quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

JESUS, O MAIOR PSICÓLOGO ( 16º )

                                     Livros cristãos só levam os leitores ao mundo da fantasia. 

Mark W. Baker, que conseguiu vender 2 milhões de livros no Brasil, graças aos cristãos evangélicos, nas páginas 81 e 82, narra mais um caso de uma paciente que foi atendida em sua clínica nos EUA. Ele diz que, num certo dia, o casal Tompkins lhe telefonou para comunicar o problema da filha adolescente Amanda. Amanda era uma jovem muito inteligente e dedicada aos estudos, só que, há dois anos, mudou totalmente seu comportamento, passando a ser um problema em sua casa. Havia sido reprovada na escola e estava agredindo verbalmente seus pais. Então, os pais resolveram procurar o psicólogo cristão Mark W. Baker

Mark diz que resolveu o problema. Ele descobriu que os pais faziam de tudo para agradar a filha, sem fixar regras. Segundo Mark, o amor exige limites para que a criança se sinta segura. A partir do momento em que o casal Tompkins passou a estabelecer regras para o comportamento da filha adolescente, tudo mudou. Amanda voltou a ser a garota exemplar, e o amor renasceu naquela família. Na página 82, ele escreve assim:


“A família de Tompkins descobriu a antiga verdade que Jesus pregou há muito tempo. (...) As regras que Jesus praticava serviam para facilitar o amor aos outros.”




Você, leitor, entendeu a afirmação do psicólogo cristão acima, não é mesmo? Ele está afirmando que recorreu aos ensinamentos de Jesus para resolver o problema existente naquela família. Por isso mesmo, Mark diz que Jesus foi o maior psicólogo que já existiu na Terra. Isso é uma piada! Mark pensa que todos os leitores de seu livro são idiotas, imbecis. Na verdade, o Jesus dos 4 evangelhos do Novo Testamento não tinha especialidade alguma em amor, principalmente em amor familiar. Quem conhece o cristianismo, e é honesto, sabe que Jesus não pregava a união familiar, ao contrário. Para comprovar essa verdade, vou trazer alguns exemplos que estão presentes nos 4 evangelhos. Em Mateus, capítulo 10, versículo 37, Jesus diz a seus discípulos:


“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim."


Entendeu o absurdo, leitor? Viu como Jesus não tinha noção do que signifIca o AMOR? Qualquer psicólogo, até mesmo o mais despreparado da Terra, sabe muito bem que é uma loucura exigir que uma pessoa ame mais a alguém do que a outra. Por que é uma loucura? É uma loucura porque o amor é um sentimento espontâneo, que surge naturalmente, sem imposição alguma. E, no caso atribuído a Jesus, uma loucura maior ainda. É loucura exigir que um filho ou filha ame mais a ele do que aos próprios pais, ou que os pais amem mais a ele do que aos próprios filhos. Isso não é AMOR, mas TERROR! Na verdade, o cristão que escreveu a loucura acima nada entendia de amor, principalmente de amor entre pessoas de uma mesma família. Veja agora, leitor, mais um exemplo de que Jesus desconhecia o amor familiar. Em Mateus, capítulo 19, versículo 29, está escrito: 


“E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, [ou mulher], ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna.”



A passagem bíblica acima é atribuída a Jesus. Ele está pregando aos discípulos a desunião familiar, o conflito familiar. Jesus está afirmando que aquele que crê nele deve abandonar sua família (esposo, esposa, pai, mãe e filhos) por causa de seu nome. Quem escreveu isso aí queria que as pessoas daquela época acompanhassem Jesus, deixando seus lares pela causa dele. Entendeu, leitor? Uma propaganda contra a paz familiar, a união entre familiares. Por exemplo, se uma pessoa crente em Jesus quisesse ganhar a vida eterna, quando morresse, deveria abandonar sua família (esposo, esposa, pai, mãe e filhos) porque o importante era amar mais a Jesus. Entendeu, leitor? Imagine um homem crente em Jesus abandonando esposa e filhos, à míngua, para seguir a Jesus. Esse homem, quando morrer, ganhará a vida eterna porque deixou tudo para seguir a Jesus. Viu, leitor, que mensagem horrível contra a união familiar, a estabilidade das famílias!

O psicólogo cristão Mark W. Baker ainda tem a coragem de afirmar que os ensinamentos de Jesus eram a favor da paz e da estabilidade familiar. Ele escreve que:



A família de Tompkins descobriu a antiga verdade que Jesus pregou há muito tempo.”



Não, o casal Tompkins não seguiu os ensinamentos de Jesus. O pai e a mãe recuperaram a filha Amanda, fixando-lhe regras e limites saudáveis, e não o terror. Se o casal tivesse aplicado o conselho de Jesus, abandonando sua filha em nome dele, a família teria sido dizimada. 


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