NORMAN GEISLER
Apologista cristão e teólogo fundamentalista ou hipócrita religioso e desonesto intelectual?
Esse apologista cristão norte-americano, é a síntese encorpada do esforço exponencial dando vida surreal a contradições descabidas racionalmente. Uma mente voltada a cotejar episódios destituídos de analogia crível, pois o cérebro fantasia e dar vida aos seus desejos, sendo eles, factíveis ou não. Sendo assim, performar diante de olhos sem visão lateral, é asfaltar caminhos aduaneiros, recheando bolsos inescrupulosos em uma permuta aviltante, à vista do mais singelo olhar inocente.
Um teólogo fundamentalista, onde a maior parte de seu tempo foi dedicado a causa da inerrância bíblica. Um pedestal levantado sobre visões turvas e contorcionismos elaborados, erguendo-se mãos, enquanto dobram-se joelhos, a curvarem-se perante o jocoso mimetizado de divino, escondendo-se atrás da cortina de fumaça do analfabetismo e da ignorância de conhecimento. Uma lástima que nunca será insólita, pois de inédita, na história, nada tem.
Um teólogo fundamentalista inferindo a sua igreja poderes inquestionáveis, fazendo seus fieis escravos, não de proprietários, mas de uma má ideia, chamada religião. O discurso cristão (protestante) em mais de suas sessenta obras, aniquila a dúvida, desertifica o pensamento e sepulta o questionamento. Uma pá de cal no esforço trêmulo de pernas titubeantes racionais.
A desonestidade intelectual, vive no aposto da lógica, no latrocínio filosófico e na bancarrota da rasa incredulidade comum. Um crime, não somente, contra o pensamento racional, mas, principalmente, contra a compostura idealizada de uma sociedade, minimamente, aceitável dentro de padrões meramente humanos. Uma custódia da ignorância e uma tutela do analfabetismo funcional. Uma acrópole como morada do nefasto!
Pense, duvide e questione! Surpreenda-me.....! Seja um pouco mais HITCHENS e menos religião! Seja um pouco mais HIPÁTIA e menos superstição!
O conhecimento é a verdade, o caminho e a vida!
KENNEDY LITAIFF
O Mago do Realismo
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
O TEÓLOGO NORMAN GEISLER E O MESSI (KENNEDY LITAIFF)
KENNEDY LITAIFF
Existem na história da humanidade episódios bizarros, e um desses é, sem dúvida alguma, o tempo gasto pelo teólogo Norman Geisler e seu parceiro escriba, para desenvolverem um manual na tentativa de explicar racionalmente, o que é deveras inexplicável. Uma infrutífera batalha (a não ser pela turba de milhões de desavisados), capciosa de artimanhas, se enveredando por ensaios teatrais digno de um cafajeste a impetrar gracejos obscenos diante de uma conquista. Toda essa história busca a manutenção de uma ideia má, a perpetuação de um engodo a fisgar milhões de incautos. Para a racionalidade é lastimável a energia e o tempo desperdiçados, mas para a religião é um auto da compadecida explicando suas incoerências, referendando seus dogmas e dissipando suas contradições. O crente, um supersticioso por natureza, toma esse livro e o faz dele seu travesseiro, uma firme barreira de corais “quebrando” as ondas da lógica e da ciência. Um quebra-mar irracional dando uma pretensa veracidade interpretativa a textos infundados de legitimidade e mergulhados na ignorância e conceitos da época na qual foram escritos. Trazê-los como verdades absolutas para o nosso tempo, é prevaricar uma literatura arcaica em prol de interesses privados. É um jogo de palavras distorcendo a verdade e manipulando, inescrupulosamente, alienados e pessoas, simplórias, de boa fé. Uma analogia ao avesso se faz necessária, diante de tamanha hipocrisia revertida em um manual para tirar dúvidas, às quais, são desmoronadas, bastando um mero olhar crítico sobre o livro dos hebreus. Lionel Messi, o gênio inigualável do esporte bretão, diante das dificuldades impostas pelos adversários dentro de campo, cria soluções impensáveis, escrevendo com os pés saídas" mágicas" e deslumbrantes aos nossos olhos. Talha a jogada em tempo exíguo, fazendo o difícil se tornar fácil e desenhando verdadeiras obras-primas diante de olhares incrédulos. O tempo gasto pelo genial jogador, para criar soluções diante de muros intransponíveis, é inversamente proporcional ao tempo usado por Norman Geisler e seu parceiro, para criar interpretações (equivocadas, por sinal) de episódios escritos por pessoas comuns, dando asas às suas imaginações. O complicado se torna simples e é inquestionável a inteligência fora do comum aplicada pelo emblemático jogador, enquanto o apologista cristão faz das tripas coração, demorando décadas para solucionar trechos bíblicos, os quais não necessitam de explicações, pois falam por si só, visto a conjectura política, a cultura da época e a predominância impositiva da religião. Resolver problemas reais, mesmo que dificílimos, requer soluções inteligentes e racionais, ao contrário de trilhar meandros de um labirinto dantesco na vã tentativa de transparecer verdadeira uma literatura rica em detalhes e pobre em razão, abundante em superstições e carente de realidade. A manipulação arbitrária desses episódios, incentiva, sorrateiramente, o ato maquiavélico e nefasto da perpetuação, contraproducente, da ignorância de conhecimento, sepultando sobre lápides pesadas, a dúvida e o questionamento. Uma propositura manchada de suor, sangue e lágrimas de inocentes perseguidos, queimados, guilhotinados e violentados, tanto fisicamente, quanto mentalmente. Uma masmorra tirando dessa vida, umas das coisas mais importante dela: a liberdade de expressão. Messi, o “Extraterrestre”, desmorona obstáculos com genialidade, frieza e inteligência incomum, em tão pouco espaço de tempo, enquanto o teólogo fundamentalista cristão, demora décadas para criar uma teia gigantesca, envolvida em laços irracionais, perfazendo uma arapuca com tentáculos a fazer inveja a um polvo. Uma diferença abissal do uso do engenho humano e do tempo gasto para solucionar problemas, uns críveis e outros falaciosos. Linhas paralelas flertando com a racionalidade, sendo uma corriqueira e a outra uma força proposital engendrada em largo tempo, desmerecendo a compreensão e a inteligência humana.
Existem na história da humanidade episódios bizarros, e um desses é, sem dúvida alguma, o tempo gasto pelo teólogo Norman Geisler e seu parceiro escriba, para desenvolverem um manual na tentativa de explicar racionalmente, o que é deveras inexplicável. Uma infrutífera batalha (a não ser pela turba de milhões de desavisados), capciosa de artimanhas, se enveredando por ensaios teatrais digno de um cafajeste a impetrar gracejos obscenos diante de uma conquista. Toda essa história busca a manutenção de uma ideia má, a perpetuação de um engodo a fisgar milhões de incautos. Para a racionalidade é lastimável a energia e o tempo desperdiçados, mas para a religião é um auto da compadecida explicando suas incoerências, referendando seus dogmas e dissipando suas contradições. O crente, um supersticioso por natureza, toma esse livro e o faz dele seu travesseiro, uma firme barreira de corais “quebrando” as ondas da lógica e da ciência. Um quebra-mar irracional dando uma pretensa veracidade interpretativa a textos infundados de legitimidade e mergulhados na ignorância e conceitos da época na qual foram escritos. Trazê-los como verdades absolutas para o nosso tempo, é prevaricar uma literatura arcaica em prol de interesses privados. É um jogo de palavras distorcendo a verdade e manipulando, inescrupulosamente, alienados e pessoas, simplórias, de boa fé. Uma analogia ao avesso se faz necessária, diante de tamanha hipocrisia revertida em um manual para tirar dúvidas, às quais, são desmoronadas, bastando um mero olhar crítico sobre o livro dos hebreus. Lionel Messi, o gênio inigualável do esporte bretão, diante das dificuldades impostas pelos adversários dentro de campo, cria soluções impensáveis, escrevendo com os pés saídas" mágicas" e deslumbrantes aos nossos olhos. Talha a jogada em tempo exíguo, fazendo o difícil se tornar fácil e desenhando verdadeiras obras-primas diante de olhares incrédulos. O tempo gasto pelo genial jogador, para criar soluções diante de muros intransponíveis, é inversamente proporcional ao tempo usado por Norman Geisler e seu parceiro, para criar interpretações (equivocadas, por sinal) de episódios escritos por pessoas comuns, dando asas às suas imaginações. O complicado se torna simples e é inquestionável a inteligência fora do comum aplicada pelo emblemático jogador, enquanto o apologista cristão faz das tripas coração, demorando décadas para solucionar trechos bíblicos, os quais não necessitam de explicações, pois falam por si só, visto a conjectura política, a cultura da época e a predominância impositiva da religião. Resolver problemas reais, mesmo que dificílimos, requer soluções inteligentes e racionais, ao contrário de trilhar meandros de um labirinto dantesco na vã tentativa de transparecer verdadeira uma literatura rica em detalhes e pobre em razão, abundante em superstições e carente de realidade. A manipulação arbitrária desses episódios, incentiva, sorrateiramente, o ato maquiavélico e nefasto da perpetuação, contraproducente, da ignorância de conhecimento, sepultando sobre lápides pesadas, a dúvida e o questionamento. Uma propositura manchada de suor, sangue e lágrimas de inocentes perseguidos, queimados, guilhotinados e violentados, tanto fisicamente, quanto mentalmente. Uma masmorra tirando dessa vida, umas das coisas mais importante dela: a liberdade de expressão. Messi, o “Extraterrestre”, desmorona obstáculos com genialidade, frieza e inteligência incomum, em tão pouco espaço de tempo, enquanto o teólogo fundamentalista cristão, demora décadas para criar uma teia gigantesca, envolvida em laços irracionais, perfazendo uma arapuca com tentáculos a fazer inveja a um polvo. Uma diferença abissal do uso do engenho humano e do tempo gasto para solucionar problemas, uns críveis e outros falaciosos. Linhas paralelas flertando com a racionalidade, sendo uma corriqueira e a outra uma força proposital engendrada em largo tempo, desmerecendo a compreensão e a inteligência humana.
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
MONOTEÍSMO 3 (RICHARD HOFFMAN)
Richard Hoffman
A EVOLUÇÃO NATURAL PELA SELEÇÃO DAS ESPÉCIES (KENNEDY LITAIFF)
MONOTEÍSMO 1 (RICHARD HOFFMAN)
RICHARD HOFFMAN
Uma Breve História de Egoísmo O monoteísmo, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma ideia dos hebreus antigos. De acordo com a arqueologia ela surgiu bem antes do início da escrita, e mesmo da tradição oral religiosa hebraica, perto de 1350 A.E.C., no Egito. Se trata da crença segundo qual há um deus supremo e eterno que criou tudo. O monoteísmo consiste na idéia de que esse deus -- ele mesmo não tendo sido criado -- surgiu quando o faraó Akhenaton (morto em 1336 A.E.C.) determinou que o Egito deveria adorar apenas o disco solar em vez de crer em uma variedade de deuses. Atualmente existem duas formas de monoteísmo: o TEÍSMO, que vê o Deus uno e supremo como uma entidade pessoal e preocupada que interage com suas criaturas, e o DEÍSMO, que vê Deus como um ser impessoal e indiferente. A maior parte dos monoteístas é teísta, especialmente aqueles pertencentes às religiões abraâmicas: judaísmo, cristianismo e islamismo. De acordo com essas tradições a primeira religião do mundo foi uma espécie de monoteísmo, mas posteriormente ela foi "pervertida", fragmentando a personalidade e os poderes de Deus em muitas deidades distintas, dessa forma dando origem ao politeísmo; a crença de que existem muitos deuses. No início os monoteístas não se opunham à crença de que outros deuses existiam. Hoje o monoteísmo teísta se divide entre "uma personalidade, uma substância" (judaísmo e islamismo) ou "três personalidades, uma substância" -- Pai, Filho e Espírito Santo -- (cristianismo). A dezenas de séculos elas travam batalhas sanguinolentas pelo domínio e controle da humanidade, carregando consigo crianças e inocentes a mortes insanas e bárbaras de "proporções bíblicas", justificadas por leis do seu respectivo Deus. HENOTEÍSMO = Forma de crença religiosa em que se cultua uma única divindade, considerada suprema, mas sem negar a existência de outros deuses e/ou divindades. Cristãos, por exemplo, acreditam que existem uma grande variedade de anjos, santos e demônios que, porém, são sempre inferiores a Santíssima Trindade. POLITEÍSMO = Sistema de crença religiosa que admite mais de um deus. No crivo bíblico consiste na crença e subsequente adoração a mais do que uma divindade do gênero masculino, feminino ou indefinido, sendo que cada uma é considerada uma entidade individual e independente. É claro que houve religiões e crenças muito mais antigas do que as três monoteístas que eu vou tratar aqui, como o xamanismo, por exemplo. Mas estas não nos interessam nesse respectivo texto. Lembrando que, o xamanismo é o costume de crença religiosa mais antigo da humanidade, e, "acredite"; é praticado até hoje. Mas não é exatamente uma religião caracterizada por regras impossíveis, fé cega, doutrinas insanas e mandamentos absurdos ditados e revelados de seus deuses, na base de ameaças e/ou chantagens emocionais. A Ciência ainda não descobriu em qual região especificamente o xamanismo começou, mas sabe-se que surgiu a uns 40 mil anos atrás, nas regiões árticas e asiáticas, principalmente na Sibéria. A pajelança dos nativos (índios) do Brasil, por exemplo, sempre foi, do ponto de vista dos invasores europeus, considerada um ritual de magia xamânico (o pajé, o líder, seria um xamã). A religião organizada, com características definidas mais antiga, surgiu na Mesopotâmia, a uns 7 mil anos atrás. E, assim como a religião dos egípcios, dos gregos e dos romanos, a dos mesopotâmicos se extinguiu a muito tempo. Porém... nem tanto; judaísmo, cristianismo e islamismo são, na verdade, plágio escancarado das crenças, rituais e personagens das estórias e lendas dos mesopotâmicos e dos egípcios, entre outras culturas tão antigas quanto. É só estudar um pouco para descobrir. Só um "cego" não vê isso. Final do capítulo 1
Uma Breve História de Egoísmo O monoteísmo, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma ideia dos hebreus antigos. De acordo com a arqueologia ela surgiu bem antes do início da escrita, e mesmo da tradição oral religiosa hebraica, perto de 1350 A.E.C., no Egito. Se trata da crença segundo qual há um deus supremo e eterno que criou tudo. O monoteísmo consiste na idéia de que esse deus -- ele mesmo não tendo sido criado -- surgiu quando o faraó Akhenaton (morto em 1336 A.E.C.) determinou que o Egito deveria adorar apenas o disco solar em vez de crer em uma variedade de deuses. Atualmente existem duas formas de monoteísmo: o TEÍSMO, que vê o Deus uno e supremo como uma entidade pessoal e preocupada que interage com suas criaturas, e o DEÍSMO, que vê Deus como um ser impessoal e indiferente. A maior parte dos monoteístas é teísta, especialmente aqueles pertencentes às religiões abraâmicas: judaísmo, cristianismo e islamismo. De acordo com essas tradições a primeira religião do mundo foi uma espécie de monoteísmo, mas posteriormente ela foi "pervertida", fragmentando a personalidade e os poderes de Deus em muitas deidades distintas, dessa forma dando origem ao politeísmo; a crença de que existem muitos deuses. No início os monoteístas não se opunham à crença de que outros deuses existiam. Hoje o monoteísmo teísta se divide entre "uma personalidade, uma substância" (judaísmo e islamismo) ou "três personalidades, uma substância" -- Pai, Filho e Espírito Santo -- (cristianismo). A dezenas de séculos elas travam batalhas sanguinolentas pelo domínio e controle da humanidade, carregando consigo crianças e inocentes a mortes insanas e bárbaras de "proporções bíblicas", justificadas por leis do seu respectivo Deus. HENOTEÍSMO = Forma de crença religiosa em que se cultua uma única divindade, considerada suprema, mas sem negar a existência de outros deuses e/ou divindades. Cristãos, por exemplo, acreditam que existem uma grande variedade de anjos, santos e demônios que, porém, são sempre inferiores a Santíssima Trindade. POLITEÍSMO = Sistema de crença religiosa que admite mais de um deus. No crivo bíblico consiste na crença e subsequente adoração a mais do que uma divindade do gênero masculino, feminino ou indefinido, sendo que cada uma é considerada uma entidade individual e independente. É claro que houve religiões e crenças muito mais antigas do que as três monoteístas que eu vou tratar aqui, como o xamanismo, por exemplo. Mas estas não nos interessam nesse respectivo texto. Lembrando que, o xamanismo é o costume de crença religiosa mais antigo da humanidade, e, "acredite"; é praticado até hoje. Mas não é exatamente uma religião caracterizada por regras impossíveis, fé cega, doutrinas insanas e mandamentos absurdos ditados e revelados de seus deuses, na base de ameaças e/ou chantagens emocionais. A Ciência ainda não descobriu em qual região especificamente o xamanismo começou, mas sabe-se que surgiu a uns 40 mil anos atrás, nas regiões árticas e asiáticas, principalmente na Sibéria. A pajelança dos nativos (índios) do Brasil, por exemplo, sempre foi, do ponto de vista dos invasores europeus, considerada um ritual de magia xamânico (o pajé, o líder, seria um xamã). A religião organizada, com características definidas mais antiga, surgiu na Mesopotâmia, a uns 7 mil anos atrás. E, assim como a religião dos egípcios, dos gregos e dos romanos, a dos mesopotâmicos se extinguiu a muito tempo. Porém... nem tanto; judaísmo, cristianismo e islamismo são, na verdade, plágio escancarado das crenças, rituais e personagens das estórias e lendas dos mesopotâmicos e dos egípcios, entre outras culturas tão antigas quanto. É só estudar um pouco para descobrir. Só um "cego" não vê isso. Final do capítulo 1
MONOTEÍSMO 2 (RICHARD HOFFMAN)
RICHARD HOFFMAN
Uma Breve História de Egoísmo
Os patriarcas de Moisés foram politeístas? Vamos investigar os textos:
O nascimento de Israel como uma nação foi devido a Moisés, e a sua profissão religiosa definida também se deveu a ele (a profissão de fé monoteísta). Esta profissão foi expressa na frase: "O Senhor é o Deus de Israel". Essa expressão, ou seja, YHWH Elohim de Israel, não quer dizer que o único Deus escolheu Israel, mas que Israel tinha escolhido o YHWH como seu Deus, para distinguir deuses de outras nações.
O politeísmo entre os hebreus fica claro em vários textos bíblicos.
Vejamos em Josué 24:2 que diz o seguinte: "Então, Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e serviram a outros deuses". Isso afirma categoricamente que o pai de Abraão, Abraão e Naor foram politeístas.
Ainda em Josué 24:2 se lê que os antepassados de Israel, como Tera, Abraão e Naor haviam morado no outro lado do rio, onde haviam servido a outros deuses. Parece que Tera, tendo seu filho Abraão, sua nora Sarai e seu neto Ló, sairam de Ur dos Caldeus para ir a Canaã. Entretanto nunca chegaram lá. Chegaram a Harã, e permaneceram na cidade até a morte de de Tera (Gn 11:31-32).
Em Gen 11:32 diz: "E havendo Tera vivido duzentos e cinco anos ao todo, morreu em Harã". Então o pai de Abraão morreu sendo um politeísta. Abraão, no máximo que se possa dizer, é que ele era um henoteísta (a concepção que existem vários deuses, porém um único é o soberano.
Em Êxodo 6:3, no entanto, há informação de que o tetragrama YHWH até então, não era conhecido pelos Patriarcas, mas apenas o título de El-Shadai (Deus Todo Poderoso) que foi apresentado a Abraão. Parece que YHWH se fez conhecido a Moisés, uma vez que a abreviação do YHWH estava incorporada ao nome de sua mãe e também ao nome de Josué.
Êx 6:3, Deus falando a Moisés: "Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo Poderoso, mas pelo meu nome O Senhor (Adonai) não lhes fui conhecido".
E Moisés? Ele era politeísta? Vejamos:
Na trajetória de Moisés se vê de forma clara a continuidade do politeísmo, conforme Êxodo 32: "Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: "Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós, pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá acontecido". Então fica claro que a prática do politeísmo era comum. Mal o Profeta dá uma saidinha e o "povo escolhido" já estava criando novos deuses(!).
Outra questão é que o Faraó não tinha o conhecimento do tetragrama YHWH, pois se esse fosse o verdadeiro Deus do povo hebreu, como é que ele não teve conhecimento do mesmo (conforme Êx 5:2) uma vez que os hebreus por lá estiveram por mais de 400 anos?
Moisés nunca apresentou seu Deus (Elohim) como o único, mas apenas como o chefe dos deuses, poi é o que se vê em Êx 15:11 e 18:11.
A palavra usual para "Deus" na bíblia hebraica é Elohim, uma formação plural de eloah, sendo esta última uma forma expandida do substantivo comum semita "IL"(Eloah).
Vejamos então Êxodo 15:11 "Ó Senhor, quem é como tú entre os deuses (Elohim)? Quem é como tú, glorificado em santidade, terrível em efeitos gloriosos, que operas maravilhas?"
Em Êx 18:11 Jetro, sogro de Moisés diz "Agora sei que o Senhor (YHWH Adonai) é maior que todos os deuses... ".
Então, antes disso estava tudo igual?!
Moisés continuava sim sendo politeísta-henoteísta.
Moisés nasceu no Egito, ganhou um nome egípcio e viveu numa corte egípcia que era politeísta/henoteísta. Somente muito tempo depois, em Êx 18:11, que Moisés fica sabendo que YHWH Adonai é maior que todos os deuses. Moisés diz que YHWH é maior, não o único, nem o soberano. Uma entidade maior não é necessariamente o soberano ou líder de outras entidades.
O termo Elohim ocorre em torno de 2570 vezes na Bíblia hebraica, com uma variedade de significados.
Em expressões como "todos os deuses do Egito" (Êx 12:12), refere-se a uma pluralidade de divinidades -- sem que haja uma clara distinção entre esses deuses e sua imagem. Vejamos em Êx 12:12 Javé diz "Por que naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos OS DEUSES do Egito... , eu sou o Senhor (YHWH, Javé)". Se os deuses são irreais, pra quê lutar contra eles? Eles, os deuses, existem afinal, certo? De acordo com a Bíblia, sim.
Moisés induziu Israel a aceitar o tetragrama YHWH (Javé)como seu deus nacional, que iria apoiá-los através de todas as dificuldades, desde que eles ficassem ao lado dele. Isto está em Deuteronômio 31:16; vejamos: "Disse o Senhor a Moisés: Eis que estás para dormir com teus pais; e este povo se levantará, e se prostituirá, indo após deuses estranhos na terra para cujo meio vai, e me deixará, e anulará a aliança que fiz com ele". Hilário essas narrativas.
O povo peregrina a 40 anos no deserto e não aprende nada?
Final do capítulo 2
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
EM BUSCA DO JESUS HISTÓRICO (RICHARD HOFFMAN)
RICHARD HOFFMAN
Tenho certeza que o professor Eustáquio até prefere lidar com pessoas como você, do que algum possível bajulador que só sabe repetir frases ransosas e decoradas. Como bem diz o Litaiff "Surpreenda-me!"
E tenho certeza de que quando ele faz esse desafio saudável, ele não quer que apareçam com ideias prontas a concordar sempre com os comentários desse canal. Todos nós estamos cientes de que (repito), se você não tem dúvidas você está enganado. A dúvida é um dos melhores caminhos para chegarmos à verdade. "Certezas absolutas" podem ser traiçoeiras; as religiões estão aí para nos esfregar isso na cara.
Eu assisti com muito carinho o vídeo que você indicou. E talvez eu até poste esse texto aqui no canal daquela moça também.
Bom, não vou me alongar. Vejamos, Florisa: a principal referência "não bíblica" amplamente usada tanto pelos fiéis como pelos cientistas para defenderem seus pontos de vista é a de Flávio Josefo, um general e historiador judeu. Em sua colossal obra "Antiguidades Judaicas", Jesus aparece em duas passagens, ambas polêmicas. A primeira, por revelar a existência de um irmão de Jesus: "Ele (Ananias) reuniu o sinédrio dos juízes e trouxe perante eles o irmão de Jesus, o Cristo, cujo nome era Tiago, e alguns outros".
A segunda e mais longa e direta, revela: "Nesse mesmo tempo, apareceu Jesus, que era um homem sábio, se é que podemos considerá-lo simplesmente um homem, tão admirável eram suas obras".
Seria maravilhoso, mas não resiste a uma análise inicial. Josefo era judeu e -- a não ser que houvesse se convertido, o que não era o caso -- jamais consideraria Jesus como o messias previsto pelos profetas. É óbvio que houve acréscimos ao texto original. Só não é possível saber se o trecho todo foi acrescentado ou apenas os elogios e o reconhecimento por parte de um judeu de que ele era o Cristo. Só para você ter uma ideia, em anos recentes, os editores das obras de Josefo ousaram até incorporar a expressão "Terra de Israel" (que na verdade seria Canaã) à tradução dos textos. Lembrando que Josefo nasceu 8 anos após a morte de Jesus, e que se Jesus fosse tão extraordinário assim, em "Antiguidades Judaicas" -- com mais de 1.500 páginas -- o Cristo não mereceria apenas algumas linhas (menos de meia página). Além disso, a passagem apareceu pela primeira vez no livro, composto no século IV por Eusébio, um dos fundadores do catolicismo romano. Mas, estranhamente, no século anterior outro pai da Igreja, Orígenes, que também usou Josefo como referência, NÃO CITA tal passagem em nenhum momento!
O principal contemporâneo de Jesus, Filon de Alexandria (10-50 E.C.), que foi um grande estudioso das Escrituras e seitas judaicas, também ignorou o Cristo em seus escritos.
Enfim, a historicidade de Jesus se resume aos evangelhos, e neles há não apenas um lapso de tempo, que deixa em branco uma importante fase de sua vida, como também enormes inconsistências de datas. Se considerados apenas os textos bíblicos é impossível estabelecer até mesmo o ano de nascimento e morte de Jesus, bem como qualquer outro fato fora do campo da fé. E isso é compreensível, pois a Bíblia é um livro religioso, não histórico.
A infância e adolescência de Jesus não é contada na Bíblia. O evangelho apócrifo de Judas fala claramente sobre essa fase da vida do nazareno, mas, Florisa, aceite um conselho meu: nem queira saber (é de arrepiar, tipo "tal pai... tal filho, se é que você me entende). Não é a toa que os evangelhos de Marcos e o de João retratam somente Jesus como adulto, aparecendo de repente, já com trinta anos. Mateus e Lucas até relatam sobre o nascimento e alguma infância (aos 12 anos) de Jesus e só.
Eu já escrevi um texto falando sobre as provas de que nenhuma personagem bíblica do Novo Testamento existiu, nenhuma, nem mesmo Jesus e seus apóstolos. Há sim um consenso entre os arqueólogos de que João Batista e até Jesus existiram. Porém, a prova cabal seria se encontrássemos manuscritos em hebraico datando décadas antes e décadas depois de Cristo exatamente naquela região da Palestina, onde Jesus e seus seguidores viveram, afim de podermos confirmar suas existências. Seus problemas acabaram: os Manuscritos do Mar Morto datam exatamente entre 200 antes e 200 depois de Cristo. E adivinha? NADA sobre Jesus e também qualquer personagem bíblica do Novo Testamento. E mesmo em Massada -- onde morreram todos os últimos integrantes de uma comunidade judaica -- também não foi encontrado qualquer menção à qualquer personagem bíblica do Novo Testamento.
Portanto, a prova que seria de fundamental importância para a elucidação sobre se Jesus existiu ou não, serve, na verdade, para refutar sua existência.
E, a bem da verdade, os cristãos estão numa sinuca de bico com seu messias judaico-cristão. Vejamos: se encontrarmos provas de que Jesus existiu, isso será o fim do cristianismo. Porque ainda que encontremos manuscritos bem preservados (como os do Mar Morto), e houver relatos de seus milagres e ressurreição, não passarão de contos extraordinários contados sob a versão dos cristãos primevos, que obviamente seriam suspeitos. Se num futuro distante, a Ciência inventar meios de recuperar ossos e até DNA de Jesus... será pior ainda.
Pois a crença no "Filho de Deus", que morreu pelos nossos pecados virá abaixo -- e sabemos o por quê, certo? Porque a base do cristianismo é a crença na ressurreição de Jesus, e também em seu retorno aos Céus em carne e ossos, sacou?
Na verdade, tanto os apóstolos do passado, quanto o cristianismo de hoje, nunca estiveram interessados em contar sobre a vida do homem Jesus. Senão, a lenda desapareceria. E não é possível religião sem lendas e fantasias. A fé em algo desaparece quando a Ciência explica.
"A razão é a maior inimiga da fé"; Martinho Lutero.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
HIPÓCRITAS RELIGIOSOS: NEGADORES DA CIÊNCIA (kENNEDY LITAIFF)
RIZOTO de PREPÚCIO ( 1 ) (RICHARD HOFFMAN)
Richard Hoffman
A Aliança Com Deus Através da Circuncisão
O Deus dos hebreus, Javé, se identifica como El-Shaddai para fazer uma aliança com (então) Abrão. Pede comportamento íntegro e promete descendência numerosa e toda a terra de Canaã, onde Abrão vivia como migrante.
Muda seu nome para Abraão, diz que a aliança é para sempre e a posse da terra prometida será perpétua.
Aí El-Shaddai determina a existência de um sinal físico para sua aliança com Abraão e seus descendentes.
Em Gênesis 17:10-11, Deus diz: "E a aliança que faço com você e seus futuros descendentes e que você deve observar, é a seguinte: circuncidem todos os homens. Circuncidem a carne do prepúcio. Este é o sinal da aliança entre mim e vocês".
Avançando mais de dois mil anos, chega-se ao tempo de Paulo, o "apóstolo revelado" dos gentios (indivíduos idólatras, que seguiam o paganismo).
A reivindicação do apostolado é urgente para Paulo, uma vez que, não tendo conhecido Jesus, afirmar que viu uma luz que o cegou, e que seu título lhe tinha "sido revelado" diretamente pelo próprio messias era a única maneira de justificar a sua missão totalmente atribuída em relação aos gentios. Mas os líderes do movimento em Jerusalém; Pedro, João e Tiago -- este último, irmão de Jesus e chefe da Igreja -- parecem não ter de início apoiado. Havia uma grande discussão entre os apóstolos sobre quão estritamente a nova comunidade deveria aderir à Lei de Moisés, a circuncisão etc.. A nova religião deveria ser mais "palatável" aos moldes romanos afim de se expandir. A circuncisão era um requisito radical, primitivo e tribal demais para ser aceito pelos romanos.
Não só Paulo rejeita a primazia da Lei judaica como se refere a ela como um "ministério da morte, esculpido em letras em uma tabuleta de pedra", que deve ser substituída por "um ministério do Espírito vindo em Glória" (2 Coríntios 3:7-8).
Ele chama seus irmãos que continuam a praticar a circuncisão -- a marca por excelência da nação de Israel -- de "cães e malfeitores" que "mutilam a carne" (Filipenses 3:2). Paulo, um judeu e ex-fariseu circuncidado, diz: "Cristo é o fim da Torá" (Romanos 10:4).
Seriam declarações surpreendentes até pra o próprio Jesus. Afinal Jesus afirmou ter vindo para cumprir a Lei de Moisés, não para aboli-la.
Longe de rejeitar a Lei Jesus continuamente se esforçou para expandi-la e intensificá-la.
Há controvérsias sobre o dia sagrado do sábado, mas ele nunca rejeitou a Lei, pelo contrário; Jesus advertiu que "aquele que violar um dos menores desses mandamentos e ensinar os outros a fazê-lo será chamado o menor no reino dos céus" (Mateus 5:19). Paulo "entendia" que a verdadeira circuncisão não era para ser tomada literalmente, mas de modo simbólico, no coração (Romanos 2:29). E em Colossenses 3:11 diz que: "Não pode haver grego, nem judeu, circuncisão nem incircuncisão... Cristo é tudo em todos". E em Filipenses 3:3 "Nós é que somos a circuncisão... nós glorificamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne".
Porém, não podemos ignorar uma certa falta de coragem em Paulo, pois em Atos 16:3 ele, pessoalmente, sucumbindo às pressões e ao medo, acabou circuncidando um jovem discípulo, Timóteo "por causa dos judeus daqueles lugares"(!), ou seja, se acovardou. Vamos analisar: se está claro que nenhum dos apóstolos, nem Jesus e nem Deus condenam a circuncisão, então a gente imagina que Paulo não deveria ter a audácia de pregar contra um pacto, uma ordenança vinda diretamente de Deus Pai, ao qual passou o próprio Jesus e todos os apóstolos -- inclusive o próprio Paulo -- se não fosse por uma nova revelação, certo? Paulo disse que Jesus falou com ele tudo o que nós já estamos carecas de saber, mas, perguntar não ofende: se essa fortíssima virada de regra fosse realmente revelada a Paulo, por que então tal revelação não foi feita por Jesus a nenhum dos apóstolos também? E tem outra coisa; se fosse uma revelação divina, então o "ungido de Deus" Paulo deveria ter confiado nessa proteção divina, e não deveria ter circuncidado Timóteo. Ele deveria se sacrificar pela causa, se preciso fosse. O ainda Saulo de Tarso presenciou Estevão ser apedrejado até a morte por ter defendido a sua fé em Cristo. Saulo viu a coragem de Estevão sem Estevão ter tido qualquer contato íntimo e direto com Deus ou Jesus; sem este ter sido revelado um apóstolo. Mas o agora Paulo não teve coragem. Ele se acovardou e acabou praticando o que condenava, de acordo com alguns defensores de Paulo, "por revelação".
Paulo passou a afirmar insistentemente a superioridade da "Graça de Deus" através de Jesus em relação a Lei, cujos preceitos (de acordo com Paulo) são irrelevantes para Cristo:
"A circuncisão em si não é nada; a incircuncisão também nada é, mas vale é guardar as ordenanças de Deus" (1Co 7:19).
Para Paulo não havia necessidade de uma mutilação física para ser considerado povo de Deus. Mas a importância deste verso é que ele deixa claro que o Deus de Paulo não poderia ser El-Shaddai/Javé, pois este Deus mandou cortar a carne do prepúcio literalmente, tanto é que os judeus ainda os cortam quando convertidos ou têm seu prepúcio amputados quando ainda bebês. Esse papo de "circuncisão do coração" não procede. Vejamos: Paulo diz que a circuncisão é nada, e que o importante é seguir as ordenanças de Deus, mas repito; seu Deus não pode ser El-Shaddai/Javé, pois esta divindade ordenou a circuncisão e a colocou como marca do seu "povo eleito". Repare que Paulo nunca dá detalhes, nem nos conta como Jesus ou Deus mandou abolir a circuncisão.
Existem duas integrantes: com qual autoridade Saulo perseguiu os cristãos? E com qual autoridade ele condena a circuncisão? Por Revelação? Qual revelação? Paulo recebia revelação pelo Espírito Santo? Onde está escrito isso? Vejamos: em Gálatas 1:11 Paulo diz que o evangelho lhe foi ensinado por Jesus Cristo, mas Jesus era judeu e pregava o judaísmo. As "revelações" não deveriam vir somente pelo Espírito Santo? E em Gálatas 2:2 Paulo diz ter uma outra revelação, mas era em relação sobre ir para Jerusalém, e nada sobre uma revelação condenando a circuncisão. E tem outra coisa; mesmo que estivesse escrito na Bíblia uma revelação sobre isso, a pergunta é: onde está a comprovação dessas palavras desse tal "apóstolo" Paulo? Só é verdade porque está escrito na Bíblia?
RIZOTO de PREPÚCIO ( 2 ) (RICHARD HOFFMAN)
Richard Hoffman
A Aliança Com Deus Através da Circuncisão
O que acontece é que os defensores religiosos de Paulo não querem admitir que um erro, uma falha, ou dez, cem ou incontáveis invenções procede da cabeça de um homem só (ou vários), então se diz que tal homem não inventou, mas "lhe foi revelado". Ou seja, tudo é "revelação". Quando não se tem fundamento de onde se origina uma ideia, então se argumenta que foi por "divina revelação"; resolvido o problema.
Então, para um observador racional que busca conhecimento sem paixões de fé, fica claro e cristalino que foi uma decisão pessoal de Paulo ou de quem os criaram. Por isso a indagação é se essas são idéias de um homem só -- ou seriam idéias dos romanos?
Repare que, mais da metade de todo o Novo Testamento, ou foi escrito por Paulo, ou foi escrito sobre ele, e em nenhum lugar Paulo cita nome de nenhum deus; não cita João Batista; não cita os ditos de Jesus entre outras coisas importantes da história do cristianismo, o que dá margem a forte especulação de que Paulo foi uma personagem criada, ou pelos novos judeus messiânicos apocalípticos, ou pelos romanos, que mais tarde, essa ideia de que o "filho de Deus" já tinha vindo, ressuscitado e voltado aos Céus após 40 dias (!) foi sendo pregada, lapidada com algumas mudanças, de acordo com um novo formato até o ponto de ser adotada pelo maior e mais poderoso inimigo dos judeus: o império romano. Duas personagens históricas foram fundamentais para isso: o cristão Lactâncio, e claro, o mais importante de toda a história do cristianismo; o imperador romano Constantino. E essa nova personagem (Paulo) deveria ser criada, ou melhor, lapidada e entrar em ação, tomar de assalto um religião originalmente judaica, e torná-la romanizada, condenando os "judeus teimosos que mataram o Cristo"; "aqueles judeus ingratos que mataram Deus!". Genial! Que virada de mesa! Que grande sacada! Os romanos foram realmente os maiorais em tudo. Mas isso é história para outro texto.
Paulo foi acusado pelos judeus de apostasia contra a Lei de Moisés e a circuncisão (Atos 21:18-26). Ele ouviu essas acusações, mas, se ele nada devia, e se essas acusações são falsas, então não há o que temer, certo? Quem não deve não teme. Ocorre que neste mesmo capítulo Paulo é preso perante tais acusações e, quando vai se defender, ele afirma categoricamente em Atos 25:8: "Nenhum pecado cometi contra a Lei dos judeus". Mas no relatório constava que Paulo ensinava apostasia (revolta, abandono).
Será que Paulo devia? Ou será que as acusações eram infundadas? Vejamos:
em em Atos 15:1 diz que a circuncisão é mencionada explicitamente como exemplo crucial da observância da Lei. Mas, além de tudo o que já vimos acima, em outras passagens como em Gálatas 5:2 fica novamente claro e cristalino: "Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada aproveitará", "Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas vale o ser nova criatura".
Veredito: Paulo cometeu sim apostasia contra as leis judaicas em inúmeras passagens do Novo Testamento, além de reforçar o machismo contra a mulher e defender a escravidão.
E, numa atitude hipócrita, ele é obrigado a se sujeitar ao ritual judeu e se purificar com quatro judeus voluntários, raspar a cabeça e a fazer oferta (sacrifício animal) para cada um deles (Atos 21:23-26). Ou seja, Paulo se acovardou novamente. Oras, por que não bradou a plenos pulmões "Cristo é o fim da Torá!"?
Para os judeus ortodoxos de hoje, as palavras de Paulo são palavras de Satã! Nada a estranhar, pois seus antepassados diziam que Jesus expulsava demônios por meio do príncipe dos demônios (Mc 3:22; Mt 9:34 e 12:24; Lc 11:15). Não há como esconder essas profundas divergências. Observe o que diz Paulo:
"Para os judeus fiz-me judeu, afim de ganhar os judeus.
Para os que estão debaixo da Lei fiz-me como se eu estivesse debaixo da Lei, embora o não esteja, a fim de ganhar aqueles que estão debaixo da Lei" (1Co 9:20); "Para os que não tem Lei fiz-me como se eu não tivesse Lei, ainda que eu não esteja isento da Lei de Deus, porquanto estou sob a Lei de Cristo, afim de ganhar os que não tem Lei" (1Co 9:21).
Estes dois versos são esclarecedores para a polêmica levantada por judaizantes que insistem na tese de que Paulo, mesmo depois da conversão, continuou sendo um guardião da Lei. Mas Paulo deixa claro, sem meias palavras, que se comportava como seguidor da Lei para ganhar os da Lei, e como se não tivesse Lei, para ganhar os gentios, mas afirma categoricamente que não estava sob o domínio da Lei de Moisés (vs.20). No vs.21 ele declara que a Lei sob a qual estava era a Lei de Cristo. Depois de Romanos e Gálatas, fica bem mais fácil compreender algumas passagens:
"O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei" (1Co 15:56).
"Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo" (1Co 15:57).
Por tudo isso, fica claro que Paulo (considerado um intrometido pelos líderes de Jerusalém) desvirtuou o cristianismo para um sistema de crença totalmente pessoal, da qual sobrou pouca coisa do judeu Jesus. O cristianismo hoje bem que poderia ser chamado "Paulinismo" ou "Romanismo".
Para um observador esperto, fica evidente que toda "história" dessa personagem Paulo como vítima dos judeus, é uma fraude ridícula. Jamais um prisioneiro judeu ou cristão (mesmo tendo cidadania romana) teria a honra de ser conduzido durante meses por um exército, simplesmente porque esse prisioneiro judeu exigiu ser ouvido por um César Augusto em Roma (Atos 25;11-12). Isto era simplesmente impensável. Um fanático religioso crê realmente que, naquela época, um imperador romano iria mesmo querer receber no seu palácio um prisioneiro judeu ou cristão para julgar se o infeliz mandou ou não mandou abolir a circuncisão. Atá!
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