domingo, 5 de fevereiro de 2023

JESUS, O MAIOR PSICÓLOGO ( 6º )

                                       Livros cristãos só levam os leitores ao mundo da fantasia. 

Mark W. Baker, como estamos vendo, é um psicólogo norte-americano. Possui uma clínica nos EUA, onde recebe inúmeros pacientes. Do início ao fim de seu livro, vai narrando casos, segundo ele, analisados em seu consultório. Em cada história, Mark traz uma passagem atribuída a Jesus para florear sua narrativa. O problema é que essas passagens do evangelho trazidas por Mark, na verdade, não se

encaixam no que ele propaga. E vamos mostrar mais um exemplo agora. 

Nas páginas 16, 17 e 18, Mark narra o problema de uma paciente sua, chamada Kirsten. Essa mulher tinha um excelente emprego, mas vivia em pânico com medo de ser demitida. Sua autoestima era muito baixa, acreditando que não sairia daquela situação. Após algumas sessões, Mark diz que o problema daquela mulher havia acabado, com o restabelecimento de sua confiança. E qual era o problema daquela mulher descoberto por Mark? A crença de que era um fracasso, de que não sairia daquela situação negativa. Quando ela mudou essa crença, ou seja, ao acreditar que seria capaz de mudar, então, tudo ficou resolvido. E hoje essa mulher vive feliz. Na página 17, ele escreve:



“Quando Kirsten começou a perceber o que estava acontecendo, as coisas mudaram. Quando se condenava, era como se o fracasso na vida fosse inevitável. Acreditou que nunca teria sucesso, e ponto final. Quando tomou consciência de que ‘nunca terei sucesso’ não era um fato real, mas apenas uma crença criada por sua experiência de vida, começou a melhorar.  Os fatos não mudam, mas as crenças, sim.”


Você, leitor, está entendendo, não é mesmo? Mark diz que aquela mulher saiu do sofrimento psicológico, graças à mudança de crença. Ela acreditava que era um fracasso. Quando percebeu que isso era apenas uma crença negativa, encontrou uma crença positiva, mudou de crença, a de que, sim, era uma mulher competente. E o próprio Mark diz que não foram os fatos que mudaram, mas a crença da mulher. Ela desenvolveu outra crença, a de que era capaz. E essa outra crença fez com que ela passasse a ser uma mulher feliz. Entendeu, leitor? 

E agora vem o problema. Mark diz que essa mulher seguiu exatamente a psicologia de Jesus. Segundo Mark, o Jesus dos 4 evangelhos do Novo Testamento entendia o ser humano, tanto que possibilitava a ele a mudança de crenças. Por favor, leitor, não ria porque está atrapalhando minha concentração aqui. Na página 18, Mark escreve assim:



“Jesus ensinou que as crenças são modificadas pela fé e não pelos fatos.”




Mark está afirmando que Jesus propagava a liberdade de crenças, que elas podem ser modificadas pela fé. Por favor, leitor, você está rindo de novo! Vou repetir: Mark escreve que o Jesus do Novo Testamento era um defensor das crenças, que as crenças podem ser modificadas pela fé. Isso é verdade, leitor? Será que o Jesus presente nos 4 evangelhos do Novo Testamento realmente defendia as crenças das pessoas? De forma alguma, leitor! Ao contrário do que afirma o psicólogo Mark W. Baker, o Jesus do Novo Testamento exigia crença exclusiva nele, não dando liberdade às pessoas para escolherem outros tipos de crença. A principal mensagem de Jesus é a que se destina à vida depois da morte. Nos 4 evangelhos, Jesus foi claro: aquela pessoa que não crê nele, que não o aceitar como seu salvador pessoal, quando morrer, será queimada eternamente no fogo do inferno. Isso tem nome, leitor: crença exclusiva, e não a aceitação de várias crenças. 

Mark diz que Jesus ensinou que as crenças são modificadas pela fé e é saudável as pessoas mudarem suas crenças. Por favor, leitor, não ria. Estou lhe pedindo isso desde o início do vídeo. Mark, ao escrever seu livro, pensou que todas as pessoas são idiotas. Ora, o Jesus dos 4 evangelhos ameaçava com o fogo eterno do inferno as pessoas que não tivessem a crença somente nele. Somente nele, entendeu, leitor? Ele exigia crença exclusiva. Não era defensor das várias modalidades de crenças por meio da fé. Aquela mulher, paciente do psicólogo Mark, mudou sua crença, passando a ter crença de que era capaz, e venceu o problema. Essa mudança de crença nada tem a ver com Jesus.



 Como se vê, Jesus não admitia mudança de crença, a possibilidade de um fiel mudar de crença. Ao contrário, exigia CRENÇA EXCLUSIVA nele. Exigir que uma pessoa creia em outra já é algo irracional porque a crença não depende da vontade da pessoa. Jesus não concedia liberdade aos ignorantes de sua época para escolherem suas crenças. Jesus nunca foi um psicólogo. O profissional de Psicologia jamais faz propaganda de terror para seus pacientes. Ao contrário, deixa claro aos pacientes que existe um universo de crenças disponíveis. A paciente de Mark mudou sua crença de ver o mundo, e passou a ser outra pessoa. Se ela fosse paciente de Jesus, mudando sua crença nele, seria condenada eternamente ao fogo do inferno.  

 


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