Eustáquio
Caro Ronin,
Este é o terceiro artigo de uma
pequena série em que analiso os principais trechos de seu brilhante comentário
exposto sábado passado, dia 11 de maio do corrente ano (2019), em meu vídeo “Jair
Bolsonaro e Jesus ‘Cristo’”. No 1º artigo, transcrevi, na íntegra, seu comentário,
e já comecei a abordar o item “d”, da relação abaixo, que trata do afastamento
de fiéis dos familiares por questão religiosa. No 2º artigo, manifestei-me
sobre o item “b”, ou seja, da ausência de discernimento dos fiéis. Neste
artigo, o 3º, tratarei do item “c” da relação que segue abaixo:
a)
sérios problemas psicológicos;
b)
ausência de discernimento;
c)
perda de bens materiais;
d)
afastamento dos familiares;
e)
atos de violência.
O rol apresentado acima não é uma criação
minha, Ronin, mas sua. Você mesmo apresentou essa relação de problemas pela
qual passa um universo de pessoas religiosas. E aqui mais um: a perda de bens
materiais por parte dos fiéis em benefício das igrejas cristãs. Uma vergonha,
caro Ronin! Uma exploração humana sem limites, sem precedência! A fé religiosa
sempre foi um comércio escandaloso de lucros. Como estou tratando de
cristianismo, irei me ater a essa religião. O próprio Novo Testamento já mostra
que, após a morte de Jesus, seus discípulos e apóstolos eram alucinados por
dinheiro. O livro dos Atos dos Apóstolos narra essa busca desenfreada dos
cristãos primitivos por grana. Cito aqui, como exemplo, o capítulo 5, que trata
da lenda do casal Ananias e Safira. Esse relato lendário é diabólico, terrível
e repugnante. Ananias e Safira formavam um casal feliz. Eram cristãos
fervorosos e seguiam fielmente o discípulo Pedro. Jesus já havia morrido há um
bom tempo. Pois bem! O Ananias trabalhou muito, conseguindo um dinheirinho e
terminou comprando uma propriedade. Nada mais justo, não é mesmo? Depois de
algum tempo, ele resolveu vender essa propriedade. Ficou com uma parte do
dinheiro, e a outra parte resolveu entregar para o discípulo Pedro, aquele
mesmo que já havia mentido para Jesus por 3 vezes. Ananias, então, chamou sua
esposa Safira que ficou ciente de sua decisão. E Ananias saiu de sua casa,
sozinho, para entregar uma parte do dinheiro ao discípulo Pedro. Pedro ficou
desconfiado porque a propriedade com certeza valia mais. Ele percebeu que
Ananias não estava entregando o dinheiro por completo. E aí o discípulo Pedro,
na lenda, invocou ao Deus hebreu que matou o pobre Ananias. Os amiguinhos do
discípulo Pedro pegaram o corpo morto do pobre Ananias e o sepultaram. A esposa
Safira, em sua casa, começou a ficar preocupada porque o Ananias não havia
retornado. Quase 3 horas depois da saída do esposo de casa, Safira foi ao
encontro do discípulo Pedro para saber do paradeiro de seu esposo. Quando
chegou lá, Pedro perguntou a ela se Ananias havia vendido a propriedade pelo
valor apresentado pelo esposo. Ela, de acordo com o marido, mentiu,
confirmando. Pedro, então, ficou muito bravo e invocou novamente ao Deus hebreu
que também matou a pobre Safira. Que lenda bárbara e repugnante, não é mesmo? A
lenda é tão boba e ingênua que o discípulo Pedro ficou revoltado porque o casal
havia mentido. Ora, ele próprio era um especialista em mentiras, tanto que
mentiu ao próprio Jesus por 3 vezes. Na verdade, quem escreveu essa lenda boba
(talvez Lucas), agiu assim para que aqueles cristãos imbecis da época ficassem
com medo. Era um aviso para eles no sentido de, quando vender alguma
propriedade, trazer o dinheiro todo para os discípulos.
Depois dos discípulos e
apóstolos, surgiu a Igreja Católica Apostólica Romana. A mesma fome por
dinheiro. A perda de bens materiais dos fiéis católicos. Pouco tempo depois,
Martinho Lutero que, no início, se revoltou contra a venda de indulgências da
Igreja Católica. Só que, logo depois, apaixonou-se também pelo dinheiro. E
atualmente a fome por dinheiro das igrejas evangélicas e protestantes é muito
maior do que a fome antiga da Igreja Católica. Ligue, caro leitor, seu
televisor, e comprovará o que estou afirmando. Você verá inúmeros pastores
evangélicos fascinados pelo dinheiro. Só mesmo uma pessoa extremamente boba
para imaginar que esses líderes evangélicos realmente são pessoas de
extraordinária bondade e fraternidade, que estão muito preocupados em salvar “almas”
para o “Céu” propagado por eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário