Esse é o 6º vídeo sobre o manual “Lições Bíblicas, 3º trimestre de 2002, Ética Cristã, confrontando as questões morais”. No vídeo anterior, mostrei um exemplo bíblico que é contrário à afirmação do manual evangélico que está na página 4:
“(...) Graças a Deus, temos o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu: a Palavra de Deus. Ela é lâmpada e luz divinas, tanto para nosso ser interior como para nosso viver exterior.”
Muito bem! Para esse vídeo, trago mais um exemplo bíblico que, novamente, anula a afirmação do manual. É dito acima que a Bíblia é o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu. Ora, caro leitor, se fosse verdadeira essa afirmação, o mundo estaria perdido hoje. Por exemplo, a vida aqui, no Brasil, seria insuportável. Mostrei no 5º vídeo que o incentivo a invasões de terras está presente na Bíblia. Até minha cadela, que se chama Frida, sabe que é contra a ética invadir terras alheias. Na lenda que está em Gênesis, o deus hebreu determina que Abraão saia da sua terra e vá para uma terra alheia, que pertence a outros povos, chamada Canaã. Deus diz a Abraão que expulsará daquelas terras seus reais proprietários a fim de dá-las ao povo de Abraão, ao povo hebreu. Que maldade, caro leitor! E, loucamente, o manual das Assembleias de Deus ainda tem a coragem de afirmar que a Bíblia é o maior e o melhor referencial ético que o mundo já conheceu. E, pior ainda, os cristãos acreditam nessa mentira! Veja, agora, leitor, mais uma passagem bíblica. No livro de Êxodo, capítulo 20, versículo 3, está escrito:
“Não terás outros deuses diante de mim.”
Preste bem atenção, leitor! O que está no capítulo 20 de Êxodo é uma relação de mandamentos que o escritor hebreu, em sua imaginação, atribuiu ao deus hebreu. Na verdade, deus algum existe, deus algum fez lei alguma. É o homem que faz deuses, é o homem que faz leis. Esses 10 mandamentos, que não são 10, não foram criados pelo deus hebreu, mas pelos homens hebreus numa época bastante atrasada em comparação com a época de hoje. Por isso mesmo, são leis muito velhas, malfeitas e extremamente injustas. Líderes cristãos enganam os fiéis, afirmando que são leis maravilhosas porque provenientes do deus hebreu, e, lamentavelmente, os fiéis passam a acreditar nessas mentiras. Veja, novamente, o mandamento acima:
““Não terás outros deuses diante de mim.”
Você, leitor amigo, tem ideia do que esse mandamento significa? Será que é mais um exemplo de ética bíblica, como dizem os cristãos? Será que esse mandamento bíblico transborda ética? Claro que não, amigo leitor! Esse mandamento nada tem a ver com ética, ao contrário, é contra a ética, é antiético! Esse mandamento, na verdade, é mais uma monstruosidade bíblica. Está destruindo a liberdade de crença religiosa, está afirmando que as pessoas não são livres para adorar outros deuses ou divindades, além do deus hebreu. Quem adorar outros deuses deverá ser morto! Eis a verdade acerca desse mandamento!
O mundo da Bíblia era um mundo terrível, muito diferente do mundo atual em que vivemos. Não havia liberdade de culto, não havia liberdade de crença. Nessa lenda horrível, o deus hebreu entrega 10 leis a Moisés, no monte Sinai, para que o povo hebreu as siga. Quando Moisés desce do monte, vê que seu povo está adorando outro deus, o deus Bezerro de Ouro. E o que Moisés faz? Ora, ele manda que seus soldados matem, ao fio da espada, os hebreus que estavam adorando outro deus. E os soldados matam 3 mil hebreus porque estavam apenas adorando outro deus. Que maldade, amigo leitor! Essa maldade está no livro de Êxodo, capítulo 32. É fácil ver que esse mandamento bíblico nada tem a ver com ética, ao contrário, é antiético, contra a ética. A ética nos recomenda que devemos respeitar a crença dos outros, que cada cidadão é livre para seguir qualquer religião, para adorar os deuses que quiser. Ou seja, a ética é contrária à Bíblia. E o manual evangélico ainda tem a coragem de afirmar que a Bíblia é o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu! Que absurdo!
A Bíblia, caro leitor, não é ética, mas a Constituição Federal é! Aquilo que é negado pela Bíblia ( a liberdade de crença) é defendido pela Constituição brasileira. A Constituição garante às pessoas a liberdade de crença! A Bíblia nega! Entendeu, leitor? No artigo 5º, inciso VI, está escrito:
“É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”
Viu, aí, leitor, a enorme diferença entre a Bíblia e a Constituição Federal? Na Bíblia, era proibida a liberdade de crença. Os hebreus só deveriam adorar o deus hebreu. Não havia liberdade de crença, não havia liberdade religiosa. Se um homem hebreu adorasse outro deus, o que ocorria sempre, era condenado à pena de morte. Uma lei insana, uma lei má, uma lei injusta! Na Constituição Federal, tudo diferente! No Brasil, a liberdade de crença é inviolável, ou seja, ninguém pode violá-la, ninguém pode, por exemplo, punir outra pessoa por adorar deuses diferentes. É livre a crença religiosa! A Constituição é, pois, ética!!!!
Na lenda bíblica, Moisés mandou matar 3 mil hebreus apenas porque estavam adorando outro deus. Se esses 3 mil hebreus estivessem vivos hoje e morando no Brasil, nenhum mal teria acontecido a eles porque estavam exercendo o direito constitucional à liberdade de crença. Percebeu, leitor, como a Bíblia nada tem de ética?
Lamentavelmente, cristãos, que passam por lavagem cerebral religiosa, ficam ainda hoje e sempre elogiando a Bíblia sem perceberem o absurdo. E, por incrível que pareça, os cristãos adoram a liberdade de crença, só que não percebem que essa liberdade não existe na Bíblia.
Na verdade, quem defende a liberdade de crença não pode defender a Bíblia.
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