abaixo, o inesquecível
professor Raimundo, personagem criada pelo melhor humorista do mundo, o
cearense de Maranguape Chico Anysio (1931 – 2012).
A revista ISTOÉ desta semana, dia 3 de
julho do fluente ano (2019), nas páginas 32 a 36, traz uma entrevista com o
ex-ministro Gustavo Bebianno, que foi o primeiro ministro a ser exonerado pelo
presidente Jair Bolsonaro. A matéria é de autoria dos jornalistas Carlos José
Marques e Germano Oliveira. Na página 33, no primeiro parágrafo, um erro de
acentuação gráfica. Assim está escrito:
“(...) O pára-raios que matava no peito
todas as bombas que cairiam no colo do presidente...”
Os dois jornalistas da revista estão
afirmando que o Gustavo Bebianno era a pessoa de maior confiança de Bolsonaro e
que o defendia com unhas e dentes, mas, mesmo assim, acabou levando uma
punhalada pelas costas. Sim, mas estou aqui para mostrar um erro de acentuação
gráfica.
No texto, está escrito “PÁRA-RAIOS”,
com acento gráfico agudo sobre a vogal “A” da palavra “PÁRA”. Esse acento não
existe mais, foi revogado pela recente reforma ortográfica da língua portuguesa.
Era o chamado “acento diferencial”, que se usava para distinguir palavras com a
mesma escrita, mas com significados diferentes. Veja, leitor, os exemplos:
Antes da reforma, o verbo “PÁRA” levava
o acento gráfico para diferenciar da preposição “PARA”, sem acento. Da mesma
forma, o substantivo “PÊLO” levava acento gráfico para diferenciar da
preposição “PELO”, sem acento. Atualmente, não existem mais esses acentos em
palavras paroxítonas. Então, PARA (verbo) e PARA (preposição), sem acento
gráfico.
Daí o erro na matéria da revista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário