Você, que está assistindo a esse vídeo, conhece o adágio
popular É melhor prevenir que remediar? Conhece, ou não? Você sabe o que
essa sabedoria popular quer dizer? Caso não saiba, explicar-lhe-ei agora.
Em se tratando de saúde humana, o adágio popular
citado acima quer dizer que a prevenção é melhor que a medicação. E isso é a
mais pura verdade. De fato, uma pessoa que se previne, ou seja, que faz exames
periódicos de saúde, gastará muito menos do que aquela pessoa que não se
previne. Quando a doença aparece, um câncer, por exemplo, a pessoa que nunca foi
a um médico passará por inúmeros problemas, até mesmo chegando a óbito. E tudo
isso porque não se preveniu, não fazia exames periódicos com seu médico. Se
tivesse procurado um médico antes, quando estava com saúde, poderia ter evitado
o aparecimento da doença, não é mesmo?
Pois bem, amigo leitor! Se você concorda comigo, ou
seja, que a prevenção realmente é melhor que a medicação, então você discorda
de Jesus, o líder religioso de bilhões de cristãos? Calma, leitor, não fique
aborrecido comigo. Provar-lhe-ei, com o auxílio da própria Bíblia, que estou
dizendo a verdade. Por favor, não fique com raiva de mim. Sua raiva deve ser
dirigida ao escriba que escreveu aquilo, mas não a mim, correto?
Pois bem, leitor! Abra sua Bíblia e vá ao Novo
Testamento. Veja, logo, o primeiro livro, o de Mateus. Em Mateus 9:12:
“12 Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de
médico, e sim os doentes.”
Percebeu, aí, caro leitor, o erro de Jesus sobre a
saúde humana? O relato fantasioso bíblico diz que, num certo dia, Jesus estava
comendo com vários pecadores. Num dado momento, chegaram os fariseus que
ficaram surpresos quando viram Jesus ao lado dos pecadores. E resolveram
perguntar aos discípulos por que Jesus comia com pecadores. Jesus, ao ouvir
aquilo, disse aos fariseus:
“Os sãos não precisam de medico, e sim os doentes.”
Você, leitor, entendeu o recado de Jesus? Ora, Jesus
está dizendo que aqueles pecadores eram como se fossem doentes, ou seja, viviam
em pecado, logo precisavam de ajuda. E Jesus está também dizendo que os sãos,
ou seja, as pessoas que não viviam em pecado, não necessitavam de ajuda. O erro
do escriba, caro leitor, foi colocar na boca de Jesus uma comparação infeliz
com a relação doente-médico. Ora, afirmar que as pessoas sadias não precisam de
médicos, mas apenas as pessoas doentes, é assinar um atestado de atraso e de
pura ignorância.
Milhões de pessoas no Brasil, por exemplo, são sadias,
mas precisam dos médicos. Todos os anos, submetem-se a vários exames de saúde
com a finalidade de prevenir futuras doenças. Eu, caro leitor, sou um homem
sadio, são. Mesmo assim, preciso dos médicos. A cada ano, submeto-me a vários
exames para ver como estão alguns órgãos (coração, rins, próstata, fígado,
intestino). E assim procedo apenas com um objetivo: evitar que doenças apareçam
ou se tornem crônicas. Isso se chama prevenção!
Há 2 anos, amigo leitor, perdi um cunhado maravilhoso.
Ele, sadio na época, jamais ia a médicos. Era um cristão católico fervoroso.
Certo dia, começou a sentir fortes dores no aparelho urinário. Só aí é que
resolveu procurar um médico. Já era tarde. O câncer na próstata já estava em
fase final. Se meu cunhado tivesse ido ao médico quando estava são, sadio,
teria talvez descoberto o câncer logo em sua fase inicial, e estaria vivo ainda
hoje para a minha alegria. Percebeu, leitor, que os sãos, com maior razão,
precisam de médicos, e não só as pessoas doentes, como os escribas colocaram na
boca de Jesus?
Jesus estava errado! Os sãos, as pessoas sadias,
precisam de médico também porque, com a prevenção, nem chegarão a ficar
doentes. Como diz o ditado popular, prevenir é melhor que remediar.
A Bíblia, por ser um livro de caráter religioso, está
repleta de lendas, mitos, alegorias, fábulas e erros de toda espécie. O Novo
Testamento, por exemplo, data de 2 mil anos. É um conjunto de livros bastante
velho. Por ser velho, mostra a visão errônea que o povo judeu tinha acerca do
mundo. Na época de Jesus, há dois mil anos, numa região marcada por conflitos
sociais, analfabetismo e pobreza extrema, não havia praticamente a medicina
preventiva. Imagine, por exemplo, Jesus e seus discípulos, a cada ano, fazendo
visitas a seu médico particular, enfrentando uma bateria de exames: coração,
rins, hipertensão, diabetes, colesterol etc. Um absurdo, não é mesmo? Naquela
época, quando alguém procurava um médico, já estava à beira do óbito. Não havia
medicina preventiva. Daí Jesus dizer que as pessoas sadias não precisam de
médicos, mas apenas as pessoas doentes.
A Bíblia está lotada de lendas, mitos e alegorias.
Nessas lendas, os autores inventavam um quadro já programado. As histórias
criadas tinham o objetivo de passar uma mensagem. Os autores não estavam
preocupados se as histórias criadas ficariam sem pé e cabeça. O problema é que,
por ser um conjunto de livros de caráter religioso, líderes religiosos colocam
na cabeça dos fiéis que o Deus hebreu inspirou alguns escribas a escrever o que
está lá. E os fiéis acreditam piamente, sem perceberem os absurdos.
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