Livros cristãos só levam os leitores ao mundo da fantasia.
Quem está acompanhando essa série já sabe que, ao longo do livro, o psicólogo cristão norte-americano Mark W. Baker narra vários casos vivenciados por ele em sua clínica nos EUA. Após cada fato narrado, ele traz uma passagem atribuída a Jesus para, depois, afirmar que os psicólogos de hoje põem em prática os ensinamentos deixados por Jesus. E, lamentavelmente, os cristãos evangélicos que leem o livro passam a acreditar nessa conversa fiada.
Nas páginas 30 e 31, Mark mostra aos leitores mais um caso, só que esse caso ocorreu com outro psicólogo norte-americano famoso chamado Carl Rogers, que faleceu em 1987. Mark diz que, num certo dia, Carl Rogers estava em sua clínica, conversando com a mãe de uma criança problemática. A conversa toda era sobre a criança, a filha da mulher. Quando a mãe ia saindo do consultório com sua filhinha, perguntou ao Carl Rogers se ela podia dizer algumas coisas sobre ela, e não acerca da filha. Carl disse que sim, passando a escutar o que aquela mulher tinha a lhe dizer sobre ela própria. Só aí ele percebeu a importância daquela situação. Havia parado para escutar aquela mulher incondicionalmente, sem lhe impor condições. Carl, finalmente, descobriu como é importante acolher e aceitar incondicionalmente qualquer pessoa. Entendeu, leitor? E agora você vai rir certamente com o que diz o Mark Baker, na página 31:
“Não sei se o Dr. Rogers em algum momento pensou nisso, mas existem algumas surpreendentes semelhanças entre o seu pensamento e o amor incondicional que Jesus ensinou séculos atrás. Jesus falava do amor divino, que era incondicional.”
Você, leitor, está morrendo de rir, não é mesmo? Mark Baker está dizendo que o psicólogo Carl Rogers agiu exatamente de acordo com a lição deixada por Jesus, que era o amor incondicional na sua maior expressão. Mark diz que, até hoje, psicólogos seguem os ensinamentos de Jesus. E, lamentavelmente, cristãos leem isso e passam a acreditar mesmo. Ora, o Jesus presente nos 4 evangelhos do Novo Testamento não pregava o amor incondicional. Amor incondicional quer dizer amor sem a imposição de condições. Jesus, ao contrário do que afirma Mark, pregava o amor condicional, ou seja, com condições. É bom que se diga que amor com condições não é amor.
A teologia cristã é totalmente voltada para a vida depois da morte, uma ilusão humana. O Jesus dos 4 evangelhos pregava uma vida depois da morte, morando no céu com todas as pessoas ou apenas com as pessoas que cressem nele? Jesus pregava a vida eterna no céu com apenas as pessoas que cressem nele. Logo, um amor com condição, condicional, pois. No evangelho de Marcos, capítulo 16, versículos 15 e 16, a prova. Jesus diz:
"E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado."
Isso aí foi atribuído a Jesus. Na verdade, o cristão que escreveu essa passagem nada entendia de amor, e, muito menos, de amor incondicional. É dito aí que qualquer pessoa que não crê em Jesus, quando morrer, será queimada eternamente no fogo do inferno. Quem escreveu isso não era psicólogo, mas, talvez, um psicopata. Não existe amor nesse texto, muito menos, amor incondicional. Esse personagem criado, Jesus, absorveu a ignorância do povo daquela época. Fala aí de um amor totalmente condicional, com a condição “SE”. Segundo a teologia cristã, todas as pessoas viverão com Jesus no céu? Não, de forma alguma! Só viverão com Jesus no céu as pessoas que o aceitarem como seu salvador pessoal. Amor condicional, pois. Qual a condição exigida para as pessoas irem para o céu? Crerem em Jesus, ou seja, SE crerem em Jesus. Amor com condição, condicional.
E o Mark W. Baker ainda tem a coragem de afirmar que o amor de Jesus era INCONDICIONAL, sem a imposição de condições. Agora, você, leitor, pode rir.
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