sexta-feira, 13 de setembro de 2019

CALMA, JESUS! CALMA!




                                                          Eustáquio



                             Em meu vídeo anterior intitulado “E Jesus perde a onisciência”, publicado hoje, sexta-feira, dia 13 de setembro do fluente ano (2019), mostrei 3 passagens bíblicas em que Jesus perde completamente a onisciência. E há outras. Das 3 passagens, pegarei uma para mostrar mais uma coisinha.
                    Você, que está assistindo a esse vídeo neste momento, por favor, esqueça, pelo menos momentaneamente, que eu sou ateu. Esqueça qualquer religião, qualquer deus. Certinho? Veja a seguinte situação. Suponha que hoje um vizinho seu o procurou para lhe contar um fato ocorrido no dia anterior. Ele lhe disse que o pai dele estacionou o carro debaixo de uma árvore bastante alta e frondosa. Ao retornar para pegar o carro, viu que um galho enorme havia caído sobre o teto, danificando o veículo. Bastante raivoso, o pai de seu vizinho entrou em casa, pegou um machado e conseguiu derrubar a árvore centenária. A cada golpe de machado, ele gritava:


                    “Tome, árvore maldita! Eu te amaldiçoo!”


                E aí, o que você acharia da conduta do pai de seu vizinho? Você diria que ele agiu corretamente, com inteligência e lucidez? Ou diria que, com certeza, o pai de seu vizinho enlouqueceu ou está bem próximo da loucura, já que trocou juízo com uma árvore, que é um ser completamente indiferente ao que ocorre no mundo dos humanos? É claro que você escolheria a segunda opção, não é mesmo? Então por que, diante de uma situação semelhante que se encontra nos evangelhos da Bíblia cristã, você não diz a mesma coisa em relação à figura de Jesus? Ora, Jesus, no relato bíblico, agiu semelhantemente ao pai de seu vizinho. Ambos, trocaram juízo diante de uma árvore que era indiferente aos dois.
          Assim, em Mateus, capítulo 21, versículos 18 e 19, está escrito:



          “18 Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, teve fome.
           19 e, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.”



          Como se vê facilmente, a situação de Jesus é semelhante à do pai de seu vizinho. Ambos trocaram juízo com uma árvore. Jesus, obviamente, não estacionou seu carro debaixo da árvore. Naquela época, não havia carros. Jesus ficou irado com a árvore porque se sentiu enganado por ela. Ele caminhava com seus discípulos pela estrada, e estavam com muita fome. De longe, Jesus avistou a árvore, a figueira. Pensou imediatamente que ela estava carregada de figos. Aproximou-se, aproximou-se, aproximou-se da árvore, e chegou a uma triste constatação: só havia folhas! Nada do fruto, nada de figos. É fácil ver que Jesus, mais uma vez, perdeu sua onisciência. Nem havia necessidade de Jesus se aproximar da figueira, bastando que tivesse conhecimento de que não era época da colheita do fruto. Nem isso Jesus sabia! E agora surge o ato desesperado de Jesus, extremamente descontrolado. Ele amaldiçoa a árvore, como se ela fosse um ser inteligível. A árvore, coitada, não teve culpa alguma pelo fato de Jesus ter se enganado. Da mesma forma, a árvore, cujo galho caiu sobre o carro do pai de seu vizinho, também não teve culpa alguma. A culpa foi do pai de seu vizinho por ter colocado o carro debaixo dela.
                Jesus e o pai de seu vizinho cometeram um ato extremamente sem juízo porque pessoas mentalmente sadias não investem contra árvores por vingança. Em relação ao pai de seu vizinho, você, com certeza, dirá que ele agiu como um doido, um louco.
                E, em relação a Jesus, por que você não diz a mesma coisa? A explicação é uma só: porque Jesus faz parte de uma crença religiosa; o pai de seu vizinho, não!

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