sexta-feira, 6 de agosto de 2021

VOCÊ DEVE ACREDITAR EM JESUS

                                            Esse é o 3º vídeo que faço acerca do maravilhoso vídeo de Atenéia Araújo, com o título ““Desconstruindo a onisciência do deus Javé”, com duração de 24 minutos e 29 segundos. Atenéia foi uma cristã fervorosa, porém, hoje, é uma ateia convicta. No tempo de 1 minuto e 8 segundos, Atenéia diz:



“(...) que eu me lembro, que uma vez uma mulher me disse: ‘Olhe, minha filha, não diga que não acredita em Deus, você tem que acreditar em Deus, tem que acreditar em Jesus, que morreu por seus pecados. E eu até disse: olhe, como é que Jesus pode ter morrido por meus pecados, se eu nem existia quando ele foi crucificado?”



Antes de analisar a fala de Atenéia Araújo, trago aqui dois comentários expostos no vídeo anterior, um de Edson Martins, e o outro de Edileusa Franca. Edson escreve:




                                            “Desculpe! 

É preciso ser muito burro, muito ignorante,  muito ingênuo e muito medroso para defender essas bobeiras da Bíblia. 

A realidade massacra a ilusão religiosa.”


E a Edileusa Franca:



“Olá professor!! Não entendo como que os crentes não percebem isso, mas, o problema deles , é o medo, acreditam no inferno!”



Edson Martins e Edileusa Franca ficam abismados diante da crença absurda dos cristãos nos textos bíblicos. Segundo Edson, para levar a sério as passagens bíblicas, a pessoa só pode ser muito burra, extremamente ignorante e excessivamente medrosa. E a Edileusa bate na mesma tecla, afirmando que o medo do imaginário inferno leva os cristãos a acreditarem nessas fantasias. 




Muito bem! Passo a analisar agora a fala de Atenéia Araújo. Ela diz que, certa vez, uma mulher evangélica lhe disse que deveria acreditar no deus da Bíblia, que deveria acreditar em Jesus. E lhe disse também que Jesus havia morrido pelos pecados cometidos por Atenéia. Essa mulher evangélica, coitada, não tem a menor ideia da maluquice proferida por ela. Por causa da fé religiosa, que cega seus portadores, ela passa a pronunciar palavras que não possuem sentido algum, que causam espanto a quem raciocina, a quem está fora da ilusão religiosa. Na fala da evangélica, duas aberrações presentes:



a) obrigatoriedade da crença em Deus e em Jesus;

b) Jesus morreu pelos pecados de Atenéia Araújo.



A mulher evangélica disse à Atenéia que ela devia acreditar em Deus e em Jesus. A pobre mulher cristã não tem a menor ideia do que significa a palavra “acreditar”. Nenhum ser humano tem que acreditar em algo ou em alguém. É impossível exigir que alguém acredite ou deixe de acreditar. Por que é impossível? Ora, porque o acreditar não depende da vontade da pessoa. O acreditar está além do domínio de uma pessoa, daí a impossibilidade de sua exigência. Assim, ninguém pode ser punido por acreditar ou não acreditar. Entendeu, amigo leitor?

                                   A mulher evangélica disse que Atenéia tem que acreditar em Deus e em Jesus. Impossível!!! Não se pode exigir de Atenéia que ela acredite no deus da Bíblia, em Jesus, em Buda, em Maomé, no deus Brahma, no deus Alá, em lobisomem, na mula sem cabeça etc. Não se pode exigir isso à Atenéia porque o acreditar não depende da vontade dela, mas de elementos exteriores a essa vontade. Por exemplo, você, leitor, não acredita que a cloroquina é eficaz no combate à covid-19. Você não acredita nisso, mas aparece uma pessoa lhe dizendo que você deve acreditar na eficácia do remédio. Você vai acreditar apenas porque uma pessoa lhe exige isso? Claro que não! Seu cérebro não vai aceitar essa imposição. Você somente acreditará na eficácia da cloroquina se surgir comprovação científica nesse sentido. Aí você acreditará. Veja que você só acreditou porque surgiu um elemento exterior à sua vontade, a comprovação científica. A mulher evangélica, coitada, não tem a menor ideia de que o acreditar não pode ser exigido de uma pessoa. Ela espalha a ignorância do cristianismo, a de que, se você não acreditar em Jesus, será queimado eternamente no fogo do inferno. Que maluquice! Veja o que é atribuído a Jesus no evangelho de Marcos, capítulo 16, versículo 16:



“Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.”




Essa passagem bíblica é atribuída a Jesus, atribuída, e não de um homem inteligente chamado Jesus. Quem escreveu esse texto, com certeza, não regulava bem da cabeça. Uma pessoa completamente sem juízo, desequilibrada e com uma péssima noção de bondade. Essa pessoa perturbada está exigindo que o povo acredite obrigatoriamente em Jesus, do contrário, quando morrer, será condenado eternamente ao fogo do inferno. Percebeu, leitor, o absurdo acima? O escritor bíblico, maluco, está exigindo que pessoas acreditem em Jesus, como se o acreditar dependesse da vontade das pessoas! Imagine, leitor, uma pessoa exigindo que você acredite em Buda, do contrário, será condenado. Uma pessoa exigindo que você acredite em Maomé, do contrário, será condenado. Uma pessoa exigindo que você acredite na cloroquina, do contrário, será condenado. Uma pessoa exigindo que você acredite em lobisomem, do contrário, será condenado. Entendeu a maluquice, leitor amigo? Você, leitor, não pode ser condenado por não crer em Jesus, em Buda, em Maomé, em lobisomem, em cloroquina. Não pode ser condenado porque o crer não depende de sua vontade! A mulher evangélica exigiu, pois, uma coisa impossível de Atenéia, a crença em Deus e em Jesus. A evangélica poderia ter exigido que Atenéia, por exemplo, estudasse para um concurso público. Poderia ter exigido que Atenéia não fosse a uma praia qualquer. Estudar para um concurso e não ir a uma praia são coisas que Atenéia pode fazer, gostando ou não. Todavia, ela não pode ser obrigada a acreditar em Deus, em Jesus, em Maomé, em lobisomem, em Buda, em mula sem cabeça, porque são coisas que não dependem da vontade dela. Atenéia não pode ser condenada por nada, muito menos, ao fogo eterno do cristianismo porque deixou de fazer uma coisa que não dependia da vontade dela. Entendeu, leitor? Espero ter sido claro!

A outra maluquice da mulher evangélica foi ter dito que Jesus morreu pelos pecados cometidos pela Atenéia Araújo. Eis outra idiotice da doutrina do cristianismo. É uma loucura uma pessoa inocente morrer pelos crimes cometidos por outras pessoas. Por que essa maluquice está na Bíblia? Simplesmente porque o homem antigo tinha uma péssima noção de justiça, sendo comum punir pessoas inocentes. Na antiguidade, punia-se, por exemplo, um filho inocente no lugar do pai pecador. O pai cometia o erro só quem pagava era o filho, o descendente, completamente inocente, uma injustiça, pois. Essa visão errônea do escritor hebreu está em toda a Bíblia. Veja um exemplo bem simples dessa injustiça com o apóstolo Paulo de Tarso, no livro de Romanos, capítulo 4, versículo 12:



“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” 




Percebeu a visão defeituosa de justiça do apóstolo Paulo de Tarso? Filhos inocentes sendo punidos por causa dos pecados cometidos pelos pais? Nessa passagem, Paulo de Tarso faz referência à lenda de Adão e Eva no Jardim do Éden, que está no livro de Gênesis, o primeiro livro da Bíblia. Ele está afirmando que o homem é um pecador porque é descendente de Adão e Eva. Já que Adão e Eva pecaram, então o pecado foi transmitido a seus descendentes, a seus filhos. E mais: Adão e Eva morreram, logo, a morte também passou para seus descendentes. Percebeu, leitor, a visão errônea da doutrina cristã? Se Adão e Eva pecaram, somente eles poderiam ser punidos, seus filhos, seus descendentes, jamais! Os filhos não podem ter responsabilidade alguma pelos atos praticados por seus pais. Como a gente vive hoje num mundo civilizado, muito avançado em relação à época da Bíblia, nenhum filho pode ser punido por causa das ações de seus pais. Veja um exemplo: o médico brasileiro Roger Abdelmassih, especialista em reprodução humana, foi condenado a mais de cem anos de prisão porque cometeu vários estupros com suas pacientes. Ele está preso. Seus filhos não sofreram punição alguma porque não participaram dos crimes, entendeu? Se o apóstolo Paulo de Tarso estivesse vivo hoje e morasse no Brasil, estaria afirmando que o médico Roger pecou e esse pecado passou para seus filhos. Não, não passou para os filhos dele porque são inocentes. Entendeu, leitor?

A mesma maluquice quando alguém diz que Jesus morreu pelos pecados da humanidade. É o justo, o inocente Jesus, sob a ótica cristã, sofrendo uma punição que seria apenas para a humanidade, para o homem pecador. E por que, na doutrina cristã, Jesus teve que morrer assim, dessa forma? Porque, naquela época muito ignorante, o homem adorava sacrifícios com animais irracionais e seres humanos. Os deuses, criados pelo homem, adoravam o derramamento de sangue. Daí, Jesus teria que sangrar para a alegria do deus hebreu. Jesus, nas lendas do Novo Testamento, era um homem, logo, um  sacrifício humano. Jesus algum deveria ter sido sangrado no lugar da humanidade pecadora porque é uma gritante injustiça. Mas, há 2 mil anos na Palestina, a ignorância era extrema, razão pela qual essa injustiça está em toda a Bíblia. E fique sabendo, leitor amigo, que há escritores bíblicos que condenavam essa doutrina cristã, isto é, Jesus morrendo pela humanidade. Basta que você, leitor, veja, por exemplo, o que está escrito em Deuteronômio, capítulo 24, versículo 16:



“Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos, em lugar dos pais; cada qual será morto pelo seu pecado.”



O escritor hebreu que escreveu a passagem acima era contra a doutrina cristã que surgiria mais de mil anos depois. O escritor condena muitas injustiças de seu tempo. Segundo ele, um filho não pode ser condenado no lugar dos pais, nem os pais, no lugar dos filhos. E veja o final da mensagem:




“Cada qual será morto pelo seu pecado”




Percebeu, contra a doutrina cristã!  Jesus foi morto? Foi. Jesus tinha pecado? Não. Então, Jesus não morreu pelos seus pecados, mas pelos pecados dos outros. E isso era um erro aos olhos do escritor hebreu. A passagem bíblica acima é contrária à afirmação infantil dos cristãos de que Jesus morreu pelos pecados da humanidade. 


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