Eustáquio
Na foto abaixo, o Sr. Edézio Cordeiro de Araújo, que foi um ilustre morador de Sobral e um dos grandes amigos de meu pai (João Lopes Lins). Além disso, Sr. Edézio representa muito para mim, e você, leitor, saberá o porquê.
Em dezembro de 1969, eu estava com 13 anos de idade. Meu pai já havia falecido há 4 anos. Minha família morava numa casa alugada, ao lado do Arco, situada na Avenida Boulevard Pedro II, hoje, Avenida Dr. Guarani. Atualmente, a casa não existe mais porque foi demolida juntamente com outras para dar lugar ao Colégio Luciano Feijão. Assim, onde havia as casinhas, hoje apenas um muro longo e sem vida. Pois bem! O Sr. Edézio morava com sua família numa casa também alugada defronte à nossa. E naquele ano deixou Sobral, indo morar em Anápolis, em Goiás, pertinho daqui, de Brasília. Fiquei com bastante saudade daquela família que era tão amiga da nossa. Em dezembro de 1975, quando eu estava com 19 anos de idade, foi a vez de minha família deixar Sobral com destino a Fortaleza. Morei na capital cearense durante 9 anos. Em abril de 1984, entrei no terrível ônibus IPU-BRASÍLIA, com destino à capital federal, onde moro até hoje. São, portanto, 35 anos em Brasília. Preste bem atenção, caro leitor! O Sr. Edézio deixou Sobral em 1969, quando eu estava com apenas 13 anos de idade. A partir daí, nunca mais eu obtive notícias dessa família. Eu saí de Sobral e de Fortaleza. Cheguei a Brasília. Depois de 10 anos morando em Brasília, em 1994, é que tive a grande felicidade de reencontrar a família do Sr. Edézio morando aqui, no Distrito Federal. Como fiquei feliz! Desde 1969 que eu não via esse povo, ou seja, 25 anos. A partir daí, comecei a visitar com frequência o Sr. Edézio, e o faço até os dias de hoje. Há 30 minutos, antes de começar a fazer este texto, liguei para ele e hoje, segunda-feira, dia 27 de maio do corrente ano (2019), às 14h, irei visitá-lo novamente. Sr. Edézio mora atualmente na cidade do Gama, numa casa, com sua esposa sobralense Fransquinha, filha de Antônio Silvino e Raimunda Gonçalves. De onde eu moro até lá, são 27 km. Seus filhos e netos moram também no Distrito Federal.
Muito bem! Quero narrar aqui dois fatos muito importantes relacionados ao Sr. Edézio. O primeiro diz respeito à sua antiga profissão de caminhoneiro. Em Sobral, ele possuía um caminhão e fazia viagens por todo o país. Quando foi morar em Anápolis, em 1969, deixou o caminhão e foi dirigir um táxi. Quando o Sr. Edézio estava em Sobral, de folga, deixava mais felizes os adolescentes que eram seus vizinhos, inclusive eu. Ele colocava a meninada na carroceria de seu caminhão e dava um longo passeio, indo até Forquilha, bem perto de Sobral. Como era bom aquele ventinho que teimava açoitar os rostos dos meninos. Sr. Edézio sempre fazia isso apenas com o intuito de agradar. Até hoje sempre digo isso a ele. Ele fez muito por aqueles garotos pobres. Já o segundo fato importante relativo ao Sr. Edézio, trata-se da grande surra que ele deu num sobralense chamado Benedito. O Benedito era negro, alto e muito forte. O Sr. Edézio, baixinho, mas forte, muito musculoso, com uma força incrível. E o que aconteceu? Num certo dia, quando Sr. Edézio descansava em sua casa após o almoço, sua esposa Dona Fransquinha foi até a calçada para fazer alguma coisa. Nesse momento, ia passando o Benedito que deu uma cantada nela. Mulher séria, Dona Fransquinha ficou ofendida. Quando o marido acordou, ela narrou-lhe o ocorrido. No dia seguinte, o Benedito estava na calçada da bodega do Chicão que ficava ao lado da casa de seu pai, quase vizinha da casa do Sr. Edézio. O Sr. Edézio pegou aquelas cordas meio metálicas que amarravam a lona de seu caminhão. O Benedito nem imaginava o que estava para acontecer. Sr. Edézio aproximou-se lentamente do negão, e, com toda sua força, desceu a corda nas costas da vítima. O grito de dor do Benedito com certeza deve ter sido ouvido pelas pessoas que estavam no Beco do Cotovelo. Que dor terrível! O sangue jorrou de suas costas. Chorando de dor, Benedito correu rapidamente, pulando o balcão da bodega do Chicão. E o Sr. Edézio atrás dele. Nisso, o Chicão fica à frente do Sr. Edézio, dizendo-lhe:
Em dezembro de 1969, eu estava com 13 anos de idade. Meu pai já havia falecido há 4 anos. Minha família morava numa casa alugada, ao lado do Arco, situada na Avenida Boulevard Pedro II, hoje, Avenida Dr. Guarani. Atualmente, a casa não existe mais porque foi demolida juntamente com outras para dar lugar ao Colégio Luciano Feijão. Assim, onde havia as casinhas, hoje apenas um muro longo e sem vida. Pois bem! O Sr. Edézio morava com sua família numa casa também alugada defronte à nossa. E naquele ano deixou Sobral, indo morar em Anápolis, em Goiás, pertinho daqui, de Brasília. Fiquei com bastante saudade daquela família que era tão amiga da nossa. Em dezembro de 1975, quando eu estava com 19 anos de idade, foi a vez de minha família deixar Sobral com destino a Fortaleza. Morei na capital cearense durante 9 anos. Em abril de 1984, entrei no terrível ônibus IPU-BRASÍLIA, com destino à capital federal, onde moro até hoje. São, portanto, 35 anos em Brasília. Preste bem atenção, caro leitor! O Sr. Edézio deixou Sobral em 1969, quando eu estava com apenas 13 anos de idade. A partir daí, nunca mais eu obtive notícias dessa família. Eu saí de Sobral e de Fortaleza. Cheguei a Brasília. Depois de 10 anos morando em Brasília, em 1994, é que tive a grande felicidade de reencontrar a família do Sr. Edézio morando aqui, no Distrito Federal. Como fiquei feliz! Desde 1969 que eu não via esse povo, ou seja, 25 anos. A partir daí, comecei a visitar com frequência o Sr. Edézio, e o faço até os dias de hoje. Há 30 minutos, antes de começar a fazer este texto, liguei para ele e hoje, segunda-feira, dia 27 de maio do corrente ano (2019), às 14h, irei visitá-lo novamente. Sr. Edézio mora atualmente na cidade do Gama, numa casa, com sua esposa sobralense Fransquinha, filha de Antônio Silvino e Raimunda Gonçalves. De onde eu moro até lá, são 27 km. Seus filhos e netos moram também no Distrito Federal.
Muito bem! Quero narrar aqui dois fatos muito importantes relacionados ao Sr. Edézio. O primeiro diz respeito à sua antiga profissão de caminhoneiro. Em Sobral, ele possuía um caminhão e fazia viagens por todo o país. Quando foi morar em Anápolis, em 1969, deixou o caminhão e foi dirigir um táxi. Quando o Sr. Edézio estava em Sobral, de folga, deixava mais felizes os adolescentes que eram seus vizinhos, inclusive eu. Ele colocava a meninada na carroceria de seu caminhão e dava um longo passeio, indo até Forquilha, bem perto de Sobral. Como era bom aquele ventinho que teimava açoitar os rostos dos meninos. Sr. Edézio sempre fazia isso apenas com o intuito de agradar. Até hoje sempre digo isso a ele. Ele fez muito por aqueles garotos pobres. Já o segundo fato importante relativo ao Sr. Edézio, trata-se da grande surra que ele deu num sobralense chamado Benedito. O Benedito era negro, alto e muito forte. O Sr. Edézio, baixinho, mas forte, muito musculoso, com uma força incrível. E o que aconteceu? Num certo dia, quando Sr. Edézio descansava em sua casa após o almoço, sua esposa Dona Fransquinha foi até a calçada para fazer alguma coisa. Nesse momento, ia passando o Benedito que deu uma cantada nela. Mulher séria, Dona Fransquinha ficou ofendida. Quando o marido acordou, ela narrou-lhe o ocorrido. No dia seguinte, o Benedito estava na calçada da bodega do Chicão que ficava ao lado da casa de seu pai, quase vizinha da casa do Sr. Edézio. O Sr. Edézio pegou aquelas cordas meio metálicas que amarravam a lona de seu caminhão. O Benedito nem imaginava o que estava para acontecer. Sr. Edézio aproximou-se lentamente do negão, e, com toda sua força, desceu a corda nas costas da vítima. O grito de dor do Benedito com certeza deve ter sido ouvido pelas pessoas que estavam no Beco do Cotovelo. Que dor terrível! O sangue jorrou de suas costas. Chorando de dor, Benedito correu rapidamente, pulando o balcão da bodega do Chicão. E o Sr. Edézio atrás dele. Nisso, o Chicão fica à frente do Sr. Edézio, dizendo-lhe:
--- Edézio, por favor, pare, senão você vai matar o homem!
Depois dessa surra, nunca mais vi o Benedito pelas redondezas.
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