quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O ATEU SARAMAGO E A BÍBLIA ( X )





Estou analisando o teor do diálogo havido entre o padre português Joaquim Carreira das Neves e o escritor português ateu José Saramago. O padre Joaquim é doutor em teologia e professor de teologia bíblica da Universidade Católica portuguesa. O Saramago dispensa apresentações. O título do vídeo que circula no mundo do “You Tube” é:


“PADRE DR. JOAQUIM CARREIRA DAS NEVES – NÃO SIGA A BÍBLIA LITERALMENTE”


Neste vídeo, analisarei mais um trecho da fala que se inicia aos 26 minutos e 24 segundos e vai até os 28 minutos e 8 segundos. Veja, pois, o trecho do vídeo.
Muito bem! O ateu Saramago diz o seguinte:


“(... ) Antes da criação do universo, que se saiba, Deus não fez nada durante esse tempo. (...) Decidiu criar o Universo. Não sabe pra quê. Não sabe pra quê. (...) Depois de ter criado o Universo em 6 dias e descansado no sétimo, continua a descansar até hoje.”


E o padre Joaquim explicou:


 “(...) Os primeiros dias da criação, aquilo é apenas uma liturgia, aquilo é uma liturgia, não é mais nada!”


Bem! O ateu Saramago, que não foi um teólogo, diz que antes da criação do Universo, nos relatos bíblicos, Deus não havia feito nada. Depois resolveu criar o Universo para nada. E trabalhou bastante durante 6 dias. Bastante cansado, descansou no sétimo dia, e está descansando até hoje.
Bom! Sempre digo em meus vídeos e artigos que a Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, está repleta de lendas, mitos, alegorias, fábulas, contradições, falsificações, adulterações, erros de toda espécie etc. E não sou eu que estou inventando. Essa realidade bíblica é do conhecimento de qualquer teólogo sério. E o próprio padre Joaquim Carreira das Neves, que é doutor em teologia e professor de teologia bíblica da Universidade Católica portuguesa, diz isso ao Saramago. Por essa razão, gosto do padre Joaquim. Ao ouvir o ateu Saramago fazendo a narrativa da criação que está na Bíblia, o padre Joaquim disse que aquilo não era para ser lido ao pé da letra, de forma literal. Não era para ser lido como se fosse um relato real. Segundo o padre, a narrativa bíblica da criação do Universo é apenas liturgia, e nada mais. O padre Joaquim acertou na mosca! Tudo aquilo que está em Gênesis sobre a criação de todas as coisas se trata apenas de uma narrativa criada pela imaginação do autor hebreu. Por isso mesmo é que os relatos são ingênuos e infantis.
Esses relatos são tão ingênuos e infantis que sepultam a onisciência, a onipotência e a onipresença do Deus hebreu. E, lidos ao pé da letra, se tornam relatos cômicos. Veja um exemplo: onde estava Deus antes de fazer qualquer coisa? Será que estava em Sobral, no Ceará?  Será que estava na cidade onde mora o gaúcho Ferreira Rassier? Claro que não, não é mesmo? Se não havia nada feito ainda, então onde estava Deus? Não é motivo para risos? Claro que é! Já fizeram essa pergunta em algum lugar, e um cristão respondeu assim: Deus estava preparando o Inferno para quem fizesse essa pergunta! Mais um exemplo: imagine uma entidade “espiritual” ficar cansada de tanto trabalhar, não é mesmo? E mais um exemplo: Deus, na lenda bíblica, não descansou somente no sábado. O sábado foi apenas o primeiro dia de descanso. Domingo, o segundo; segunda, o terceiro, e está descansando até hoje. Ou seja, trabalhou apenas 6 dias em toda sua existência, e aposentou-se. Que maravilha! E o presidente Temer, o conde Drácula, vai lascar mais ainda os trabalhadores. Daqui a pouco, no Brasil, não haverá mais aposentadoria para os miseráveis.
O padre Joaquim, repito, que é doutor em teologia, sabe que os relatos da criação bíblica (criacionismo) são apenas lendas, histórias infantis e ingênuas inventadas pelo autor hebreu. Nada de criação propriamente dita, nada de Eva, Adão, serpente faltante, Jardim do Éden, dilúvio etc.
O problema é que nas igrejas essa verdade não é revelada aos fiéis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário