Esse é o 4º vídeo que faço acerca do maravilhoso vídeo de Atenéia Araújo, com o título ““Desconstruindo a onisciência do deus Javé”, com duração de 24 minutos e 29 segundos. Atenéia foi uma cristã fervorosa, porém, hoje, é uma ateia convicta. No tempo de 12 minutos e 45 segundos, Atenéia diz:
“(...) um argumento muito usado pelos crentes: “Deus está lhe testando”. Por que um deus onisciente precisa testar alguém? A história de Jó também. A história de Abraão serve para questionar a onisciência divina. Pra que deus foi mandar Abraão sacrificar Isaque? Por que muitos dizem que deus fez isso para provar, para ver se Abraão era obediente a ele. Mas deus não é onisciente?”
Atenéia Araújo traz mais uma lenda bíblica que elimina a onisciência do deus hebreu. Essa lenda se encontra no livro de Gênesis, o primeiro da Bíblia, capítulo 22, versículos 1 a 19, com o título “Deus prova Abraão”. O escritor hebreu que a escreveu foi tão ingênuo que nem percebeu que a onisciência do deus hebreu foi para o espaço, desapareceu. Resumindo, a lenda é assim:
Num certo dia, o deus hebreu não tinha certeza de que Abraão o amava. Estava em dúvida. E aí resolveu submeter Abraão a uma prova, resolveu testar Abraão para saber se realmente o amava. Assim, determinou que Abraão sacrificasse seu filho Isaque. Isso mesmo, caro leitor! O deus hebreu mandou que um pai matasse o próprio filho apenas para testar seu amor. Sim, essa monstruosidade está na Bíblia, e não em filmes de vampiros. Abraão, obediente ao deus hebreu, sofrendo muito porque amava seu filho, resolveu fazer o que seu deus havia lhe pedido. Colocou seu filho Isaque sobre a lenha, amarrando-o com firmeza para que ele não fugisse. Isaque, coitado, estava desesperado, sem saber que seu pai iria matá-lo e depois colocar fogo sobre seu corpo, e tudo isso a pedido do “bondoso” deus hebreu, o mesmo deus adorado pelos cristãos. Quando Abraão pegou uma lâmina para matar seu querido filho, naquele momento, apareceu o Anjo do Senhor, dizendo a Abraão que não matasse o rapaz porque somente agora tinha certeza de que ele realmente temia o deus hebreu.
Por favor, não ria, caro leitor, porque irá atrapalhar minha concentração aqui! Você já entendeu a ingenuidade da lenda bíblica acima? Você já percebeu a maldade do deus hebreu? Você conseguiu ver que o deus hebreu perdeu a onisciência, ou seja, o conhecimento prévio de que Abraão o amava? Para que você, leitor, entenda melhor, vou fazer um desenho bem simples. A pergunta é:
O deus hebreu, antes de submeter Abraão a essa terrível prova, já sabia que Abraão o amava? Veja o desenho:
A resposta só pode ser uma: “não” ou “sim”! No relato lendário bíblico, o deus hebreu NÃO sabia que Abraão lhe era temente. Não era, pois, onisciente! Por isso mesmo, resolveu testá-lo, submetê-lo a uma terrível prova. Você está me entendendo, leitor? O deus hebreu NÃO sabia que Abraão o temia, razão pela qual decidiu fazer um teste para realmente ficar sabendo. Percebeu, leitor, como o deus hebreu perdeu a onisciência? Quando Abraão, chorando, já ia matar o filho Isaque com uma lâmina, só aí é que o deus hebreu realmente ficou sabendo que Abraão realmente o temia, razão pela qual determinou que o pai não matasse o filho. O Anjo do Senhor gritou para Abraão:
“(...) Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.”
Na lenda, o deus hebreu só ficou sabendo que Abraão realmente o temia quando estava com uma lâmina na mão para matar o próprio filho. Entendeu, leitor? Será que fui claro?
Se você, leitor, disser que o deus hebreu, na lenda, era onisciente, isto é, que sabia de antemão que Abraão iria matar seu filho Isaque, então, leitor, dou-lhe um conselho: procure com urgência uma clínica psiquiátrica ou um hospital psiquiátrico para se submeter a um tratamento com urgência. Não, não estou gozando de sua cara, leitor. Ao contrário, estou sendo sincero. Imagine o deus hebreu onisciente falando para si mesmo:
“Eu sei que Abraão me teme, tenho certeza disso, mas, mesmo assim, vou submetê-lo a uma prova terrível. Vou exigir que ele mate o próprio filho. Abraão vai sofrer muito, pensando que realmente esse é meu desejo. E seu filho também vai passar por momentos de sofrimento, pensando que realmente seu pai o matará. Só que, como eu sou onisciente, já sei que Abraão realmente me teme, mas farei o teste.”
Percebeu, leitor, a maluquice acima? Como diz a inteligente Atenéia Araújo:
“Por que um deus onisciente precisa testar alguém?
Atenéia, óbvio, tem razão! Um ser imaginário onisciente não testa, não põe alguém à prova porque já sabe. Entendeu? Veja um exemplo fora da Bíblia. Muitas patroas testam empregadas domésticas. Põem a provas suas empregadas porque não têm onisciência, porque não sabem se as empregadas são honestas ou não. Há muito tempo, uma amiga minha fez um teste com sua empregada doméstica. Como minha amiga não é onisciente, então, resolveu submeter sua empregada a uma prova. Ela queria saber se realmente a empregada era honesta ou não. Assim, minha amiga deixou numa gaveta de seu guarda-roupa 20 objetos: pulseiras, brincos, colares etc. Todos os dias a empregada fazia limpeza nos móveis, tinha acesso ao guarda-roupa. Durante todo o tempo em que ficou trabalhando na casa de minha amiga, nenhum objeto sumiu. E minha amiga ficou realmente sabendo que sua empregada doméstica era uma pessoa honesta, de confiança. Só ficou sabendo que sua empregada era honesta quando a submeteu a uma prova. Entendeu, leitor? Se minha amiga fosse onisciente, se já soubesse de antemão que a empregada doméstica era honesta, jamais teria feito o teste porque seria uma maluquice!
Percebeu, leitor, a maluquice contida na lenda bíblica? Não só a maluquice, mas também a maldade? Veja o absurdo: o deus hebreu, mesmo sabendo que Abraão seria capaz de matar o próprio filho, decidiu submetê-lo a um sofrimento terrível e desnecessário. Por que desnecessário? Porque o deus hebreu já sabia, não havendo, pois, necessidade de teste. E que teste desgraçado! Imagine que entidade sádica, que adora ver sofrimento gratuito de pessoas! O pobre pai Abraão, coitado, sofrendo muito por ser obrigado a matar o próprio filho. E o filho Isaque, coitado, desesperado quando percebeu que seu pai iria matá-lo. Tanto sofrimento de um pai e de um filho apenas para o prazer do deus hebreu! Abraão e Isaque nem sabiam que tudo aquilo era apenas um teatro para o deus hebreu.
Você percebe, leitor, o tamanho da maluquice na lenda bíblica acima?
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