Estou analisando o teor do diálogo
havido entre o padre português Joaquim Carreira das Neves e o escritor
português ateu José Saramago. O padre Joaquim é doutor em teologia e professor
de teologia bíblica da Universidade Católica portuguesa. O Saramago dispensa
apresentações. O título do vídeo que circula no mundo do “You Tube” é:
“PADRE DR. JOAQUIM CARREIRA DAS NEVES – NÃO SIGA A BÍBLIA LITERALMENTE”
Neste vídeo, analisarei mais um
trecho da fala que se inicia aos 26 minutos e 24 segundos e vai até os 28 minutos
e 8 segundos. Veja, pois, o trecho do vídeo.
Muito bem! O ateu Saramago diz o
seguinte:
“(... ) Antes da criação do universo, que se saiba, Deus não fez nada
durante esse tempo. (...) Decidiu criar o Universo. Não sabe pra quê. Não sabe
pra quê. (...) Depois de ter criado o Universo em 6 dias e descansado no
sétimo, continua a descansar até hoje.”
E o padre Joaquim explicou:
“(...) Os primeiros dias da
criação, aquilo é apenas uma liturgia, aquilo é uma liturgia, não é mais nada!”
Bem! O ateu Saramago, que não foi um
teólogo, diz que antes da criação do Universo, nos relatos bíblicos, Deus não
havia feito nada. Depois resolveu criar o Universo para nada. E trabalhou bastante
durante 6 dias. Bastante cansado, descansou no sétimo dia, e está descansando
até hoje.
Bom! Sempre digo em meus vídeos e
artigos que a Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, está repleta de lendas, mitos,
alegorias, fábulas, contradições, falsificações, adulterações, erros de toda
espécie etc. E não sou eu que estou inventando. Essa realidade bíblica é do
conhecimento de qualquer teólogo sério. E o próprio padre Joaquim Carreira das
Neves, que é doutor em teologia e professor de teologia bíblica da Universidade
Católica portuguesa, diz isso ao Saramago. Por essa razão, gosto do padre
Joaquim. Ao ouvir o ateu Saramago fazendo a narrativa da criação que está na
Bíblia, o padre Joaquim disse que aquilo não era para ser lido ao pé da letra,
de forma literal. Não era para ser lido como se fosse um relato real. Segundo o
padre, a narrativa bíblica da criação do Universo é apenas liturgia, e nada
mais. O padre Joaquim acertou na mosca! Tudo aquilo que está em Gênesis sobre a
criação de todas as coisas se trata apenas de uma narrativa criada pela
imaginação do autor hebreu. Por isso mesmo é que os relatos são ingênuos e
infantis.
Esses relatos são tão ingênuos e
infantis que sepultam a onisciência, a onipotência e a onipresença do Deus
hebreu. E, lidos ao pé da letra, se tornam relatos cômicos. Veja um exemplo:
onde estava Deus antes de fazer qualquer coisa? Será que estava em Sobral, no
Ceará? Será que estava na cidade onde
mora o gaúcho Ferreira Rassier? Claro que não, não é mesmo? Se não havia nada
feito ainda, então onde estava Deus? Não é motivo para risos? Claro que é! Já
fizeram essa pergunta em algum lugar, e um cristão respondeu assim: Deus estava
preparando o Inferno para quem fizesse essa pergunta! Mais um exemplo: imagine
uma entidade “espiritual” ficar cansada de tanto trabalhar, não é mesmo? E mais
um exemplo: Deus, na lenda bíblica, não descansou somente no sábado. O sábado
foi apenas o primeiro dia de descanso. Domingo, o segundo; segunda, o terceiro,
e está descansando até hoje. Ou seja, trabalhou apenas 6 dias em toda sua
existência, e aposentou-se. Que maravilha! E o presidente Temer, o conde
Drácula, vai lascar mais ainda os trabalhadores. Daqui a pouco, no Brasil, não haverá
mais aposentadoria para os miseráveis.
O padre Joaquim, repito, que é doutor
em teologia, sabe que os relatos da criação bíblica (criacionismo) são apenas
lendas, histórias infantis e ingênuas inventadas pelo autor hebreu. Nada de
criação propriamente dita, nada de Eva, Adão, serpente faltante, Jardim do Éden,
dilúvio etc.
O problema é que nas igrejas essa
verdade não é revelada aos fiéis.
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