Logo de início, envio um abraço para internautas que frequentemente comentam em meus vídeos: Edson Martins, Henrique Agostinho Silvério, Luís Henrique, Aparecido Tadei, Ismael Oliveira, Fábio de Oliveira Lima, Edileusa Franca, Fátima Pereira, Neemias de Sousa e Silva, Josué Coelho, José Hermes, Paulo Gonçalves, Ângela Oliveira, Nádia Soares, Susie Maria, Edson Lemos, Alexandre Aganete, Cláudia Aganete, Ed, Gilberto Cerqueira, Carlos Galfke, João Luiz Costa de Souza, Celso Marcos, Bruno Edson, Nalmira Nascimento e Bruno Edson. Se você, leitor, escreve também em minha página, não fique chateado por não ter sido citado aqui. Mando-lhe também um abraço!
Segunda-feira passada, dia 25 de outubro do corrente ano, reproduzi, em meu canal, um vídeo do ateu Aparecido Tadei, o Aparecido de Bebedouro, com o título “Ateu lê comentários de ateus”. Entre vários comentários, destaca-se o do cristão WIPSON ALVES. Ele escreve assim:
“Vcs vao ver q e real quando tiverem no inferno sendo atormentados pelo seculos dos seculos.”
O cristão Wipson Alves não gostou do que ouviu do ateu Aparecido, que, diga-se de passagem, foi um cristão fervoroso durante 40 anos. Wipson diz que os ateus, quando morrerem, quebrarão a cara porque Deus é real, e eles serão queimados eternamente no fogo do inferno.
Resolvi, então, fazer uma pequena análise sobre esse comentário do cristão Wipson. Rubem Alves foi pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), teólogo com mestrado e doutorado nos EUA, psicanalista, escritor, conferencista e professor universitário. Após o doutorado em teologia, retornando ao Brasil, abandonou o cristianismo, passando a criticá-lo com veemência. Eis, por exemplo, uma de suas afirmações:
“A teologia cristã é um edifício construído sobre o absurdo.”
E um desses absurdos da teologia cristã é o famoso inferno. Pastores evangélicos, principalmente, com ênfase, propagam aos fiéis que, se não aceitarem a Jesus como salvador pessoal, quando morrerem, serão queimados eternamente no fogo do inferno. E os pastores ainda dizem que Jesus é amor! E o pior de tudo é que os fiéis acreditam nessas loucuras. O Wipson Alves é um deles!
Wipson deve espalhar por onde passa que Jesus ama a todos, sem distinção alguma, com uma intensidade inigualável. O amor de Jesus é maior do que o amor que os pais têm pelos filhos. Será verdade, caro leitor, que realmente o amor de Jesus é maior do que o amor que os pais têm pelos filhos? Vamos analisar essa afirmação com profundidade? Vamos! Inicialmente, quando falo sobre Jesus, estou me referindo ao Jesus das narrativas lendárias que estão no Novo Testamento, e não ao Jesus histórico. Veja, leitor, a passagem bíblica abaixo atribuída a Jesus:
“Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.’
Isso está no evangelho de Marcos, capítulo 16, versículo 16. Jesus afirma que, para evitar o fogo eterno do inferno, a pessoa deve crer nele e ser batizada em seu nome. Na verdade, o escritor cristão que escreveu essa maluquice acima, atribuindo-a a um certo Jesus, não tinha a menor ideia do que significa a palavra “amor”. Em primeiro lugar, não se pode exigir de uma pessoa que ela creia em alguém porque o crer não depende da vontade. Está além do querer. Logo, uma pessoa não pode ser punida por algo que não depende de sua vontade. Em segundo lugar, não é verdadeira a afirmação dos cristãos quando dizem que o amor de Jesus por uma determinada pessoa é maior do que o amor que essa pessoa têm por um filho.
Você, leitor, é um cristão ou cristã? Você é pai ou mãe? Se for, então, você anda espalhando essa maluquice por aí, que o amor de Jesus por você é maior que o amor que você sente por seus filhos. Calma, não fique zangado comigo. Vou provar a você que o amor de Jesus não é maior que o amor que você sente por seus filhos. Começo meu discurso, trazendo um fato que ocorreu em minha terra natal, Sobral, no estado do Ceará. Quando eu estava com 16 anos de idade, morava com minha família numa casa de aluguel, na Rua Maria Tomásia. Na rua à esquerda da minha, Rua Padre Fialho, morava dona Alzira com um filho já adulto, o Euclides. Dona Alzira era baixinha, magra e uma costureira de primeira qualidade. Passava o dia diante de sua máquina de costura, que ficava no corredor amplo da casa. Sempre eu passava por lá para conversar um pouco com ela. Seu filho Euclides devia ter, mais ou menos, 32 anos de idade, estava desempregado e com frequência bebia cachaça. Não era um amigo meu. Sabe, leitor, o que ele fazia? Espancava a pobre mãe, uma mulher idosa, baixinha e bem magra. Dona Alzira, coitada, sofria muito com essas agressões físicas do próprio filho. Num certo dia, quando estava sendo espancada, um vizinho, finalmente, teve a iniciativa de ligar para a polícia militar. Quando a viatura policial parou defronte a humilde casa, o povo correu para lá. E eu estava no meio. Dois policiais entraram na casa, pegaram o Euclides, jogando-o dentro do compartimento traseiro. E você, leitor, sabe qual foi a reação da mãe espancada? Ela gritava desesperada, pedindo aos policiais que não levassem seu filho, o filho que a espancava. Como se explica isso, leitor? É fácil explicar: isso, leitor, se chama AMOR DE MÃE! Isso, sim, é amor!
Agora, pergunto-lhe, leitor? Será que o amor de Jesus pelas pessoas é maior que o amor de dona Alzira pelo filho Euclides? Jamais, leitor, jamais! Para ser sincero, nem vejo AMOR presente nesse Jesus dos cristãos. Veja o absurdo da doutrina cristã. Imagine uma mãe ficar feliz ao ver seu filho sofrendo eternamente no fogo do inferno, apenas porque não acreditava num certo Jesus! Leitor, por favor, sinta o problema na pele! Você é mãe? Tem um filho trabalhador, honesto, que a sustenta? Um filho brilhante que deseja vencer na vida para lhe dar um conforto material? Você é uma mãe cristã, mas seu filho é um ateu, ou um budista. Você, mãezinha, desejaria que esse filho queimasse eternamente no fogo do inferno cristão? Você ficaria feliz com isso? Claro que não, não é mesmo, mãezinha? Você, mãe cristã, ama seu filho e jamais desejaria sofrimento, principalmente sofrimento eterno para ele. Mas Jesus, sim! Jesus ficará muito feliz por ver seu filho queimando ETERNAMENTE no fogo do inferno porque era um ateu ou um budista. Percebeu, leitor, como o amor de Jesus pelas pessoas não é maior que o amor de uma mãe qualquer por um filho? É tão simples entender isso! É fácil ver que essa doutrina cristã é extremamente absurda, hedionda!
Até a Justiça brasileira é mais amável que o Jesus dos cristãos. Nenhum preso no Brasil passa por sofrimento físico! O pior estuprador brasileiro, por exemplo, fica preso, mas não sofre castigos físicos. Não sofre queimadura alguma. Toma café pela manhã, almoça e janta. Tem direito a visitas, a tratamento médico, ao trabalho etc. Veja, leitor, estou me referindo a um criminoso hediondo, um estuprador. Ele não sofre tortura física alguma. Já o Jesus dos cristãos condenará ETERNAMENTE ao fogo do inferno qualquer pessoa que não creia nele. Basta não crer! Percebeu, leitor, a loucura da doutrina cristã? Como é possível uma pessoa, no gozo de suas faculdades mentais, aceitar uma doutrina religiosa desse quilate? Quem condena uma pessoa eternamente a um sofrimento deve ser internado num hospital psiquiátrico. E, principalmente, quem condena eternamente uma pessoa apenas porque não acreditou em alguém ou em algo.
O escritor cristão que escreveu a maluquice acima, atribuída a um certo Jesus, era completamente mau e doido! Onde já se viu, punir ETERNAMENTE ao fogo alguém? E, com maior razão, alguém que apenas não conseguiu CRER em Jesus. Imagine, leitor, na fantasia cristã, dona Alzira, que era católica, perguntando a Jesus qual o destino de seu filho Euclides, e Jesus dizendo a ela:
“Seu filho Euclides está queimando eternamente no fogo do inferno!”
Sabe o que dona Alzira diria a Jesus:
“Não, Jesus, não quero meu filho sofrendo eternamente! Eu o amo, sou mãe! Pode me jogar também no fogo do inferno!”
O cristão Wipson Alves, coitado, ainda anda propagando por aí essa maluquice cristã: que o amor de Jesus é maior que o de qualquer mãe por seu filho!!!
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