quarta-feira, 15 de maio de 2019

O EX-PASTOR RONIN E A DEMÊNCIA RELIGIOSA (6º artigo)



Eustáquio

             

                      Caro Ronin,


                Este é o 6º artigo de uma pequena série em que analiso os principais trechos de seu brilhante comentário exposto sábado passado, dia 11 de maio do corrente ano (2019), em meu vídeo “Jair Bolsonaro e Jesus ‘Cristo’”. Seu comentário, na íntegra, está lá, no primeiro artigo. Neste artigo, continuo a abordar sua afirmação exposta no início de seu comentário, e também a afirmação do psiquiatra e psicanalista brasileiro Augusto Cury em seu livro já citado. Você, Ronin, assim escreve:


              Eu tenho um livro aqui que fala de Freud. Um livro cristão. Eles tentam pegá-lo em contradição.”


                  Já o psiquiatra Augusto Cury escreve assim:


                 “(...) Creio que Jesus foi o maior educador do mundo, maior ainda do que Freud.”


                  Afirmei no artigo nº 4 que jamais iria comparar Sigmund Freud com o Jesus do Novo Testamento.Todavia, em razão da afirmação infantil do psiquiatra Augusto Cury que diz acreditar que “Jesus foi o maior educador do mundo, maior ainda do que Freud, é que passei a compará-los. Até o presente momento, o placar está assim: Freud 2  X  0  Jesus. Coloquei em análise dois pontos iniciais:


1º) a certeza da existência histórica;
2º) a farta produção de livros.


                Como se sabe, ninguém coloca em dúvida a existência histórica de Sigmund Freud. Portanto, 1 ponto para ele. E é do conhecimento de todos que Freud escreveu muito, livros e ensaios. Já o judeu Jesus era analfabeto, não sabia escrever, mas lia. É consenso entre os estudiosos da Bíblia que não existe uma palavra sequer escrita por Jesus, imagine livros e ensaios. Portanto, mais 1 ponto para Freud. Colocarei agora em análise mais um ponto: a inteligência. Faço a seguinte pergunta:


               Qual dos dois, Freud ou Jesus, era o mais inteligente?


               Repito, caro Ronin: é até um absurdo fazer tamanha comparação ante a diferença gritante de Freud em relação a Jesus. Mas fui obrigado a isso por causa da maluquice do psiquiatra Augusto Cury que crê que Jesus foi o maior educador do mundo, maior ainda do que Freud. Portanto, a culpa não é minha. A resposta à pergunta formulada acima é muito fácil: a inteligência do judeu Sigmund Freud era extremamente superior à do judeu Jesus. Não posso, claro, pegar neste momento os dois e submetê-los a vários testes de QI (quociente inteligente). Não posso porque Jesus morreu há 2 mil anos, e Freud, há 80 anos. Como medir então a inteligência dos dois? Ora, analisando os escritos de ambos. Sim, Freud escreveu, mas Jesus, não. Em relação a Jesus, é preciso então analisar o que os 4 evangelhos colocaram na boca dele. Para começar, pegarei o que está em Mateus, capítulo 21, versículos 18 e 19:


               “18 Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, teve fome;
                 19 e, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.”


                 Isso aqui é mais uma lenda bíblica. Ninguém pode levar isso a sério, mas teólogos cristãos fundamentalistas evangélicos, profundamente malucos, pensam diferente. E, agindo assim, eles indiretamente tacham Jesus de um lunático, um maluco que perdeu até a própria onisciência. Nessa lenda, Jesus com seus discípulos caminhavam em direção a Jerusalém. Jesus, com muita fome, avistou ao longe uma árvore. Ele pensou que a figueira estava repleta de figos. Ao se aproximar da árvore, somente aí, é que percebeu que só havia folhas. E Jesus ficou com muita raiva, a ponto de trocar seu juízo com uma árvore. Amaldiçoou-a. Agora pergunto: é inteligente um homem que amaldiçoa uma árvore? Obviamente, não há inteligência alguma aí, mas um problema de insanidade mental. Se um vizinho meu, aqui, em Brasília, viesse a amaldiçoar uma árvore, imediatamente eu chamaria uma ambulância para ele. Com certeza, em sua época, o médico neurologista Freud tratou de muitos pacientes com esse grave problema. Freud nunca amaldiçoou uma árvore, mas tratou clinicamente de quem ousou fazê-lo. Veja, Ronin, outro exemplo bíblico, no livro de Lucas, capítulo 16, versículo 18:


             “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.”


             É inteligente um homem que pensa de acordo com a passagem bíblica acima? Claro que não! Mais uma passagem colocada por alguém na boca de Jesus. Esse Jesus nada entende de felicidade conjugal. Veja o que está dito: se um homem casado deixar sua esposa, casando-se com outra, comete adultério. E, se a esposa abandonada se casar com outro homem, os dois cometem também adultério. E, na época, a pena para os adúlteros era a de morte por apedrejamento. É fácil ver que o Jesus dos evangelhos nada tem de inteligente. O que está descrito acima, Ronin, é pura maluquice cristã: o casamento indissolúvel! É uma aberração sem fim exigir que uma relação conjugal seja infinita. Quem exige isso nada entende de comportamento humano. Quando um homem e uma mulher decidem se casar, obviamente eles desejam que essa união se estenda até à morte de um dos cônjuges. Só que, ao longo da relação conjugal, podem surgir problemas intransponíveis. Conheço vários casos em Sobral, em Fortaleza e em Brasília. E você, Ronin, também conhece aí, em Natal. Trago um exemplo aqui. Eu tive uma vizinha na cidade do Gama, aqui, no Distrito Federal, que todos os dias apanhava do marido. Ele tinha um boteco. Ia para lá à tarde, voltando somente de madrugada. E eu e minha esposa escutávamos o pedido de socorro de sua esposa. Certo dia, quando o marido saiu para o boteco, ela pegou sua filha e foi para a casa de sua mãe em Fortaleza. Não aguentava mais tanto sofrimento. Entrou com o divórcio. Hoje é casada com um bancário e vive muito feliz na capital cearense. Pois bem, caro Ronin! Segundo o Jesus dos evangelhos, essa mulher está cometendo adultério. Por quê? Ora, porque deixou seu marido, abandonou seu marido. Percebeu, Ronin, a loucura dos cristãos primitivos? Esse Jesus era inteligente, Ronin?
                No próximo artigo, trarei mais exemplos, e mais 1 ponto para Freud.

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