sexta-feira, 19 de julho de 2019

A REVISTA “ISTOÉ” E O ERRO DE CONCORDÂNCIA VERBAL




Eustáquio

                   
             A revista ISTOÉ desta semana, datada de 17 de julho do fluente ano (2019), na página 37, traz uma reportagem com o título “O DONO DOS TRIBUNAIS”, de autoria do jornalista Antonio Carlos Prado. O título da matéria se explica em razão das futuras inúmeras aposentadorias de membros do alto escalão do Poder Judiciário, cujas vagas serão preenchidas pela escolha do presidente Jair Bolsonaro. 
             Muito bem! No final do primeiro parágrafo da reportagem, está escrito:



            “(...) Some-se ao STF, no entanto, as demais instâncias julgadoras, superiores e inferiores.”



             No texto acima, há um erro de língua portuguesa, de concordância verbal, no emprego da partícula apassivadora “SE”. O erro se localiza na expressão “SOME-SE”. O verbo está no singular, daí o erro. O correto seria “SOMEM-SE”, no plural.
             O “SE”, no texto, é partícula apassivadora. Está colada ao verbo “Somar”, transitivo direito. Sendo assim, o verbo concorda com o sujeito. Se o sujeito está no singular, verbo no singular. Se o sujeito está no plural, verbo no plural. No texto acima, o sujeito está no plural (as demais instâncias julgadoras, superiores e inferiores), mas o verbo ficou no singular (Some-se). Percebeu, caro leitor, o erro? Veja mais exemplos corretos com a partícula apassivadora “SE”:

a)  Vende-se casa (sujeito singular, verbo singular);
b)  Vendem-se casas (sujeito plural, verbo plural);
c)  Some-se a instância julgadora;
d)  Somem-se as instâncias julgadoras.

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