Livros cristãos só levam os leitores ao mundo da fantasia.
Na página 100, o psicólogo cristão Mark W. Baker, que conseguiu vender 2 milhões de livros no Brasil, graças aos cristãos evangélicos, escreve o seguinte:
“Deus fica indignado com a idolatria porque ela é uma tentativa de substituir a capacidade divina amorosa dentro de nós por uma ‘coisa’.”
Mark W. Baker afirma acima que Deus fica indignado com a idolatria. Vamos, leitor, entender primeiramente as duas palavras: Deus e idolatria. A que deus Mark está se referindo? Será que ele está se referindo ao deus grego Poseidon? Ou ao deus hindu Brahma? Não, leitor, a nenhum dos dois. Mark está se referindo ao deus Javé, o deus dos hebreus, que está na Bíblia. E o que é a idolatria? Bem. Idolatria é o costume de fabricar imagens representativas de deuses, prestando culto a elas. Por exemplo, o Edson Martins é um brasileiro que mora em Rio Grande da Serra, no estado de São Paulo. Se ele, em algum dia, fabricar uma imagem representando uma entidade “espiritual” qualquer, passando a adorá-la, ele estará praticando idolatria e, segundo o psicólogo cristão Mark, o deus da Bíblia ficará indignado com o Edson. Por favor, leitor, não ria porque está atrapalhando minha concentração aqui.
De fato, na Bíblia, o deus hebreu era contra a idolatria. Ele ficava muito bravo com os hebreus que praticavam a idolatria, a ponto de mandá-los matar ao fio da espada. E não se assuste, leitor, quando um cristão lhe disser que o deus dele é um deus de amor. Não se assuste, por favor! Vou apresentar um desses relatos bíblicos que fará você, leitor, entender melhor a idolatria. Esse relato está em ÊXODO, capítulo 32.
Num certo dia, Moisés foi ao encontro do deus Javé, na parte superior do Monte Sinai. Os hebreus ficaram no pé do monte, esperando o retorno de Moisés. Só que Moisés permanecia no monte sem dar sinal de vida. Depois de muito tempo, o povo hebreu que estava no pé do monte se cansou de esperar, pensando que Moisés havia morrido. Então, esse povo decidiu fazer uma imagem de escultura representando um deus, o deus Bezerro de Ouro. Como era um povo muito ignorante, passou a adorar a imagem do deus Bezerro de Ouro. Idolatria, pois!
Lá, em cima do monte, o deus Javé ficou furioso porque seu povo estava adorando outro deus e praticando idolatria, já que fizeram uma imagem de outro deus. Javé, que é o mesmo deus do psicólogo Mark W. Baker, disse a Moisés que iria destruir seu próprio povo. Em seguida, Moisés desce do monte e vê seu próprio povo praticando idolatria. E o que ele fez? Mandou matar, ao fio da espada, 3 mil hebreus que estavam adorando o deus Bezerro de Ouro. E não se assuste também, leitor, quando um cristão lhe disser que Moisés era um homem muito bom, extremamente calmo.
Essa monstruosidade bíblica pode até ser espalhada por cristãos fanáticos que vivem pelo mundo afora. Mas, jamais invocada por uma pessoa que diz ser psicóloga. Qualquer psicólogo levantará a bandeira da liberdade religiosa, aplaudindo que cada pessoa é livre para escolher qualquer crença religiosa. É livre para adorar quaisquer deuses, feitos artesanalmente ou não. É lamentável que o psicólogo Mark W. Baker venha a escrever esse absurdo, o de que o deus da Bíblia fica revoltado com a idolatria.
Ao afirmar isso, ele, sem perceber, está incentivando cristãos malucos a destruírem imagens de esculturas representativas dos mais variados deuses, o que ocorre até mesmo no Brasil. Igrejas católicas e terreiros, no Brasil, são atacados por cristãos doidos, que passam a destruir imagens de santos católicos, influenciados pela propaganda de que o deus da Bíblia condena essas práticas. Deus algum existe, deus algum condena alguma coisa. Deus algum entra em igrejas e em terreiros, destruindo imagens. É o fiel doido que faz esse tipo de coisa.
Entendeu, leitor?
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