terça-feira, 19 de dezembro de 2017

MONOTEÍSMO 1 (RICHARD HOFFMAN)

                                                                  RICHARD HOFFMAN


Uma Breve História de Egoísmo O monoteísmo, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma ideia dos hebreus antigos. De acordo com a arqueologia ela surgiu bem antes do início da escrita, e mesmo da tradição oral religiosa hebraica, perto de 1350 A.E.C., no Egito. Se trata da crença segundo qual há um deus supremo e eterno que criou tudo. O monoteísmo consiste na idéia de que esse deus -- ele mesmo não tendo sido criado -- surgiu quando o faraó Akhenaton (morto em 1336 A.E.C.) determinou que o Egito deveria adorar apenas o disco solar em vez de crer em uma variedade de deuses. Atualmente existem duas formas de monoteísmo: o TEÍSMO, que vê o Deus uno e supremo como uma entidade pessoal e preocupada que interage com suas criaturas, e o DEÍSMO, que vê Deus como um ser impessoal e indiferente. A maior parte dos monoteístas é teísta, especialmente aqueles pertencentes às religiões abraâmicas: judaísmo, cristianismo e islamismo. De acordo com essas tradições a primeira religião do mundo foi uma espécie de monoteísmo, mas posteriormente ela foi "pervertida", fragmentando a personalidade e os poderes de Deus em muitas deidades distintas, dessa forma dando origem ao politeísmo; a crença de que existem muitos deuses. No início os monoteístas não se opunham à crença de que outros deuses existiam. Hoje o monoteísmo teísta se divide entre "uma personalidade, uma substância" (judaísmo e islamismo) ou "três personalidades, uma substância" -- Pai, Filho e Espírito Santo -- (cristianismo). A dezenas de séculos elas travam batalhas sanguinolentas pelo domínio e controle da humanidade, carregando consigo crianças e inocentes a mortes insanas e bárbaras de "proporções bíblicas", justificadas por leis do seu respectivo Deus. HENOTEÍSMO = Forma de crença religiosa em que se cultua uma única divindade, considerada suprema, mas sem negar a existência de outros deuses e/ou divindades. Cristãos, por exemplo, acreditam que existem uma grande variedade de anjos, santos e demônios que, porém, são sempre inferiores a Santíssima Trindade. POLITEÍSMO = Sistema de crença religiosa que admite mais de um deus. No crivo bíblico consiste na crença e subsequente adoração a mais do que uma divindade do gênero masculino, feminino ou indefinido, sendo que cada uma é considerada uma entidade individual e independente. É claro que houve religiões e crenças muito mais antigas do que as três monoteístas que eu vou tratar aqui, como o xamanismo, por exemplo. Mas estas não nos interessam nesse respectivo texto. Lembrando que, o xamanismo é o costume de crença religiosa mais antigo da humanidade, e, "acredite"; é praticado até hoje. Mas não é exatamente uma religião caracterizada por regras impossíveis, fé cega, doutrinas insanas e mandamentos absurdos ditados e revelados de seus deuses, na base de ameaças e/ou chantagens emocionais. A Ciência ainda não descobriu em qual região especificamente o xamanismo começou, mas sabe-se que surgiu a uns 40 mil anos atrás, nas regiões árticas e asiáticas, principalmente na Sibéria. A pajelança dos nativos (índios) do Brasil, por exemplo, sempre foi, do ponto de vista dos invasores europeus, considerada um ritual de magia xamânico (o pajé, o líder, seria um xamã). A religião organizada, com características definidas mais antiga, surgiu na Mesopotâmia, a uns 7 mil anos atrás. E, assim como a religião dos egípcios, dos gregos e dos romanos, a dos mesopotâmicos se extinguiu a muito tempo. Porém... nem tanto; judaísmo, cristianismo e islamismo são, na verdade, plágio escancarado das crenças, rituais e personagens das estórias e lendas dos mesopotâmicos e dos egípcios, entre outras culturas tão antigas quanto. É só estudar um pouco para descobrir. Só um "cego" não vê isso. Final do capítulo 1

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