quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

O TEÓLOGO NORMAN GEISLER E O MESSI (KENNEDY LITAIFF)

KENNEDY LITAIFF

Existem na história da humanidade episódios bizarros, e um desses é, sem dúvida alguma, o tempo gasto pelo teólogo Norman Geisler e seu parceiro escriba, para desenvolverem um manual na tentativa de explicar racionalmente, o que é deveras inexplicável. Uma infrutífera batalha (a não ser pela turba de milhões de desavisados), capciosa de artimanhas, se enveredando por ensaios teatrais digno de um cafajeste a impetrar gracejos obscenos diante de uma conquista. Toda essa história busca a manutenção de uma ideia má, a perpetuação de um engodo a fisgar milhões de incautos. Para a racionalidade é lastimável a energia e o tempo desperdiçados, mas para a religião é um auto da compadecida explicando suas incoerências, referendando seus dogmas e dissipando suas contradições. O crente, um supersticioso por natureza, toma esse livro e o faz dele seu travesseiro, uma firme barreira de corais “quebrando” as ondas da lógica e da ciência. Um quebra-mar irracional dando uma pretensa veracidade interpretativa a textos infundados de legitimidade e mergulhados na ignorância e conceitos da época na qual foram escritos. Trazê-los como verdades absolutas para o nosso tempo, é prevaricar uma literatura arcaica em prol de interesses privados. É um jogo de palavras distorcendo a verdade e manipulando, inescrupulosamente, alienados e pessoas, simplórias, de boa fé. Uma analogia ao avesso se faz necessária, diante de tamanha hipocrisia revertida em um manual para tirar dúvidas, às quais, são desmoronadas, bastando um mero olhar crítico sobre o livro dos hebreus. Lionel Messi, o gênio inigualável do esporte bretão, diante das dificuldades impostas pelos adversários dentro de campo, cria soluções impensáveis, escrevendo com os pés saídas" mágicas" e deslumbrantes aos nossos olhos. Talha a jogada em tempo exíguo, fazendo o difícil se tornar fácil e desenhando verdadeiras obras-primas diante de olhares incrédulos. O tempo gasto pelo genial jogador, para criar soluções diante de muros intransponíveis, é inversamente proporcional ao tempo usado por Norman Geisler e seu parceiro, para criar interpretações (equivocadas, por sinal) de episódios escritos por pessoas comuns, dando asas às suas imaginações. O complicado se torna simples e é inquestionável a inteligência fora do comum aplicada pelo emblemático jogador, enquanto o apologista cristão faz das tripas coração, demorando décadas para solucionar trechos bíblicos, os quais não necessitam de explicações, pois falam por si só, visto a conjectura política, a cultura da época e a predominância impositiva da religião. Resolver problemas reais, mesmo que dificílimos, requer soluções inteligentes e racionais, ao contrário de trilhar meandros de um labirinto dantesco na vã tentativa de transparecer verdadeira uma literatura rica em detalhes e pobre em razão, abundante em superstições e carente de realidade. A manipulação arbitrária desses episódios, incentiva, sorrateiramente, o ato maquiavélico e nefasto da perpetuação, contraproducente, da ignorância de conhecimento, sepultando sobre lápides pesadas, a dúvida e o questionamento. Uma propositura manchada de suor, sangue e lágrimas de inocentes perseguidos, queimados, guilhotinados e violentados, tanto fisicamente, quanto mentalmente. Uma masmorra tirando dessa vida, umas das coisas mais importante dela: a liberdade de expressão. Messi, o “Extraterrestre”, desmorona obstáculos com genialidade, frieza e inteligência incomum, em tão pouco espaço de tempo, enquanto o teólogo fundamentalista cristão, demora décadas para criar uma teia gigantesca, envolvida em laços irracionais, perfazendo uma arapuca com tentáculos a fazer inveja a um polvo. Uma diferença abissal do uso do engenho humano e do tempo gasto para solucionar problemas, uns críveis e outros falaciosos. Linhas paralelas flertando com a racionalidade, sendo uma corriqueira e a outra uma força proposital engendrada em largo tempo, desmerecendo a compreensão e a inteligência humana.

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