Eustáquio
Caro Ronin,
Este é o 6º artigo de uma
pequena série em que analiso os principais trechos de seu brilhante comentário
exposto sábado passado, dia 11 de maio do corrente ano (2019), em meu vídeo “Jair
Bolsonaro e Jesus ‘Cristo’”. Seu comentário, na íntegra, está lá, no primeiro
artigo. Neste artigo, continuo a abordar sua afirmação exposta no início de seu
comentário, e também a afirmação do psiquiatra e psicanalista brasileiro
Augusto Cury em seu livro já citado. Você, Ronin, assim escreve:
“Eu tenho um livro aqui que fala de Freud. Um
livro cristão. Eles tentam pegá-lo em contradição.”
Já o psiquiatra Augusto Cury escreve assim:
“(...) Creio que
Jesus foi o maior educador do mundo, maior ainda do que Freud.”
Afirmei no artigo nº 4 que jamais iria comparar Sigmund Freud com o
Jesus do Novo Testamento.Todavia, em razão da afirmação infantil do psiquiatra
Augusto Cury que diz acreditar que “Jesus foi o maior educador do mundo, maior ainda do que Freud, é que passei a compará-los. Até o presente momento, o placar está
assim: Freud 2 X 0
Jesus. Coloquei em análise dois pontos iniciais:
1º) a certeza da existência histórica;
2º) a farta produção de livros.
Como se sabe, ninguém coloca em dúvida a existência histórica de Sigmund
Freud. Portanto, 1 ponto para ele. E é do conhecimento de todos que Freud escreveu
muito, livros e ensaios. Já o judeu Jesus era analfabeto, não sabia escrever,
mas lia. É consenso entre os estudiosos da Bíblia que não existe uma palavra
sequer escrita por Jesus, imagine livros e ensaios. Portanto, mais 1 ponto para
Freud. Colocarei agora em análise mais um ponto: a inteligência. Faço a seguinte
pergunta:
Qual dos dois, Freud ou Jesus, era o mais inteligente?
Repito, caro Ronin: é até um absurdo fazer tamanha comparação ante a
diferença gritante de Freud em relação a Jesus. Mas fui obrigado a isso por
causa da maluquice do psiquiatra Augusto Cury que crê que Jesus foi o maior
educador do mundo, maior ainda do que Freud. Portanto, a culpa não é minha. A
resposta à pergunta formulada acima é muito fácil: a inteligência do judeu
Sigmund Freud era extremamente superior à do judeu Jesus. Não posso, claro,
pegar neste momento os dois e submetê-los a vários testes de QI (quociente
inteligente). Não posso porque Jesus morreu há 2 mil anos, e Freud, há 80 anos.
Como medir então a inteligência dos dois? Ora, analisando os escritos de ambos.
Sim, Freud escreveu, mas Jesus, não. Em relação a Jesus, é preciso então
analisar o que os 4 evangelhos colocaram na boca dele. Para começar, pegarei o
que está em Mateus, capítulo 21, versículos 18 e 19:
“18 Cedo de manhã,
ao voltar para a cidade, teve fome;
19 e, vendo uma
figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado folhas,
disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.”
Isso aqui é mais uma lenda bíblica. Ninguém pode levar isso a sério,
mas teólogos cristãos fundamentalistas evangélicos, profundamente malucos,
pensam diferente. E, agindo assim, eles indiretamente tacham Jesus de um lunático,
um maluco que perdeu até a própria onisciência. Nessa lenda, Jesus com seus
discípulos caminhavam em direção a Jerusalém. Jesus, com muita fome, avistou ao
longe uma árvore. Ele pensou que a figueira estava repleta de figos. Ao se
aproximar da árvore, somente aí, é que percebeu que só havia folhas. E Jesus
ficou com muita raiva, a ponto de trocar seu juízo com uma árvore.
Amaldiçoou-a. Agora pergunto: é inteligente um homem que amaldiçoa uma árvore? Obviamente,
não há inteligência alguma aí, mas um problema de insanidade mental. Se um
vizinho meu, aqui, em Brasília, viesse a amaldiçoar uma árvore, imediatamente
eu chamaria uma ambulância para ele. Com certeza, em sua época, o médico
neurologista Freud tratou de muitos pacientes com esse grave problema. Freud
nunca amaldiçoou uma árvore, mas tratou clinicamente de quem ousou fazê-lo. Veja,
Ronin, outro exemplo bíblico, no livro de Lucas, capítulo 16, versículo 18:
“Quem repudiar sua
mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher
repudiada pelo marido também comete adultério.”
É inteligente um homem que pensa
de acordo com a passagem bíblica acima? Claro que não! Mais uma passagem
colocada por alguém na boca de Jesus. Esse Jesus nada entende de felicidade
conjugal. Veja o que está dito: se um homem casado deixar sua esposa,
casando-se com outra, comete adultério. E, se a esposa abandonada se casar com
outro homem, os dois cometem também adultério. E, na época, a pena para os
adúlteros era a de morte por apedrejamento. É fácil ver que o Jesus dos
evangelhos nada tem de inteligente. O que está descrito acima, Ronin, é pura
maluquice cristã: o casamento indissolúvel! É uma aberração sem fim exigir que
uma relação conjugal seja infinita. Quem exige isso nada entende de
comportamento humano. Quando um homem e uma mulher decidem se casar, obviamente
eles desejam que essa união se estenda até à morte de um dos cônjuges. Só que,
ao longo da relação conjugal, podem surgir problemas intransponíveis. Conheço
vários casos em Sobral, em Fortaleza e em Brasília. E você, Ronin, também
conhece aí, em Natal. Trago um exemplo aqui. Eu tive uma vizinha na cidade do
Gama, aqui, no Distrito Federal, que todos os dias apanhava do marido. Ele
tinha um boteco. Ia para lá à tarde, voltando somente de madrugada. E eu e
minha esposa escutávamos o pedido de socorro de sua esposa. Certo dia, quando o
marido saiu para o boteco, ela pegou sua filha e foi para a casa de sua mãe em
Fortaleza. Não aguentava mais tanto sofrimento. Entrou com o divórcio. Hoje é
casada com um bancário e vive muito feliz na capital cearense. Pois bem, caro
Ronin! Segundo o Jesus dos evangelhos, essa mulher está cometendo adultério. Por
quê? Ora, porque deixou seu marido, abandonou seu marido. Percebeu, Ronin, a
loucura dos cristãos primitivos? Esse Jesus era inteligente, Ronin?
No próximo artigo, trarei mais
exemplos, e mais 1 ponto para Freud.
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