domingo, 31 de outubro de 2021

PASTOR CLÁUDIO DUARTE E A BÍBLIA ( 1º )

                                                        Vou começar a análise acerca do livreto do pastor Cláudio Duarte, com o título “Reconstruindo as verdades de DEUS”, a partir da apresentação, nas páginas 5 e 6, feita por Biramar Martins, diretor executivo da Editora Giofer. Sobre a família, ele assim escreve:

 


“O contexto das mensagens do pastor Cláudio Duarte sempre envolve família. (...) Em uma sociedade secularizada é necessária uma atenção redobrada com a família. Os valores e princípios que norteiam o bom andamento da sociedade têm sido substituídos por ‘verdades humanas’ e isso tem levado a sociedade a um caos existencial, um conflito de valores e uma decadência moral e o único remédio capaz de curar essa disfunção da sociedade é a verdade de Deus, única e absoluta, contida na Bíblia sagrada.”



Você, leitor, entendeu o recado dado pelo Biramar Martins? Ele está apresentando aos leitores o livreto do pastor Cláudio Duarte. Diz Biramar que as mensagens do pastor sempre envolvem a família. Afirma também que a família hoje passa por uma decadência moral, um caos existencial, porque as pessoas se afastaram de Deus, abandonaram as características da família presente na Bíblia.

Essas afirmações de Biramar Martins me levam a trazer aqui, novamente, Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, que era judeu e ateu. Freud deixou registrado que, diferentemente do homem racional, o homem religioso se satisfaz com fundamentações miseráveis para seus pontos de vista. E aqui está Biramar Martins comprovando que Freud tinha razão. Ora, é uma ignorância sem fim alguém afirmar que os modelos de família presentes na Bíblia eram dignos de elogio, de incentivo, de imitação. Uma aberração! Na verdade, a família de hoje é dez milhões de vezes melhor que as famílias bíblicas, o que vou mostrar ao longo dessa série. 

Biramar Martins e o pastor Cláudio Duarte dizem que o deus hebreu fixou regras para fixação da família exemplar. Ora, deus algum existe, deus algum criou os modelos familiares que estão na Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse. Nas narrativas lendárias bíblicas, é fácil ver o fracasso e a decadência moral das famílias, a partir da lendária família de Adão e Eva. 

Livros religiosos, principalmente evangélicos, só levam os leitores ao erro. Um leitor inteligente, conhecedor dos textos bíblicos e dos costumes das sociedades hebraica e judaica, percebe logo a fragilidade desses manuais cristãos. Para esse vídeo, o primeiro da série, vou trazer um exemplo da ignorância dos cristãos. No 31 de outubro de 2002, ocorreu, em São Paulo, um caso hediondo. Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos mataram com marretadas o casal Manfred e Marísia Richthofen, pais de Suzane Von Richthofen, a mando desta. A filha deu a ordem para que seus próprios pais fossem assassinados. E o que cristãos, na época, propagaram? Ora, propagaram que as famílias tinham abandonado o deus hebreu, que as famílias passavam por uma decadência moral. Ora, o caso de Suzane Von Richthofen é fichinha diante dos absurdos familiares que estão na Bíblia. Para começar, leitor, veja o primeiro exemplo da deterioração familiar na Bíblia. Em Gênesis, capítulo 4, versículo 8:



“Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.”




Veja, leitor, que, nessa lenda bíblica, aparece uma família composta por apenas 4 pessoas: Adão, Eva, Caim e Abel. Era um modelo de família exemplar, como pregam os cristãos Biramar Martins e o pastor Cláudio Duarte? Ora, quando havia apenas 1 família na Terra, composta por apenas 4 pessoas, já surgiu aí um homicídio, e um dos mais repugnantes, quando um irmão mata o outro. Como é que um cristão, então, pode dizer, hoje, diante de um homicídio praticado por um irmão contra o outro, que isso se deve à decadência moral da família por ter se esquecido do deus hebreu? No Brasil, atualmente, há mais de 200 milhões de habitantes. Ocorrem muitos homicídios entre familiares, mas, na Bíblia, a situação era pior. Repito: nela ocorreu um homicídio envolvendo irmão contra irmão quando havia apenas 4 pessoas no mundo. 

A decadência moral da família na Bíblia, claro, é mais gritante! 


quarta-feira, 27 de outubro de 2021

JESUS É AMOR!!!

                                                                           Logo de início, envio um abraço para internautas que frequentemente comentam em meus vídeos: Edson Martins, Henrique Agostinho Silvério, Luís Henrique, Aparecido Tadei, Ismael Oliveira, Fábio de Oliveira Lima, Edileusa Franca, Fátima Pereira, Neemias de Sousa e Silva, Josué Coelho, José Hermes, Paulo Gonçalves, Ângela Oliveira, Nádia Soares, Susie Maria, Edson Lemos, Alexandre Aganete, Cláudia Aganete, Ed, Gilberto Cerqueira, Carlos Galfke, João Luiz Costa de Souza, Celso Marcos, Bruno Edson, Nalmira Nascimento e Bruno Edson. Se você, leitor, escreve também em minha página, não fique chateado por não ter sido citado aqui. Mando-lhe também um abraço!

Segunda-feira passada, dia 25 de outubro do corrente ano, reproduzi, em meu canal, um vídeo do ateu Aparecido Tadei, o Aparecido de Bebedouro, com o título “Ateu lê comentários de ateus”. Entre vários comentários, destaca-se o do cristão WIPSON ALVES. Ele escreve assim:

“Vcs vao ver q e real quando tiverem no inferno sendo atormentados pelo seculos dos seculos.”


O cristão Wipson Alves não gostou do que ouviu do ateu Aparecido, que, diga-se de passagem, foi um cristão fervoroso durante 40 anos. Wipson diz que os ateus, quando morrerem, quebrarão a cara porque Deus é real, e eles serão queimados eternamente no fogo do inferno. 

Resolvi, então, fazer uma pequena análise sobre esse comentário do cristão Wipson. Rubem Alves foi pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), teólogo com mestrado e doutorado nos EUA, psicanalista, escritor, conferencista e professor universitário. Após o doutorado em teologia, retornando ao  Brasil, abandonou o cristianismo, passando a criticá-lo com veemência. Eis, por exemplo, uma de suas afirmações:


“A teologia cristã é um edifício construído sobre o absurdo.”


E um desses absurdos da teologia cristã é o famoso inferno. Pastores evangélicos, principalmente, com ênfase, propagam aos fiéis que, se não aceitarem a Jesus como salvador pessoal, quando morrerem, serão queimados eternamente no fogo do inferno. E os pastores ainda dizem que Jesus é amor! E o pior de tudo é que os fiéis acreditam nessas loucuras. O Wipson Alves é um deles!

Wipson deve espalhar por onde passa que Jesus ama a todos, sem distinção alguma, com uma intensidade inigualável. O amor de Jesus é maior do que o amor que os pais têm pelos filhos. Será verdade, caro leitor, que realmente o amor de Jesus é maior do que o amor que os pais têm pelos filhos? Vamos analisar essa afirmação com profundidade? Vamos! Inicialmente, quando falo sobre Jesus, estou me referindo ao Jesus das narrativas lendárias que estão no Novo Testamento, e não ao Jesus histórico. Veja, leitor, a passagem bíblica abaixo atribuída a Jesus:


“Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.’





Isso está no evangelho de Marcos, capítulo 16, versículo 16. Jesus afirma que, para evitar o fogo eterno do inferno, a pessoa deve crer nele e ser batizada em seu nome. Na verdade, o escritor cristão que escreveu essa maluquice acima, atribuindo-a a um certo Jesus, não tinha a menor ideia do que significa a palavra “amor”. Em primeiro lugar, não se pode exigir de uma pessoa que ela creia em alguém porque o crer não depende da vontade. Está além do querer. Logo, uma pessoa não pode ser punida por algo que não depende de sua vontade. Em segundo lugar, não é verdadeira a afirmação dos cristãos quando dizem que o amor de Jesus por uma determinada  pessoa é maior do que o amor que essa pessoa têm por um filho. 

Você, leitor, é um cristão ou cristã? Você é pai ou mãe?  Se for, então, você anda espalhando essa maluquice por aí, que o amor de Jesus por você é maior que o amor que você sente por seus filhos. Calma, não fique zangado comigo. Vou provar a você que o amor de Jesus não é maior que o amor que você sente por seus filhos. Começo meu discurso, trazendo um fato que ocorreu em minha terra natal, Sobral, no estado do Ceará. Quando eu estava com 16 anos de idade, morava com minha família numa casa de aluguel, na Rua Maria Tomásia. Na rua à esquerda da minha, Rua Padre Fialho, morava dona Alzira com um filho já adulto, o Euclides. Dona Alzira era baixinha, magra e uma costureira de primeira qualidade. Passava o dia diante de sua máquina de costura, que ficava no corredor amplo da casa. Sempre eu passava por lá para conversar um pouco com ela. Seu filho Euclides devia ter, mais ou menos, 32 anos de idade, estava desempregado e com frequência bebia cachaça. Não era um amigo meu. Sabe, leitor, o que ele fazia? Espancava a pobre mãe, uma mulher idosa, baixinha e bem magra. Dona Alzira, coitada, sofria muito com essas agressões físicas do próprio filho. Num certo dia, quando estava sendo espancada, um vizinho, finalmente, teve a iniciativa de ligar para a polícia militar. Quando a viatura policial parou defronte a humilde casa, o povo correu para lá. E eu estava no meio. Dois policiais entraram na casa, pegaram o Euclides, jogando-o dentro do compartimento traseiro. E você, leitor, sabe qual foi a reação da mãe espancada? Ela gritava desesperada, pedindo aos policiais que não levassem seu filho, o filho que a espancava. Como se explica isso, leitor? É fácil explicar: isso, leitor, se chama AMOR DE MÃE! Isso, sim, é amor!

Agora, pergunto-lhe, leitor? Será que o amor de Jesus pelas pessoas é maior que o amor de dona Alzira pelo filho Euclides? Jamais, leitor, jamais! Para ser sincero, nem vejo AMOR presente nesse Jesus dos cristãos. Veja o absurdo da doutrina cristã. Imagine uma mãe ficar feliz ao ver seu filho sofrendo eternamente no fogo do inferno, apenas porque não acreditava num certo Jesus! Leitor, por favor, sinta o problema na pele! Você é mãe? Tem um filho trabalhador, honesto, que a sustenta? Um filho brilhante que deseja vencer na vida para lhe dar um conforto material? Você é uma mãe cristã, mas seu filho é um ateu, ou um budista. Você, mãezinha, desejaria que esse filho queimasse eternamente no fogo do inferno cristão? Você ficaria feliz com isso? Claro que não, não é mesmo, mãezinha? Você, mãe cristã, ama seu filho e jamais desejaria sofrimento, principalmente sofrimento eterno para ele. Mas Jesus, sim! Jesus ficará muito feliz por ver seu filho queimando ETERNAMENTE no fogo do inferno porque era um ateu ou um budista. Percebeu, leitor, como o amor de Jesus pelas pessoas não é maior que o amor de uma mãe qualquer por um filho? É tão simples entender isso! É fácil ver que essa doutrina cristã é extremamente absurda, hedionda! 

Até a Justiça brasileira é mais amável que o Jesus dos cristãos. Nenhum preso no Brasil passa por sofrimento físico! O pior estuprador brasileiro, por exemplo, fica preso, mas não sofre castigos físicos. Não sofre queimadura alguma. Toma café pela manhã, almoça e janta. Tem direito a visitas, a tratamento médico, ao trabalho etc. Veja, leitor, estou me referindo a um criminoso hediondo, um estuprador. Ele não sofre tortura física alguma. Já o Jesus dos cristãos condenará ETERNAMENTE ao fogo do inferno qualquer pessoa que não creia nele. Basta não crer! Percebeu, leitor, a loucura da doutrina cristã? Como é possível uma pessoa, no gozo de suas faculdades mentais, aceitar uma doutrina religiosa desse quilate? Quem condena uma pessoa eternamente a um sofrimento deve ser internado num hospital psiquiátrico. E, principalmente, quem condena eternamente uma pessoa apenas porque não acreditou em alguém ou em algo. 

O escritor cristão que escreveu a maluquice acima, atribuída a um certo Jesus, era completamente mau e doido! Onde já se viu, punir ETERNAMENTE ao fogo alguém? E, com maior razão, alguém que apenas não conseguiu CRER em Jesus. Imagine, leitor, na fantasia cristã, dona Alzira, que era católica, perguntando a Jesus qual o destino de seu filho Euclides, e Jesus dizendo a ela:


“Seu filho Euclides está queimando eternamente no fogo do inferno!”


Sabe o que dona Alzira diria a Jesus:


“Não, Jesus, não quero meu filho sofrendo eternamente! Eu o amo, sou mãe! Pode me jogar também no fogo do inferno!”


O cristão Wipson Alves, coitado, ainda anda propagando por aí essa maluquice cristã: que o amor de Jesus é maior que o de qualquer mãe por seu filho!!!


terça-feira, 26 de outubro de 2021

ATEU HENRIQUE X CRISTÃO RENATO ( 10º )

                                                                            Esse é o 10º vídeo da série “Ateu Henrique X Cristão Renato Romão”. Uma série em que analiso algumas afirmações do cristão Renato Romão presentes no debate ao vivo com o ateu Henrique. Esse debate rendeu um vídeo com duração de 3 horas, 58 minutos e 54 segundos, encontrando-se à disposição de qualquer pessoa nos canais de Ismael Oliveira (o intermediador) e de Henrique

No tempo de 2 horas, 16 minutos e 47 segundos, o cristão Renato Romão diz ao ateu Henrique:



“(...) Henrique, mas de maneira nenhuma Deus vai intervir, Henrique! Isso é o que eu quero que você entenda! 



E o Henrique assim se manifesta:


“(...) Então? Mas, na Bíblia, ele intervém, cara! Hein, na Bíblia, ele intervém, cara!”


Mais uma vez, quero dizer que nada tenho contra o cristão Renato Romão. É um bom rapaz, simpático e educado. O problema é que é um homem religioso, um cristão evangélico, por isso não diz coisa por coisa. Na passagem acima, o ateu Henrique, que foi cristão evangélico durante 20 anos, diz ao Renato que o deus da Bíblia intervém, em todas as páginas, na vida de seu povo, o povo hebreu. Diante dessa afirmação do ateu, Renato diz que, de maneira alguma, o deus hebreu intervém. Por favor, leitor, pare de rir porque está tirando minha concentração aqui. Em seguida, Henrique fornece ao Renato até um exemplo bíblico da intervenção do deus hebreu, trazendo a lenda de Jonas, que se localiza no livro de Jonas, com apenas 4 capítulos. Por favor, leitor, leia essa lenda, e você verá que o ateu Henrique tem razão quando diz que o deus hebreu, em toda a Bíblia, intervém na vida das pessoas. Nessa lenda, o deus hebreu interveio na vida de Jonas, enviando um grande peixe que engoliu Jonas, mantendo-o em seu ventre durante 3 dias e 3 noites, para, depois, devolvê-lo à terra vivo e feliz. Veja, leitor, a prova da INTERVENÇÃO do deus hebreu, no capítulo 1, versículo 17:


“Deparou o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas…”


Percebeu, leitor, como o ateu Henrique afirmou uma verdade bíblica, a de que o deus hebreu intervém na vida das pessoas em cada página? De acordo com a lenda bíblica acima, quem deparou, quem colocou um grande peixe para que engolisse Jonas:


  1. Jair Messias Bolsonaro

  2. Silas Malafaia

  3. Edir Macedo

  4. Satanás

  5. O deus hebreu


Se você marcou a opção “E”, acertou! Parabéns! O deus hebreu! Quando Henrique acabou de citar esse exemplo, o cristão Renato Romão acabou concordando. Ou seja, Renato está mais perdido que cego em tiroteio em uma das favelas do Rio de Janeiro. E o Henrique não parou, não mudou de assunto, continuou dizendo que hoje o deus hebreu, por exemplo, não intervém para salvar uma mulher que está sendo estuprada ou assaltada. 

A fé religiosa faz um estrago no cérebro humano. Ela corrói os neurônios, afetando a racionalidade de seu portador. Por isso, religiosos não dizem coisa por coisa, não conseguem formular um raciocínio. Veja, novamente, a afirmação do cristão Renato:


“(...) Henrique, mas de maneira nenhuma Deus vai intervir, Henrique! Isso é o que eu quero que você entenda!”


Você, leitor, acabou de ver que, nas lendas bíblicas, o deus hebreu intervém a todo momento, contrariando a afirmação do cristão Renato. Veja agora como a pessoa religiosa não consegue raciocinar. Quando uma mulher cristã escapa de um estupro, a polícia aparece no momento em que o bandido vai penetrá-la, o que ela diz? Ora, essa mulher cristã dirá a todos que Deus resolveu intervir para salvá-la, enviando a polícia. Ou seja, Deus interveio!!! Imagine agora, leitor, outra situação. Outra mulher cristã não teve a mesma “sorte”, a polícia não apareceu, e ela foi estuprada. E aí ela perguntará a seu pastor evangélico por que Deus não interveio para salvá-la. E o pastor lhe dirá:

“Deus, minha filha, não pode intervir no livre-arbítrio! Cada um é responsável pelos seus atos!”


Percebeu, leitor, a loucura dita pelo pastor evangélico? Diante da mulher cristã que escapou do estupro, ele pregará em sua igreja que isso ocorreu porque Deus resolveu intervir, agir, Deus interveio no livre-arbítrio do criminoso. Já diante da mulher cristã que foi estuprada, ele dirá que Deus não pode intervir no livre-arbítrio do criminoso. Entendeu, leitor, a maluquice do pastor evangélico? E isso a gente vê todos os dias, em igrejas cristãs e em programas evangélicos nas televisões? De acordo com a fantasia cristã, Deus intervém ou não pode intervir. 

Se a cristã escapa de um estupro ou de um acidente, Deus interveio. 

Se não escapa, Deus não pode intervir. Entendeu a maluquice, leitor? 

Como afirmei acima, o ateu Henrique foi um cristão evangélico durante 20 anos, saía por aí pregando o Evangelho para conquistar fiéis. 20 anos nessa ilusão religiosa! Colocou o cérebro para funcionar, e se tornou um ateu convicto. Livre de qualquer tipo de superstição!

Torço para que o cristão Renato Romão consiga também encontrar essa luz.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

ATEU HENRIQUE X CRISTÃO RENATO ( 9º )

                                                                            Esse é o 9º vídeo da série “Ateu Henrique X Cristão Renato Romão”. Uma série em que analiso algumas afirmações do cristão Renato Romão presentes no debate ao vivo com o ateu Henrique. Esse debate rendeu um vídeo com duração de 3 horas, 58 minutos e 54 segundos, encontrando-se à disposição de qualquer pessoa nos canais de Ismael Oliveira (o intermediador) e de Henrique

No tempo de 2 horas, 10 minutos e 16 segundos, o ateu Henrique diz ao cristão Renato Romão:



“(...) Esse Deus aí, Deus põe a mulher abaixo de tudo que é cachorro, na Bíblia.”



O cristão Renato se manifesta assim:



“É outra falácia, Henrique!” É outra falácia!”


E o Henrique:



“(...) Perante a Bíblia, a mulher só servia, entendeu, não tinha direito nenhum, cara!”


E o cristão Renato:



“(...) Rute não teve, né, direito? Rute, Noemi, Sara…”


Muito bem! Novamente, deixo registrado aqui que nada tenho contra o cristão Renato Romão. Ele é uma pessoa boa, simpática e educada. O problema é que ele é um homem religioso, um cristão evangélico. O ateu Henrique traz aqui a mulher, a fêmea. No mundo antigo, era consagrada a inferioridade da mulher diante do homem, do macho. Aqui mesmo, no Brasil, as leis colocavam a mulher num plano inferior. Por exemplo, há poucos anos, a mulher brasileira só podia oferecer queixa contra seu marido se ele permitisse. Com o surgimento da Constituição Federal de 1988, isso acabou. A mulher não necessita mais do consentimento do marido. Agora, homem e mulher estão equiparados em direitos e obrigações. 

E na Bíblia? Na Bíblia, a situação da mulher era milhões de vezes pior do que a situação da mulher brasileira antes da Constituição Federal de 1988. Milhões de vezes pior! O ateu Henrique não é um historiador, porém, possui esse conhecimento. O cristão Renato Romão também não é um historiador, todavia, por causa da lavagem cerebral cristã, finge não ter esse conhecimento. Henrique diz a ele que, na Bíblia, a mulher só servia, sendo-lhe negados os direitos mais elementares. Uma verdade incontestável! E o cristão Renato diz ao Henrique que isso é uma falácia, ou seja, uma afirmação falsa. E Renato traz exemplos de que a Bíblia iguala em direitos homem e mulher, citando como exemplos Rute, Noemi e Sara. Por favor, leitor, não ria porque prejudicará  minha explicação aqui. 

Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, que era judeu e ateu, já dizia que a fé religiosa conduz seu portador a um estado semelhante ao de amência, demência, uma confusão alucinatória radiante. E aqui está o cristão Renato Romão confirmando a veracidade da afirmação freudiana. Ao contrário do que diz Renato, em toda a Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, a mulher apanha, apanha, apanha. Já que o Renato é um cristão, então vou trazer logo textos do apóstolo Paulo de Tarso que estão no Novo Testamento, e você, leitor, verá facilmente a visão ignorante e defeituosa sobre a mulher, a fêmea. Em 1 Coríntios, capítulo 10, versículos 8 e 9, Paulo escreve:


“Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem.”


Paulo de Tarso diz que a mulher, nas igrejas, deve cobrir com um véu a cabeça. Já o homem, o macho, não! Não pode cobrir sua cabeça. E aí Paulo explica, afirmando que a mulher foi criada por causa do homem, e não o homem por causa da mulher, que a mulher foi feita a partir do homem, e não o homem a partir da mulher. Qualquer pessoa, por mais burra que seja, verá a discriminação em relação à mulher. Mas um cristão, por causa da cegueira religiosa, não consegue ver. Paulo de Tarso está se referindo à lenda de Adão e Eva. O escritor hebreu que escreveu essa lenda, que não se chamava Moisés, vivia numa sociedade patriarcal, em que o homem predominava em detrimento da mulher. Por isso, na lenda, o deus hebreu criou primeiramente o homem, o macho. Somente depois é que resolveu fazer a mulher, a fêmea. E o homem foi uma criação direta do deus hebreu. Já a mulher, uma criação secundária, a partir de uma costela do homem. É fácil ver a visão defeituosa e ingênua acerca da mulher, em benefício do homem, porém, o cristão Renato Romão, mesmo usando óculos de grau, não consegue visualizar. Na lenda, a mulher apanha em todos os ângulos. Adão, como era macho, não foi enganado pela Serpente, mas a burra mulher Eva. Veja, leitor, novamente, a ignorância do apóstolo Paulo, em 1 Timóteo, capítulo 2, versículo 14:


“E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.”


Paulo de Tarso afirma que o macho Adão não foi iludido pela Serpente porque era homem. A mulher Eva é que foi enganada porque era fêmea, fraca, imbecil. E Paulo não para por aí. Em 1 Coríntios, capítulo 14, versículos 34 e 35, ele escreve:


“Conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina. Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja.”


Mais uma vez, é fácil ver a situação precária da mulher, sua inferioridade, nos textos cristãos, mas, o cristão Renato, mesmo usando óculos de grau, não consegue ver. Por quê? Por causa da lavagem cerebral cristã! Veja, leitor, mais um exemplo bíblico que mostra a inferioridade da mulher diante do macho. No livro Levítico, capítulo 12, versículos 1, 2, 4 e 5, está escrito:





“Disse mais o Senhor a Moisés:

 Fala aos filhos de Israel: Se uma mulher conceber e tiver um menino, será imunda sete dias; como nos dias da sua menstruação, será imunda.

 Depois, ficará ela trinta e três dias a purificar-se do seu sangue; nenhuma coisa santa tocará…

  

 Mas, se tiver uma menina, será imunda duas semanas, como na sua menstruação; depois, ficará sessenta e seis dias a purificar-se do seu sangue.”

 


Em primeiro lugar, veja a expressão  bíblica inicial:



 “Disse mais o Senhor a Moisés”



Um cristão lê isso aí e pensa que realmente uma entidade “espiritual” inteligentíssima deu essa ordem a um cidadão hebreu chamado Moisés. Nada disso! Esse relato é mais uma criação de um hebreu. Deus algum existe, deus algum fala com alguém. Vê-se facilmente que esse discurso não veio de um cérebro inteligente, mas de um cérebro de um homem hebreu limitado ao conhecimento de sua época. Esse homem hebreu, e não um deus inteligente, via a mulher como um ser inferior ao homem, razão por que fixou essa regra em detrimento da fêmea. Esse homem hebreu tinha até uma visão errônea também sobre a menstruação.

Esse homem hebreu diz que, se uma mulher hebreia parir um MENINO, um macho, ficará imunda durante 7 dias, e, para se purificar, precisará de 33 dias. 

E se nascer uma MENINA, uma fêmea? Se nascer uma MENINA, aí a coisa piora: a mulher ficará imunda durante 14 dias, o dobro. E, para se purificar, necessitará de 66 dias, o dobro também. Entendeu, leitor, a discriminação injusta apenas levando em consideração o SEXO da criança? Se a criança for mulher, fêmea, tudo piora!!! Era essa a visão negativa desde a infância em relação à mulher. E veja mais absurdos: esse hebreu que escreveu esse texto, e não um deus inteligente, entendia que uma mulher após o parto se tornava imunda e que, durante a menstruação, também era imunda. Vê-se que o mundo bíblico era um mundo muito ignorante e discriminatório em relação à fêmea. Ainda assim, o cristão Renato Romão, mesmo fazendo uso de óculos de grau, não consegue visualizar. 


Veja mais uma discriminação bíblica em relação à mulher. Em Êxodo, capítulo 20, versículo 14, está escrito:



                                 “Não adulterarás.



Um cristão lê esse mandamento e pensa que o “não adulterarás” era uma ordem igual para o homem e para a mulher. Não, não era! Era uma ordem desigual, boa para o homem, mas péssima para a mulher. Como era isso, então? Era assim: o homem hebreu casado podia trair sua esposa, desde que as amantes não fossem do próximo, de outro hebreu. Por que isso? Ora, porque a mulher era considerada propriedade do homem. Se um homem pegasse a mulher de outro estaria ofendendo seu patrimônio. Já a esposa hebreia não podia trair o esposo em hipótese alguma, nem com homem solteiro. Já que ela era uma propriedade do marido, então, devia obediência a ele. O marido não devia obediência à mulher. Entendeu, leitor, como a mulher apanhava na Bíblia? Mas o cristão Renato Romão, mesmo usando óculos de grau, não consegue enxergar. 

Renato, acima, pronunciou 3 nomes de mulheres bíblicas: Rute, Noemi e Sara. Ora, nenhuma delas exerceu função de comando. Eram mulheres, fêmeas, e só serviam para parir. A lendária Sara viu seu esposo Abraão fazendo sexo com a escrava Agar e sua felicidade se resumia em parir, e nada mais. Rute, coitada, para conquistar um homem, ainda solteira, foi se deitar com ele, e Noemi é quem lhe deu a ideia. Como se vê, o cristão Renato Romão, com todo respeito, está mais por fora do que bunda de índio! 

Enfim, quando eu vejo uma mulher elogiando a Bíblia, sinto dó porque ela não tem a menor ideia do que está elogiando!