sábado, 6 de julho de 2019

A REVISTA “ISTOÉ” E O ERRO DE ACENTUAÇÃO




Eustáquio


Caro leitor,


Na foto abaixo, o inesquecível professor Raimundo, personagem criada pelo melhor humorista do mundo, o cearense de Maranguape Chico Anysio (1931 – 2012).
A revista ISTOÉ desta semana, dia 3 de julho do fluente ano (2019), nas páginas 32 a 36, traz uma entrevista com o ex-ministro Gustavo Bebianno, que foi o primeiro ministro a ser exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro. A matéria é de autoria dos jornalistas Carlos José Marques e Germano Oliveira. Na página 33, no primeiro parágrafo, um erro de acentuação gráfica. Assim está escrito:



“(...) O pára-raios que matava no peito todas as bombas que cairiam no colo do presidente...”



Os dois jornalistas da revista estão afirmando que o Gustavo Bebianno era a pessoa de maior confiança de Bolsonaro e que o defendia com unhas e dentes, mas, mesmo assim, acabou levando uma punhalada pelas costas. Sim, mas estou aqui para mostrar um erro de acentuação gráfica.
No texto, está escrito “PÁRA-RAIOS”, com acento gráfico agudo sobre a vogal “A” da palavra “PÁRA”. Esse acento não existe mais, foi revogado pela recente reforma ortográfica da língua portuguesa. Era o chamado “acento diferencial”, que se usava para distinguir palavras com a mesma escrita, mas com significados diferentes. Veja, leitor, os exemplos:
Antes da reforma, o verbo “PÁRA” levava o acento gráfico para diferenciar da preposição “PARA”, sem acento. Da mesma forma, o substantivo “PÊLO” levava acento gráfico para diferenciar da preposição “PELO”, sem acento. Atualmente, não existem mais esses acentos em palavras paroxítonas. Então, PARA (verbo) e PARA (preposição), sem acento gráfico.
Daí o erro na matéria da revista.

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