segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

JESUS E O PODER DA ORAÇÃO





Em Mateus 21: 21 e 22, temos:


“21 Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá.
  22  e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis.”


Na passagem bíblica acima, Jesus comete mais um erro que é um produto antigo da ignorância humana: a crença no poder da oração. Na verdade, oração não serve para nada. Antes de entrar propriamente no assunto, vamos entender essa passagem bíblica. Nessa história ingênua, Jesus estava com muita fome, a caminho de Jerusalém. Os discípulos o acompanhavam. Com fome e cansado, Jesus avistou ao longe uma árvore chamada figueira. Jesus pensou que a figueira estava repleta de figos. Só assim mataria sua fome e a dos discípulos. Quando Jesus se aproximou da árvore, percebeu que ela não tinha figos, mas apenas folhas. Ou seja, a onisciência de Jesus desapareceu. Revoltado por causa de sua falsa conclusão, Jesus amaldiçoou a árvore, um ser que não raciocina. A pobre árvore secou imediatamente e nunca mais produziu figo algum. Os discípulos, ao verem a árvore secar imediatamente, ficaram assombrados com o poder de Jesus. Como Jesus conseguiu fazer aquilo? E aí entra Jesus, afirmando a seus discípulos que não ficassem admirados porque, se eles também tivessem fé, seriam capazes de fazer qualquer coisa, até mesmo determinar que uma montanha qualquer, por si própria, seja lançada no mar. E Jesus disse também que tudo quanto uma pessoa pedir em oração, crendo, receberá.
 No mundo do “You Tube”, existe um vídeo com o título “Perguntaram-me se acredito em Deus”. O palestrante é o doutor em teologia Rubem Alves. Sobre essa palestra, tenho vários vídeos expostos com o título “O Deus de Rubem Alves”. Pois bem! Neste artigo, analisarei a fala do Rubem Alves que começa aos 9 minutos e 17 segundos e vai até os 9 minutos e 59 segundos. Por favor, caro leitor, assista ao vídeo e confirme o que diz o doutor em Teologia acerca do poder da oração:


“O papa ora pela paz! O mundo continua em guerra! E aí eu fico pensando: supõe-se que o papa é o representante de Deus. Se o papa ora pela paz, isso quer dizer que Deus ora pela paz, ou não? Se ele ora pela paz, é talvez porque Deus não está muito convencido porque, se ele tivesse convencido, não seria preciso orar. Mas ele ora, e Deus não atende. Quer dizer que Deus não é pela paz.”


Você, leitor amigo, com certeza, entendeu o recado acima do Rubem Alves, não é mesmo? Em resumo, o que ele mostra acima? Ora, ele mostra acima que orar para o Deus hebreu ou para qualquer outro deus, não produz resultado algum. E isso, leitor, é uma verdade que pode ser confirmada por milhões de provas. Veja, leitor, a primeira fala do teólogo:


“O papa ora pela paz! O mundo continua em guerra!”


Percebeu, leitor, a inutilidade das orações do papa? O papa ora diariamente pela paz no mundo, principalmente na África e na terra da Bíblia (Oriente Médio). Já que o papa ora tanto, o que acontece, caro leitor? Será que a paz vem? Claro que não, não é mesmo? Apesar das orações do papa, como bem o diz o teólogo Rubem Alves, o mundo continua em guerra. Logo, as orações não têm efeito algum. Eis aí, leitor, mais uma verdade cristalina, palpável e pública.
Para que você, leitor, entenda melhor, faço aqui uma comparação bem clara e simples das orações com um medicamento: a dipirona. A dipirona é um medicamento que serve para combater as dores de cabeça mais simples. Ela vem em comprimidos ou em líquido. Pois bem! Quando uma pessoa está sentindo dores de cabeça, basta colocar 40 gotas de dipirona numa pequena porção de água e tomá-la para que as dores de cabeça desapareçam em 30 minutos. E as dores de cabeça desaparecem mesmo, deixando a pessoa muito feliz. Por que as dores de cabeça desaparecem? Ora, as dores desaparecem por causa da ingestão da dipirona. Logo, a dipirona serve para acabar com as dores de cabeça mais simples. Entendeu, leitor? A mesma coisa não ocorre com as orações feitas pelo papa, por pastores evangélicos, por padres, cardeais ou por qualquer pessoa religiosa. As orações, infelizmente, não servem para nada. As pessoas religiosas oram, oram, oram, e nada acontece. Ou seja, não existe relação de causa e efeito entre as orações e os problemas. Veja, leitor, como exemplo, a afirmação do teólogo Rubem Alves. Ele diz que o papa ora pela paz, mas o mundo continua em guerra. Ou seja, o papa ora, ora, ora, e os resultados não surgem. As guerras, pois, continuam. Você, leitor, está entendendo, não é mesmo? E eu posso fornecer aqui milhões de exemplos comprovando que as orações não servem para nada. Seria muito bom se as orações produzissem o mesmo efeito que a dipirona, não é mesmo? Seria muito bom mesmo! Mas não é isso o que acontece!
Veja, leitor, outro exemplo de que as orações não servem para nada. Nas famílias religiosas, as orações às divindades são constantes, diárias. Pais oram pelos filhos, genros, noras e netos. Filhos oram pelos pais, pelos próprios filhos, pelo sogro e sogra. E o que acontece? As orações não surtem efeitos, ou seja, não servem para nada. Nos hospitais públicos e privados, no Brasil, milhares de pessoas sofrem terrivelmente em razão de muitos males: câncer, acidente vascular cerebral, problemas cardíacos, traumatismo craniano em razão de acidentes envolvendo carros, motos e bicicletas etc. Essas pessoas que estão sofrendo nos hospitais sempre foram alvo de orações por parte de seus familiares. E essas orações não servem para nada. Tanto é verdade que essas pessoas estão sofrendo nos hospitais. E, apesar das orações, lamentavelmente falecerão. E, entre essas pessoas que padecem nos hospitais, milhares de criancinhas que, em muitos casos, já nasceram com vários problemas de saúde. Entendeu, leitor, como as orações não têm efeito algum, diferentemente dos medicamentos?
O teólogo Rubem Alves, muito inteligente, em sua fala mostra claramente a infantilidade, a ingenuidade das orações. Veja o que ele diz acima:


“Mas ele ora, e Deus não atende!”


Ou seja, o papa ora, mas Deus não atende! Veja, leitor, que em sua ilusão religiosa o papa ora a Deus, implora a Deus para que dê um fim às guerras na África e no Oriente Médio. E o que acontece? Infelizmente, Deus não atende às orações do papa. No mundo da ilusão religiosa, Deus é onipotente, ou seja, tem poderes para acabar com as guerras, mas prefere ficar de “braços” cruzados, insensível às orações do papa. Percebeu, leitor, como o mundo das religiões é um mundo completamente insano? Ou seja, o papa ora pela paz juntamente com bilhões de pessoas religiosas, mas Deus permanece parado, insensível a esses bilhões de orações em busca da paz. E Rubem Alves, com sua inteligência brilhante, ainda mostra outra irracionalidade religiosa:


“Se ele ora pela paz, é talvez porque Deus não está muito convencido porque, se ele tivesse convencido, não seria preciso orar.”


Entendeu, leitor amigo, o recado do teólogo acima? Ora, Rubem Alves diz que, no mundo da ilusão religiosa, nem há necessidade de alguém orar a Deus. Já que Deus é onisciente, ou seja, já que conhece o sofrimento de todos, poderia agir sozinho, sem que fosse preciso alguém orar, alguém pedir. Então, quando alguém ora, e Deus não atende, isso quer dizer que Deus não está convencido, ou seja, que prefere ficar parado, sem fazer nada.
Em síntese, o recado de Rubem Alves é que as pessoas devam raciocinar, colocar o cérebro para funcionar, sob pena de se tornarem vitimas de discursos infantis e absurdos. Algumas igrejas principalmente evangélicas implantaram até o ‘Disque-oração”, arrecadando grande soma de dinheiro. Como o ser humano adora ser iludido! O “Disque-oração”, na verdade, deveria ser chamado de “Disque-enganação”.
O Jesus dos evangelhos do Novo Testamento ( e não o Jesus histórico) cometeu mais um erro ao dar crédito ao poder da oração. Como já disse acima, oração não tem efeito algum. Não serve para nada. E, no mundo da realidade, até os crentes não confiam nas orações. Diante de qualquer problema, ante a ineficácia das orações, buscam outra ajuda fora da crença religiosa. Um exemplo bem claro é o surto da febre amarela hoje em Minas Gerais. Várias pessoas já foram ao óbito. A população de crentes de Minas Gerais, desesperada, corre para os postos de saúde à procura de vacina. Vacina nada tem a ver com crença religiosa. Ao contrário! Uma pessoa crente, óbvio, não confia no poder da oração. Tanto é verdade que procura por vacinas. As vacinas, sim, têm resultado satisfatório.
No contexto do Novo Testamento, Jesus, um judeu, orava muito, mas nada conseguiu. Jesus e seu povo eram dominados pelos romanos. Os judeus aguardavam a chegada do Messias, em grego Cristo, que seria uma pessoa poderosa, rei de Israel, e que expulsaria da Palestina os romanos. Apareceram muitos judeus, dizendo ser o Cristo. E todos foram torturados e mortos pelos invasores. Durante a vida de Jesus, seu povo estava dominado pelos romanos. Jesus não alterou esse quadro. Após sua morte, os romanos continuaram ditando as cartas naquela região. Jesus, óbvio, não foi o Cristo salvador aguardado pelo povo.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

JESUS E A CHEGADA DO MESSIAS





                        Só conhece a Bíblia quem a estuda com seriedade. O que quer dizer estudar a Bíblia com seriedade? Significa estudá-la sob o ponto de vista da sociologia bíblica, arqueologia bíblica, história dos hebreus, história dos judeus e teologia. De posse dessas ferramentas, é fácil uma pessoa compreender as narrativas bíblicas. Uma pessoa que simplesmente lê a Bíblia, sem fazer uso das ferramentas que nomeei, não entenderá nada e, se entender, entenderá tudo errado. E pior ainda quando uma pessoa vê a Bíblia como a “palavra” de Deus. Aí tudo estará perdido porque entra o fanatismo religioso que cega os humanos.
Neste vídeo, mostrarei mais um erro de Jesus. Não é cansativo dizer que o Jesus aqui é aquele que está nos evangelhos do Novo Testamento. Não estou, pois, tratando do Jesus histórico, presente nos livros de história. Esse Jesus histórico é um nada! Pois bem! Jesus cometeu mais um erro quando pregou o fim dos tempos, a chegada do Messias. Para entender essa fantasia de Jesus, é preciso, como já disse, conhecer os costumes do povo judeu naquela época. Jesus era um judeu, logo, estava mergulhado na cultura judaica de seu tempo. Naquela época, os judeus aguardavam a chegada do Messias, em grego, Cristo. E como era pintado esse Cristo? Esse Cristo seria um judeu forte e poderoso que seria rei em Israel, ocupando o trono que pertencera ao lendário Davi. Esse Cristo poderoso iria expulsar da Palestina os romanos que davam as ordens naquela sofrida região. Diante dessa espera dos judeus pelo Cristo, surgiram muitos judeus dizendo ser o próprio. E o que aconteceu com eles? Todos foram torturados e mortos pelos romanos. O Jesus dos cristãos nunca foi o Cristo aguardado pelos judeus porque se mostrou muito fraco, sem força para expulsar os invasores (os romanos) da região. Esse Jesus não moveu uma palha sequer para acabar com o sofrimento de seu povo. Durante sua vida, seu povo era massacrado pelos romanos. Após sua morte, continuou sob massacre romano. Ou seja, o Jesus dos cristãos não alterou o quadro sofredor de seu povo.
Jesus aguardava a chegada do Messias, do Cristo, do “Filho do Homem” para seu tempo, para sua época. E aí falhou! O Cristo não apareceu, não chegou. É fácil provar essa verdade nos próprias narrativas bíblicas. Veja, de início, o “profeta” João Batista. Antes de conhecer Jesus, ele já pregava o fim dos tempos, a chegada do Messias, para seu tempo. Assim, em Mateus 3: 1 e 2:


“Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia:
  2 Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.”


Como se vê facilmente, João Batista pregava o fim dos tempos para seu tempo, para sua época. Para ele, o reino dos céus estava próximo. Isso há 2 mil anos! E o discurso de João Batista é enfatizado também por Jesus. Em Mateus 4: 17, a prova:


“17 Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.”


Portanto, João Batista e Jesus falharam em suas “profecias”. O reino dos céus (a chegada do Messias) não se realizou. Os dois morreram, e a Palestina continuou dominada pelos romanos. Jesus sempre deixou claro que o Messias estava para chegar a fim de pôr um fim ao mal. Em Mateus 10: 23, Jesus diz aos 12 discípulos:


“23 Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do homem.”


Na passagem bíblica acima, Jesus está reunido com os 12 discípulos. Como na época de Jesus não havia liberdade de crença, seus discípulos sofriam perseguições. Eles, com frequência, para fugir de perseguições, corriam de uma cidade para outra. Diante desse quadro triste, Jesus diz a eles que o Filho do Homem apareceria nos céus para pôr um fim a essa perseguição. Jesus afirma que, antes de os discípulos percorrerem as cidades de Israel, o Messias chegaria. Jesus, mais uma vez, falhou. Os discípulos percorreram as cidades de Israel, e o Messias não apareceu. Os discípulos morreram, e o Messias não apareceu.
Em toda a extensão do Novo Testamento, o Messias, óbvio, é aguardado para seu tempo, para sua época. Jesus, mais uma vez, diz isso de forma clara a seus discípulos, em Mateus 16: 27 e 28:


“27 Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras.
 28 Em verdade, vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino.”


Jesus, na passagem bíblica acima, diz a seus discípulos que alguns deles, ainda em vida, iriam ver o Filho do Homem descendo dos céus com seus anjinhos. E o que aconteceu? Jesus morreu. E os discípulos continuaram vivos durante algum tempo. E nenhum deles viu o Filho do Homem descendo do céu, com seu exército de anjinhos. Infelizmente, mais uma vez Jesus falhou. E, como se sabe, todos os discípulos morreram há 2 mil anos.
 Em Mateus 24: 29 -36, Jesus, mais uma vez, diz que, naquela época, naquela geração, o Filho do Homem apareceria no céu com todo poder e glória para pôr um fim ao sofrimento. E o Filho do Homem não apareceu. Veja o versículo 34:


“Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.”


Jesus diz aqui que aquela geração não passaria sem que o Filho do Homem descesse pelo céu com poder e glória. E diz também que aquela geração iria ver o Sol escurecendo e as estrelas caindo do céu. A geração de Jesus e dos discípulos passou há 2 mil anos. E o Filho do Homem não desceu pelo céu, nem o Sol escureceu e nem as estrelas caíram do céu.
E Jesus, bem próximo de sua morte, voltou a dizer a Caifás, o sumo sacerdote, que ele veria o Filho do Homem, naquele momento, descendo pelo céu. Assim, em Mateus 26:64, temos:


“64 Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.”


Jesus falhou mais uma vez. Caifás viveu durante muito tempo depois da morte de Jesus. E não viu o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com um exército de anjinhos.
Bom! As provas acima já são suficientes. Teólogos sérios sabem muito bem que essa volta de Jesus é uma mera fantasia. Isso é apenas uma característica do cristianismo por ser uma religião apocalíptica, ou seja, que prega o fim dos tempos, a vitória do bem sobre o mal. Em nenhuma faculdade séria de teologia espalhada pela Europa, a volta de Jesus é discutida ou pregada.