sábado, 21 de novembro de 2015

TEOLOGIA SÉRIA & TEOLOGIA FANTASIOSA

TEOLOGIA SÉRIA  &  TEOLOGIA FANTASIOSA


Eustáquio
21/11/2015



               Caro leitor,

Antes de qualquer coisa, quero deixar registrado aqui que sou ateu. Chamo-me Eustáquio e tenho quase 400 vídeos acerca de religião no “You Tube”, além de inúmeros artigos sobre o mesmo tema. Muitas pessoas, por pura ignorância, pensam que ateus não estudam teologia. Como essas pessoas estão enganadas!
Pois bem! Você, caro leitor, sabe o que significa o substantivo “teologia”? Se não sabe, sabê-lo-á agora. Teologia é apenas o estudo das questões referentes ao conhecimento das divindades, de seus atributos e relações com o mundo e com os homens. É público e notório que o homem, ao longo de sua existência, cria deuses, seres imaginários. Só para se ter uma ideia, hoje, existem no planeta Terra, no mínimo, dois mil deuses. Percebeu, leitor, como o homem cria deuses? Ao criar deuses, o homem transmite a eles sua cultura. Por exemplo, um povo nômade cria deuses nômades. Um povo guerreiro cria deuses guerreiros. Um povo intolerante cria deuses intolerantes. Um povo pacífico cria deuses pacíficos. Entendeu, leitor? A teologia, então, estuda esses deuses imaginários, seus atributos e suas relações com o homem e com o mundo.
Você, leitor, sabe também que existe a teologia séria e também a teologia fantasiosa? Se não sabe, ficará sabendo agora. A teologia séria é aquela que estuda as divindades sob o método histórico-crítico. Que diabo é isso, esse tal de “método histórico-crítico”? Calma, leitor, que vou lhe explicar! Como o nome já diz, método histórico-crítico é aquele estudo que analisa as divindades sob à luz da história e do senso crítico. Ou seja, é o estudo sério e responsável que leva em consideração a história, os costumes, a realidade social de um povo. Entendeu, leitor, o que é teologia séria? Já a teologia fantasiosa é o estudo superficial, ingênuo e ilusório acerca das divindades. É um estudo fantasioso que despreza a história, os costumes e a realidade social de um povo. Resumindo, é uma teologia doente, manca, superficial, errônea.
A teologia séria está presente em universidades renomadas principalmente nos EUA e na Europa. Ali, estuda-se com isenção e responsabilidade os mais variados textos religiosos. Já a teologia fantasiosa está presente com mais força em inúmeras faculdades de teologia espalhadas pelo mundo. Dependendo da instituição religiosa (Igreja) que administra o curso, essa teologia assume características diferentes. Ou seja, dança conforme a música. Por exemplo, se uma pessoa cursa teologia administrada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, terá uma visão teológica diferente daquela visão de uma pessoa que faz o curso numa faculdade administrada por uma igreja da Assembléia de Deus. Ou seja, cada macaco no seu galho.
Dar-lhe-ei, caro leitor, um exemplo prático das duas teologias. Veja como elas veem a Bíblia cristã. Em Êxodo 20:17, temos:


“17 Não desejarás a casa do próximo. Não desejarás a mulher do próximo...”

Como a teologia fantasiosa vê o mandamento “não desejarás a mulher do próximo”? Ora, a teologia fantasiosa que está nas igrejas cristãs vê o mandamento acima de uma forma totalmente errônea. As igrejas cristãs pregam aos fiéis que o mandamento acima diz respeito tanto à mulher quanto ao homem. Ou seja, o Deus Javé fez a regra acima, segundo a qual o homem casado não podia desejar a mulher do próximo, e a mulher casada não podia desejar o homem da próxima. Ou seja, as igrejas cristãs pregam que esse mandamento valia igualmente para o homem e para a mulher. O QUE É UM GRANDE ERRO!
Por que é um erro? Porque, na sociedade hebraica (Velho Testamento) e na sociedade judaica (Novo Testamento), essa regra só trazia benefícios para o homem, e não para a mulher. Ou seja, essa regra não era aplicada igualmente para o homem e para a mulher, como dizem as igrejas cristãs. Esse mandamento era horrível para a mulher, e excelente para o homem. O homem casado podia trair sua esposa com quantas mulheres desejasse, desde que essas mulheres não pertencessem a outro homem. Já a mulher casada jamais poderia trair seu marido. O homem casado não devia fidelidade conjugal à sua esposa. Já a mulher casada devia fidelidade conjugal ao esposo. Eis a verdade, caro leitor, que qualquer teólogo sério sabe.

A teologia séria estuda com isenção e responsabilidade qualquer texto religioso. Vê determinado texto dentro de seu contexto social. Só assim se chega à verdade. A teologia fantasiosa (igrejas) mostra aos fiéis textos bíblicos isolados, fora de seu contexto social. Daí os erros!

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